Maria - Blog Pétalas de Liberdade 25/10/2016Conto lido para o desafio literário 12 meses de Poe Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o conto “Berenice”, lido para o desafio 12 meses de Poe; eu já havia visto alguns comentários sobre ele, mas não sabia ao certo do que se tratava, agora entendo o motivo de ser uma das histórias mais famosas do autor.
É um conto diferente dos demais que já lemos no desafio, pois o narrador tem um nome: Egeu, que foi um garoto de saúde delicada, e que na vida adulta desenvolveu uma certa doença que o fazia ficar fascinado por um determinado objeto, por mais simples que fosse, e passar horas apenas o observando, absorto, perdido do resto do mundo. Egeu até tentava lutar contra essa doença, tentava não ficar obcecado por algo, mas era mais forte do que ele.
“As meditações nunca eram agradáveis, e ao fim do devaneio, a causa primeira, longe de estar fora de vista atingira aquele interesse sobrenaturalmente exagerado que era a característica principal da doença.”
Na mesma casa também morava sua prima, Berenice, que foi uma criança cheia de vida, muito diferente dele, mas havia ficado doente, uma doença que trouxe muitas mudanças para a jovem, especialmente ataques de catalepsia, eventos em que ela parecia morta.
“Entre a numerosa série de males acarretados por aquela fatal e primeira doença, que realizou tão horrível revolução no ser moral e físico de minha prima, pode-se mencionar, como o mais aflitivo e o mais obstinado, uma espécie de epilepsia, que não poucas vezes, terminava em catalepsia, muito semelhante à morte efetiva e da qual despertava ela, quase sempre, duma maneira assustadoramente subitânea.”
Eis que as doenças dos dois primos se chocaram em certa ocasião, Egeu ficou obcecado por certa parte do corpo de Berenice, que por sua vez parecia ter sido fatalmente atacada por sua enfermidade. O resultado disso foi chocante!
Eu li o conto duas vezes, na primeira a linguagem me pareceu um pouco complicada, já na segunda a leitura foi muito mais fluida. Alguns elementos de outros contos já lidos no desafio reapareceram em “Berenice”, como a catalepsia e a obsessão por uma parte do corpo (no caso de O coração denunciador, era pelo olho com catarata do patrão). Foi uma história muito bem pensada, onde na medida em que ia lendo, já imaginava o que o narrador poderia ter feito, mas não cogitei a hipótese da doença de Berenice contribuir para tornar a “loucura” do narrador ainda mais assustadora. Ou seja, gostei do conto e recomendo a leitura!
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