Resenhas - O Interrogatório

Lara Moraes 06/09/2022

O Interrogatório - Roderick Anscombe
Esse é meu primeiro contato com esse autor, nunca tinha ouvido falar nele antes. Foi uma experiência positiva, mas que não me deixou completamente envolvida.

A história tem muito potencial, mas, em muitos momentos, senti que ficava sem nexo e perdia ?o fio da meada?. Apesar disso, foi um livro tranquilo pra ler.

Senti falta de um final sem pontas soltas, com tudo resolvido.

brunabtd 13/01/2022

Agonia e frustração
O livro faz um grande paralelo da vida pessoal do protagonista e sua vida profissional, até o momento que elas colidem.

O livro é bem escrito, a história me cativou a ler até o final o mais rápido que pude, senão ficava encucada querendo saber o restante. Porém, a quantidade de injustiças no livro foi me incomodando e cheguei até a passar raiva.

Eu simplesmente passei raiva lendo, sabendo das injustiças e vendo personagem sendo o extremo do burro.

A Abby pra mim é totalmente fora de noção, culpando TUDO de errado que dá na vida dela por causa de um trauma que ela teve. Isso, pra ela, dá direito até de trair. Ela, que não é capaz de ter um casamento sem parecer que esconde algo 24h, ainda acha o marido suspeito? A maior suspeita era ela.

O Paul também, sendo extremamente ingênuo, insistindo num casamento morto só por causa de um passado juntos, relevando traições como se a morte do filho deles justificasse a falta de caráter da esposa, me irritou. Ele poderia ser um ótimo psiquiatra mas não conhecia o valor do amor próprio.

Tive incômodo demais com a Abby sendo extremamente sem noção. Foi literalmente uma personagem inútil, onde só contribui pra ser a esposa infiel e cheia de segredos, que fez merda e ainda se achou no direito de apontar o dedo pro marido, colocando ele como louco e defendendo um desconhecido que fora denunciado por perseguição e violação de medida protetiva. Ele deveria ter separado dela, mas é burrinho também.

Jeferson.Gomes 08/04/2020

SOB A TERAPIA DE UM SOCIOPATA.
Quando se está sofrendo por um trauma do passado e os sentimentos perdem o equilíbrio, a sensibilidade se torna a ponte necessária para pessoas mal intencionadas e ardilosas entrarem. Se perde o controle sobre o próprio caminho.

Foi o que aconteceu com o terapeuta e psiquiatra forense, Paul. Profissional experiente, admirado e respeitado. Mas toda sua credibilidade e segurança se quebra quando sua vida é invadida, sua família assediada e suas dores exploradas.

O rico Graig Cavanaugh é cusado de assédio, mas com uma virada de "Mesa" eu seu caso, o juiz determina insanidade. Paul é designado a levantar o diagnóstico em sua terapia e descobre que sua experiência são é o suficiente para equilibrar a mesa.

A terapia se torna inversa e o jovem Graig joga a seus modos, cavando mais fundo na vida de seu terapeuta. O campo é minado e quem determina e faz as regras, é o sociopata em ascensão.

Paul tem que lutar contra suas emoções e perdas e se unir a vítima e a sua mulher para conquistar a confiança de colegas e conquistar principalmente a sua confiança como marido em um relacionamento fragilizado.

O INTERROGATÓRIO é um thriller psicológico de primeira. Suas nuances e reviravoltas é uma aula da mente humana. As pessoas são frágeis em seus julgamentos e quando são julgadas. E a terapia é uma auto avaliação de si mesmo em suas perspectivas.

E o personagem Paul coloca essas percpectivas em evidência, narrando a história em primeira pessoa. Um diário clínico de si próprio e de tudo o que já foi visto em sua atividade profissional.

Ressalvas para a tradução e revisão do livro. Palavras de colocação errônea, deixando a frase sem sentido e sem concordância. Mas não compromete a leitura.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/

Jéssica 21/02/2020

Muita encheção de salsicha, o autor tenta fazer um suspense mas o leitor percebi cada passos dos envolvidos, muitas repetição de uma mesma história, tenta fazer um drama (a morte do filho ) que não nos emociona em nem um momento, um dos piores que já li, infelizmente, a final de contas tinha tudo para ser muito bom.

Erick.Guerra 17/01/2017

Previsível bom!
"O interrogatório" é um livro com um grave problema de ritmo. Dos capítulos 1 a 5, e 17 a 24, a leitura flui magistralmente. Entretanto, nesse intervalo entre 6 e 16, a narrativa vira repetitiva e incessante. Outro ponto negativo é a tradução. Há partes (dúzias delas) em que fica evidente o fato de que o tradutor (que vergonha, senhor William Lagos) usou um aplicativo para fazer seu trabalho.

Quanto à história, devo admitir que fiquei surpreso. À princípio, os persongens são caricatos. O psicopata, o doutor sofredor, a esposa enlutada e a perseguida inocente. Porém, com o avanço da trama, nos são dados detalhes que formam os perfís dos personagens de forma que prevemos que atitude eles poderiam ter diante de uma situação, não porque seria óbvio, mas porque os conhecemos.

O final foi um ponto dúbio. Durante toda a história, eu sabia o que iria acontecer. Entretanto, a forma como tudo foi descrito foi mágico. Me senti num filme de faroeste/terror ao longo das últimas 40 páginas.

Num balanço geral, este é um livro recomendável se você tem paciência para passar três meses lendo-o (como foi o que aconteceu comigo). Não é um livro instigante, mas é com certeza surpreendente.

