O Castelo

O Castelo Franz Kafka




Resenhas - O Castelo


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Raul 12/04/2021

O Conformismo Aliado à Burocracia
Kafka trás em sua obra "O Castelo" aspectos de frustração e conformismo, individualidade e choque de interesses. Um profissional agrimensor, chamado "K.", contratado para um serviço no castelo encontra barreiras físicas e de relações interpessoais em suas tentativas de realizar os trabalhos. Não se trata de difícil leitura, pois a trama, apesar de lenta, espelha a realidade - o estrangeiro, aquele que está fora do sistema, não se encaixa e se comporta-se de modo alheio ao sistema, não é bem quisto por quem se prende ao conformismo. A burocracia na obra incute em frustração, por ser o objeto principal, O Castelo, quase inalcançável, enquanto todos os que ali residem são conformados à mera ilusão de que tudo deve funcionar como sempre funcionou. Vale muito a leitura por seu valor literário e a proximidade da obra fictícia com a vida do autor, as decisões por impulso e as relações dificultosas.
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Val Alves 31/03/2021

Uma análise psicanalítica do mal-estar do sujeito kafkiano
Me pergunto o quão consciente Kafka estava de que, enquanto escrevia, ele estava de fato tentando uma resolução para o seu romance familiar. Digo isso porque é impossível ler sua obra e não fazer assimilação entre a dinâmica do personagem X contexto vivido por este com a vida do próprio autor e sua relação com seu pai e ao final fazer uma análise sob a ótica da metáfora paterna psicanalítica.
E não me impressiona o fato  dele ter pedido ao amigo Max que queimasse todos seus escritos quando ele não estivesse mais entre nós.  Não tenho dúvidas sobre o caráter catártico da obra kafkiana. Para mim está claro que a escrita representou na sua vida uma saída, uma tentativa de cura para lidar com o que sentia - principalmente em relação ao pai- através de uma escrita terapêutica.

O personagem kafkiano é sempre o homem em busca de si, num ambiente permeado pela lei excessivamente opressora e que não oferece muitas opções de saída. O absurdo que parece embotar o significado por trás da narração é a expressão mais clara do peso da existência e o mal estar social,  e mesmo que se diga "uma coisa dessas jamais aconteceria", paradoxalmente produz uma angústia e sentimentos que parecem nos dizer "isso de alguma forma aconteceu/ acontece, porque eu sou capaz de sentí-lo".

A lei da metáfora paterna em O castelo é representada pelo secretário do castelo que quase nunca aparece mas, sabe-se imediatemte que ele representa uma grande autoridade, quase inalcançável e que é cegamente admirada e acatada por todos. 
O objetivo de K. é chegar até ele e 'vencer' sua autoridade. Entretanto entre os dois existem muitos obstáculos e a busca de K. se transforma num grande tormento. Ele é o tempo todo interrompido, proibido (castrado) de exercer seu trabalho ou fazer o que quer que seja, pois todo ambiente ao redor está encarregado de fazer funcionar a lei representada pela autoridade inquestionável e quase invisível do Castelo. Dessa forma o castelo se torna também um personagem nessa narrativa.

O livro provavelmente para a maioria das pessoas pode mostrar-se impossível de ser lido. Ele não nos ajuda em nada: é confuso,  os personagens são incrivelmente irritantes, os diálogos longos e confusos; tudo é muito metafórico e simbólico, muitos trechos indecifráveis, por vezes há falta de sequência e não temos um final, pois Kafka não chegou a concluí-lo. Muitos devem desistir antes da metade. Quando o peguei para ler,  há mais de 15 anos, não pude terminar pois era um exemplar emprestado da biblioteca pública e tive de entregá-lo antes de poder terminar. Sabia que necessitaria, ao pegá-lo novamente,  ler desde o início. E que bom que fiz isso agora na pandemia, por dispor de tempo, e também por ter mais conhecimento para analisá-lo de uma perspectiva diferente,  mais madura e com um olhar psicanalítico.


Sugiro para os persistentes que leiam sobre a vida de Kafka e também que busquem conhecimento sobre a psicanálise freudiana. Isso vai ajudar a ter uma noção das origens dos sentimentos que puderam inspirá-lo na criação desses personagens oprimidos em contextos tão hostis. Claro que este é apenas um ponto de vista,  e acredito que outros caminhos e análises podem ser empregados com sucesso.
Kafka nunca me decepciona.
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Tiago 03/02/2021

O expoente kafkiano
O castelo é o romance kafkiano definitivo.

O livro começa com a chegada de K, o novo agrimensor, a uma pequena vila ao redor de um castelo. Nos capítulos iniciais, somos apresentados ao Castelo, uma entidade inatingível composta por camadas e camadas de funcionários esquivos (a ponto de a maioria deles ser conhecida pelo nome, mas nunca vista pelos camponeses da aldeia). No meio do livro, os diálogos às vezes ficavam tão surreais que me fazia rir de todo o absurdo e burocracia.

No final, eu não tinha certeza se K era de fato um agrimensor. Parece que Kafka transformou este livro no "castelo" para o leitor. Camadas e mais camadas de personagens / histórias / diálogos esquivos e estranhos. Como K que nunca chegou ao castelo, nunca chegamos ao fim da história (já que o livro termina no meio de uma frase).
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Henrique Fendrich 28/01/2021

Grandes e complexas obras como essa sempre suscitam interpretações das mais variadas, e ainda mais quando se trata de um Kafka, que usava as alegorias como poucas vezes se viu. Também eu tenho as minhas interpretações a partir dessa singular história, que não são menos verdadeiras do que qualquer outra, já que o leitor é, afinal, o senhor da obra.

Logo de início, o que me chama a atenção no universo do Kafka é a incompreensão entre os seres humanos. As pessoas não se entendem umas às outras e também não conseguem se fazer entender, por mais que tentem se explicar. Cada indivíduo analisa o comportamento do outro a partir da sua lógica individual, mas as pessoas são muito diferentes entre si, de modo que invariavelmente se constata que elas não se comportam como nós poderíamos esperar.

Desse desencontro de expectativas nascem situações absurdas, mas também uma reação muito natural, que é a de um ser humano se precaver contra o outro. Como ninguém se entende, pode-se esperar qualquer coisa de qualquer um, de maneira que a desconfiança é a regra e a maneira de assegurar que os projetos pessoais de cada um não serão frustrados.

Isso se expressa nas relações individuais, mas também nas coletivas. O "castelo" perseguido por K. ao longo do livro tem, entre as suas várias interpretações possíveis, a de Estado. Ora, o Estado é uma ficção criada pelo ser humano para melhor organizar a sua vida. Ocorre que, em certa medida, o Estado se torna também a incompreensão oficializada, institucionalizada. É uma batalha perdida tornar o Estado coeso em todas as suas intermináveis ramificações. Daí resulta que também o Estado, e vemos isso cotidianamente, é gerador de absurdos.

Ao mesmo tempo, o Estado seduz, porque as figuras de autoridade que o operam representam uma possibilidade de segurança em meio a esse mundo onde ninguém se entende. Então acontecem essas duas coisas: quem está lá se esforça para ter o menor contato possível com os que não estão, pois eles são vistos como ameaça ao seu mundo pronto e acabado; os que não estão, por sua vez, darão a vida para estar, em uma lógica que lembra muito a dos concursos públicos, vistos como tábua de salvação para muita gente.

Mais uma coisa me parece importante. Se não somos capazes de compreender ao outro, claro está que também não conseguiremos sentir compaixão por ele, pois esse é um sentimento que exige algum grau de identificação, e só nos identificamos com aquilo que entendemos minimamente. Se o outro é ameaça e motivo de desconfiança, não será digno da nossa compaixão, e nessa toada cometeremos muitas injustiças tão somente porque estamos completamente cegados pelos nossos próprios objetivos individuais.

Acresce-se que, quando as pessoas se dão conta de que foram compreendidas de modo errado, elas se empenharão em se explicar, e o livro é repleto de grandes "DRs" entre os personagens, mas sem que disso resulte uma maior compreensão entre eles, pois todos estão excessivamente convictos de si mesmos para poder acolher outras razões.

São coisas nas quais pensei enquanto lia esse grande livro, com personagens muito marcantes e uma trama pra lá de interessante, tudo isso reforçando a grande pena que representa o seu fim abrupto.


Juliana 29/01/2021minha estante
Parabéns pela analogia


Maria 31/01/2021minha estante
Lerei.




Claudia Saldanha 25/01/2021

Uma opinião (aparentemente) não tão popular
Após finalizar a leitura e consultar resenhas diversas, decidi complementar os comentários (com certeza, muito mais desenvolvidos que o meu) com a minha opinião.

Primeiramente, o livro está inacabado, por isso, não há desfecho definido. Claro que não é pré-requisito para qualquer história ser considerada boa ou não, mas confesso que nesse caso o final foi tão abrupto que me senti no limbo ao terminar. Apesar de subentender logo no início que o objetivo de K. não seria alcançado, surpreendeu-me o modo como a narrativa termina aleatoriamente.

Ainda assim, vale a pena em algumas partes, seja devido a momentos cômicos, de “vergonha-alheia”, indignação ou confusão que compartilhamos com as personagens, principalmente K.. Só não sei dizer, no meu ponto de vista, se essas situações são suficientes para que todo o livro valha a pena, principalmente quando estão emaranhadas numa escrita morosa e super detalhada que, não necessariamente, agregam à história.

Recomendo a leitura se você for um leitor ávido, se gosta de esmiuçar os clássicos da literatura mundial, se tem o hábito de fazer alegorias com todo tipo de enredo ou, simplesmente, se for fã de Kafka (friso aqui: não somente da obra A Metamorfose). Exceto esses casos, acredito que as chances do livro não atender às suas expectativas, assim como aconteceu comigo, são altas.
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Henrique.Saibro 13/01/2021

Uma busca incansável à corte
Num bom estilo kafkiano, O Castelo possui uma prosa oni?rica, ou seja, o leitor possui a impressa?o de estar sendo transportado a um sonho do pro?prio autor. Aqui, o tempo, metafisicamente, e? relativo; a?s vezes passa ra?pido ou lento demais e, muitas vezes, os hora?rios sa?o omitidos justamente para causar uma confusa?o temporal.
O protagonista e? um sujeito de nome K., o qual chega a uma aldeia, envolta a um castelo, sob o pretexto de prestar os seus servic?os de agrimensor. Ocorre que, ao chegar ao local, a contratac?a?o dos seus servic?os passa a ser questionada por todos, negando-se o seu ingresso a? realeza e inclusive o direito de conversar com funciona?rios do castelo. Mas K. acredita que, se conseguir chegar ao castelo, tudo sera? resolvido (sem maiores explicac?o?es sobre a raza?o pela qual teria chegado a essa conclusa?o). Enta?o, o objetivo do personagem passa a ser justamente este: ter acesso a? corte.
Como toda obra de Kafka, o protagonista e? incansa?vel, tem muita forc?a de vontade em alcanc?ar o que deseja, causando uma certa exausta?o prazerosa ao leitor. Os dia?logos sa?o bastante longos, com para?grafos extensos, e com poucas ac?o?es ? trazendo um toar teatral a? obra.
Assim como O Processo, trata-se de mais um trabalho incompleto elaborado por Kafka, portanto, na?o se preocupe se achar que estaria faltando algo para o enredo do romance. Aliás, esse e? justamente o charme da obra kafkiana: voce? mesmo cria o desfecho da histo?ria.
Indiretamente, percebemos uma cri?tica a? burocracia e a? ineficie?ncia estatal ? papelada desnecessa?ria, funcionalismo sem propo?sito... ?, aos ?bons costumes? e ao preconceito com imigrantes. Ainda prefiro A Metamorfose e O processo, mas, certamente, O Castelo integra as tre?s principais publicac?o?es de Franz Kafka. E pensar que ele havia pedido a um amigo para queimar este livro quando terminou de escreve?-lo...
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Claudio.Kinzel 12/01/2021

A absurdo da burocracia estatal numa leitura arrastada, densa e sufocante
O Castelo possui muitas semelhanças com o Processo, a começar pelo personagem principal K., que agora é um agrimensor que se dirige a um castelo em busca de um novo trabalho. Ao chegar lá, porém, as coisas não acontecem como esperado, ele descobre que não há serviço para ele, apesar de dois ajudantes terem sido designados a acompanhá-lo. Os personagens são traiçoeiros, e a cada diálogo descobre-se uma nova faceta que torna a história misteriosa, confusa e contraditória, e assim até o final, que na verdade não existe. Sim, o livro não foi concluído e só foi publicado graças ao amigo de Kafka que não destruiu as cópias conforme desejo do autor.

Assim como no processo o foco é o sistema jurídico, aqui é mostrada toda a burocracia estatal, através de uma hierarquia bem definida, que impede o próprio K. de obter respostas e sequer conseguir encontrar e dialogar com as pessoas de mais alto nível. A leitura é arrastada, densa, sufocante; os diálogos são intermináveis, com parágrafos enormes, o que torna a sua conclusão cansativa. Talvez se Kafka tivesse terminado a obra, poderia tê-la revisada e melhorado alguns pontos; de qualquer forma, o sentimento de angústia diante das situações apresentadas, bem como o próprio envolvimento de K. na situação, da qual parece não conseguir sair preso por uma inexplicável fascinação, até suas relações com os moradores, como Frieda que se tornaria sua noiva após um encontro de uma noite, mostram-se alinhadas ao formato de escrita, na qual o absurdo da vida é mostrado através dos eventos que se sucedem um após o outro desde que K. chega à aldeia.
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bobbie 19/12/2020

Simbolismo do absurdo da vida
K, um agrimensor, chega a uma pequena vila coberta de neve, encimada por um inescrutável castelo, a fim de se apresentar para a o trabalho para o qual foi contratado. Tão logo coloca os pés na primeira hospedaria que encontra, a recepção não poderia ser mais estranha do que ele esperava. O vilarejo é como um labirinto: as ruas confundem e trapaceiam a mente. O caminho para o castelo, onde supostamente reside o seu chefe em última instância, parece direto, mas é difícil transpô-lo. As ordens e regras são desencontradas, confusas, incompreensíveis, e conseguir uma audiência com quem supostamente poderia dar todas as respostas é uma tarefa angustiante e, ao que parece, impossível. Os habitantes da vila são guiados e doutrinados por um conjunto de regras que podem se contradizer e mudar a qualquer instante, e o temor impera no local. No entanto, tudo é transmitido - tanto para os personagens como para o leitor - com a naturalidade de uma realidade simples. Quem está no controle? Qual a função de cada um? Quem contratou K, para que, e o que realmente espera dele? Um trabalho objetivo ou simplesmente obediência cega? O universo criado e explorado tão realisticamente por Kafka pode ser sentido - e assim o é - como a grande incógnita da vida: qual a nossa função (existe uma)? Quem nos governa (alguém ocupa este posto)? Qual a razoabilidade das regras (elas são razoáveis)? E, em meio a tudo isso, como devemos nos portar? Por que nos sentimos culpados ao quebrar regras que sequer conhecemos em absoluto? O livro não é simples, embora faça parecer que é e talvez aí resida a sua maior força.
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André 23/11/2020

Cada vez que releio alguma obra de Kafka me sinto mais presente nos personagens. Personagem vítima das burocracias e da ineficiência dos sistemas e que perde parte de sua vida de trabalho ou pessoal dando voltas no mesmo local e não saindo do lugar. Kafka se inspirou muito na carreira jurídica, mas qualquer pessoa que trabalhe com sistemas onde há organogramas infinitos de comando se vê muito bem representado na figura de K. Quem está na base do processo jamais consegue se comunicar com quem está no topo, e ainda que haja uma comunicação, esta se perde ou se transforma em todas as linhas, tornando a comunicação e resposta totalmente falha e ineficiente.
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Thiarles 22/08/2020

O autor te conduz magistralmente
Kafka brinca com os leitores dizendo o que quer não pelas palavras, mas pelo modo como conduz a história, fazendo você sentir aquilo que ele quer passar da forma mais crua possível, te deixando exausto. E quando você pensar: "Que livro cansativo, ou até por vezes chato!". Ele venceu!
Lidi 26/10/2020minha estante
Nossa kkk estou lendo e é exatamente esse o sentimento.




z..... 06/08/2020

Edição Nova Cultural (2003)
Traça percepção sobre um governo, representado pelo castelo, em determinada região onde a submissão é inquestionável a sua jurisdição. As pessoas permanecem nessa rotina numa rendição sem consciência crítica, no entendimento da necessidade, ao mesmo tempo que tal governo, tão presente em suas determinações, mostra-se ausente no contato com a população. O castelo, leia-se governo, é inacessível a todos.
Nesse contexto chega o Sr K para trabalhar como agrimensor (creio que uma espécie de geógrafo) e daí para frente o vemos tentando entrar no castelo, buscando audiência com o governante, que nada muda de inacessível. Busca meios para isso, através de alguns personagens, e vai se cansando da situação na crescente percepção de burocracia irredutível, com repartições ineficientes para os fins de facilitação do acesso ao indivíduo, chamadas de inúteis.

Leitura realizada na quarentena em Macapá.

Quem sabe em outra linguagem (quadrinho ou filme) a história pareça mais instigante. Sofri para terminar a leitura, o livro é enfadonho.
Pior foi o Sr K, que penou e não atingiu o objetivo, engolido pelas amarras da burocracia irritante e estúpida, o que o autor procurou evidenciar.
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Zkymicx 27/07/2020

Tudo certo, nada resolvido
O agrimensor K. é contratado para trabalhar numa aldeia, do território de um castelo, onde Klamm e chefe da repartição X. O superior imediato de K. é o prefeito, que tem contato com Klamm, inalcançável pra qualquer pessoa. K. quer saber as próprias funções e tenta chegar ao castelo pra saber disso da boca de Klamm. Os diálogos com todas as personagens são solilóquios confusos, fazendo jus à situação tortuosa, angustiante e labiríntica.
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Meury3 27/06/2020

Minhas histórias são uma espécie de fechar de olhos - Kafka.
Alguns livros funcionam como uma chave para as salas desconhecidas do nosso próprio castelo...
Mais uma obra prima de Kafka.. Ler o Castelo me rendeu muitas reflexões, notadamente sempre até o limite que a minha incomensurável ignorância me permite compreendê-lo... Gênios como Kafka sempre estão além do nosso entendimento..
Como escreveu o inigualável tradutor, especialista em Kafka, Modesto Carone: Pois como entender uma coisa que deliberadamente está além de nossa compreensão? ...
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