Ana (PopHD) 03/10/2011
O Tigre de Sharpe é aventura digna de herói de cinema (www.pophd.com.br)
Gosta de ler ficção histórica? Então, muito provavelmente, você já deve ter ouvido falar de Bernard Cornwell. E se não ouviu (e não leu), não sabe o que está perdendo. O britânico, radicado nos Estados Unidos, é um dos melhores autores do gênero na atualidade (se não for o melhor). O autor se tornou conhecido por aqui graças a suas duas trilogias, As Crônicas de Arthur e A Busca do Graal, contudo, foram as histórias sobre Sharpe que fizeram sua fama internacional.
O Tigre de Sharpe conta a história de Richard Sharpe, os primeiros anos no exército do recruta inglês que mal sabe a idade que tem, órfão e de origem miserável, que se alista no 33º Regimento do Rei, apelidado de Havercakes (os biscoitos de aveia) para não ser morto, e vai parar na quente e inóspita Índia em 1799 no cerco a fortaleza de Seringapatam, controla pelo poderoso e esperto, Sultão Tipu que tem o peculiar costume de alimentar seus tigres de estimação com inimigos e traidores.
Pensando seriamente em desertar, juntamente com Mary, viúva de um sargento, ele cai numa armadilha montada pelo sargento Hakeswill, sujeito nojento que inveja o jovem recruta pela sua aparência e sorte com as mulheres, e acaba sendo condenado a duas mil chibatadas.
Contudo, a sorte de Sharpe muda, mas nem tanto, quando ele e o jovem tenente Lawford são enviados numa missão suicida: eles precisam se infiltrar como desertores em Seringapatam, descobrir as fraquezas da fortaleza e, de quebra, resgatar o chefe de inteligência da Companhia das Índias Orientais, o coronel McCandless, tio de Lawford, antes da invasão das tropas britânicas.
Este é o primeiro volume, publicado no Brasil, da série As Aventuras de Sharpe. A Editora Record tomou o cuidado de lançar a série pela ordem cronológica de acontecimentos dos livros, já que Cornwell ainda escreve as histórias de Sharpe sem seguir uma cronologia específica.
O Tigre de Sharpe é uma aventura de tirar o fôlego, recheada, como não podia deixar de ser, de elementos e lugares históricos, indo da organização dos exércitos britânicos, com o seus vários regimentos, oficiais, táticas de combate, ao modo de vida de população hindu, que vivia espremida na guerra por poder. Muitos dos personagens são figuras históricas verdadeiras, o que só deixa o livro ainda mais interessante.