Sobrevivente

Sobrevivente Chuck Palahniuk




Resenhas - Sobrevivente


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Thiago 22/12/2019

O poder do controle
Dobradinha de Chuck Palahniuk, saindo diretamente do Clube da Luta e caindo (ou subindo?) em Sobrevivente, segundo livro do autor.
Aqui eu já me vi familiarizado com o estilo de escrita que o mesmo descreve como "escrita transgressiva". Eu chamo de escrita avoada :p
Misturas ou intercalações de falas com pensamentos e situações, com informações cuspidas no meio que, às vezes, parecem não fazer sentido até que o leitor esteja acostumado com o estilo. Me senti lendo uma continuação do Clube da Luta nesse sentido.

A primeira metade do livro foi um tanto cansativa, mas a segunda compensa. O livro nos é apresentado através de uma estética que já pesca a atenção, com os capítulos vindo de trás pra frente, dando a ideia de que a narrativa se passará assim (embora descubramos que não, é uma daquelas histórias que jogam o final e vão elucidando o meio para, depois, retornar ao final).

Então, Tender Branson sequestrou um avião. No início do livro, ele despacha o último passageiro, o piloto, que cai tranquilo de pára-quedas. O piloto sai com uma dúvida: por que esse cara quer tanto se matar?
Vamos descobrir por que Tender Branson sequestrou o avião e anseia tanto a morte. Ao longo de quase 400 páginas vemos sua vida sendo narrada por ele mesmo para a caixa preta do avião, indestrutível. O ponto onde sua vida, finalmente, esteve sob seu controle.

Chuck Palahniuk aborda em Sobrevivente o poder que determinados grupos podem exercer, mentalmente e fisicamente, sobre seus membros. O caminho doloroso que essas pessoas precisam passar para a sua libertação. O entendimento do que é, de fato, essa libertação.
O poder da repressão sexual religiosa. O controle da mídia sob a construção de uma imagem falsa, plástica e decrépita de líderes religiosos, gurus, perante as massas.

Eu diria que Sobrevivente é um ensaio sobre poder perpassando níveis de impacto, de personagem a personagem, depois entre grupos, passando para a sociedade em geral. Possui uma grande crítica acerta do que podemos ou não controlar, do que podemos ou não fazer do nosso "destino", sobre o que é destino e quem o controla ou não por nós.

Convido vocês a abrirem a caixa preta da trágica vida de Tender Branson enquanto ele cai com o voo 2039!
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mpin 03/10/2019

O esgotamento de uma narrativa religiosa e uma vítima disso
Fazendo jus a seu estilo, Chuck Palahniuk entrega mais uma história que flerta com o anarquismo ao tempo que tece uma afiada crítica à sociedade de consumo norte-americana. Recheada de personagens à margem da sociedade, o autor traça alguns paralelos com passagens bíblicas, dado que o protagonista é membro de uma seita religiosa que desapareceu após um suicídio em massa de seus fiéis. Pouco a pouco, a trajetória de Tender Branson vai revelando as mais diversas contradições e aproximações do fanatismo religioso com o consumismo. No mundo de Sobrevivente, nada é sagrado e tudo é negociável. Inclusive a religião em si. Embora a presença de Fertility pareça facilitar a trama demais em alguns momentos, a forma com que as previsões dela se desenrolam rendem um final intrigante que provoca o leitor e o deixa com uma pergunta no ar.

A alienação causada por uma seita faz com que Tender Branson questione-se, o tempo todo, o propósito de sua existência. E nesse processo, o status quo de sua sociedade passa por esse crivo junto com ele. Fugas em casas móveis, criação de doenças para manter a atenção da assistente social, o vício pela fama, a tentação de persuadir suicidas a se suicidarem, já que, segundo a visão de mundo de Tender, elas já teriam cumprido seu papel. Ou seja, um complexo de Deus da qual ele talvez sequer se dê conta, apesar de sua vida ter sido alvo de diversos abusos exatamente em nome Dele. Parece o pensamento de um vilão, mas a seita da qual ele participava limita tanto sua condição humana que Tender passa sua jornada do herói inteira em busca de um autoconhecimento que parece ser consumível como todo o resto.

Diferente de Clube de luta, Tender não quer mudar o mundo, não quer atacar o status quo. Quer apenas viver o bastante para sentir que seu papel no mundo, de acordo com os ensinamentos que recebeu, chegou. Mas as coisas não acontecem tão fácil quanto ele espera, e temos na assistente social, que representa o papel indolente do Estado em lidar com os socialmente excluídos, e no agente, que representa o papel cínico e manipulador da indústria do entretenimento, contrapontos interessantes. Não há redenção nem finais felizes no mundo de Palahniuk, e Sobrevivente reza pela cartilha. Claro, ele poderia ter maneirado um pouco nessa mania de criar personagens hipocondríacos com certa obsessão pela violência, mas são elementos que casam bem com a história proposta.
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Larissa | @paragrafocult 24/09/2019

"A realidade significa que você vive até morrer"
Já tem alguns anos que sou leitora assídua do Chuck. Falei no primeiro post aqui do blog aqui que eu tenho vários livros do autor e que ele está no meu Top 5 de autores preferidos. Porém tem algo que eu não posso negar: o cara escreve livros com personagens bem malucos para poder criticar assuntos bem atuais daquele jeito que só ele sabe fazer. Como eu disse no outro post, Chuck Palahniuk não é um autor fácil de se ler. Meu primeiro contato com ele foi em Clube da Luta, livro que ficou mais conhecido por conta de sua adaptação para o cinema que é maravilhosa. Depois disso eu li Condenada, Maldita, Clube da Luta 2 e agora Sobrevivente.
Porém, não sei exatamente qual o motivo mas seus livros têm me animado cada vez menos. Parece que ele está escrevendo a mesma coisa, sobre as mesmas pessoas. O livro não é ruim. De longe é o segundo melhor que li dele, perdendo apenas para Clube da Luta, porém, mesmo assim o livro não surpreende, acho que justamente pelo estilo de narrativa ser o mesmo de seu livro de maior sucesso.O livro começa já no capítulo 47, o último. Sim, os capítulos vão passando do maior para o menor, começando já com o protagonista dentro de um avião prestes a cair, decidido a contar a sua história e o que o levou até ali. Uma contagem regressiva para a morte iminente do personagem.
Aqui conhecemos Tender Branson, um homem em seus trinta e poucos anos que trabalha como mordomo na casa de uma família rica e que é sobrevivente de um suicídio coletivo da Igreja do Credo na qual foi criado até os dezessete anos, quando vou obrigado a ir para o mundo exterior assim como outros de sua idade. Ele é muito eficiente em seu trabalho, e como em Clube da Luta onde Chuck nos ensina a fazer napalm (não façam isso em casa), aqui aprendemos várias coisas úteis com o personagem porém que nada tem a ver com bombas.Tender vive no tédio. Se sente um traidor por ainda estar vivo já que segundo as regras da comunidade religiosa em que viveu, quando houvesse o arrebatamento, TODOS deveriam se "libertar", porém lá estava ele, vivinho. O único de sua enorme família que não se matou. Mas não comece a sentir empatia ou pena de Tender. Ele é, na minha opinião, uma pessoa horrível. Para ajudar a diminuir seu tédio, o mesmo fez adesivos com seu número de telefone se apresentando como alguém que poderia ajudar sendo um apoio, ombro amigo para aqueles que pensavam em suicídio, colando em vários telefones públicos.
Quando recebia essas ligações de pessoas desesperadas por salvação, por alguém que lhes quisesse vivo e bem, ele se sentia poderoso, chegando ao ponto de decidir se dizia para alguém se matar ou não apenas se gostasse da voz de quem ligava. A narrativa desse momento é repleto de frieza.
As páginas do livro são lotadas de críticas sociais, muitas, além de um humor extremamente ácido que deixa óbvio que o autor queria chocar o leitor (coisa que ele faz em todos os seus livros ou que ao menos tenta). Fanatismo religioso, a forma como algumas pessoas usam da religião do outro para lucrar em cima disso, o mercado que quer fabricar "escravos" perfeitos que trabalhem felizes sem pensarem em si mesmos, a fabricação de um "líder religioso" para vender produtos, a falta de empatia são apenas alguns dos temas que ele aborda para criticar, ele tentou mexer em muitas feridas ali.O livro é cheio de frases de efeito, assim como suas outras obras, tendo alguns momentos nonsense e outros cheio de humor ou agressividade. Ele pega um tema e o destrincha na hora de escrever, exagerando em alguns tópicos mas sem perder a mensagem que quer passar e sem deixar de te fazer questionar alguns assuntos. É uma pena que o livro não tenha me surpreendido. Acho que quem já o lê faz tempo, como eu, vai achar a história repetitiva porém repito que a mesma é divertida e vale a leitura, principalmente para quem não o conhece.
O livro foi lançado originalmente em 1999 e teve seus direitos para o cinema comprados naquela época porém após os ataques de 11 de setembro, o projeto foi arquivado.

