@admiravel_leitura 29/09/2023Sensível e doloroso. Uma história crua, real e visceral sobre o Alzheimer.Um livro emocionante e com uma carga dramática intensa e dolorosa.
O mérito para a avalanche de sentimentos expostos ao longo da trama é totalmente da autora, Lisa Genova, uma pesquisadora influente e PHD no campo da neurociência, que por ser uma especialista em Alzheimer, consegue tornar essa história íntima, real e comovente.
É doloroso acompanhar a jornada de Alice enquanto ela se perde de si, deixando para trás seus sonhos e aspirações, se tornando outra pessoa, alguém totalmente dependente dos outros. É impossível não se emocionar com suas dores e medos, não se colocar em seu lugar e não sentir empatia pela personagem.
Afinal, o Alzheimer é um mal capaz de atingir qualquer um de nós.
E um dos pontos mais bem explorados no enredo é a própria relação familiar de Alice com seus filhos e marido, principalmente após o diagnóstico.
A não aceitação, o medo, as angústias, as dúvidas e o sentimento de impotência estão presentes ao longo de toda a narrativa e é através desses conflitos que o leitor compreende a forma como a doença é capaz de afetar cada pessoa de maneira diferente. Acompanhar a matriarca da família esquecendo aos poucos os nomes, datas importantes e, até mesmo, as feições de seus filhos e marido é doloroso.
Ou seja, essa é uma leitura empática.
E mesmo que a mente de Alice se perca aos poucos, ela tenta, ao longo da obra, ser ela mesma. No entanto, o Alzheimer é uma doença incapacitante responsável por fazer a mente de alguém regredir aos poucos e mesmo que a personagem se esforce para manter seus hábitos diários e ser minimamente independente, existe um momento em que nada disso é possível.
A palestra de Alice sobre como é difícil conviver com o Alzheimer dia após dia é o ponto mais alto, emocionante, triste e belo da obra.
Por fim, perceber como o Alzheimer é uma doença capaz de afetar todo um seio familiar me fez refletir sobre a importância de valorizar os nossos hojes, com as pessoas que amamos.
Então, em uma breve reflexão, não deixe para amanhã o que você pode aproveitar hoje!
Diga “Eu te amo”; tenha bons momentos e boas recordações; tire fotos; escreva um diário.
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