Há três dias (talvez até mais, ele não tem certeza) Bobby Singer estava em um lugar chamado Ashland para cuidar de uma série de desaparecimentos e a próxima coisa que ele se lembra é de estar dirigindo de volta para Sioux Falls, sem nenhum memória do porquê.
Seu cérebro, ele percebe na manhã seguinte, está vazando memórias e ele não sabe nem o motivo, ou como evitar, portanto começa a escrever um guia com tudo o que ele ainda se lembra.
Ao longo das páginas nos deparamos com explicações sobre o passado de Bobby, desde o que aconteceu com Karen e o fez se tornar caçador, quanto a sua amizade com Rufus e o a sua fluência em japonês. O livro também é uma boa oportunidade para os fãs da série se aventurarem ainda mais na mitologia e para observar os Winchester pelos olhos de outra pessoa.
David Reed faz um bom trabalho na captura da voz de Bobby e Dean em sua narrativa, além de seu foco narrativo dar a impressão de um dialogo com o leitor, fazendo-o sentir, por vezes, como um caçador em treinamento.
Porém, como nem tudo é perfeito, houve uma coisa que me incomodou: eu não consegui encaixar a narrativa em um período de tempo. Ele menciona o que Balthazar fez com o Titanic o que coloca a narrativa após “My Heart Will Go On”(6x17) e eles ainda estão a procura de Eve, portanto, antes de “Mommy Dearest”(6x19). Só que no capitulo anjos ele menciona que Castiel apagou as memórias de Lisa e Bem, o que não acontece até “Let it Bleed”(6x21)
Particularmente acho que esse foi apenas um erro que passou despercebido quando ele estava fazendo a edição e que a minha primeira teoria de onde a narrativa se encaixa está correta, mas como sou muito fã da série, senti um certo incomodo depois disso.
Erros à parte, O Guia de Caça de Bobby Singer tem uma dose de humor e suspense que faz com que você não queira largar o livro até o final.