O demônio do meio-dia

O demônio do meio-dia Andrew Solomon




Resenhas - O Demônio do Meio-dia


114 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 7 | 8


Katyane 16/01/2018

Conhecendo a depressão.
Esse livro extenso, escrito por uma pessoa que convive com a depressão há bastante tempo, nos traz uma visão detalhista dos sintomas enfrentados; de vários antidepressivos e suas eficácias ou reações adversas; dos diferentes tipos de terapia, desde as psicoterapias até as terapias alternativas, etc. É realmente uma anatomia da depressão totalmente esquadrinhada e exposta em linguagem acessível a leigos e profissionais da área.
comentários(0)comente



Kelli 23/11/2017

Totalmente verídico.
Com tradução em 24 línguas"O Demônio do Meio-dia" é um impressionante relato sobre a depressão. Nele Andrew Solomon, também vítima da depressão, se desnuda completamente ao descrever suas tentativas para sobreviver a este mal, que vão desde tratamentos médicos, como remédio e terapias, mas também crendices e tudo que ele tentou (e em alguns casos conseguiu) aliviar seu sofrimento . Mas não é apenas isto, na obra estão presentes relatos sobre a vida de inúmeras pessoas que sofrem com a depressão, suas histórias de vida, como elas lidam com a doença e os tratamentos que fazem. É uma leitura densa, sofrida mesmo; na qual o leitor precisa se despojar de qualquer preconceito para poder se aprofundar nela.
A edição em Português é ainda mais interessante, porque nela, depois de anos em que o autor começou a escrever o livro, ele vai em busca de algumas pessoas que deram seus depoimentos e conta o que aconteceu a elas.
comentários(0)comente



Jaqueline.Figueiredo 12/11/2017

Um manual necessário a todos que vivem ou convivem com a depressão. Só recomendo cuidado ao momento em que se lê.
comentários(0)comente



Luis 20/08/2017

Para iluminar a escuridão
Há uma pequena fábula, muito popular no YouTube, que compara a depressão a um enorme cão negro que, faça chuva ou sol, acompanha fielmente seu portador, minando suas energias em cada atividade cotidiana. Pode por lá permanecer décadas, agressivo, rosnando e mostrando os dentes ou em suspeita hibernação, como vulcão, falsamente extinto. O curioso é que tal fera, muitas vezes, mostra-se invisível aos outros e talvez essa seja a maior contribuição de “O Demônio do Meio Dia” (Companhia das letras, 2014) : jogar luz sobre os becos escuros onde estão os que sofrem dos “males da alma”.
Andrew Solomon é jornalista e, partindo de sua própria experiência com a doença, consolidou um verdadeiro tratado sobre o assunto, pontuadas por diversos estudos de caso, mostrando as diferentes faces da depressão, dando voz tanto a pacientes, quanto a técnicos e especialistas do assunto. Todo esse imenso material (quase 600 páginas) embaladas em uma prosa elegante e de rara sensibilidade, herdeira legítima da melhor tradição do new journalism americano, não por acaso, o primeiro grande “rascunho” da obra foi publicado na New Yorker, bíblia do jornalismo literário.
O livro nos surpreende ao quebrar mitos que permeiam a discussão rala que envolve o tema, notadamente refletido nos muitos manuais de auto ajuda disponíveis no mercado. A trajetória de autor, que teve a sua primeira grande manifestação de depressão em um momento de plenitude profissional, quando lançava seu elogiado romance de estreia, ajuda a quebrar o paradigma que estabelece uma relação de causa e efeito entre surtos depressivos e episódios de frustrações e perdas, por sinal, situações que estão presentes na vida de todos, mesmo daqueles notadamente saudáveis. Ou seja, para quem tem a doença, até os momentos de sucesso podem desencadear crises.
Um outro aspecto interessante, entre os muitos abordados ao longo dos doze capítulos, é o que estabelece uma nova interpretação da distribuição social da depressão. Para muitos, trata-se de uma patologia de “rico”, impressão reforçada sobretudo pela crueldade que estabelece um funil no acesso aos recursos que permitem o diagnóstico e o tratamento adequados. “O Demônio do meio dia” nos mostra que a incidência se dá em proporções semelhantes em todas as classes, cabendo às mais abastadas, a facilidade na utilização dos recursos, consulta com psiquiatras e obtenção de medicamentos, que auxiliam a manter sob controle o ‘cão raivoso”, minimizando os impactos sobre suas vidas. Do lado dos pobres, a óbvia situação de privação ou limitação de tratamento, os deixam em situação de deprimidos crônicos. Até aí, não é difícil de intuir. A originalidade da discussão proposta por Solomon nesse tópico, está na pulverização da lógica de que a pobreza leva à depressão, quando, na verdade, tudo indica ser o contrário : a depressão, diagnosticada ou não, levando à pobreza, já que no auge de suas crises, o paciente é assolado por um estado intenso de apatia, o que arruína a sua produtividade e praticamente cessa suas chances de ascensão, reforçando um círculo vicioso que não raro se perpetua por gerações, lembrando que não é desprezível o traço hereditário da doença.
Baseado na minha experiência de quase 14 anos convivendo com pacientes em tratamento, posso afirmar que, embora existam fortes especificidades locais, principalmente no que concerne às questões que envolvem o nosso sistema público de saúde, os relatos e as reflexões propostas pelo autor americano são lições fundamentais, sobretudo para aqueles que lutam na trincheira da humanização das políticas aplicadas à aos processos de saúde mental.
Por fim, talvez a mensagem que resuma obra tão monumental é a de que o contrário da depressão não é necessariamente a felicidade, afinal, as tristezas fazem parte da nossa trajetória. O contrário da depressão é a vida. Clara e bela como o sol ao meio dia, sem estar ofuscado por nuvens cinzentas ou demônios.
comentários(0)comente



