Alex Lerman 05/12/2023
Uma ou Duas Coisinhas Sobre a Culpa
A saga paralela de Os Legados de Lorien, oferece uma infinidade de informações sobre esse universo vasto.
Com Arquivos Perdidos: Os Legados Do Número Nove não seria diferente.
É interessante e contagiante ver o desenvolvimento de um personagem como Nove. Ele é primeiramente introduzido na série como apenas um sádico por luta (ou vingança, já que a linha é tênue), mas quando finalmente temos a oportunidade de rever sua história, conseguirmos entender todos os seus comportamentos.
Maddy e Sandor são um fardo terrível de culpa para se carregar. Mas o livro nos leva a pensar também, embora de sua maneira fantasiosa, como é desagradável ter de lidar com a responsabilidade de ter uma responsabilidade. É trágico e cruel carregar algo que nunca se quis.
E levando mais adiante, é algo pelo qual toda a Garde passou. Quando vamos de encontro com os demais Números, vemos nitidamente a diferença gritante entre estilos de vida!
Um, Dois, Três, Quatro, Seis, Sete, Oito e Nove, cada um viveu uma vida, mas ao fim, todos tiveram o mesmo fardo. E fardo, porque além de qualquer profecia ou encantamento, um destino não escolhido, é um fardo.
E o sentimento que temos que sentir por situações incontroláveis. Embora haja culpa, Nove a disfarça com força e dedicação. E claro, uma vingança prometida.
Além de tudo, é muito contagiante rever Sandor após Os últimos Dias de Lorien, mas pouco satisfatório visualizar a transformação da imprudência de sua juventude em protecionismo adulto!
E é assim que o livro se finaliza. Uma leitura rápida que se estrutura em culpa, vingança, esquecimento e fardo muito bem construídos numa fantasia que se perdura por diversas histórias cruzadas.