site: https://paragrafocult.blogspot.com/2019/09/resenha-sobrevivente-de-chuck-palahniuk.html
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Fa 30/07/2019

Imprevisível, divertido e reflexivo
É incrível como o livro nos faz rir e ao mesmo tempo refletir diante de várias situações. Terminei o livro com um certo "vazio existencial", mas logo passou quando olhei em volta e percebi que o caos é inevitável pra todos nós...
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DaniBooks 01/06/2019

Sobrevivente
Sobrevivente conta a história de Tender Branson, um sobrevivente de um seita chamada Crendice. Ele mesmo narra sua história de dentro de um avião que ele sequestrou e que está em queda livre.
A narrativa, no início, não é linear. Além disso, traz a oralidade marcada na escrita, muita ironia e humor, às vezes, negro. Não é uma grande história e não me prendeu. Em alguns momentos o livro fica extremamente cansativo. O enredo é fraco e a construção dos personagens deixa a desejar. Só não é pior porque os capítulos são curtos, o que dá uma certa agilidade à leitura e permite ao leitor prosseguir. E também há uma crítica mordaz à midiatização e à necessidade que as mídias sociais trouxeram de sermos notados, além de toda a vida ?maquiada? nessas mesmas mídias. Enfim, não foi uma boa experiência de leitura.
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Leonardo.Heffer 10/03/2019

Infelizmente incompreendido por mim
Meu segundo livro do autor, Palahnuk parece ainda não ter me entrado na cabeça. Considerado um grande autor do meio underground americano, Chuck mantém sua crítica ácida à sociedade norte-americana, sua cultura e seu modo de vida. Assim como em a Canção de Ninar, primeiro livro do autor que li ? e também nesse ano ? a ideia é bater de frente com os costumes, ironizando as situações, ao ponto de mostrar o quanto elas são absurdas, e ainda assim são como são na vida real.

No entanto, o brilhantismo que tanto alguns pintam sobre o autor parece não ter chegado à mim. Na certa, ou ainda não estou preparado para ele, ou talvez não tenha levado em consideração a sociedade americana à época do livro (1999, embora no Brasil só tenha chegado bem depois).

Para mim ele segue a mesma fórmula de escrever de A Canção de Ninar, sem alterar muita coisa a não ser seus personagens. Todas as outras linguagens e metáforas ? inclusive a não linearidade de alguns momentos, estão lá ? incluindo também algo que me incomoda tanto ? a falta de sequência de alguns momentos ? em um capítulo ele está no ponto A, no capítulo seguinte ele está no D, sendo que o B e o C fazem falta, pelo menos para mim.

Outra possibilidade é que talvez não tenha começado por seu livro mais conhecido, O Clube da Luta. Talvez por já ter filme, seja algo mais familiar e mais fácil de compreender ? já que já vi e até gosto do filme. Mas ainda acredito que Palahniuk não é o meu estilo ou tipo de autor. Infelizmente. Assim como disse em A Canção de Ninar, gostaria de poder compreender a genialidade de que tantos falam do autor. Mas não foi dessa vez. Mais uma vez.
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Franco 21/10/2018

Para quem queria mais Clube da Luta, achou
Sejamos francos: a maioria de nós chegou até esse livro graças a Clube da Luta. E o mais curioso de Sobrevivente é que ele recompensa quem fez esse caminho, e recompensa com muito respeito.

Palahniuk repete muito do que tínhamos lá no Clube. Um protagonista meio perdido e em profunda mutação. Um fenômeno que envolve massas e a necessidade dessas de crer/adorar/se envolver em algo. Um contexto urbano e capitalista. Uma trama que não é, de forma alguma, otimista sobre como são o mundo e as pessoas. E, é claro, a crítica constante à nossa sociedade com suas regras, vícios e características. Até mesmo a estrutura narrativa, começando pelo fim, se repete.

Só que o grande mérito de Palahniuk é que ele faz tudo isso sem parecer um repeteco malandro. Não sentimos que o autor pegou uma fórmula batida e tentou reproduzi-la só porque da primeira vez deu certo. Quem sabe ele até tenha feito isso mesmo, mas o fez tão bem que se torna absolutamente perdoável. E por isso Sobrevivente recompensa quem queria um pouco mais de Clube da Luta, mas recompensa com respeito.

