Stieg Larsson

Stieg Larsson Jan-Erik Pettersson




Resenhas - Stieg Larsson


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Karine 03/02/2013

Stieg Larsson, a biografia
Nunca tive vontade de ler uma biografia. Sempre optei por ler romances, eu estava convicta de que a vida da pessoa teria que ser muito interessante para fazer valer a pena a leitura. Entretanto, assim que soube que a biografia de Stieg Larsson seria publicada, inesperadamente quis lê-la. Comprei então o livro esses dias, demorei para comprá-lo, já que ele não é um livro barato. Mas não me arrependo.

"Em um ponto, sem dúvida, ele provou ter razão: seus livros foram um sucesso.[...] Stieg não era propriamente um gênio financeiro. Agora, que deixara seu emprego na agência de notícias, eu me perguntava como ele se arranjaria financeiramente e se teria feito alguma reserva para o futuro. Ele declarou, confiante, que iria escrever uns romances policiais que o deixariam multimilionário. Quase não pensei mais nos planos dele depois daquela noite, mas, quando ele me mostrou o contrato de seu editor, percebi que bem que poderia ter razão."

Stieg Larsson não foi só um autor dos romances policias que conquistaram a Suécia e o mundo, como foi também um ativista político, jornalista e antirracista. A impressão que tenho ao ler a biografia de Larsson é de que estou lendo um livro de história, mas não, a vida dele foi marcada por partidos de extrema direita, nazistas e etc. A Suécia foi alvo de assassinatos em série, brigas de ruas entre partidos opostos e da influência do punk. Stieg viveu a história, ele estava lá quando tudo isso aconteceu. Ele lutava para que as verdades fossem reveladas em sua revista Expo, assim como Mikael Blomkvist na Millennium.

"A máquina de escrever era a sua companheira constante."

Existe uma relação muito grande entre a vida de Stieg e a sua obra. Diversos lugares citados no livro foram locais onde Stieg viveu ou conheceu bem. Vários personagens foram baseados em grandes líderes. A sua escrita teve a influência de grandes autores de romances policiais e de sua história. Jamais seria possível ter dado vida ao Millennium se ele não tivesse vivido tão politicamente ativo. Sem contar no quesito pesquisas, pois, segunda a biografia, a revista Expo possuía uma acervo enorme sobre partidos, ataques e disputas. Na série Millennium, Mikael é extremamente competente com pesquisas e em obter informações difíceis, exatamente como Stieg fez muitas vezes.

De certa forma Mikael é Stieg, ele arrumou um jeito de jamais ser esquecido: transformou a si próprio em um personagem. Pode ser que não tenha sido intencional, mas o fato é: existem muitas semelhanças entre eles e desconfio de que as diferenças talvez sejam a projeção daquilo que Stieg gostaria de mudar ou melhorar em si próprio.

Durante um período, Stieg trabalhou em uma agência de notícias em uma combinação de textos, fotos e artes gráficas. Para esse departamento, como chefe, foi nomeado Kenneth Ahlborn. Em uma conversa com Stieg, Kenneth afirma que "Stieg Larsson estava decidido a escrever um livro sobre uma Píppi Meialonga com distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade, o que aconteceria com ela mais tarde, aos vinte anos. Provavelmente não se sairia muito bem na sociedade moderna, receberia um diagnóstico de doença mental e seria trancada numa clinica psiquiátrica, talvez até submetida a maus-tratos físicos ou psicológicos, e sairia de lá com sede de vingança."

A biografia escrita por Jan-Erik Pettersson nos dá uma boa ideia de quem era Stieg Larsson como um cidadão de seu país, no enfoque político, social e literário (já que ele era um jornalista). Assim, não fala tanto de sua vida pessoal, o que, na minha opinião, caiu bem. Já que o autor nunca foi muito fã de publicidade e sempre se manteve discreto. Acho que, se ele estivesse ainda vivo, iria preferir que fosse assim.

