Tristessa

Tristessa Jack Kerouac




Resenhas - Tristessa


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Kristine Albuquerque 29/01/2019

Se a esperança é a última que morre, o que acontece quando morre a esperança?
*** [repost] ***

Nota verdadeira: 2,5 / 5

[calma, esse título é apenas uma reflexão e não é um spoiler.]

Meu primeiro contato com Kerouac foi em 2014 através de Tristessa. Lembro que na época eu não gostei nada do livro e da sua aparente falta de sentido. Eis que em 2018 me deparei com a grandiosidade de Patti Smith e isso me despertou o interesse por desbravar suas influências e a geração beat, mas antes eu precisava tentar desfazer a má impressão com Kerouac.

"Seres humanos semeiam com problemas sua própria terra, e tropeçam nas pedras de sua imaginação falsa e errada, e a vida é dura."

Jack (personagem alter ego do próprio autor) se apaixona por Tristessa (personagem inspirada em Esperanza, uma prostituta por quem ele se apaixonou em uma de suas viagens ao México; Tristessa era a pronúncia dele para Tristeza). Esse amor permaneceu no nível platônico, porque Jack buscava na época uma vida ascética e iluminada guiada pelo budismo.

"Eu digo 'a vida é dor', ela concorda, diz que a vida também é amor."

A narrativa do livro retrata seu grupo de amigos percorrendo as periferias da Cidade do México e suas experiências sob o efeito de substâncias químicas. A paixão de Jack é inteiramente idealizada, enquanto Tristessa caminha por uma espiral descendente e reduz sua vida cada vez mais em torno das drogas.

"Ou ela vai morrer em meus braços ou vão apenas me contar sobre isso."

Em comparação, a experiência atual de leitura foi mais positiva que a anterior, mas ainda repleta de altos e baixos. A linguagem caótica e intensa do texto, aliada ao fluxo espontâneo, me despertou confusão e angústia. Mas acho que talvez essa tenha sido uma das intenções do autor mesmo; ou talvez esse tipo de narrativa não funcione comigo. Pude sentir também a alta carga de melancolia e desesperança no texto, que faz paralelo aos pensamentos de consciência espiritual despertados no autor - e foram esses os trechos mais interessantes para mim, porque a perspectiva de quem lê faz o contraste entre o ambiente descrito e seus pensamentos serem imensos ou inexistentes. Aliás, tudo neste livro é assim. Aparentemente é tudo superficial, desconexo e sem propósito, até que algum trecho te remete a um novo sentido. As experiências retratadas ali são a própria essência de Jack naquele momento.

"Sua iluminação é perfeita - 'Podemos morrer amanhan, por isso não somos nada' - Concordo com ela, sinto a estranheza dessa verdade, sinto que somos duas almas vazias de luz, ou como fantasmas em velhas histórias de casa assombrada, diáfanos, preciosos e brancos e ausentes."

Pode parecer estranho essa resenha ser tão extensa e não ser repleta de críticas, dada a nota baixa que atribuí. Mas isso se deve menos pelo conteúdo do livro do que pela minha experiência ao lê-lo. Ainda quero me aventurar por On the Road, sua obra principal, e tentar me familiarizar com a linguagem de Kerouac. Já tomei o trecho final daqui como uma ideia do tom que pode haver em suas outras obras: "Vou escrever histórias tristes e compridas sobre pessoas na lenda de minha vida - Este é meu papel no filme."
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Kristine Albuquerque 28/08/2018

Se a esperança é a última que morre, o que acontece quando morre a esperança?
[calma, esse título é apenas uma reflexão e não é um spoiler.]

Meu primeiro contato com Kerouac foi em 2014 através de Tristessa. Lembro que na época eu não gostei nada do livro e da sua aparente falta de sentido. Eis que em 2018 me deparei com a grandiosidade de Patti Smith e isso me despertou o interesse por desbravar suas influências e a geração beat, mas antes eu precisava tentar desfazer a má impressão com Kerouac.

"Seres humanos semeiam com problemas sua própria terra, e tropeçam nas pedras de sua imaginação falsa e errada, e a vida é dura."

Jack (personagem alter ego do próprio autor) se apaixona por Tristessa (personagem inspirada em Esperanza, uma prostituta por quem ele se apaixonou em uma de suas viagens ao México; Tristessa era a pronúncia dele para Tristeza). Esse amor permaneceu no nível platônico, porque Jack buscava na época uma vida ascética e iluminada guiada pelo budismo.

"Eu digo 'a vida é dor', ela concorda, diz que a vida também é amor."

A narrativa do livro retrata seu grupo de amigos percorrendo as periferias da Cidade do México e suas experiências sob o efeito de substâncias químicas. A paixão de Jack é inteiramente idealizada, enquanto Tristessa caminha por uma espiral descendente e reduz sua vida cada vez mais em torno das drogas.

"Ou ela vai morrer em meus braços ou vão apenas me contar sobre isso."

Em comparação, a experiência atual de leitura foi mais positiva que a anterior, mas ainda repleta de altos e baixos. A linguagem caótica e intensa do texto, aliada ao fluxo espontâneo, me despertou confusão e angústia. Mas acho que talvez essa tenha sido uma das intenções do autor mesmo; ou talvez esse tipo de narrativa não funcione comigo. Pude sentir também a alta carga de melancolia e desesperança no texto, que faz paralelo aos pensamentos de consciência espiritual despertados no autor - e foram esses os trechos mais interessantes para mim, porque a perspectiva de quem lê faz o contraste entre o ambiente descrito e seus pensamentos serem imensos ou inexistentes. Aliás, tudo neste livro é assim. Aparentemente é tudo superficial, desconexo e sem propósito, até que algum trecho te remete a um novo sentido. As experiências retratadas ali são a própria essência de Jack naquele momento.

"Sua iluminação é perfeita - 'Podemos morrer amanhan, por isso não somos nada' - Concordo com ela, sinto a estranheza dessa verdade, sinto que somos duas almas vazias de luz, ou como fantasmas em velhas histórias de casa assombrada, diáfanos, preciosos e brancos e ausentes."

Pode parecer estranho essa resenha ser tão extensa e não ser repleta de críticas, dada a nota baixa que atribuí. Mas isso se deve menos pelo conteúdo do livro do que pela minha experiência ao lê-lo. Ainda quero me aventurar por On the Road, sua obra principal, e tentar me familiarizar com a linguagem de Kerouac. Já tomei o trecho final daqui como uma ideia do tom que pode haver em suas outras obras: "Vou escrever histórias tristes e compridas sobre pessoas na lenda de minha vida - Este é meu papel no filme."

Nota: 2,5 / 5
29/08/2018minha estante
Sei que o Ginsberg e o Burroughs eram grandes influências pra ela (além de amigos pessoais), mas nunca soube que o Keuruac também era. Bom saber.


Kristine Albuquerque 29/08/2018minha estante
Pois é, eles estão na minha lista também. Assim como Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire, Jean Genet e William Blake, que eram os autores/poetas preferidos dela. :)




Eduarda Graciano do Nascimento 09/01/2018

Um nome apropriado
Jack é um poeta americano que vive na Cidade do México e nutre uma paixão pela colega Tristessa, uma mexicana nativa viciada que sucumbe cada vez mais às drogas.

Temos por Kerouac, nessa novela, um povo mexicano abandonado e marginalizado. A história não se passa nas ricas mansões das novelas e sim nos espaços urbanos símbolos de decadência e pobreza: os guetos, becos e calçadas encardidas.
Seu protagonista - que tem o mesmo nome, pois se trata uma autobiografia - é um jovem americano, poeta, que vive há algum tempo no país vizinho e divide sua realidade com Bull, outro estrangeiro melancólico e viciado, e Tristessa, que vive para e pela morfina.
Acompanhamos, durante as andanças de Jack, suas angústias e preocupações com aquela que dá nome à obra, por quem ele nutre um amor quase platônico, e com quem sabe que não poderá ficar, já que sempre perderia para a heroína, a morfina e para as bolas (tive que pesquisar e pelo que entendi se trata de anfetamina) na preferência da garota.

" [...] Ou ela vai morrer em meus braços ou vão apenas me contar sobre isso."

