Maria.Fernanda 11/04/2024
Charlie, eu te entendo, Charlie
Simplesmente o melhor livro que já li. E provavelmente um que vou reler com mais calma novamente depois que ler todos os meus livros pendentes. Assim como Charlie fez em um de seus trabalhos para o Bill, quero contar uma visão de mudo que tive.
Eu sempre quis me sentir infinito, queria me sentir pertencente a algo. Grupos, amigos, pessoas. Para que isso fosse possível sempre senti que o melhor era fazer atitudes que as pessoas que eu queria que fosse minhas amigas gostassem. Não importava o quanto eu queria expor a verdade de mim mesma. Me sentia dividida em duas. Uma querendo ser ela mesma e a outra um filtro. Eu não queria mais faz as coisas que eu fazia por simplesmente achar que as pessoas não iriam gostar mais de mim se eu fizesse isso. Meus gostos, meus hábitos, minha aparece, tudo. Sendo que ninguém realmente se importa. Tinha momentos que eu havia atitudes pensando nos outros, mas só quando eu pensava em mim eu começava a chorar. E eu pensava que não havia motivo para chorar porque eu fiz rudo certo. Eu era legal, mas não era o meu legal. Não era eu. Eu não era alguém que eu gostava de olhar. Eu não era alguém que falava a vontade sabendo que era eu ali. Eu sempre me censurava e me culpava por qualquer sentimento que lembrava de quem eu realmente era.
Eu sinto falta de como eu era e parece que durante essa leitura, consegui me lembrar. Eu sei quem eu sou, sei dos meus problemas, sei dos meus gostos, das pessoas que quero do meu lado, sei meus trabalhos. Eu sei o que é importante pra mim. Todas as vezes que eu lembro do verdadeiro eu parece que ele é o Querido Amigo de Charlie. Eu sei escutar, sei entender e eu, de verdade, não quero mais fingir ser alguém que não sou, porque quem não entende não deve ser algo importante para mim. Menos ainda se tentar me julgar sem me entender de verdade.
Eu me identifiquei muito com o Charlie. Suas emoções, ele sabendo quais são ou não, os sentimentos de se sentir sozinho, de querer pertencer. Eu, sem fingimentos, sendo eu mesma, não tenho problemas em relação à pertencer ou não, mas o Charlie me lembrar de que eu posso vencer meus medos, meus sentimentos menos queridos. Isso me traz conforto, me traz da vontade de ser eu mesma novamente. Ver quais continuarão do meu lado, me manter firme, finalmente me sentir feliz.
Isso me faz ficar ansiosa para ser infinita.