Luiza.Thereza 29/10/2015A MetaEsse é um dos momentos em que eu me sinto estranha por estar me amarrando em um livro que está sendo intitulado de chato por quase todo o resto da turma.
A proposta é explicar (a aplicar) uma teoria administrativa por meio de um romance. Tanto a empresa quanto os personagens que dão vida ao enredo são fictícios (no máximo, baseada em pessoas e situações verídicas), mas a teoria aplicada e explicada é bem real.
Alex Rogo é o gerente de uma fábrica da UniCo. instalada em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Inicialmente, Alex não consegue entender o porquê de sua fábrica ter tantas dificuldades em seus processos produtivos mesmo com a utilização de maquinários de primeira qualidade. A situação fica mais desesperadora quando ele recebe a noticia de que sua unidade de produção pode ter suas portas fechadas caso ela não se tornasse mais atrativa aos investidores. As coisas começam a se desenrolar quando ele se lembra de uma conversa com um antigo professor de faculdade. Nessa conversa, Jonah consegue, por meio de tres perguntas simples, saber que a fábrica de Alex está enfrentando problemas.
Uma das coisas que tornaram o livro interessante, é que Jonah não dá respostas prontas a Alex, mas o ajuda a encontrar tanto as perguntas pertinentes aos problemas quanto as respostas que o ajudarão a colocar em prática o que for necessário para que a empresa alcance sua meta principal.
Para os administradores de plantão (e para os demais leitores que porventura se interessem pelo assunto), aqui vai um aviso em letras garrafais: ESSE LIVRO É UMA VERDADEIRA AULA DE GESTÃO DA PRODUÇÃO!
Os comentários que ouvi dos que já leram (ou que estão lendo) é que esse é livro chato e repetitivo. Bom, acabei de ler a pagina 125 (15h11min do dia 13/10/13) e tudo o que pude perceber (por enquanto) foi o processo de construção de raciocínio: começa a partir de uma premissa fora do contexto da Uni.Co., vai para um contexto não necessariamente relacionado a fábrica (mas que ajuda no entendimento de Alex sobre o assunto), progride para um planejamento de ação e acaba na aplicação da ação. Devo dizer que, ao menos por enquanto, “A Meta” pode ser qualquer coisa, menos chato e repetitivo.
O que me leva a outro ponto interessantíssimo desse livro: ele faz a convergência entre diversos tipos de ciência e os insere a Administração. Não estou falando daquele monte de fórmulas que engolimos em nosso ensino médio. A convergência se faz por meio do raciocínio que está por trás de algumas descobertas científicas. Em um determinado momento, por exemplo, o autor aproxima algo usado na administração que é muito encontrado na física: a relação chave SE... ENTÃO. E não só a física é citada, como também a química e a filosofia. E essa convergência foi muito bem utilizada, os exemplos foram válidos e as ocasiões pertinentes. Tudo ficou muito claro e de fácil entendimento.
A verdade é que talvez esse Romance Administrativo (perdoem-me, mas não achei definição melhor para ele) pode não ser do gosto de todas as pessoas, de fato, acho que pouca gente o acharia agradável. Mesmo assim eu o recomendo (principalmente aos futuros administradores), afinal, não sempre que se pode conhecer uma mistura tão inusitada como essa.
site:
http://www.oslivrosdebela.com/2013/11/a-meta-um-processo-de-melhoria-continua.html