A Humanidade Artificial

A Humanidade Artificial Edmund Cooper




Resenhas - A HUMANIDADE ARTIFICIAL


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Carla.Floores 27/04/2024

Uma obra de retrofuturismo pra ninguém botar defeito.
Extraordinário justamente por ser comum.
O enredo é todo costuradinho, não há furos.
Se fosse pra resumir esse livro numa frase seria “a arte imita a vida ou a vida imita a arte?”
A ficção imita a realidade ou a realidade imita a ficção? Com relação a isso um lusco-fusco crepuscular permeia a nossa atualidade. Já não sei definir o que copia o que. Só sei que tudo se transforma. E esse é também um dos recados que vi aqui.
Achei muito interessante que os personagens parecem espelharem a personalidade de seus nomes.
Deixou um gancho ambíguo sobre Ernest e Jane. E sobre Jane, gostei muito do tema abordado a respeito da decisão dela de tirar ou não a própria vida. Eis algo que é pouco comentado, vi soobre isso apenas no filme ‘No Mundo de 2020’ e no conto de Kurt Vonnegut ‘2BR02B’. O suicídio é visto como bicho papão, porém, o que acontece quando a vontade existe mas falta métodos e suporte? Podemos usar como analogia o aborto.
O que uma máquina precisa para existir? E qual o propósito de sua existência?
Ouvi dizer que mitologia grega há o caso de Hefesto que criava ajudantes autômatos.
Nos anos 50 apareceram as primeiras experiências com IA. Desde então parece que o desenrolar dos acontecimentos só veio a estimular a criatividade das mentes mais brilhantes e (in)sanas.
“Em terra de doidos, os sãos devem ser malucos.”
A ignorância é uma benção e uma prisão. A verdade dói mas liberta.
Conhecimento não ocupa espaço e é a única coisa que ninguém pode tirar da gente.
No início senti uma vibe meio “distração para não questionar”, coisa de gado, sabe.
Obediência, condicionamento, subserviência.
Na narrativa há uma lenda sobre a disputa entre deus e o homem, e quem ganha é a inteligência do homem com propósitos divinos.
“Os homens poderão controlar as máquinas ou serão as máquinas que controlarão os homens?”
O cerne da narrativa trata de tópicos como confiança interpessoal, amizade, coragem, amor, desejo, medo, segurança, autenticidade, sobretudo amadurecimento. Coisas básicas da vida.
Uma demonstração de amor aos livros. Foi um presente ter lido essa pérola logo na semana que comemora o dia mundial do livro. Acredito que todas as respostas estão num livro ou na reflexão gerada por ele.
A humanidade evolui a partir das dificuldades que enfrenta, foi assim e sempre será assim.
Até que aconteça uma Guerra mundial que destrua a todos ou uma bioarma que o faça.
E apareça um religioso dedicado a criar um novo Éden com o auxílio da máquina (IA).
E curiosamente seriam todos caucasianos.
Dois pontos na narrativa me deixaram intrigada:
Ernest cita algo sobre quarta dimensão, como ele poderia saber sobre isso?
Michael diz que não poderiam deixar o corpo de Aldous ali. Ora, o quê? Correria o risco de feder?
Os ossos-secos me lembraram os Borgs.
Tudo é muito equilibrado nesse livro. Uma pitada de humor, romance, hot, filosofia.
Esse é o tipo de obra de arte verdadeira, que não dá a impressão de ter sido escrito pra vender e muito menos com objetivo de virar uma adaptação modinha. E eu acho que esses são os que merecem de fato virar filme.
Músicas que combinam: Another Brick in the Wall – Pink Floyd
Eu nasci a dez mil anos atrás – Raul Seixas
Vania.Cristina 28/04/2024minha estante
Até hot?


Vania.Cristina 28/04/2024minha estante
Eu não conhecia nem o livro, nem o autor. Pronto. Vai pra lista.


Carla.Floores 29/04/2024minha estante
Esse autor tem vários livros publicados, pretendo ler mais algo dele no futuro. Tem uma cena de hot, pra época e pro estilo, achei bem ousado. Muito gostoso de ler, Vânia!


Brujo 29/04/2024minha estante
Ótima análise, Carla!!!




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Ellen Seokjin 11/04/2024minha estante
Adorei sua resenha tão cheia de referências! Fiquei ainda mais feliz quando falou de Lost que é uma das minhas séries favoritas. Fiquei me perguntando se esse livro tbm não aparece na série igual muitos outros. Quando vi os históricos sobre esss livro achei que se tratava de um Asimov, as edições são bem parecidas.


Brujo 11/04/2024minha estante
Obrigado, Ellen !!!
Você deve ter achado parecidas as edições porque a Hemus seguia um layout para a coleção FC deles !


preta velha 11/04/2024minha estante
parabéns pela resenha, brujo!
adicionando-o em 3, 2, 1...


Regis 12/04/2024minha estante
Adorei a resenha e amei as referências que esse livro te trouxe à memória, Sidney! Parabéns pela ótima resenha!????


Brujo 12/04/2024minha estante
Ana e Régis: muito obrigado !! ??


Juliana-- 13/04/2024minha estante
Como é o estilo dele?
(Belas trilhas!)


Brujo 13/04/2024minha estante
Juliana sempre reparando na trilha sonora!! ?
Para não dar spoiler, eu o defino simplesmente como ficção científica! Se eu falar mais alguma coisa pode estragar o plot-twist!


Juliana-- 13/04/2024minha estante
Mas parece o jeito de escrever do PKD, por exemplo?


Brujo 13/04/2024minha estante
Bom, tem um aspecto dessa história que condiz bastante com o que o PKD usa na maioria de suas histórias, mas Edmund Cooper tem uma forma de escrever bem mais simples e direta. Eu pensei bastante mas não consegui comparar com nenhum autor mais conhecido. Acho que você vai ter que arriscar e confiar em mim... hehe...


Brujo 13/04/2024minha estante
Não quero dar detalhes porque pra mim foi muito legal ir descobrindo as coisas aos poucos, sabe ?


Juliana-- 13/04/2024minha estante
Massa!




João 19/03/2023

Bom, o livro é interessante, com uma boa proposta, proposta bem ousada eu diria, pra época em que foi publicado o livro, até me surpreendeu, um livro da década de 1970 falando sobre Inteligência Artificial. Não digo que me prendeu muito, mas também não é chato o enredo.
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João Viana 04/09/2020

A cultura do criador/inspetor
Com o título original de "Overman culture", sobre o conto de uma divindade que teria dado criado o ser humano e a busca de ser humanos de criarem seus iguais na forma de máquina, o livro trata da vida de um rapaz e seus amigos que percebem o quanto não é dito e o quanto sua vida é suspeita.

Repleto de diferentes sentimentos - ódio, amor, amizade, medo e a mais profunda curiosidade para procurar entender sua realidade - é um livro bem curto e que vale a pena pelo suspense até o fim, que vale a pena.
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João Viana 04/09/2020

A cultura do criador/inspetor
Com o título original de "Overman culture", sobre o conto de uma divindade que teria dado criado o ser humano e a busca de ser humanos de criarem seus iguais na forma de máquina, o livro trata da vida de um rapaz e seus amigos que percebem o quanto não é dito e o quanto sua vida é suspeita.

Repleto de diferentes sentimentos - ódio, amor, amizade, medo e a mais profunda curiosidade para procurar entender sua realidade - é um livro bem curto e que vale a pena pelo suspense até o fim, que vale a pena.
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