Poly 28/11/2013Quando li a sinopse desse livro fiquei bastante curiosa, principalmente porque eu adoro distopias e nunca tinha lido nada nacional sobre o assunto.
Pessoalmente a capa não é tão atrativa e isso só não me desmotivou porque minha fila de leitura estava bem tranquila.
Lemos o livro sobre a perspectiva de Raquel, uma jovem de 12 anos que acaba de se formar na Academia (uma espécie de escola da Esfera). Raquel mora com os pais e Tashi, seu mascote, em um dos blocos residenciais da Esfera. A Esfera nada mais é do que uma estrutura dentro do globo terrestre que abriga a população sobrevivente à Última Guerra.
Tudo na Esfera é altamente tecnológico e cheio de máquinas, Tashi, inclusive é uma delas. Ele é uma estrutura esférica, metálica, que consegue flutuar pelo espaço e têm uma incrível inteligência artificial, chegando a ser quase humana e se chama tashi. Cada tashi possui personalidade e nome próprio, que é dado pelo seu dono. Raquel recebeu o seu quando ainda era criança e como não tinha muita criatividade, acabou chamando o seu mascote de Tashi.
Eu via o Tashi (e os outros mascotes) e lembrava do Linguado, da Ariel. Claro, se Ariel não vivesse no mar e Linguado não fosse um peixe.
O tashi era uma pequena esfera, um pouco maior que as extintas bolas de tênis. Metade de sua superfície era recoberta por metal e microcircuitos, com minúsculos pontos e linhas azuis, a outra era um visor côncavo capaz de reproduzir imagens, dar notícias ou acessar a televisão local, mas que na maior parte do tempo apresentava um fundo branco com dois pontos robustos e um risco, numa imitação simplória do rosto humano.
P. 9
Quando os jovens se formam na Academia eles participam da cerimônia de Implante, onde cada um recebe um chip na nuca que interage com o sistema nervoso dando uma espécie de “super poder” (habilidade) a quem recebe o implante. Cada “poder” está relacionado a um grupo de pessoas: Sibérios, Túneis, Bios, Antenas e Exilados. Quando os jovens recebem os chips, eles passam a ter aulas específicas de acordo com o grupo a que pertencem. Nessas aulas eles aprendem a controlar e a dominar os poderes do chip.
Os chips agem diretamente na medula, sendo ativados pelos impulsos elétricos que passam por ela. Cada pessoa produz determinada quantidade de impulsos, e é isso que lhes confere as diferentes habilidades. Porém, há uma delicada faixa que é incapaz de ativar o chip e é o que acaba tornando a pessoa um Exilado.
P. 37
Raquel e seus amigos acabaram de ser implantados e estão muito ansiosos para começar a suar seus poderes.
Raquel e sua melhor amiga, Camila, se tornam Túneis e possuem uma habilidade de criar túneis (que é mais imaginar como sendo braços) mentais que podem movimentar objetos e fazer outras coisas do tipo e também voar.
Tales, se torna um Bio e pode mudar o seu visual com o poder da mente, assim como aumentar sua força física.
Ângelo desmaia durante a cerimônia e não faz o teste. Como a grande maioria dos estudantes que desmaia durante a cerimônia se torna um Exilado, ou seja, alguém sem nenhum poder específico, o teste não precisou ser feito no garoto.
Apesar de habilidades diferentes e estarem em aulas diferentes, os quatro continuam amigos inseparáveis e vão a todos os lugares juntos, principalmente ao parque temático Saturno.
Além deles, Raquel ainda convive com sua arqui-inimiga, Luana e sua tashi Sagitária e Isabela, uma Sibério, neta de Alastor, um membro muito importante da Elite (governo a Esfera). Isabela acaba se tornando amiga do quarteto por acaso, mas nem por isso a amizade é menos significativa.
Os primeiros capítulos são basicamente de apresentação dos personagens e de explicação de como é o funcionamento da Esfera. Apesar de parecer meio monótono não é. O livro é cheio de ação do início ao fim e não dá vontade de interromper a leitura.
Mas nem só de vida Acadêmica e diversão é o livro. Raquel descobre que existe uma Facção (rebeldes) que quer tirar a Elite do poder e que há um atrasado no mainstream da Esfera, o que pode colocar a vida de todos em risco. Sabendo desses acontecimentos, Raquel e seus amigos saem em busca de informação e de meios de salvar a Esfera e a vida humana.
- Povos que só conhecem a guerra buscam a paz, povos que só conhecem a paz buscam a guerra… Essas são as palavras do Setor de Memórias. Palavras escritas pelo povo que construiu a Esfera, um povo que encontrou a guerra…
P. 335
Terras Metálicas é o primeiro livro do autor Renato Nonato e ele não deixa nada a desejar em relação a outros autores de renome. Ao fim do livro há um gancho ótimo para uma possível continuação da história e tenho certeza de que fará tanto sucesso quanto este.
- Nem sempre os mocinhos fazem coisas boas…
P. 458
A diagramação do livro também é muito boa e há pouquíssimos erros de português. Como já disse, eu não gostei muito da capa, mas a sinopse por si só “vende” o título. Só não dei nota máxima porque por mais que a leitura fluísse bem e a história ser bem interessante, eu não consegui gostar por completo da trama.
Não sei explicar exatamente o que eu não gostei, mas em determinados momentos eu só queria chegar ao fim da página 616.
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