"Stieg tinha um conhecimento quase enciclopédico sobre assuntos como política e história, em especial a Segunda Guerra Mundial. Em outras áreas que não o interessavam - música, esportes, por exemplo -, ele era assumidamente ignorante."

O livro é repleto de referências a fatos históricos, momentos e explicações sobre o contexto político-social durante a vida de Stieg Larsson. Acredito que o autor tenta ser ponderado na escrita e bem fiel aos fatos e à vida de Stieg. Além de tentar capturar a impressão sobre ele de diversas pessoas que conviveram durante toda ou parte de sua vida.
Anderson 01/05/2013minha estante
Excelente resenha!




Gus 28/07/2020

Uma dúvida entre 3 e 4 estrelas
Stieg foi e sempre será meu autor favorito, um cara que abordou diversos temas contemporâneos que, infelizmente, cresceram nos últimos anos não somente na Suécia, mas no mundo como um todo. A desvalorização da mulher diminuiu, apesar de estas sofrerem com o machismo (aparente e o "não aparente"), estas ganharam uma grande força midiática e estão cada vez mais aptas a se colocarem em seus devidos lugares, ou seja, onde elas realmente querem estar, isso tudo com ajuda, aliás, de personagens como a Lisbeth criada pelo Larsson.

Agora, falando sobre a biografia em si, temo em dizer que: Se você for muito fã do autor como eu sou, vale a pena a compra da obra, mas tenho que delimitar o seguinte: entre 60 a 70% do livro não fala sobre a vida dele, o autor da biografia destinou-se a contextualizar tanto as avenças que Larsson vivia em outrora que o resultado é basicamente um livro histórico, que fala muito sobre os problemas ocorridos na Suécia entre as décadas de 50 a 90, que obviamente são bem interessantes, mas que faltam em detalhes quando o assunto é a vida do Stieg, uma pena... 3 estrelas pela obra, 4 por ser sobre o Stieg.
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CooltureNews 10/03/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
É impossível ler a Trilogia Millennium e não se interessar por Stieg Larsson, o genial autor por trás das obras. Foi assim que me senti quando li estes livros, há alguns anos. Porém, na época, não encontrei muita coisa sobre a precocemente morte do autor, além de algumas notícias sobre brigas judiciais pela publicação de um livro quase-terminado.

Na época, ficou por isso mesmo. Minha vontade de entrar mais no mundo Millennium (já que sou grande fã dessa imersão no universo do livro, inclusive procurando saber sobre o autor, lendo biografias e etc.) ficou ainda mais latente ao assistir aos sensacionais filmes suecos, e depois à adaptação americana, que foi muito bem feita. Após estas duas adaptações, a busca por informações sobre o autor ficou maior, e Jan-Erik Pettersson, amigo de Larsson, lançou esta ótima biografia, publicada aqui no Brasil pela editora Companhia das Letras.

O que mais chama atenção na biografia de Stieg é sua motivação política, na qual ele começou desde cedo em manifestações contra, na época, a Guerra do Vietnã, e depois, visitando países africanos pobres que sofriam com milícias.

É fácil perceber nos livros de Stieg Larsson sua tendência a dar poder às personagens femininas, como Lisbeth, e isso é explicado quando se lê as batalhas que ele travou politicamente para proteger os direito das mulheres, entre outras causas que o autor defendia, sempre buscando proteger um grupo de pessoas que não conseguiam se impor na sociedade em que vivia.

É interessante também ver as consequências de suas fervorosas ações, que Stieg sofria acompanhado de sua mulher, Eva Gabrielsson. Uma ligação natural é feita quando vemos o tipo de situação que Stieg passou, como diversas ameaças que sofreu, e as situações que passam seus personagens nos livros. Com esta biografia, é possível compreender melhor as intenções e inspirações do autor, que foram tão magistralmente passadas ao papel nos melhores livros policiais/investigativos dos últimos anos.
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Bel Fraga 18/01/2013