No mais, o protagonista é cativante (a seu modo...), a trama nos deixa curiosos e envolvidos, e a escrita é gostosa de ler e fácil de assimilar.

Um livro que vale ser lido, e mesmo se você não chegou aqui pelo Clube da Luta.
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allanzanetti 05/04/2018

Cuidado: corrosivo!
Descobri Chuck Palahniuk não faz muito tempo através do seu famoso livro "Clube da Luta" e confesso que me empolguei com ele menos que o esperado. Mesmo assim, dei uma nova chance ao autor por meio de "Sobrevivente" e tive uma enorme surpresa. A trama é muito bem desenvolvida, com o anti-herói Tender Branson protagonizando uma crítica mordaz especialmente aos falsos profetas, ao modelo de vida capitalista e à necessidade que o ser humano tem, atualmente mais do que nunca, de estar em evidência. Se trata de uma obra legitimamente inspiradora.
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gabrielrjf 08/02/2018

Que livro foi esse?
Você quer ironia?

Você quer críticas pesadas mais contundentes?

Você quer ler e nem ver as páginas passar?

Amei este livro... o Chuck tem o dom de virar a vida do personagem do avesso em um capítulo, transpor o mesmo de pobre pra rico, de doente pra são, com uma maestria que vc não tem o sentimento de que é forcado!

E que mundo é este? Como alguém pode ter tantas ideias fantásticas pra criticar tudo a nossa volta? Dar menos que 5 estrelas é errado!

Que doença é essa? Que religião é essa? Que fim foi esse?

Recomendo! Leiam!
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Cilmara Lopes 21/11/2017

Todos deveriam ler, mas...
Costumo comparar essa forma incisiva do Palahniuk de tratar temas que as pessoas "evitam" discutir com a do Garth Ennis. Pessoas ortodoxas, regradinhas e cheias de tabus ficarão chocadas lendo esse livro, bate de frente com toda a palhaçada da religião perfeita, da mídia carniceira, da política corrupta, em suma ele aborda toda a comoção moral em que nos encontramos.
Mas o fanatismo religioso, a idolatria e a falsa felicidade teocrática é o foco de tudo. Tender Branson faz parte de uma grande organização religiosa chamada apenas "Crendice", onde as famílias gigantes vivem isoladas do mundo pagão. Muito similar aos amishs e hutterites.
O livro inicia com o final, onde Tender Branson sequestra um avião e decide se matar, faz todos os passageiros saírem em segurança, e começa a narrar sua vida, ou melhor, suas desgraças até chegar àquele momento.
É impossível não rir em vários momentos, Palahniuk usa e abusa da hipérbole para satirizar apegos e ilusões da nossa sociedade, vai intensificando até a última linha. Chega ao nosense, mas sempre é possível contrapor com o atual.
Gosto muito da sua escrita, é frenética, ousada e principalmente, cheia de criticas.
Vale muito à pena a leitura, mas como disse no início não é um livro para todos. Deveria ser, mas infelizmente sabemos que não é.
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Carol 30/10/2017

Sobrevivente, de Chuck Palahniuk
30 OUTUBRO 2017

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Tender Branson sequestra um avião, mas não, ele não é um terrorista ou assassino ou qualquer coisa do tipo. Ele exigiu que todos os passageiros aterrissassem em segurança no meio do caminho e deu um paraquedas para o piloto após ele lhe explicar como colocar o avião no piloto automático e o que irá acontecer conforme as funções e a gasolina do avião forem acabando. Ou seja, Tender Branson está sozinho em um avião, esperando a morte. Mas enquanto isso, a única coisa que ele deseja é deixar sua história gravada na caixa-preta para que as pessoas entendam que nada do que aconteceu foi proposital, que nunca foi sua intenção. Ele estava apenas seguindo ordens.

Chuck Palahniuk é o autor de um dos meus livros favoritos da vida, o aclamado e conhecido “Clube da Luta”. Por sorte, ele não é autor de um livro só e possui várias outras publicações em seu currículo que seguem a mesma linha de histórias não óbvias com personagens e acontecimentos que, com certeza, ofenderão ao menos uma meia dúzia de pessoas. Palahniuk não é para todos. Se você não aguenta um soco em forma de palavras bem no meio do seu rosto, é melhor ficar longe.

