Oficina de Gramática

Oficina de Gramática Cida Sepulveda




Resenhas - Oficina de Gramática


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Professora Fabiola 15/02/2015

Oficina de Gramática
O livro “Oficina de gramática” foi escrito por Angela B. Kleiman e Cida Sepulveda. Kleiman é Doutora em Linguística, professora da UNICAMP e coordenadora de um Grupo de Pesquisa. Cida Sepulveda é graduada em Letras e professora da rede pública de São Paulo.
A obra constitui-se de 170 páginas, organizadas em dez capítulos. No primeiro capítulo é apresentada a proposta das autoras ao escrever o livro, que é a de conhecer a organização do sistema linguístico da língua portuguesa.
Para as escritoras, saber usar a língua é ter poder, porém o ensino da gramática ainda é um entrave no Brasil. Essa reflexão é passada aos professores, que convivem dia a dia com a tarefa de transformar indivíduos letrados.
O livro não pretende mostrar vertentes tradicionalistas ou modernas da língua, somente o que está ligado ao ensino da gramática.
Kleiman e Sepulveda são defensoras do Dialogismo, que compreende a interação verbal como realidade fundamental da língua, mas elas defendem um dialogismo sem relações hierárquicas, em que o professor fala e os alunos apenas se submetem a ouvir.
A partir do segundo capítulo, as autoras se inserem na realidade escolar e apresentam situações lá vivenciadas. Iniciam com dicas de como trabalhar o texto jornalístico e a poesia em sala.
Sobre o ensino da gramática, as autoras citam estudiosos como Vigotsky e Perini ao esclarecerem a importância da gramática para o raciocínio e desenvolvimento intelectual do aluno, pois a gramática o força a pensar.
Nos capítulos que seguem, são apresentados exemplos de como alguns professores trabalham as classes gramaticais em sala e as escritoras apontam os erros e acertos nas explicações, através de transcrições das falas dos professores e dos alunos.
Para as autoras, no trabalho de ensino-aprendizagem da gramática, deve haver o uso da repetição, feita através da revisão, pois ela auxilia no reconhecimento, valorização e memorização do conteúdo estudado.
No decorrer do livro, pode-se perceber que Kleiman e Sepulveda são defensoras de práticas consideradas tradicionais e criticadas por defensores das práticas modernas do ensino da língua. Tanto que fazem suas considerações finais baseadas no fato de que muitos professores têm vergonha de ensinar gramática por conta do slogan “não ensine gramática” imposto por defensores de um ensino moderno.
O livro é indicado a professores iniciantes, para que tenham um estímulo às práticas em sala, e a professores já atuantes, para que repensem e ajustem suas práticas, tendo a percepção dos acertos e dos erros que estão cometendo em sala.
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