Esse é meu primeiro Kerouac e apesar de um livro curtíssimo, a leitura não é assim tão fácil, já que o autor derrama seus pensamentos numa espécie de fluxo de consciência. Achei a narrativa bastante poética e viva, visto que estamos imersos ali naquele mundo das drogas, do sexo e, porque não dizer, da sujeira.
Tess vive para isso. E Jack sabe que em algum momento ela sucumbirá. Só resta a ele estar ali então.

Os personagens (além de Tess, Bull e Jack, podemos destacar El Indio e Cruz) estão todos absorvidos por essa sobrevivência sem sentido, vagando de bar em bar, de beco em beco, sempre em busca da próxima dose.

" Porque Tristessa precisa de minha ajuda mas não vai aceitá-la e eu não vou dar - mas, supondo que todos no mundo se dedicassem a ajudar os outros o dia inteiro, por causa de um sonho ou de uma visão de liberdade de eternidade, o mundo não seria então um jardim?"

Está aí um livro que te faz sentir. Pulsar. A melancolia permeia toda a história e nós leitores vamos seguindo Jack e Tristessa, pelas duas partes em que ela é dividida, torcendo o tempo todo para que esses personagens, tão queridos à nós então, rumem para outro destino que não a decadência.

site: http://www.cafeidilico.com/2018/01/tristessa-jack-kerouac.html
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Leofininho 27/12/2017

Poesia fluindo de todos lugares.
É lindo tristessa, uma poesia que flui em uma leveza e graça sem fim.
Frases fortes e lindas que certamente lerei novamente,Como um desafio pro meu cérebro , como enigmas emocionais.
Sensibilidade e amor.
A valorização dos desvaloriza dos.
A visão impossível da vida.
As vezes uma canção muito linda faz as pessoas chorarem e confundem esse sentimento com tristeza, assim é com Tristessa , de uma beleza sem fim que nos emociona.
Um livro de verdade pra gente de verdade.
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Artax 18/05/2017

Tristessa é uma tristeza sem fim...Escrito na década de 50 por Jack Kerouac, o livro fala não só de Tristessa, uma mexicana viciada em morfina, mas da complexidade do vício e das drogas.

Jack, o protagonista, alimenta um amor platônico, recíproco, mas que nunca consegue ser mais importante do que o próprio vício. Os viciados buscam uma convivência, uma aproximação, mas ela é sempre regada a assuntos de morfina, heroína, álcool...Mesmo suas interações são movidas essencialmente pelo vício.

A linguagem é bem poética, e em muitos momentos, caótica, influenciada pelos devaneios do protagonista por meio do álcool ou da morfina. Pode parecer meio entediante nas primeiras páginas, mas o resto do livro flui com uma leveza deprimente que te carrega até o final e te deixa duplamente miserável: por ter compartilhado o sofrimento de Tristessa e seus convivas, e pelo livro ter chegado ao fim.

Me apaixonei por Jack Kerouac. Esse foi o primeiro de uma série de livros que comprei dele, escolhi Tristessa pra começar porque curti o título e a sinopse. Apesar de deprimente, é uma leitura fantástica, daquelas que te faz ruminar sobre a realidade e a podridão de certos aspectos da vida (ou da vida inteira de algumas pessoas, no caso, que nascem fadadas a esse destino).
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Na Literatura Selvagem 17/03/2016

A Tristessa de Kerouac...
Em 12 de março de 1922, nascia em Lowell, cidade do estado de Massachussets, Jean-Louis Lebris de Kerouac, mais conhecido como Jack Kerouac, e que viria a se tornar o pai da beat generation, estilo literário que surgiu nos anos 40 e que influenciou a partir dali, vários autores das futuras gerações, cineastas, artistas entre outros membros do meio artístico, com sua escrita marginal e peculiar...

Mas vamos aproveitando a data comemorativa para postar minhas impressões sobre o livro Tristessa, que foi o segundo título que li do grande Kerouac...

Tristessa é uma junkie viciada em morfina, mexicana e logo se torna a amada de Jack, narrador deste romance. Com ares de autobiografia, pois o autor se apaixonou por uma prostitua índia de nome Esperanza, foi publicado em 1960 e traz em sua narrativa toda a trajetória rumo a droga que o próprio Jack buscou no período em que viveu na Cidade do México, e as desventuras ao lado de Bull e Tristessa...


Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/03/a-tristessa-de-kerouac.html
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Cleiton Roque 09/12/2015

Livro para ser sentido. Desde o começo tu se vê perdido no meio do México com o autor em primeira pessoa muitas vezes descrevendo seus próprios devaneios. Admito que alguns eram tão loucos que talvez fizessem mais sentido se eu mesmo, como leitor, também estivesse alto. Porém há uma forte dose de realidade, dose dura e crua.

Ah, os tristes olhos de Tristessa... "Não somos nada, você e eu. Podemos morrer amanhã, não somos nada."
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Bernard Freire 19/10/2014

Adrenalina apaixonate
"Tristessa" foi um bom começo para eu voltar a ler rapidamente, até porque o livro com 101 páginas de aventura da L&PM PLUS - 527, permite o leitor a entrar na história e desenvolver junto ao enredo um papel marginal Mexicano. Em um cenário repleto de drogas e um triste emblema de perda. Um cotidiano abandonado em que Jack tenta recupera por paixão a Tristessa.

O livro de Jack Kerouac dividido em dois momentos, mostra o durante e um ano mais tarde desse romance, sobre muita morfina e pensamentos delirantes. Nossa cabeça se perdi ao nos depararmos com a cena do gato que é chutado no meio do caminho, ou o momento em que Jack percebe os três homens apaixonados por Tristessa.

Leia e se envolva com este romance louco-mexicano-morfinado-apaixonante-viajante. Haha, esse foi o jeito que encontrei pra explicar.

Bernard Freire
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Louise 06/10/2013

Um livro que envolve você, sem dúvida!
Não foi fácil no começo, mas conforme a história se desenvolvia e mais ainda na segunda parte, é completamente perceptível a dor, a angústia e o sofrimento.
Em algumas partes comovente, em outras apaixonante, mas sobretudo angustiante.

Mexe com todos os sentidos.
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Raphaela B. 30/01/2013

TristeZa
Tristessa está longe de ser um livro fácil. Kerouac estava chapado durante metade do livro e consequentemente o raciocínio exposto. A segunda parte é mais fácil de assimilar quanto ideia, mas a dor é muito mais pungente.
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MVGiga 23/07/2012

As Dorgas.
Seria a definição fidedigna da chamada vida loka. Situado na precariedade das regiões periféricas da Cidade do Mexico, conhecemos Tristessa, uma garota viciada em morfina e outras drogas pesadas, que estremece as bases do coração de um jovem escritor (romance semi-autobiográfico). Tristessa se encontra na linha degradante do viver, cada vez mais magra e doente devido ao seu vicio. O detalhismo da escrita desse romance, incomoda aqueles que não estão acostumados a esse mundo alucinogeno que leva qualquer ser humano a decadencia.
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Raphael 13/02/2012

Santa Tristessa

Tristessa é uma narrativa urbana e poética em primeira pessoa acerca da paixão semi declarada do escritor Jack pela prostituta Tristessa e estruturada no ritmo das idas e vindas dos dois em busca de drogas e amor. Pode não ser uma história de amor, mas é com certeza uma história sobre amor.

A trama se passa na Cidade do México dos anos 1950, mais precisamente em sua periferia e bocas de fumo, nos bairros populares precários sem saneamento habitados pela classe trabalhadora, mas também pelo lumpemproletariado, prostitutas e vagabundos. Tristessa, assim como outros livros de Kerouac é baseado na vida do autor mesclando elementos biográficos e ficcionais. A novela possui cinco personagens, as prostitutas Cruz e Tristessa, os viciados El índio e Old Bull e o narrador, o próprio Jack. Se livros como On The Road ou Dharma Bums são ambientadas em estradas, ferrovias e montanhas, a novela poética Tristessa se passa, na maior parte do tempo, em sujos ambientes de quatro paredes habitados por viciados em busca de uma dose. Toda a novela é impregnada por um clima junk de chapação, drogas, alcoolismo, embriaguez, desorientação mental, enjoo e vomito, numa narrativa frenética marcada por espanholismos e uma construção literária entre a prosa e a poesia que em certos trechos lhe fazem lembrar o poema Uivo de Allen Gisnberg.

