O Castelo

O Castelo Franz Kafka




Resenhas - O Castelo


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Gabriel 21/01/2023

Síndrome de Estocolmo
A história conta como o protagonista K, sem êxito, volta e meia por sua própria culpa, se vê emaranhado - eternamente - na burocracia com autoridades da aldeia em que está, representadas pelo Castelo.

O fato de não haver um final - ironicamente - casa perfeitamente com a história, em que o próprio leitor continua a leitura mesmo se dando conta que o clímax não vai vir nunca.

O livro é denso e a tradução algumas vezes falha, mas a claustrofobia que a trama causa - um eterno coito interrompido em que Kafka sequestra o leitor e não amarra nunca a história - torna a experiência, no mínimo - e no máximo - Interessante.
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primaveranoinverno 07/01/2023

O que foi isso??
Ler esse livro é como conversar com alguém que está sendo torturado e sangrando muito, mas mesmo assim continua falando, mecanicamente e de forma monótona sobre o assunto mais entendiante do mundo
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caio.lobo. 22/12/2022

Me tirem daqui!
Este romance mais parece a vida da gente, pois não se desenvolve. Kafka maltrata o leitor num contínuo "agora vai acontecer algo", e de repente começa uma série de diálogos monótonos, como a vida da gente é. K. é personagem principal, um herói que é anti-herói, um Prometeu solto mas preso, que de repente aparece num vilarejo de noite e precisa de um lugar para dormir. A estalagem não permite sua estada, pois tudo ali depende do castelo do vilarejo e suas misteriosas ordens. Por uma misteriosa sorte o castelo precisa dos serviços de K. e lhe permite a estadia. A partir disso K. se torna dependente do castelo e procura conhecer e até ter uma oportunidade de entrar neste castelo, então se começa a dar voltas em burocracias, obtendo informações que não informam e ter contato com várias pessoas que agem de modo ambíguo e distante.

Tudo parece um sonho, pois K. surge do nada ali e sua esposa e filhos citados no início são esquecidos e logo começa um relacionamento amoroso que também não se desenvolve. K. se torna dependente do castelo e de todos ali, até daqueles que o desprezavam, numa situação agoniante entre conversas da vida destas pessoas, vidas nem um pouco interessantes e mesquinhas. Pense você conversando com um vizinho que conta um monte de histórias da carochinha e sua vida inútil por horas, é desesperador e esse é o objetivo desta obra de Kafka, nos deixar desesperados e agoniados. Realmente um texto absurdo, que nos causa confusão, claustrofóbico, kafkiano.

Para aumentar mais a agonia a história não termina, com o texto terminando abruptamente. Acho que as obras de Kafka não tem fim propositalmente, pois se houvesse um fim a agonia acabava, mas Kafka sabe que o desespero tem que ser contínuo e perene, sem um ponto final. Isso explica a obra, que explica a vida nossa, que em realidade é o que faz com que
Black Flower 20/02/2023minha estante
Como assim esposa e filhos? Ele fala bem vagamente, no início, de sua família. Mas não me recordo se é referente a esposa e filhos. Cara, esse diacho desse homem vive um eterno labirito em vida. Parece andar em círculos, e, sempre que que está próximo ao seu objetivo (falar com Klamm), é abordado por pessoas nada a ver, até que se esquece o que fora fazer. Dar até pena!


caio.lobo. 20/02/2023minha estante
Aleatório que nem nós às vezes em nossas conversas, nossas amizades, nossa vida...




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Carol 30/09/2022

Tema do meu tcc
O que tenho a falar sobre Kafka? Bom, muitas coisas? Kafka protagonizou o meu Trabalho de Conclusão de Curso em 2021.2. Sou formada em Direito, usei esta obra para falar sobre a linguagem burocrática do Direito, tendo como ponto de partida O Castelo de Kafka, uma forma de unir o Direito à Literatura.

Franz Kafka (2000) expõe suas críticas ao Direito e à sociedade através da sua obra. O livro retrata a jornada incansável e incompreensível de K., o estrangeiro, da busca pelo castelo, visto que, apesar de ter recebido uma proposta para exercer a sua função de agrimensor na aldeia, os camponeses, inclusive o prefeito da localidade, afirmavam que não havia qualquer indício de veracidade em suas falas, portanto, não haveria nenhuma ocupação para o protagonista. Há uma grande crise de informações percebidas na sociedade kafkiana marcada pela incomunicabilidade. K. se vê preso em um labirinto burocrático sem fim e sua angústia é perceptível em diversos momentos da obra. (ALMEIDA, 2021, p. 11).
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Mickael 07/09/2022

Interessantemente desinteressante
O que é este livro? Muito difícil explicar. É uma mistura de tédio com incapacidade de parar de ler. No meu caso foi ouvir, pois acho que não teria dado conta de ler. Ouvir me ajudou bastante a suportar os personagens chatos e desinteressantes desta história. Porém, que coisa maluca. É muito bem escrito e você quer saber o que acontece, embora tudo na trama leve a crer que não dará em nada. E de fato, a história começa sem pé nem cabeça e dá em lugar nenhum. Como a burocracia reina neste livro, meu Deus! Como eu já li O Processo, do mesmo autor, já estava esperando algo nesse sentido. Fico imaginando se fosse meu primeiro contato com Kafka. Com certeza teria feito aquela cara do meme 'whattahell?'
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Kamila.Dias 06/08/2022

