Luciano Luíz 08/05/2019
Apesar do título, TRISTESSA não é uma jovem que apareça muito nas páginas. Ela, uma viciada em morfina e outras drogas não listadas na narrativa, bonita, magricela, mexicana e musa, amor de JACK KEROUAC. Ele veio da América para perambular pelas ruelas do país vizinho na eterna busca de algum sentido pra alguma coisa. O autor é o tema central, é o conceito, o refúgio em busca de Tristessa e a companhia de alguns amigos e conhecidos.
O enredo gira mais relacionado a uma filosofia zen, budismo e tal. Ele anda por aí, bebe, fuma, sonha e faz planos próximos da realidade, como viver um amor de verdade com Tristessa. A moça aparentemente também deita com quem quiser, desde que este tenha condições de bancar seus pobres luxos como se injetar e nada mais além disso.
O romance é pequeno, e sua estrutura é bastante poética. Não há diálogos praticamente, somente Jack confabulando e vivendo uma rotina em meio a dias chuvosos e cinzentos moralmente falando além de noites não muito bem dormidas e naquela expectativa de que as coisas vão dar certo...
É um livro bom. Pena que termine tão rápido.
L. L. Santos
site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/