Parece baseado em uma pesquisa honesta, mas consegue a façanha de -ao mesmo tempo - ter sido escrito burocraticamente e desorganizadamente. É possível? No entanto, pode provocar boas reflexões sobre o preconceito e o racismo na Europa, e também sobre o que é o mercado editorial contemporâneo.
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Carla 09/03/2013

STIEG LARSSON - A verdadeira história do criador da trilogia Millennium, Jan-Erik Pettersson
Olá amigos do Concentrófoba, meus dias longe foram causados por 5 provas. Mas estou de volta com uma biografia que amei. Trata-se do relato sobre o autor da Trilogia Millennium, que para quem não sabe - virou filme. Eu como não vi nem o filme, nem li os livros, começo pelo final, li sobre o autor Stieg Larsson, falecido alguns meses antes do lançamento do 1º livro.

Stieg Larsson era certamente o meu tipo de pessoa, ele gostava de aventura, conhecer novos lugares, fazer novos amigos, mas mais importante que tudo isso ele era ‘um garoto que queria mudar o mundo’, sua causa eram direitos iguais e o antirracismo. Criado pelos avós no interior da Suécia, Stieg recebeu muito da influencia do avô.

“A política era parte integrante da vida doméstica deles, algo que Stieg estava acostumado desde a mais tenra infância por causa do avô materno. Severin Boström, um comunista fiel” [p. 13]

O livro de Jan-Erik Pettersson traz várias curiosidades e informações da Suécia, que vão muito além da vida de Larsson, tanto literárias quanto históricas e um fato que achei interessante é que o norte sueco foi de onde surgiu a maioria dos escritores do pais. Só a cidade industrial de Skellftea apresentou ao mundo 3 dos maiores nomes da literatura do país, são eles Sara Lidman, Torgny Lindgren e P.O. Enquist, mas o mais bem sucedido comercialmente foi realmente Stieg Larsson.

Stieg era um jovem interessante. Ele se uniu a um grupo adolescente que protestavam contra a guerra do Vietnã, também foi membro de um grupo chamado Trotskismo que apesar de ser de esquerda atuava de forma socialista e liberal, além de mais aberto à cultura. Larsson também se alistou ao exército por vontade própria.

Larsson mudou a grafia de seu nome em 1973, de Stig para Stieg. Porque havia ele e mais 1 na mesma cidade e com as mesma aspirações politica, e isso estava causando confusão.

Há acontecimentos da história não muito divulgados que comprovam que grupos unidos podem sim mudar alguma coisa. Larsson se interessava pelo fenômeno que foi o governo nazista, e tudo relacionado ao assunto, algo que a mim também muito interessa. Comportamentos humanos sobre os quais não encontro explicação são no mínimo intrigantes.

A “marcha organizada pelo bairro judeu do East End em 1936 [...] levou ao acontecimento talvez mais lendário da história do antifascismo britânico: a Batalha de Cable Street. O Guardian, num artigo de 2006 sobre o acontecimento cita uma testemunha ocular:
'Havia uma multidão na passeata. Gente moça, gente velha, todos gritando ‘No pasarán!’ De repente, ergueram uma barricada ali e puseram um caminhão velho no meio da rua, junto com um colchão velho. As pessoas do alto dos apartamentos, na maioria mulheres católicas irlandesas, jogavam lixo na polícia. Emocionei-me até as lágrimas ao ver judeus barbudos e estivadores irlandeses católicos lado a lado para não deixar Mosley passar. Nunca vou esquecer, até o fim da vida, como gente da classe operária conseguiu se juntar se opor à maldade do racismo.’” [p. 98]

Stieg era considerado muito cuidadoso, mas ele tinha motivos, sua busca por publicar e informar todos os detalhes e quem eram os responsáveis pelos crimes de ódio em seu país o colocou na mira dos skinheads e seus simpatizantes.

“A revista Storm, skinhead e nazista publicou uma lista de nomes, endereços e telefones de cerca de quinze suecos conhecidos ... essas pessoas ‘deveriam ser encostadas na parede’. Stieg Larsson estava entre eles ... o editor foi processado e condenado por incitação ao ódio, a primeira vez na Suécia em que alguém foi condenado por uma ameaça formulada por escrito.” [p. 121]

E uma de minhas passagens favoritas desta biografia esta o texto de Jon Voss, que escreveu para a edição inaugural da Expo, esta era a revista que Larsson idealizou para promover e informar sobre os assuntos que a mídia não estava cobrindo, ou dando pouca importância aos crimes racistas e homofóbicos.

“O editor-chefe da revista QX, Jon Voss, escreveu no número inaugural da Expo:
O horror aos gays não é tanto o medo de gays, mas o medo de ter desejos sexuais por uma pessoa do mesmo sexo.
É uma das semelhanças com a xenofobia e o racismo. Não é desprezo pela ‘fraqueza’ dos outros, mas um medo paranoico e assustador de que a cultura, a aparência, as convicções politicas, a religião ou a sexualidade dos outros sejam mais fortes.
Desprezo pelos fracos é antes de tudo desprezo pela própria fraqueza.” [p. 187]

A Expo foi parte da inspiração de Stieg para a trilogia, nos livros - Millennium é a revista representada, a qual ele dedicou tanto do seu tempo e carreira. A Expo na verdade nunca foi o grande sucesso econômico que ele gostaria, o retorno financeiro era muito pequeno, mas Larsson nunca desistiu ou cogitou abandona-la. Ele acreditava nos romances que estava escrevendo poderiam deixa-lo rico e desta forma ele agitaria o mercado editorial com sua revista de denuncias.

“Stieg sentava-se para escrever ... Era fato consumado para todos que ele era o eixo do processo editorial, a personificação da história não só da Expo mas também do moderno antirracismo sueco. Tornara-se a autoridade consagrada, que conhecidos políticos consultavam e que dava palestras sobre extremistas violentos de direita para a policia e até para a Scotland Yard britânica.” [p. 200]

O autor diz que Stieg gostava de palestrar sobre o que havia aprendido sobre o movimento nazista e tudo o que o engloba, gostava de falar com os amigos sobre os livros que estava escrevendo, mas tinha algo que Stieg não era fã, dar entrevistas. E na época que começou a ter retorno positivo quanto aos esboços da trilogia Millennium, iniciava também um tipo de fenômeno em que autores passavam ao status de celebridades, que para vender precisavam aparecer no máximo de eventos possíveis e ir a TV para promover o impresso. A Suécia é um dos países que se beneficia com o sucesso de seus autores, pois isso tem movimentado o turismo no país.
Como Stieg agiu com os editores de seus livros:

“Um Stieg Larsson encantado lhes disse que o terceiro volume estava quase pronto e que ele via os livros como uma trilogia sobre a vida de Lisbeth Salander. E haveria mais pela frente. Ele planejava uma série de dez. O que queria dizer era: ‘Se vocês podem comercializá-los profissionalmente, eu posso escreve-los’”. [p. 247]

Uma das influências de Larsson para sua personagem ‘Salander’ foi à personagem de livros infantis, conhecida como Píppi Meialonga, da autora Astrid Lindgren.

Píppi é uma menina que irritou os críticos em sua época, suas histórias surgiram durante a 2ª guerra mundial, e mostravam uma criança inteligente e livre para pensar, curioso como em outros casos do mundo literário foram as criticas negativas que aumentaram as projeções da autora e possivelmente a transformaram mais rápido em um ícone da literatura. Na passagem a seguir mostra que até bem pouco tempo uma menina agir por conta própria ainda irritava profundamente alguns ‘intelectuais’.

“John Landquist, declarou que a maneira que a menina de Píppi comer bolo jogando açúcar no chão ‘-lembrava a imaginação de um deficiente mental, ou alguém com uma obsessão patológica-’ [...] ‘– Essa menina esquisita e suas aventuras de mau gosto no livro de Lindgren permanecerão na memória, se lembradas, como uma experiência muito desagradável, como um desconforto menor no fundo da mente-‘ [...] Talvez a posteridade devesse agradecer a John Landquist. A influencia subversiva da personagem Píppi certamente nunca teria um impacto tão grande não fosse por ele. Porque depois de sua intervenção, uma enxurrada de críticas inundou as páginas de cartas dos jornais e a imprensa especializada em educação ... isso continuou até 1995, quando Carin Stenström, colunista e democrata-cristão, escreveu no Svenska Dagbladet que ‘a adulação a Píppi virou tudo de cabeça para baixo, a escola, a vida familiar os padrões de comportamento [...] Glorifica o egoísmo, a presunção, a falta de consideração pelos outros e o escapismo.’
Astrid Lindgren não se apressou em responder a todas as críticas. Mas sabia que Píppi havia incentivado muitas crianças reprimidas – sobretudo meninas. Em um artigo no Aftonbradet alguns dias depois, em março de 1995, ela escreveu: ‘[A reação] é compreensível, uma vez que tem havido meninos, meninos, meninos durante todo o tempo – e então vem uma menina. É razoável que, se as meninas vão começar a pensar, talvez eu também possa’.” [p. 264 e 265]

A influência de Píppi nos livros de Larsson parecem ser claras para o biografo que era amigo pessoal de Stieg, e entre os fatos que me fizeram tanto amar ler a biografia quanto criar a vontade de ler a trilogia é que Larsson usou seus anos de pesquisa jornalística para criar uma personagem feminina forte, uma mulher que passou por coisas horríveis e ainda assim é melhor do que tudo o que acontece a sua volta. Adorei saber que ele brigou para manter o nome do 1º livro "Os homens que não amavam as mulheres". Porque para ele remetia aos muitos arquivos policiais que ele leu ao longo de sua carreira mostrando não apenas os crimes de ódio mas uma sociedade machista que se prevalece da força física, e que através da violência segue mostrando até hoje não apenas falhas de caráter absurdas, mas uma fraqueza genuína encruada em valores mais que ultrapassados.

E você que esta terminando de ler esta resenha pode pensar que eu contei muito do livro e da vida desta pessoa incrível, mas não, são quase 300 páginas de muitas informações, sobre tão mais que a vida de um homem, mas um movimento inteiro, ali está a visão politica de um pais longínquo e parte de quem faz parte da sua literatura.

Título: STIEG LARSSON – A verdadeira história do criador da trilogia Millennium
Original: STIEG
Autor: Jan-Erik Pettersson
Tradutor: Maria Luiza Newlands
296 páginas
Companhia das Letras
Texto: Carla Charão
encontra-o também no: http://www.concentrofoba.com.br/2013/01/stieg-larsson-verdadeira-historia-do.html
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Wagner 15/07/2021

O homem que lutava contra o fascismo e escrevia livros
Stieg Larsson ficou mundialmente famoso por escrever a trilogia Millennium e por ter criado excelentes personagens. Mas antes disso, era jornalista investigativo, editor da revista Expo, que lutava contra o fascismo e movimentos neo nazistas na Suécia. Eventualmente se tornou escritor de livros policiais, mas que também abordaram causas sociais relevantes, tais como a violência contra mulheres e crianças que estavam no sistema de proteção público em seu país. Seus livros venderam mais de 80 milhões de cópias em todo o mundo, mas ele mesmo nao viu seu sucesso, pois morreu de ataque cardíaco pouco antes da publicação do primeiro volume. Cerca de 75% do livro é sobre a luta do autor contra a extrema direita sueca e o restante sobre o mercado editorial de livros policiais na Suecia e na Europa nos anos 2000. Interessante para quem é fã da trilogia e quer saber um pouco mais sobre o autor.
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allanpatrick 16/12/2012

