Cris 28/04/2021
Dramático que só. É isso aí, Shakespeare rs!!!
A tragédia de "Antônio e Cleópatra" é uma peça de teatro escrita por William Shakespeare em 1606. Traz a lasciva história de Marco Antônio, um dos melhores generais romanos de Júlio César, e de Cleópatra, a rainha do Egito famosa por colecionar amantes com sua inteligência e beleza. Shakespeare, neste livro, retrata os derradeiros atos dessa paixão, que junto com política, traição, ambição e luxúria marcaram a história de Roma.
(...) Os meus fios de cabelo brigam entre si, pois os brancos reprovam os castanhos pela imprudência, e estes recriminam aqueles por sentirem paixão e medo.
O romance entre os dois trouxe um desalinho político muito grande entre Roma e o Egito, e a fim de sanar uma iminente ameaça de guerra, foi imposto ao general um casamento como moeda de troca, o "pedido" foi aceito de bom grado, porém, seu coração pertencia a outra mulher. A história deslancha e em nenhum momento Cleópatra e Antônio deixam de se relacionar, a união entre os dois além de por perigo a nação, caminhará a passos largos para uma tragédia sem precedentes.
Talvez o fim seja de conhecimento de todos: o suicídio dos amantes. Confesso ter ficado um tanto decepcionada, claro que tinha em mente o tal desfecho, porém, aos meus olhos, faltou uma certa criatividade na escolha de morrer rs ... digo isso pois em 'Romeu e Julieta', escrito em meados de 1590, aconteceu o mesmo. Duas vidas que movidos pelo desespero e a insensatez, tiveram esse triste destino. Posso estar sendo bem pretensiosa ao criticar uma obra de William Shakespeare, porém, não posso relevar esse dissabor causado em suas páginas finais.
Contudo, gostando ou não de sua finalização, estamos falando de Shakespeare, logo, 'Antônio e Cleópatra' é uma peça/ livro muitíssimo bem escrito com diálogos e acontecimentos intensos que despertam no leitor uma leve curiosidade sobre o envolvimento histórico dos personagens citados ali.
Usando e abusando de jogos de palavras entre a paixão e a política, ele provou há muito tempo que um não pode viver sem outro... infelizmente.
(...) Reinos não passam de barro; da mesma terra fétida alimentam-se homens e feras. Na vida, a nobreza está em proceder assim, quando podem assim proceder os dois que formam um par de tal modo sincronizado.