A Queda

A Queda Diogo Mainardi




Resenhas - A Queda


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Marcone 08/09/2012

"A Queda", Diogo Mainardi

Livro de memórias de um pai e sua experiência com seu filho portador de paralisia cerebral. Mas muito mais que isso. Memórias e referências artísticas de um pai culto e inteligente. E de uma sensibilidade assustadoramente bonita. E muito bem humorado. Um livro belíssimo. Saber cair tem muito mais valor do que saber caminhar.

Eu não queria citar nenhum termo chulo nesta resenha. Mas vou me permitir fazer isto, porque não sou resenhista profissional e não preciso prestar contas a nenhum editor. Aliás, vou citar dois termos chulos: Mino Carta. Em 2006, Mino Carta escreveu que "o máximo que Diogo Mainardi produz com perfeição é paralisia cerebral". Acabei de ler "A Queda" e posso concluir, com serenidade, a minha resenha: a pior deformidade que existe é a deformidade moral, de gente como o dos termos chulos.
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Isis Costa 22/11/2023minha estante
Gostei muito da resenha!




Kelly Oliveira Barbosa 24/03/2020

Diogo Mainardi (1962- ) é um dos jornalistas que criaram em 2015 o amado e odiado site jornalístico autointitulado de direita: Antagonista. Reacionário assumido. Um mordaz crítico das esquerdas e do populismo político no Brasil e mais especificamente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já à época do escândalo do mensalão, quando utilizou seu espaço na coluna da revista Veja para incomodar o Partido dos Trabalhadores e os demais “companheiros”.

A Queda publicado em 2012 pela editora Record, porém, nada têm a ver com o jornalismo ou com a política nacional. A Queda é a expressão dos sentimentos desse Mainardi polêmico, daquilo que foi um divisor de águas na sua vida.

Seu primeiro filho, Tito, nasceu com paralisia cerebral causada por um erro médico no difícil parto de sua esposa Anna, num hospital de Veneza.

Com uma estrutura bem interessante dividida em pequenas notas, segundo Mainardi: os passos de seu filho que tem uma grande dificuldade de caminhar; ele mergulha em sua aflição a partir do dia do parto nos contando essa história ao mesmo tempo que colocando para fora, como uma represa de água que der repente se rompe, aquilo que estava guardado dentro de si. Tudo escrito num estilo bem próprio e a partir de inúmeras referências históricas – como a eugenia nazista, a arquitetura de Veneza e grandes descobertas da medicina -; artísticas – como a obra do pintor holandês Rembrandt van Rijn -; e literárias – como Proust, Shakespeare, Stevenson, Mark Twain e outros.

Eu diria que a paternidade é o grande tema do livro. Mainardi afirma várias vezes como sua vida mudou por completo depois do nascimento de Tito: “A paternidade tornou-se minha ideologia”. De fato a condição de pai para o autor beira à idolatria e isso em suas próprias palavras: “Tito se tornou meu Deus”, “Tito era o Todo”. Todavia a partir do excesso fica a questão para o leitor refletir: o que seria de fato a paternidade e mais, como essa tem sido entendida pelos homens, pelos pais. Se Mainardi exagera, há com certeza quem considere a paternidade de forma frívola.

O título da obra não poderia ser outro e mais perfeito. A queda de forma direta na obra se refere ao já mencionado: a dificuldade que Tito tem para andar vindo sempre a cair. Mas indiretamente se refere a todas as quedas humanas. Mainardi mesmo ateu consegue ver, talvez num borrão, a queda infinita do homem. Caímos em Adão e continuamos caindo desde então – “destituídos estamos…”[1]. Caímos na vida, falhamos, nos levantamos para cair novamente, é assim. Na vida “saber cair tem muito mais valor do que saber caminhar”. E da queda final, da morte, só há um que pode nos levantar e Ele é o próprio Caminho!

"…o grande segredo da invalidez é que todos aqueles que convivem com ela sabem que uma pessoa inválida é apenas uma pessoa que amam." (p.63)

"Espantosamente, a paralisia cerebral de Tito, para mim e para Anna, em momento algum representara um motivo de dor. Espantosamente, a paralisia cerebral de Tito, para mim e para Anna, em momento algum representara um peso." (p.63)

"Quando vi Tito na incubadora, no dia de seu nascimento, compreendi que o amaria e o acudiria para sempre." (p.149)

[1] Citação de Romanos 3:23

site: https://cafeebonslivros.com/2020/01/27/resenha-livro-a-queda-de-diogo-mainardi/
Jessé 24/03/2020minha estante
Que show, você leu A Queda! Parabéns pela resenha!