Contextualiza mas não entra em detalhes da vida pessoal
Trata-se de uma obra interessante, que contextualiza o entorno social, político e literário da Suécia no qual Larsson estava imerso. Quem procura detalhes sobre a vida pessoal do escritor, vai se decepcionar: são poucas as informações. Aparentemente, o autor desta biografia teve mais acesso ao pai e ao irmão de Larsson do que à sua companheira Eva, a quem normalmente se atribui uma maior importância na vida de Larsson, principalmente na sua atividade de escritor.
Carlos Heinecke 28/12/2012minha estante
Só não acho que haveria modo melhor de representar a vida dele, que sempre foi bem discreto ou, acho que até pode-se dizer, "escondido" x)




Mariana Melo 20/09/2013

Eu adoro o Stieg, mas abandonei esta leitura. Achei muita encheção de linguiça pra pouca biografia. Se quisesse ler um livro sobre confrontos políticos do mundo, teria comprado um.
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sonia 21/09/2014

a vida precisa ter um significado
Depois de ler a bigrafia deste ser humano admirável e idealista, assisti a uma palestra do mestre de yoga De Rose, onde ele diz algo instigante: há uma 'síndrome da felicidade',um estado de espírito de absoluto tédio, que destrói as pessoas que nada tem por que lutar. Nosso organismo, movido à base de adrenalina, precisa ser motivado a agir - a reação de luta ou fuga conhecida de todo biólogo. Ora, diz De Rose, o homem civilizado tem duas formas de fugir ao tédio existencial: a primeira é a arte, a segunda é comprando a luta do vizinho e tornar-se um militante de qualquer coisa boa e difícil. (a paz no oriente médio, por exemplo). A teoria é estranha mas palatável. Stieg optou pelo segundo caminho, militante ativo de causas políticas mundiais, e, por fim, adotou o segundo, escrevendo tres livros definitivamente fortes. Pena que havia um quarto livro na sequência que a morte prematura o impediu de terminar.
Recomendo sua leitura.

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
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Camila.Dias 10/07/2017

É sobre o Stieg Larsson?
Apesar do livro dizer no título que è sobre o Stieg Larsson, fala muito pouco sobre ele.
@retratodaleitora 10/07/2017minha estante
Esse é o problema com algumas biografias :( Muitas focam tanto na época, cultura, referências etc e esquecem o mais importante ali hahaha. De qualquer forma quero muito ler, amo esse autor




Carlos Heinecke 28/12/2012

Stieg Larsson
Bom, a primeira biografia que li. É um tipo de literatura bem interessante... Claro que não tenho base pra comparação, mas o livro me passou diversas impressões diferentes e q pretendo comentar. Tendo uma visão geral do livro, ele se parece bastante com o biografado.
Stieg, pelo que o livro conta, foi sempre alguém independente, ativista, profundo conhecedor de política e jornalismo investigativo, e isso poderia combinar bastante com a descrição do livro em si: uma obra que dá uma visão bem abrangente do cenário político das últimas décadas, contextualiza tudo com explicações históricas, se aprofunda bastante em determinados temas (nazismo, extrema direita, cenário político e social da Suécia) e quase sempre faz um gancho perfeito com o próximo assunto.
Repleeeeto de fontes e referências, o livro também comenta muitas das influências do autor e serve como uma ponte, instigando o leito a querer saber mais sobre algum outro livro, escritor, história de algum país ou movimento.
Acho que só não dou 5 estrelas por causa do gênero. Biografia realmente não é algo que se destaca, traga alguma mensagem, alguma emoção, enfim, me atraia. É apenas uma tentativa de representar a essência de alguém, seus altos e baixos, seu modo de agir e pensar... Enfim, algo que não deve ser possível, acredito eu! Haha. Parabéns pro autor, que fez um ótimo trabalho :)
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Claudia 01/09/2016

Stieg Larsson merecia uma biografia melhor
Eu gostei do livro, mas acho que como biografia do autor, é muito fraco.
Ele faz um panorama do cenário político do país do Stieg Larsson, mas quase não foca direito na vida do autor.
Achei que o capítulo sobre sua vida como escritor deixou muito a desejar.
Mas vale a leitura, principalmente se você, como eu, é fã do autor.
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