Resenhas - Quando é dia de futebol

Storil 04/04/2022

Gênio da Literatura
"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério", anota o mineiro em um dos textos. Pura modéstia, como se verá na leitura deste Quando é dia de futebol, pois, se houve algum escritor brasileiro habilitado à decifração desse esporte apaixonante, foi mesmo Carlos Drummond de Andrade.

Mateus 25/01/2022

um passeio em prosa
Drummond passeia com louvor por várias copas, fazendo transparecer a emoção do povo brasileiro e vazando pelas frestas seus sentimentos sobre a política e o futuro da nação. Todavia, o livro se torna um tanto cansativo com o tempo, apesar de sua beleza e estilo.

Gutemberg.Monteiro 20/08/2021

Duas das minha paixões reunidas em um só livro!
Drummond e futebol me encantam de uma maneira indescritível. Drummond escrevendo sobre futebol me arrebata ainda mais. Quiçá um dos meu livros de crônicas preferidos!

Matheus656 17/08/2021

Carlos Drummond de Andrade
Drummond é muito bom, esse livro é uma antologia de poemas e crônicas do escritor sobre futebol.

Vou ser sincero e confesso que os poemas não me conquistaram tanto porém suas crônicas são sensacionais, leves e bem humoradas.

É muito interessante ler algo de alguém que presenciou o auge de Pelé e Garrincha, expressando sua admiração por ambos, também é interessante o viés nacionalista que o autor trás no tocante ao futebol, coisa que se perdeu ao longo do tempo.

Achei a obra um pouco monótona no meio mas logo ela recuperou o dinamismo.

Enfim, recomendo para quem gosta de futebol e quer se divertir ao mesmo tempo que conhece um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos.

Renan 29/11/2020

Futebol de fora
O livro traz o olhar poético, crítico, sagaz, apaixonado e criativo do Drummond. Foi muito interessante ler sobre momentos e personagens da história do nosso futebol através das palavras de uma pessoa que não era do meio futebolístico, mas artístico.
(Estou publicando mini resenhas como essa na página Parágrafo Sugestivo no Facebook)

Alê | @alexandrejjr 20/06/2020

O veneno remédio do poeta

Textos apurados, frases cortantes, poesia e prosa. Esses são todos atributos encontrados neste "Quando é dia de futebol", volume organizado pelos netos do nosso poeta maior.

Para quem gosta de futebol, a seleção feita por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond é ouro puro. São crônicas, poemas e frases ao longo de nove Copas do Mundo do esporte mais popular do planeta. Além da elegância e da perspicácia habituais do poeta, somos presenteados com textos comprovando que falar de futebol não é para amadores. Há uma beleza no jogo que vai muito além de 22 pessoas e uma bola, e que foge aos olhos dos comuns. Além disso, a inserção de pílulas filosóficas e políticas por Carlos Drummond de Andrade mostram o quanto o poeta se importava com a dimensão social do esporte na sociedade brasileira.

É muito gostoso saber que os leitores não vão se deparar aqui com análises táticas e críticas simplistas sobre o jogo, características tão arraigadas ao formalismo técnico e burocrático praticado atualmente no jornalismo esportivo. Por isso permito-me o empréstimo do título do livro do múltiplo José Miguel Wisnik, o seu "Veneno remédio - o futebol e o Brasil", à minha modesta resenha.

Para mim, nada poderia ser mais apropriado para definir a percepção ambígua do poeta sobre o esporte. Não é uma indicação aberta a todos, por razões óbvias, mas vale cada linha.

Mauricio.Alcides 24/01/2016

Do preto e branco ao sonho perdido
Não é segredo para ninguém que não vejo uma partida de futebol desde o sempre lembrado 7x1.
Acho que isso pode mudar.
Nessa obra de Carlos Drummond de Andrade encontramos a reunião de diversos artigos publicados em jornais do RJ e algumas cartas trocadas com alguns amigos.
Drummond retrata todos os grandes momentos do futebol brasileiro que pode vivenciar, passando pelo primeiro e o segundo titulo (Ainda com uma TV preto e branco), relembrou a humilhação de sermos os primeiros campeões eliminados na primeira fase em uma copa subsequente, retratou o Mexico de 70 como a maior copa da historia e ainda chorou a inesperada eliminação da dita maior seleção de todos os tempo em 82.
A prosa que no inicio era constituída apenas de lances futebolísticos a cada momento se aprofunda mais na política nacional e no final já estamos jogando futebol com os políticos em artigos que mesclam o momento historico brasileiro ao momento esportivo da nossa seleção.
Nota 9,5