Kelly Oliveira Barbosa 24/03/2020minha estante
Por sua indicação. Obrigada!


Gerlane 25/03/2020minha estante
Ótima resenha, Kelly! Já pensou em ser escritora? Particularmente, gosto muito da forma como você escreve. E que história tocante!


Kelly Oliveira Barbosa 26/03/2020minha estante
Obrigada Gerlane!
Está nos planos em plena execução :)
Novidades em breve, te aviso!


Luiz Rodrigues 26/03/2020minha estante
Parabens!


Gerlane 26/03/2020minha estante
Por nada! Que ótima notícia! :)


almeidalewis 21/01/2022minha estante
???? resenha ? ??


Kelly Oliveira Barbosa 21/01/2022minha estante
Obrigada Almeida!




Rodney Eloy 20/08/2012

A Queda de Mainardi
O estilo de Mainardi é inconfundível, além de comovente e bem humorada, a narrativa apresenta ricas ilustrações da arte, história, literatura etc Recomendadíssimo!
Mônica 31/08/2012minha estante
Achei o livro bem abaixo da media de qualidade exibida por Mainardi. Decepcionei-me. Prefiro quando discorre sobre política, com seu humor ferino e critica mordaz.


Cid Roberto 03/09/2012minha estante
Gostei muito da maneira pela qual a narrativa se desenrola, misturando o passado com o atual. Belíssima maneira de um pai mostrar a todos o seu amor, dedicação e empenho pelo filho tal especial.




Mage 26/06/2021

tive a impressão de que ao longo do livro o autor, e pai, só queria achar um culpado para a situação do filho dele, quando na realidade a culpa é tanto dele quanto dos fatores externos
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Ludmila 20/07/2021

Eu acho que gostei, não tenho muita certeza... a história é linda mas a forma da escrita não me prendeu.
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Nalini 23/01/2013

Merece o título "Um dos melhores que já li"
Nunca tive a menor vontade de comprar um livro de Diogo Mainardi. Diogo na Veja eu adorava, era só o que eu lia naquela revista...às vezes ia às Páginas Amarelas também, mas a coluna dele era meu ponto.
Dia desses mexendo num tablet recém-comprado resolvi pesquisar um e-book e encontrei o primeiro capítulo grátis do livro A Queda - As memórias de um pai em 424 passos. Eu sabia que ele tinha um filho com paralisia cerebral, mas não fazia a menor ideia de como aquele homem tão ácido trataria do tema, o que me fez abrir rapidinho o arquivo e comprar o livro assim a parte grátis acabou-se.
Durante um dia meu marido e eu lemos o livro. Ele lia em voz alta e às vezes parávamos para algum comentário sobre as construções de imagens fabulosas que Diogo ia construindo.
Você consegue contar o filme ET para um adolescente de 17 anos e fazê-lo ficar empolgado tanto quanto você!? Pois é! Eu jamais conseguiria explicar quão emocionante é este livro, só conseguia pensar, durante a leitura, no Mozart, que (dizia) recebia as peças prontas dentro de sua mente e por isso as escrevia sem fazer rascunho.
A Queda parece ter sido escrita numa sentada e sem rascunho. Não conto as vezes em que senti imensa vontade de chorar, mas nunca de pena do pai ou do filho ou da mãe, mas de comoção pela história e pela sensibilidade de Diogo. A Queda parece uma teia, uma renda bem feita, uma vida em exposição, uma idosa nua na calçada numa noite de neve. É tudo isso, e muito mais a quantidade de sentimentos que desabrocham dentro da gente depois que lemos o livro. E não é pela história, pois dela eu falo em 5 minutos e pronto, não apenas pelo relato, mas por tudo isso e mais a emoção que literatura nenhuma consegue fazer melhor do que um pai-ótimo-escritor.

Nota 1: meu 1º e-book
Nota 2: aos 40 anos descobri que ADOOOORO emprestar livros, agora sei que não serei dessas que migrará definitivamente para os e-books

Abaixo, algumas resenhas sobre o livro. Aconselho a da Bravo, fantástica! E da Veja, retirei a fala a seguir:
O nascimento de Tito me fez deixar os romances de lado, porque mudou o narrador. Em meus romances, eu era o narrador onisciente, que comandava o destino de um bando de personagens idiotas. Depois de Tito, eu me tornei o personagem idiota, e meu destino passou a ser narrado por um menininho de pernas tortas que nem sabia falar. Morreu a minha soberba autoral e, sem ela, era impensável continuar a escrever romances. Dito de outra maneira: eu sempre imaginei que saberia manter um razoável controle sobre os fatos de minha vida. Tito me mostrou, porém, que eu nunca controlei porcaria nenhuma, e que a única possibilidade de livre-arbítrio ao meu alcance estava na leitura dos fatos, e não nos fatos em si.