Mari 29/04/2017

Mais empatia
O demônio do meio-dia, do Andrew Solomon, traz uma apresentação da anatomia da depressão, sem excesso nos academicismos e termos técnicos. O autor faz uma mescla entre a pesquisa teórica, O depoimento pessoal e os depoimentos de terceiros. Alguns dirão que não agrega nada novo, mas os depoimentos foram muito enriquecedores e especiais.
comentários(0)comente



Ayla.Marcovisk 15/04/2017

Acabei lendo esse livro por indicaçao de um amigo, mas o livro em si nao adiciona nada para uma pessoa com depressao na verdade o autor fala tudo o que a pessoa deprimida ja sabe, nao so isso mais o livro em si esta mais para um diario do que algo útil, nao tive paciência para ler inteiro acabei lendo so metade do livro, o autor do livro se apoia muito nos remedios os vendo como a solução.
Quando estava com depresso assisti ao documentário a ponte embora nao acrescente muito fiquei pensando no gene ele esperou durante uma hora e meia seus amigos aparecerem nao acho que ele queria morrer acho que o que ele queria era sentir uma demonstração de amor por parte de seus amigos ele estava tao ferido internamente que nao podia mais sertir nada, talvez seja isso o que uma pessoa com depressao precisem saber que é importante na vida de alguem saber que é amado
Candido Neto 01/02/2018minha estante
Ayla, estou em plena crise, não tão grave, e já 20 páginas de terminar o livro, tive uma impressão inteiramente oposta a sua. É reconfortante saber não estar sozinho, histórias positivas e reais dão força, oito jeito de ver algo também. O que faltou pra você?




flor.de.lotus.1 15/12/2016

Um tratado sobre o mal do século
O livro aborda de forma detalhada e as vezes bastante pessoal, a depressão em seu aspecto social, cognitivo, religioso, moral, familiar, biológico e muitos outros. Acho que é uma leitura essencial para quem quer entender o mal do século. O livro peca apenas por ser demasiado longo (particularmente demorei mais de 1 ano para terminar de ler).
comentários(0)comente



eneida 08/08/2016

O autor é um paciente e estudou a fundo a depressão, sob vários ângulos, social, político e etc. Foi no Alasca entrevistar esquimós com depressão, conversou com mendigos, usuários de drogas, etc. Me impressionou bastante, me acrescentou mais ainda.
Walkí­ria Silva 23/03/2018minha estante
undefined




Marcos5813 14/06/2016

Salmo 91.6 - O relato de uma vida
Monumental obra de Andrew Solomon que faz de fato uma anatomia sobre a depressão, doença que enfrentou durante grande parte da sua vida. Através de diversos relatos de pessoas que passam e passaram pela doença, o livro "O Demônio do Meio-Dia", relata com tamanha humanidade e ao mesmo tempo profundida que deixa qualquer compêndio médico sobre depressão no chinelo.

Como todas as demais doenças mentais, os mecanismos da depressão, de como afeta no cérebro e como e desencadeada ainda é um mistério para as ciências médicas, mas a depressão sem sombra de dúvida é algo inteiramente subjetivo, pessoal, e por mais que se afirme que tenha um componente genético, não está claro de que isso é definitivo para que a doença se instale no indivíduo.