É claro que com “Sobrevivente” não seria diferente, principalmente porque o foco nesta história é o fanatismo religioso. Aposto que você sentiu a polêmica daí, certo? A história tem seu início e fim contados no mesmo momento, no avião. Isso porque a narrativa começa do final e é aos poucos que o leitor é introduzido no contexto da vida de Tender Branson, que é o narrador. A história é como se fosse a transcrição da gravação que Branson faz durante seus últimos momentos de vida.

| Continue lendo no Anne & Cia |

site: http://anneandcia.blogspot.com.br/2017/10/sobrevivente-de-chuck-palahniuk.html
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Jef 24/09/2017

Sobrevivendo ao fundamentalismo cotidiano
Esse foi o segundo livro que li do Chuck. O primeiro foi "Clube da Luta", um dos meus livros favoritos no geral (assim como o filme).
Assim como em sua obra mais famosa, aqui em "Sobrevivente", as críticas pesadas, ácidas e técnicas de repetições narrativas estão presentes. O estilo está aí, aprimorado.
Chuck usa e abusa de uma linguagem direta e de frases de impacto. Sem rodeios, mas com muita análise e monólogos do protagonista; onde cada palavra é com um soco na sua cara.
Há muitas quebras de paradigmas onde os mais sensíveis podem se incomodar.
Possui as críticas pontuais as religiões e ao fanatismo delas, à futilidade das pessoas, à falta de propósito na vida moderna, do cotidiano robótico e de uma sociedade doente que finge ser saudável e correta.
Tender Branson, o protagonista, é uma caricatura da sociedade que sempre fez a vida toda o que lhe ordenaram e que fazia parte de uma seita e narra sua vida do final até como começou a sua desgraça. Por ser em primeira pessoa, o livro te aproxima mais das ideias de Branson. Já que a vida dele foi planejada e o destino também, não obstante havia algo para ele, que precisava contar a sua grande história ao mundo. "Sobrevivente" tem uma trama louca, mas que poderia ser real devido ao que alienação faz com as pessoas, a trama é bem diferente das convencionais. Chuck consegue mostrar o limite da crença, do crer e da espetaculização midiática das tragédias, do absurdo e do ridículo através de passagens memoráveis e diálogos afiados que marcam.
Livro de leitura fácil, rápida, que flui bem, que ao meu ver enrola um pouco em sua metade quando Fertility, importante personagem é apresentada, mas nada que desabone e tire o mérito da mensagem a ser passada. Em uma trama com muita reflexão, ação, suspense e muitos momentos que beiram ao nonsense, "Sobrevivente" é outra boa obra para quem deseja conhecer algo diferente de "Clube da Luta", mas com a mesma pegada. É um livro para conhecer o estilo do autor e decidir se lerá ou não as outras obras.
Recomendado a quem curte algo mais visceral, direto, sem firulas e masturbações literárias e o rebuscar pedante que desmotivam muitos a ler. "Sobrevivente" é pra quem gosta de algo bem ácido, com um delicioso humor negro, ironia e sarcasmo, e é obviamente crítico.
Não espere obviedade, espere apenas as loucuras criativas de Chuck Palahniuk que muitos como (como eu) amam e outros odeiam.
Tente ler e sobreviver a leitura desse livro. Se sobreviver, será um sobrevivente como Tender Branson e ao terminá-la, assim como eu, ficará feliz por ter lido esta ótima obra.
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Jefferson.Alves 28/06/2017

Que história sensacional !!!!! Aquele livro q te envolve por completo. Esse foi meu primeiro livro q li do Chuck Palahniuk, autor fora de sério. Muito obrigado !!!
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Filipe 16/11/2016

Paradigmas
Os livros de Chuck sempre lidam com os problemas psicológicos criados nas pessoas em um mundo capitalista, egocêntrico e que faz os indivíduos terem comportamentos psicóticos e imorais, sendo este estilo de vida narcisista o grande culpado por tudo.
Neste livro temos uma boa história ácida, que mais um vez tira sarro do estilo de vida contemporâneo, aqui servindo de crítica também ao fanatismo religioso e o mundo paranoico das celebridades.
Para quem nunca leu nada de Chuck este livro pode ser incrível, mas para aqueles que já são familiarizados com suas obras é difícil se sentir chocado ou a até mesmo angustiado com sua escrita, sem falar no estilo sempre igual na questão da narrativa, em delinear a história sempre da mesma forma, quase todos seus livros são assim, parece até que ele está riscando tópicos na hora de escrever.
Mas isso não tira o mérito deste livro, que é bom, é ácido, é perturbador em vários sentidos, imagino quando foi lançado, naquela época ele devia ser bem mais transgressor, assim como foi Clube Luta.
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