http://bravonline.abril.com.br/blogs/entretantos/2012/09/30/a-queda-de-diogo-mainardi/
http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/uma-queda-para-o-alto
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moacircaetano 24/09/2023

Pungente, dorido, por vezes chocante.
O passeio pela dor e pela tristeza de um pai é ainda mais excruciante para quem também é pai...
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Ana 16/01/2023

Repetitivo
Nessa "autobiografia" Diogo conta sua experiência de, após um erro médico, ter um filho com paralisia cerebral e de como sua vida mudou a partir disso. Ele conta a história de Tito enquanto entrelaça ela a momentos históricos e da arte.
No começo é interessante a forma como ele liga os acontecimentos da história da arte e da medicina e como eles indiretamente afetaram / causaram a paralisia de seu filho, mas isso logo se torna repetitivo e cansativo.
Eu entendo a ideia de história circular, mas era realmente necessário voltar tantas vezes ao ponto inicial?
Foi legal descobrir mais coisas sobre essa doença e de como mudou a forma como isso é tratado, mas essa é realmente a parte mais interessante do livro, e talvez a única.
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e-zamprogno 12/11/2023

Um tema tenso tratado com leveza
Que o livro é sobre o filho que desenvolveu paralisia cerebral por um erro médico no parto talvez você já saiba pela sinopse ou outras tantas resenhas. Então o que eu posso acrescentar é falar do que eu particularmente gostei.
Ele tem um estilo de escrita diferente, eu diria inovador, pois mesmo não sendo um poema é escrito em forma de "estrofes", que nada mais são que os 424 "passos" do subtítulo. É cheio de referências, falando muito de medicina, mas também de arte, de história, de cultura de um modo geral, de viagens… ele liga todos estes assuntos, sempre trazendo muitas referências, à experiência pessoal de criar o filho com deficiência, que poderia ser um tema tenso e pesado, mas se torna leve e fácil com esta abordagem.
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Vanessa 12/02/2020

Livro interessante. Às vezes parece-me faltar um pouco de emoção na fala do pai.
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Leonardo 18/05/2013

Uma bela história contada em passos bem traçados
Disponível em http://catalisecritica.wordpress.com

Diogo Mainardi é aquele jornalista que escrevia para a Veja. Sempre polêmico, atacando tudo e todos, especialmente Lula, para quem ele até dedicou um livro – Lula é minha anta. Ah! Ele também ataca o Brasil, os brasileiros e tem um discurso arrogante e cheio de empáfia.

Antes de saber que ele escrevia para a Veja, eu li um livro que ele escreveu chamado o Polígono das Secas. Isso foi há muitos anos, acho que por volta de 1992 ou 1993 e sequer lembro como esse livro chegou às minhas mãos. Também não lembro de absolutamente nada da história, apenas de que me deixou uma bela impressão que, sinceramente, não faço ideia se perduraria no caso de uma releitura.

Não sou de esquerda. Não simpatizo com Lula de maneira alguma. Meu pensamento político pende definitivamente para o lado direito. Apesar disso, detesto arrogância, e por esse motivo nunca fui fã das crônicas de Diogo Mainardi.

Por que então, você me pergunta, você foi ler um livro escrito por ele?

Comprei este livro para dar de presente à minha mãe ontem, no dia das mães. Infelizmente não viajei para o interior e não pude entregar o presente e, o que é bem pior, não pude abraçá-la. Aproveitei, contudo, a ocasião, para ler o livro. Já tinha visto diversos elogios à obra, e o tema – um relato pessoal sobre a convivência com um filho com paralisia cerebral – me chama a atenção, especialmente porque eu sabia que o autor jamais soaria sentimentaloide.

Tito tem uma paralisia cerebral.

É assim que o Diogo Mainardi começa o livro. A segunda frase do segundo capítulo ou, melhor ainda, do segundo passo do livro, que é dividido em 424 passos, começa assim:

Eu imputo a paralisia cerebral de Tito a Pietro Lombardo.

Diogo Mainardi explica então porque Pietro Lombardo, um importantíssimo escultor da Renascença italiana, tem responsabilidade direta pela paralisia cerebral de seu filho. O autor não tem medo de demonstrar um alto grau de erudição aliado à cultura pop. Faz referência, por exemplo, a Ezra Pound para logo em seguida falar de Desmond Miles, herói do jogo Assassin’s Creed. Vai de Vertigo, de Hitchcock, a Ricardo III, de Shakespeare. Ricardo III é chamado pelo bardo de “inacabado”, “incompleto”, “imperfeito”, “torto”, “anormal”, “massa informe”, “sapo venenoso” e “cachorro sangrento”. Também tinha “uma perna menor do que a outra” e os membros “mirrados como ramos secos” tinha uma corcunda “igual a uma montanha” e era “desproporcional em todas as partes do corpo”. Tudo isso para dizer que o Dr. William John Little, um médico da Obstetrical Society, de Londres, diagnosticou, em 1861, Ricardo III como portador de uma paralisia cerebral, decorrente de um parto prematuro.

O autor conta também como foi levado adiante o programa de eutanásia involuntária de Adolf Hitler, denominado T4, que usou termos como “Morte piedosa”, “Eutanásia”, “Vida sem valor” e “Vida inútil de ser vivida” para legitimar o extermínio em massa de milhares de recém-nascidos inválidos. Em sua segunda fase, além de exterminar os recém-nascidos inválidos, foram incluídos os adultos inválidos, os doentes mentais, os epiléticos e os alcoólatras. Depois começou o extermínio de judeus, e todos sabemos a história…

Mas o foco do livro não é isso. Se Diogo Mainardi fala de Pietro Lombardo, Ezra Pound (que odiava os judeus), de Assassin’s Creed, de Dante, de Hitler, Neil Young e até de Lula, é para voltar sempre a Tito, seu filho. Em vários momentos do livro ele escreve:

A história de Tito é assim: circular.

Em muitos momentos, muitos mesmo, Diogo Mainardi deixa claro que sua vida gira em torno de Tito. O pequeno é seu Deus, seu Tudo, seu Absoluto, sua Lei da Gravidade. Por causa dele, Diogo e sua família mudaram-se de Veneza para o Rio de Janeiro, onde era mais quente e onde Tito poderia ficar o tempo todo sem camisa e poderia andar na areia, recomendações dos médicos. Por causa dele foram a Boston atrás de especialistas e gastaram 30 mil dólares em tratamentos que não deram certo. Por causa dele Diogo Mainardi começou a intensificar sua atividade como jornalista e deixou de lado a literatura para ganhar mais dinheiro.

Diogo Mainardi relata como foi o nascimento, o erro da médica que queria apressar o parto e por isso furou o saco amniótico, o que acabou provocando asfixia em Tito por sete minutos, causando uma paralisia cerebral. Ele conta como foram os primeiros meses, como buscou tratamento, como seu filho aprendeu a usar um andador, como foi aprendendo a falar, como começou a conquistar seus primeiros passos. Duzentos e dezoito passos na areia e depois a queda. E Tito sempre caía sorrindo. E sempre caía, isso também era invariável.

É inegável o talento de Diogo Mainardi para fazer associações e contar a sua história de maneira fragmentada, interrompida, espasmódica. Também é notável a sua sinceridade e a sua entrega a seu filho, sua devoção, sua perseverança.

Para mim, o problema de A Queda não está exatamente em A Queda, mas em outro livro. Pouco tempo atrás li O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza (resenhado aqui). Por mais que eu não goste de comparações, os livros são muito semelhantes: ambos são obras literárias oriundas de um relato extremamente pessoal de dois escritores talentosos. Enquanto Tezza fala da experiência de ter um filho com Down, Mainardi fala de Tito e de sua paralisia cerebral. O problema, como falei, é justamente eu ter lido O Filho Eterno. O estilo de Tezza já ajuda. O jeito agressivo e muitas vezes arrogante de Mainardi não me agrada. Tezza rasga-se em O Filho Eterno e deixa o leitor sem palavras. Sem ser melancólico ou dramático, transforma uma história pessoal difícil mais “normal” (digo normal porque Tezza não foi o primeiro nem será o último pai de uma criança com Down) numa fina obra de arte. Mainardi traz um relato correto, corajoso. É uma leitura que vale a pena mas que não alcança o nível de preciosidade literária.
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Bruna 26/08/2020

O começo é bem maçante, mas do meio pra o final a história toma forma e se torna interessante. O livro se revela emocionante. Vale a pena a leitura!
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Bruna 27/12/2021

Uma leitura comovente que me toca primeiramente pelo fato de se tratar de memórias entre pai e filho e eu como mãe me sinto completamente envolvida por esse amor tão gigantesco. Por outro lado, simplesmente amo a rapidez de raciocínio, o humor ácido e a forma em que com poucas palavras o Diogo Mainardi sempre consegue passar suas mensagens. Uma leitura leve e tocante.
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Marcelo 10/02/2020

Livro fantástico. Dá para sentir toda a emoção do Diogo ao escrever sobre seu filho e sua estória de superação e sobrevivência.
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