Kafka e seu mundo literário sombrio
Essa leitura foi umas das mais difíceis que já fiz, o autor desenvolveu muito bem as personagens a estória é simplesmente perfeita. A obra "O Castelo", me causou angústias por conta do problema nunca ser resolvido com o decorrer da trama, e se foi isso que o autor Franz Kafka queria causar, cumpriu muito bem.
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Lisandro 06/07/2022

Nao tem final
Este é um livro de Kafka que ele não terminou de escrever. Mesmo assim, não gostei, como não gostei de "O Processo". Ambos parecem um sonho maluco, daqueles que nunca se consegue o que quer e ficam sem controle. Às vezes, para explicar coisas que podem ser elucidadas numa única frase, o autor cria páginas e páginas para isso. Como por e exemplo: "A estalajadeira acha q vc está comigo só para chegar até Kramm". Essa frase seria suficiente ao invés de gastar meia hora de texto para justificar o motivo da personagem achar isso.
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Matheus.Vanin 30/04/2022

O pior e o melhor de Kafka
Se de um lado temos o mistério, os labirintos e o inesperado que tanto fascinam na obra de Kafka, temos também uma narrativa maçante, de discursos indiretos, parágrafos infinitos e um enredo sem final. Para quem gosta do autor vale a leitura, mas definitivamente não é o melhor livro para dar entrada no universo kafkiano.

A nova edição da Companhia das Letras me decepcionou bastante: letra pequena e espaçamento curto. Deixou a leitura mais pesada. A edição anterior é muito superior
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Michela Wakami 25/04/2022

Razoável
Esse é o quarto livro do Kafka que leio, e o único que não me agradou.
A história não chega a lugar nenhum é extremamente arrastada e ainda está inacabada.
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Juliana 21/04/2022

Cheio de metáforas
Não é um livro fácil de ler, pois além de um assunto denso, com muitas metáforas (algumas passagens podem ser até remetidas a mais de um assunto), os diálogos e/ou pensamentos são longos, o que pode fazer o leitor se perder e divagar.

Ainda que difícil, vale a pena a leitura!
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yokiitos 18/04/2022

Um livro infinito
Apesar da quantidade finita de páginas, gosto de pensar que esse é um livro cujo enredo jamais terminará. O fato de que o último capítulo foi interrompido no meio de uma frase não é o único motivo pelo qual essa história não tem fim. A jornada de K, e de todos os outros personagens, têm a capacidade de tomar quaisquer incontáveis formas, as quais continuarão se desdobrando na mente do leitor por muito tempo. Kafka tem esse dom, o de construir uma casa no nosso cérebro para cada história que conta.

Em relação à narrativa, é inegável a densidade que tem. Não só as palavras são rebuscadas, mas mais do que isso, as sentenças, às vezes, podem ser um tanto quanto enigmáticas. Ainda assim, com um pouco mais de atenção percebe-se a beleza na forma que Kafka conduz o enredo. Eu gosto muito de como ele escreve e organiza as palavras; é o que torna sua obra tão distinta.

No início, pela empolgação fanática por estar prestes a conhecer mais uma criação de Kafka, senti grande fluidez na leitura, ainda que conseguisse perceber a dificuldade presente ali. Com o passar do tempo a leitura começou a se tornar pouco a pouco mais cansativa, e admito que quando chegou nos últimos capítulos eu já estava exausto. Isso porque acredito que o autor não teve tempo para organizar melhor os parágrafos, que por muitas vezes se estendiam por mais de 10 páginas sem parar. Às vezes, no mesmo parágrafo, o narrador concluia e iniciava um novo pensamento, o que fez com que eu me perdesse várias vezes. Mas é fácil de se relevar isso, se levar em consideração que se trata de um livro inacabado. Ainda assim não consigo encontrar defeitos, e minha nota de 4 estrelas também leva em consideração a forma que eu li o livro; no trem ou metrô, sempre de pé, ou com tanto barulho que os parágrafos gigantes do livro simplesmente perdiam o sentido. Mas no geral, mantenho intacta minha admiração e amor pela obra do Kafka, e até pelo próprio Kafka. Gosto às vezes de pesquisar sobre ele e pensar que ele ainda está vivo, e acima disso é meu melhor amigo. Até porque de fato é!

Curiosidade pessoal: A melhor parte é que esse é o meu centésimo livro! É muito relevante para mim que este posto tão importante seja ocupado pelo Kafka.
mpettrus 19/04/2022minha estante
Resenha incrível ? fiquei maravilhado com esse seu depoimento. ?Gosto às vezes de pesquisar sobre ele e pensar que ele ainda está vivo, e acima disso é meu melhor amigo?, eu adorei essa sua frase porque externaliza muito sobre nós leitores em pensar nos autores dos romances (seja qual gênero for) que gostamos deles como nossos melhores amigos. Isso é muito real na vida de qualquer leitor apaixonado pela literatura.

No mais: estou tendo meu primeiro contato com o Kafka lendo o romance ?O Processo?. Confesso que já fui fisgado pela narrativa desse escritor, embora, eu me perca aqui e ali, mas nada que eu não consiga retomar o caminho de volta. Está sendo uma experiência muito bacana ???




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Filipe 12/04/2022

A escrita de Kafka é inegavelmente boa, e o enredo de O Castelo é bem construído. Apesar disso, a leitura não me prendeu.

Em alguns trechos acho que há a apresentação de personagens demais, o que confunde. Há também um foco muito direcionado para o que rodeia o castelo, e não ele em si, o qual eu gostaria de ler mais sobre. A história em si, a ideia, me agrada, mas na execução não me cativou.

Provavelmente essa experiência aconteceu baseada no momento e em uma pessoalidade minha. Por relatos alheios, creio que é um livro que vai crescer em uma releitura.
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