Nesta novela estão presentes os elementos costumeiros da escrita de Kerouac como o cristianismo e sua aproximação com o budismo, a junção entre profano e sagrado representado por Tristessa, uma prostituta viciada católica praticante, diálogos semifilosóficos e semirreligiosos que desembocam na criação de alguma máxima zen budista do tipo “nascidos para morrer”, a presença de amigos pessoais do autor como personagens semibiográficos, neste caso William Burroughs como Old Bull. Tudo isso embalado por citações de músicas de Frank Sinatra.

Como dito no início do texto, essa pode não ser uma história de amor clássica, mas é uma história sobre amor, um amor de nossos tempos, um amor forte por uma figura frágil como Tristessa que você deve ter cuidado para não cortar os dedos ao tentar agarrá-la e quebrá-la como um copo sujo de uísque barato.

Raphael Cruz,
lixojovem.blogspot.com
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Fábio Vermelho 20/03/2011

Segundo livro que leio de Kerouac, e acho que já posso afirmar que me familiarizei com a prosa-poética do autor, a qual me faz gostar ainda mais de lê-lo. Um jeito de escrever totalmente Kerouac, desordenado à uma primeira vista, mas coeso aos mais acostumados e que conseguem seguir a linha de pensamento do autor, que muitas vezes voa longe, desviando do assunto original e retomando-o depois.. mas era essa forma alucinada, visceral de escrever (regada à café e anfetaminas) que tanto consagrou o autor.

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Hudson 28/02/2011

Kerouac sempre é indescritível


Achei um livro muito completo em vários sentidos, apesar de pequeno em
questão de páginas, não deixa a desejar quando o assunto é conteúdo.


As torrentes, psicológicas e pessoais descritas pelo autor são de uma
dimensão impressionante, visto que tudo ainda ficar maior pela forma de
escrita feita por ele, que também é especial, não segue muito a linha
convencional, e pode se notar isso em algumas partes finais do livro,
o Brainstorm dele é praticamente simultâneo, e você sente isso lendo.



a gama de assuntos tratados pelo livro é extensamente ampla talvez até
difícil de se numerar, Kerouac é muito político e isso passa um pouco
oculto no livro, que pra mim tem bastante conteúdo político implícito.
mais tarde ele revelaria seu lado político na vida pessoal, é so ler...



As relações travadas entre os personagens, são bem curiosas de fato o que
une muitas vidas aparentemente parece ser a questão da "droga" mas uma
observação mais profunda nota-se que as coisas vão um pouco além disso.
apesar da totalidade dos personagens descritos, terem essa união, ainda
sim também se unem por motivos humanos e sociais.



Na primeira parte do livro percebe-se o quanto é triste tudo descrito por
Kerouac, os lugares por onde passa, a forma como olha as pessoas, e o que
faz existências dilaceradas, que se encontram em objetivos comum, críticas
sobre vida existência e o sentido das coisas.


Tristessa, conforme o passar do texto ainda sim é uma mulher crua, tem
pouca ciência do que faz, porque faz entre outras coisas todos estão
perdidos, mas ela acho que um pouco mais, entretanto há certas passagens
que ela tem uma clareza única, até iluminada digamos assim.



A existência, é as vezes dura sem lógica suja e miserável, mas ainda sim
existem prismas que modificam tudo isso, sejam as passagens budistas
de Jack, ou mesmo a fé que move Tristessa, a fé em seu legítimo sentido
as duas coisas vão fazendo um paralelo brilhantemente escrito por Kerouac
que te prende na leitura do livro.



Cada um é feliz, cada um vive a sua maneira, todos convivem por uma causa
em comum, mas depois tudo muda jack é tocado pelo amor, que talvez irá
modificar a sua visão sobre tudo ao seu redor, transcorrendo assim uma nova
visão que é completamente diferente na parte dois do livro.



Apesar, de um livro que pode ser lido em poucas horas, há mundos de existências humanas que poderiam ser descritos aqui, de várias formas kerouac
e seus darmas, e karmas fizeram um livro fantástico visceral, e humano
e também espiritual que nos faz pensar muitos quais são os caminhos a seguir e quem levará isso tudo!






































Ricardo Rocha 28/02/2011minha estante
bem lúcida e intensa, quase passional tua resenha. valeu.




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