Fagner 07/08/2014

Sobre o livro
Ao ler o livro o enredo me prendeu logo de cara. Como o mestre Anscombe consegue com todo o seu conhecimento prender o leitor em todos os momentos. No entanto dei quatro estrelas por um simples motivo que eu acho que foi o único ponto baixo do livro: O desfecho!
Depois de uma história maravilhosa e que prende, eu realmente esperava algo mais. Mas é apenas um detalhe pequeno quando comparado ao grande enredo desse livro. Recomendado.

RAFAA 14/04/2013

História de um jovem rico e muitíssimo inteligente, que se apaixona doentiamente por sua professora. Não correspondido ele passa a perseguir a jovem doentiamente. Quem conta a história é seu psicólogo que se envolve na trama de forma pessoal e passa a ser vítima do seu cliente. História de suspense até o fim! Envolvente!

Marcelo F. Zaniolo 21/08/2012

"O Interrogatório", de Roderick Anscombe, é um livro fantástico. Uma obra em que o tema abordado foge ao usual – bem como o cenário em que as cenas e fatos se desenrolam – e em que a tensão é forte, marcante e preponderante para o ritmo da narrativa e para o sucesso da obra de forma geral (...)

Lei mais em: http://lokotopia.com.br/resenha-o-interrogatorio/

Tormented 07/07/2012

O interrogatório, um jogo de mentes.
Não há como descrever de outra maneira, senão com essas palavras a essência fundamental desse livro: um jogo entre mentes relatado, interpretado, vivido e, sobretudo, jogado pelo grande psiquiatra Dr. Lucas e seus íntimos personagens que, desde o início da trama já esboçam personificação estupidamente real.
As páginas desde o prelúdio até o epílogo sao construídas e encaminhadas a um cume eletrificado de tensão crescente; é o tipo de leitura rara que nos desperta o desejo mais feroz de devorar as páginas com demasiado afinco, escalando as palavras, rumo às alturas da imaginação que ainda assim nos mantém atados à realidade, completamente firmes ao solo.
Um dos pontos que mais chama a atenção para o livro é a fomentação que ele causa na boca do estômago de seus expectadores, não deixando estes cairem em um sentimento nada parecido com o tédio ou qualquer outra coisa que faça parte do gênero que incite o cansaço.

"Quem não vê bem uma palavra, tampouco entenderá uma alma." Essa frase ambientaria bem as inferências de ideias entre o Dr Lucas e seu "algoz" Craig, o paciente perturbado cuja narrativa gira em torno desde o príncipio. Craig sempre está por trás, em frente, ao lado. É o fantasma onipresente de tudo e todos. A trama adentra imperceptivelmente por um labirinto lépido que nos transmite a crença passageira de que o tão afamado psiquiatra Dr. Lucas, nada mais é do que um joguete fácil nas mãos do manipulador Craig. A vida dos dois se mescla irremediavelmente além dos limites das paredes de concreto do consultório psiquiatrico assumindo importância vital e pessoal para ambos. Por hora amamos interrogado, decepcionando e compadecendo-nos da capacidade intelectual do inquiridor Dr. Lucas, e- tão rápida quanto a velocidade com que a bala disparada de um calibre 25 atinge seu alvo - somos tomados de um ódio por Craig, fruto da admiração perplexa e inesperada nascente pelo seu psiquiatra, cujo espírito passa a crescer nas páginas finais em prol de sua própria defesa que se perfaz com uma sagacidade incostestável. Vemos o psiquiatra ganhar força e, por horas até mesmo duvidamos de sua inocência. Entramos junto com ele em seu prazer em virar a mesa, reverter papéis, jurar sadismo em uma... vingança disfarçada de justiça (ou justiça disfarçada de vingança?) nos capítulos que precedem o fim.

Para quem busca um livro que prenda a atenção do começo ao fim, esse sem sombra de dúvidas encaixa-se nesse conceito. É uma literatura humana, em que muitos sentirão afinidade com os personagens, muitos rirão e vivenciarão juntos as especulações acerca de todos os receios do médico. A descrição em primeira pessoa é tao nítida, e rica que nos permite enxergar cada passo, seguir cada caminho, analisar cada objeto, como se fossemos câmeras de vigilência presentes em todas as cenas. Não obstante, há ainda as descrições humanas de falas, sentimentos, emoções e atos completamente cabíveis e que transforma a história numa vivência do mundo real. As entonações representadas em TODOS os diálogos são espicaçados pelo autor com cuidado e sensibilidade concedendo-nos também o prato principal: a possibilidade de enxergarmos não somente diálogos secos e superficiais, como também a oportunidade de observarmos esse espelho de palavras para lermos com sentimento e análise a alma do drama de cada personagem contado.

É o tipo de leitura em que a excitação se permeia de maneira crescente, com um começo pacato (não confundir com enfadonho) culminando num final cheio de ação explosiva e destrinchante. O tipo de ficção que nos acalenta, e nos abandona em sua leitura quando chegamos ao final, Deixa em nossa mente uma tábua solta sobre os limiares da ponte em que se funde o certo e o errado. Deixa saudade e um sentimento de vazio: Como vou viver sem aquela história??

Nessa Gagliardi 23/06/2010

A história é boa, o ritmo é intenso, mas a edição... nossa! Que horror!
Recheada de erros gramaticais e de digitação, chegava a desviar o meu foco da história.
Felizmente é uma editora pequena com capacidade de assassinar poucos livros.