Com rara maestria ao abordar temas tão complexo como é a depressão, Andrew Solomon humaniza a doença, que antes de qualquer coisa precisa ser entendida como um fato neurológico, e que precisa se afastado o estigma de que as pessoas que carregam essa marca durante sua vida são fracas ou estão fazendo manhas. A depressão, além de ser uma doença incapacitante, assim como todas as outras que degeneram a saúde das pessoas, é uma doença com um potencial alarmante do aumento dos índices de suicídios.

Pessoas que passaram por depressões profundas são capazes de entender o quão é difícil conviver com elas. Há ainda um grande preconceito com a doença e indiferença, principalmente por parte daquelas pessoas que se dizem não ter esse problemas, mas vestem-se de uma mascara para não mostrar sua real ferida. Estas, que simulam um estado de saúde sem a fraqueza e estigmatiza as pessoas que passam por esses problemas é que são pobres e fracas de espírito, pois não vão além de se mesmo e vivem uma eterna mentira para tirar vantagem de um mundo cada vez mais perverso e desumano.

Livro essencial para quem tem interesse em conhecer mais aprofundadamente sobre esta doença que afeta lares e vidas humanas. Um exercício de humanidade.

Nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. Salmo 91.6
comentários(0)comente



Ediany 18/03/2016

Didático
O livro trata com clareza o que é a depressão. Talvez pelo próprio autor sofrer com isso, o tema é abordado com praticidade.
Extensa pesquisa foi utilizada, tornando o livro um pouco pesado, porém aumentando a qualidade e a profundidade do conhecimento do tema.
Ao contrário de muitos livros, não é uma abordagem superficial e inconsistente, pelo contrário, pela sua abordagem merece ser lido, discutido e entendido.
Foi, de longe, o melhor tratado sobre depressão que li até hoje.
comentários(0)comente



Eduarda 11/02/2016

Catarse para depressivos
O demônio do meio-dia, foi escrito por Andrew Solomon, que conta seu histórico de depressão e como viveu com a doença por quase toda a sua vida. Nunca escondi que sofro de depressão, o que me tornou bem mais sensível à história dele e tornou a leitura bem mais complicada, pois a identificação é imensa e parecia que eu lia meus próprios pensamentos. Pra uma doença tão marcada pelo estigma e tão difícil de ser entendida pelos que sofrem dela, o livro foi como um presente. Não é do tipo auto-ajuda, nem do tipo romance biográfico. O autor usa uma linguagem bem acessível nas suas observações e depois de dar uma breve ilustração de como a depressão é vista pelo próprio depressivo, fala das crises e colapsos que sofreu, dos tratamentos e ainda fala sobre as implicações históricas, sociais e biológicas, expondo aqui e ali alguns trechos de literatura de Virginia Woolf, Emily Dickinson e Charles Baudelaire, mostrando que nossos tormentos são, na verdade, universais. Não vou me demorar nos detalhes nem descrever os dias longos em que não conseguimos levantar da cama, a solidão e a falta de significado que a doença nos impõe. Pensei muitas vezes antes de expor dessa forma, mas acredito que o grande problema das doenças psicológicas é que não falamos o suficiente sobre elas, e por esse motivo, nossos amigos e familiares, que tentam nos ajudar, não sabem muito bem como lidar conosco, amiguinhos do Prozac, pela empatia, por assim dizer, por não entender o que acontece dentro de nós. Apesar de não ser bem uma leitura recreativa, acredito que seja bastante esclarecedora, afinal, todo mundo conhece um alguém que sofre ou já sofreu de depressão
Modesto 17/03/2017minha estante
Estupenda resenha! Nada mais, na falta de nada menos, a acrescer. Li-o e reli-o com a sombra pairando e o fantasma da depressão sobejamente avultando-se..


Dom Quixote 18/09/2017minha estante
undefined




Paty 10/04/2015

Não, não tem mensagens positivas de livros de autoajuda, mas um relato honesto e profundo do que se passa na cabeça e no mundo de alguém que sofre de depressão. Certamente não existe livro mais completo que esse sobre o assunto.
comentários(0)comente



Tiekon 15/01/2015

Enriquecedor.
No geral, gostei bastante. Pontos fortes: todo mundo conhece alguém ou é depressivo, então você vai se reconhecer em algum momento; ele cita especialmente depressão grave com direito a eletrochoques e internações, mostrando que depressão é muito pior do que sua tristeza matinal; o autor cita depoimentos de pessoas que conseguiram se recuperar cada um de maneiras diferentes e surpreendetes. Pontos fracos: por ser muito longo, acaba sendo cansativo principalmente no final, onde trata da política americana e sobre nomes de remédios demasiadamente.
comentários(0)comente



114 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR