O Castelo

O Castelo Franz Kafka




Resenhas - O Castelo


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Mr. Brownstone 05/10/2021

É um livro bem arrastado e difícil, tanto que levei quase dois meses para ler. Apesar disso, gostei do livro, mas na minha opinião "O Processo" ainda consegue ser melhor.
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Catarine Heiter 27/09/2021

Claustrofóbico, confuso, acelerado, enlouquecedor... tudo isso se aplica a esta brilhante obra!

Um texto que, mesmo inacabado, nos diz tanto sem dizer nada; no maior estilo Kafkiano de ser. Um castelo inatingível, uma aldeia repleta de segredos e regras implícitas; que, por sua vez, se contradizem o tempo todo. É neste cenário que o protagonista chega sem ter sido chamado e quer ficar sem ter sido aceito. O leitor sente o cansaço, a fome, o frio, o sono e toda a confusão a partir dos fatos estranhos que o cerca por toda a obra. É um livro crítico, filosófico e sensorial que me cativou; mas que está longe de ser uma leitura fácil.

Esta leitura foi motivada pelo Desafio DLL 2021, na categoria ‘Ganhei de presente’
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Giovana456 03/09/2021

Pior livro que eu ja li kk
Não gosto da escrita do kafka e da forma dele de estruturar a narrativa. É uma leitura chata, maçante e que eu, particularmente, achei que não valeu nada a pena
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Luiz.Antonio 08/08/2021

Kafka sempre
A obra poderia se chamar - tranquilamente - As Desventuras de K.

São tantas as situações em que nada da certo, são inúmeros e tortuosos caminhos que não levam a lugar algum.
Em uma palavra, Kafka sendo Kafka...
Magistralmente.
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Adriana 25/07/2021

O Castelo
Antes de começar a resenha, preciso dizer que O Castelo foi uma obra muito difícil de concluir e que, sem dúvidas, farei uma releitura. Gosto muito dos livros do Kafka e este, em específico, merece ser lido com calma e após conhecer um pouco mais sobre o autor. 
Outra ressalva importante é que o livro não tem fim, pois o autor faleceu, em decorrência da tuberculose, antes de concluir a obra. Considero este livro a obra-prima de Franz Kafka, o ponto máximo de sua literatura. Na verdade, a vontade de Kafka era que este livro fosse queimado após a sua morte, pedido que seu amigo Max Brod, felizmente, não atendeu. 
O livro é narrado em terceira pessoa e conta a história de K. (não o mesmo de O Processo), agrimensor contratado por um conde para prestar serviços em uma vila. Ao chegar no local, K. é imerso em uma burocracia sem fim. Nossa, foi o livro mais burocrático que já li. Todos deixam claro que, hierarquicamente, o personagem é inferior a todos os habitantes do lugar. K. era simplesmente um estrangeiro. 
Outra informação importante é que o personagem NUNCA consegue acessar o castelo e, nem mesmo, falar com o tal conde. O livro seguirá este ritmo: K. tentando de todas as maneiras imagináveis acessar o lugar e todos fazendo o possível para que isso não aconteça. 
É um livro complexo, mas podemos tirar algumas conclusões devido ao excelente posfácio e tradução de Modesto Carone. Uma das interpretações possíveis é que o castelo representa o inconsciente de K. que nunca é acessado. Outros acreditam que tudo é um jogo da estrutura burocrática. Acredito que possa ser um pouco dos dois e até plausível de outras interpretações.  
As obras de Franz Kafka sempre dão esta impressão de asfixia, submissão, burocracia, agonia e autoritarismo. Percebemos que no final da narrativa, o personagem já está cansado, menos resistente e mais acostumado com toda aquela realidade. Somos apresentados a personagens tão diversos e peculiares como o poderoso Klamm, importante funcionário do castelo e Frieda, a balconista de um albergue, ex amante de Klamm e companheira de K., dentre tantos outros.   
Vale muito a pena conhecer a obra, mas com calma e a certeza de ótimas reflexões.
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Paulo Sousa 12/07/2021

Leitura 13/2021 - #lista1001?
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O Castelo [publicado postumamente em 1926]
Orig. Das Schloss
Franz Kafka (Rep. Tcheca, 1883-1924)
Cia das Letras, 2009, 368p.
Trad. Modesto Carone
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?Mas o que é o senhor, que nos solicita aqui com tanta humildade permissão para se casar? O senhor não é do castelo, o senhor não é da aldeia, o senhor não é nada. Infelizmente porém o senhor é alguma coisa, ou seja, um estranho, alguém que está sobrando e fica no meio do caminho, alguém que sempre causa aborrecimento? (Posição Kindle 978).
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A narrativa de ?O Castelo?, último livro escrito - e incompleto - pelo escritor tcheco Franz, se resume à chegada do agrimensor ?K? a uma aldeia fictícia que envolve um castelo. Logo de cara, o leitor percebe que o estranho não é bem quisto, atitude que ganha ainda mais envergadura quando o agrimensor externa sua intenção de falar pessoalmente com o senhor do Castelo, Klamm.
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É a partir daí que o absurdo toma conta da narrativa, que vai sendo desenvolvida com uma estranha mistura de suspense em crescendo, enigmas nunca desvendados e a hostilidade exacerbada pelos moradores locais que de tudo fazem para impedir que ?K? acesse o Castelo. Eles não se cansam de lembrar-lhe que sua estada ali não é bem-vinda e que tal atitude inflexível é motivo para desconfortos vários tanto para as classes mais baixas quanto entre os altos funcionários do feudo.
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Sim, Kafka consegue misturar a este caldeirão de perenes inquietudes uma estrutura burocrática sem igual, beirando à insanidade e o real, quando é quase possível acreditar que os personagens do romance estão, na verdade, encenando uma peça teatral repleta de matizes indigestos. É nesse sistema hermético que nosso protagonista tem de se imiscuir e onde busca meios de pedir a tal autorização para exercer sua profissão como agrimensor que, ainda seria dificultada pela neve que constantemente cai na aldeia. Mas ?K? é intransigente, não percebe que o sistema está justamente ali para lhe dificultar os intentos; ele como um herói solitário que ousa enfrentar o sistema, encontra tantas adversidades, tantos obstáculos, sua teimosia o leva a viver vários dissabores, seja nas tavernas onde busca algum refúgio do frio insolente que castiga o povoado, seja no estranho amor de Frieda, uma ex-amante de Klamm, em quem ?K? vê uma possibilidade de saber mais sobre o enigmático e recluso fidalgo.
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Faz um bom par de anos desde que li ?A metamorfose?, o estranhíssimo relato da transformação de Gregor Sansa numa barata gigante. Recordo que saí do romance confuso e assustado, tamanho o grau de impossibilidade criado pelo escritor. Não foi diferente agora, quando termino este romance nada convencional: mesmo durante os longos diálogos entre ?K? e alguns interlocutores como Olga e Frieda, que confesso terem sido maçantes e cansativos, ?O Castelo? é sim um livro interessante, que faz jus à série A da literatura contemporânea tamanha sua importância. É uma pena que o autor tenha morrido sem completar o livro, o que o torna ainda mais enigmático e, por isso mesmo, tão marcante.
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iguteixeira 03/06/2021

Minha opinião sobre a obra talvez seja tao indefinível quanto o próprio desenrolar do enredo, sinceramente, um grande labirinto. No entanto, acredito que a leitura valeu, curto Kafka e certamente esse romance (???) ou não-romance (???) foi o mais complicado de ler.
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Larissa.Guimaraes 13/05/2021

Agrimensor?
Mais um livro cheio de críticas à burocracia absurda em sistemas essenciais, aos quais todos deveríamos compreender. Kafka retrata a confusão, exageros burocráticos e cargos sem sentido através da própria escrita e estrutura do texto, parágrafos de várias páginas, conversas desconexas e até mesmo a intensidade em níveis de formalidade.
A leitura acaba se tornando um pouco cansativa mais perto do fim, mas é uma excelente reflexão.
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Claro 29/04/2021

Cansativo e fantástico
O enredo em si, engana muito, confunde, alimenta esperança e surpreende. Tudo em um ciclo vicioso.
As passagens tem um formato bastante parecido. Conversas dilemas, etc.
Tratando especificamente da história, assim como eu esperava o realismo fantástico descrevendo a realidade de maneira tão real que nem parece ficção.
Labirintos burocráticos, violências e ataques verbais aleatório, alem da escrita MUITO PROCESSUAL!
Ao longo de todo o texto tive a sensação de estar lendo um processo judicial. Cada fala de determinado personagem soava como um argumento , seguido de uma réplica e por fim uma treplica.
Para não me prolongar muito, para quem gosta de finais INESPERADOS, SUPER RECOMENDO.
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Raul 12/04/2021

O Conformismo Aliado à Burocracia
Kafka trás em sua obra "O Castelo" aspectos de frustração e conformismo, individualidade e choque de interesses. Um profissional agrimensor, chamado "K.", contratado para um serviço no castelo encontra barreiras físicas e de relações interpessoais em suas tentativas de realizar os trabalhos. Não se trata de difícil leitura, pois a trama, apesar de lenta, espelha a realidade - o estrangeiro, aquele que está fora do sistema, não se encaixa e se comporta-se de modo alheio ao sistema, não é bem quisto por quem se prende ao conformismo. A burocracia na obra incute em frustração, por ser o objeto principal, O Castelo, quase inalcançável, enquanto todos os que ali residem são conformados à mera ilusão de que tudo deve funcionar como sempre funcionou. Vale muito a leitura por seu valor literário e a proximidade da obra fictícia com a vida do autor, as decisões por impulso e as relações dificultosas.
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Val Alves 31/03/2021

Uma análise psicanalítica do mal-estar do sujeito kafkiano
Me pergunto o quão consciente Kafka estava de que, enquanto escrevia, ele estava de fato tentando uma resolução para o seu romance familiar. Digo isso porque é impossível ler sua obra e não fazer assimilação entre a dinâmica do personagem X contexto vivido por este com a vida do próprio autor e sua relação com seu pai e ao final fazer uma análise sob a ótica da metáfora paterna psicanalítica.
E não me impressiona o fato  dele ter pedido ao amigo Max que queimasse todos seus escritos quando ele não estivesse mais entre nós.  Não tenho dúvidas sobre o caráter catártico da obra kafkiana. Para mim está claro que a escrita representou na sua vida uma saída, uma tentativa de cura para lidar com o que sentia - principalmente em relação ao pai- através de uma escrita terapêutica.

O personagem kafkiano é sempre o homem em busca de si, num ambiente permeado pela lei excessivamente opressora e que não oferece muitas opções de saída. O absurdo que parece embotar o significado por trás da narração é a expressão mais clara do peso da existência e o mal estar social,  e mesmo que se diga "uma coisa dessas jamais aconteceria", paradoxalmente produz uma angústia e sentimentos que parecem nos dizer "isso de alguma forma aconteceu/ acontece, porque eu sou capaz de sentí-lo".

A lei da metáfora paterna em O castelo é representada pelo secretário do castelo que quase nunca aparece mas, sabe-se imediatemte que ele representa uma grande autoridade, quase inalcançável e que é cegamente admirada e acatada por todos. 
O objetivo de K. é chegar até ele e 'vencer' sua autoridade. Entretanto entre os dois existem muitos obstáculos e a busca de K. se transforma num grande tormento. Ele é o tempo todo interrompido, proibido (castrado) de exercer seu trabalho ou fazer o que quer que seja, pois todo ambiente ao redor está encarregado de fazer funcionar a lei representada pela autoridade inquestionável e quase invisível do Castelo. Dessa forma o castelo se torna também um personagem nessa narrativa.

O livro provavelmente para a maioria das pessoas pode mostrar-se impossível de ser lido. Ele não nos ajuda em nada: é confuso,  os personagens são incrivelmente irritantes, os diálogos longos e confusos; tudo é muito metafórico e simbólico, muitos trechos indecifráveis, por vezes há falta de sequência e não temos um final, pois Kafka não chegou a concluí-lo. Muitos devem desistir antes da metade. Quando o peguei para ler,  há mais de 15 anos, não pude terminar pois era um exemplar emprestado da biblioteca pública e tive de entregá-lo antes de poder terminar. Sabia que necessitaria, ao pegá-lo novamente,  ler desde o início. E que bom que fiz isso agora na pandemia, por dispor de tempo, e também por ter mais conhecimento para analisá-lo de uma perspectiva diferente,  mais madura e com um olhar psicanalítico.


Sugiro para os persistentes que leiam sobre a vida de Kafka e também que busquem conhecimento sobre a psicanálise freudiana. Isso vai ajudar a ter uma noção das origens dos sentimentos que puderam inspirá-lo na criação desses personagens oprimidos em contextos tão hostis. Claro que este é apenas um ponto de vista,  e acredito que outros caminhos e análises podem ser empregados com sucesso.
Kafka nunca me decepciona.
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Tiago 03/02/2021

O expoente kafkiano
O castelo é o romance kafkiano definitivo.

O livro começa com a chegada de K, o novo agrimensor, a uma pequena vila ao redor de um castelo. Nos capítulos iniciais, somos apresentados ao Castelo, uma entidade inatingível composta por camadas e camadas de funcionários esquivos (a ponto de a maioria deles ser conhecida pelo nome, mas nunca vista pelos camponeses da aldeia). No meio do livro, os diálogos às vezes ficavam tão surreais que me fazia rir de todo o absurdo e burocracia.

No final, eu não tinha certeza se K era de fato um agrimensor. Parece que Kafka transformou este livro no "castelo" para o leitor. Camadas e mais camadas de personagens / histórias / diálogos esquivos e estranhos. Como K que nunca chegou ao castelo, nunca chegamos ao fim da história (já que o livro termina no meio de uma frase).
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Henrique Fendrich 28/01/2021

Grandes e complexas obras como essa sempre suscitam interpretações das mais variadas, e ainda mais quando se trata de um Kafka, que usava as alegorias como poucas vezes se viu. Também eu tenho as minhas interpretações a partir dessa singular história, que não são menos verdadeiras do que qualquer outra, já que o leitor é, afinal, o senhor da obra.

Logo de início, o que me chama a atenção no universo do Kafka é a incompreensão entre os seres humanos. As pessoas não se entendem umas às outras e também não conseguem se fazer entender, por mais que tentem se explicar. Cada indivíduo analisa o comportamento do outro a partir da sua lógica individual, mas as pessoas são muito diferentes entre si, de modo que invariavelmente se constata que elas não se comportam como nós poderíamos esperar.

Desse desencontro de expectativas nascem situações absurdas, mas também uma reação muito natural, que é a de um ser humano se precaver contra o outro. Como ninguém se entende, pode-se esperar qualquer coisa de qualquer um, de maneira que a desconfiança é a regra e a maneira de assegurar que os projetos pessoais de cada um não serão frustrados.

Isso se expressa nas relações individuais, mas também nas coletivas. O "castelo" perseguido por K. ao longo do livro tem, entre as suas várias interpretações possíveis, a de Estado. Ora, o Estado é uma ficção criada pelo ser humano para melhor organizar a sua vida. Ocorre que, em certa medida, o Estado se torna também a incompreensão oficializada, institucionalizada. É uma batalha perdida tornar o Estado coeso em todas as suas intermináveis ramificações. Daí resulta que também o Estado, e vemos isso cotidianamente, é gerador de absurdos.

Ao mesmo tempo, o Estado seduz, porque as figuras de autoridade que o operam representam uma possibilidade de segurança em meio a esse mundo onde ninguém se entende. Então acontecem essas duas coisas: quem está lá se esforça para ter o menor contato possível com os que não estão, pois eles são vistos como ameaça ao seu mundo pronto e acabado; os que não estão, por sua vez, darão a vida para estar, em uma lógica que lembra muito a dos concursos públicos, vistos como tábua de salvação para muita gente.

Mais uma coisa me parece importante. Se não somos capazes de compreender ao outro, claro está que também não conseguiremos sentir compaixão por ele, pois esse é um sentimento que exige algum grau de identificação, e só nos identificamos com aquilo que entendemos minimamente. Se o outro é ameaça e motivo de desconfiança, não será digno da nossa compaixão, e nessa toada cometeremos muitas injustiças tão somente porque estamos completamente cegados pelos nossos próprios objetivos individuais.

Acresce-se que, quando as pessoas se dão conta de que foram compreendidas de modo errado, elas se empenharão em se explicar, e o livro é repleto de grandes "DRs" entre os personagens, mas sem que disso resulte uma maior compreensão entre eles, pois todos estão excessivamente convictos de si mesmos para poder acolher outras razões.

São coisas nas quais pensei enquanto lia esse grande livro, com personagens muito marcantes e uma trama pra lá de interessante, tudo isso reforçando a grande pena que representa o seu fim abrupto.


Juliana 29/01/2021minha estante
Parabéns pela analogia


Maria 31/01/2021minha estante
Lerei.




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