O Pesadelo

O Pesadelo Lars Kepler




Resenhas - O Pesadelo


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Gerson.Salgado 05/08/2017

Realmente um pesadelo...
O livro enrola muito, a narrativa não é envolvente. Ler esse livro foi realmente um pesadelo, o título expressa bem o que é fazer a leitura do mesmo, me forcei a ler por não gostar de larga o livro pela metade e esperava que pelo menos nos final, o livro valesse a pena. Mas não foi o que o final é tão ruim quanto a experiencie de ler esse livro
@jeanflamel 05/11/2017minha estante
Oh! Foi um dos melhores livros que já li, com partes inesperadas, eu gostei mais desse do que o hipnotista, releia isso, e saboreie esse lindo livro.


Livroseliteratura 08/01/2018minha estante
Você leu o hipnotista?


Gerson.Salgado 11/01/2018minha estante
Li sim, muito melhor


Livroseliteratura 11/01/2018minha estante
Bom saber, obrigada!


Gerson.Salgado 13/01/2018minha estante
de nada! ^^


A.Paula.Sz 19/04/2019minha estante
Faço minhas as suas palavras...




Matheus Fellipe 30/09/2016

Muita ação, reviravoltas, tensão e excitação
Assim como em O Hipnotista, o casal sueco Alexandra e Alexander Ahndoril, que escreve sob o pseudônimo de Lars Kepler, arrebenta com tudo. Eles conseguem misturar o brutal com o psicológico dos personagens, possuem sangue frio para descrever as piores cenas de violência e ao mesmo tempo a delicadeza para tocar as notas de um violino através das palavras. Não vou me ater ao enredo do livro pois a sinopse já mostra sua essência, mas já adianto que vai muito além disso, nada é o que parece.

“A luz quente do sol espalha-se na sala, vindo de janelas altas. [...] está pendurado no centro da sala espaçosa. Moscas caminham sobre seu rosto branco e para dentro das órbitas e da boca aberta para colocar seus pequenos ovos amarelados. Elas também zumbem acima da poça de urina, bem como da esguia maleta preta no chão. A corda de varal fina cortou um pouco o pescoço de [...], produzindo um profundo sulco vermelho. Escorreu sangue pela frente da camisa.” — Pág. 30

O Pesadelo levanta divergentes opiniões, alguns consideram que a leitura é, literalmente, um pesadelo por suas minúcias e descrições, outros leem o livro porque acham a capa bonita e despejam xingamentos quanto não encontram o que esperavam, por fim existem aqueles que, assim como eu, encontraram no livro uma miscelânea dos melhores elementos de um bom thriller, ou seja, muita ação, reviravoltas, tensão e excitação.

Os autores mais uma vez conseguiram dar vida e desenvolver seus personagens muito bem, em especial o detetive Joona Linna, que nos foi mostrado não só como um policial em busca de justiça, mas também conhecemos o seu lado humano, seus sentimentos e origens. Claro que ele não foi totalmente dissecado, há muito ainda a ser contado sobre ele nos próximos livros, mas nesse segundo caso escrito eles nos permitem aproximar e conhecer melhor o protagonista.

“Suas mãos tremem enquanto tenta discar um número no telefone. Ouve o piso ranger quando alguém entra rapidamente na sala. Não há tempo de telefonar. Tenta chegar à janela, para poder gritar para a rua pedindo ajuda, mas alguém agarra seu pulso enquanto enfia um instrumento frio em seu pescoço. Ele não percebe que é uma arma de choque: 69 mil volts de eletricidade pulsam por seu corpo.” — Pág. 368

Os mortes aqui, são movidas pelo poder e motivadas por traição, envolvem política e pessoas da alta sociedade sueca, onde ser desleal significa romper relações, tendo que pagar as dívidas com o seu pior pesadelo, o que pode ser a própria morte ou a morte daqueles que mais ama. Os métodos? Aquele que mais der medo ou perturbar o personagem. O livro possui morte por facadas, incêndio criminoso, arma de fogo, suicídio encenado etc. São casos aparentemente isolados que no fundo têm a mesma origem, a qual vamos descobrindo aos poucos.

“O homem joga o fósforo na grama encharcada de gasolina. Ela faz um som de sucção, como uma vela de barco quando se enche de vento. Chamas azul claras brotam com tal força que o homem tem de recuar. O garoto está gritando por ajuda. O fogo cerca o barracão rapidamente. O homem recua mais alguns passos. Sente o calor no rosto; ouve os gritos terríveis.” — Pág. 91

O quebra-cabeças vai se formando aos poucos, a medida em que Joona e Saga, uma detetive que cruzou seu caminho, vão encontrando as peças e rearranjando-as. O livro é repleto de perseguição, sangue, tiroteios, o que te deixa sem fôlego a todo instante, mas nunca abandona sua linhagem psicológica e humana, abordando sentimentos e temas mais densos para nos deixar respirar e refletir.

Por que citei violino durante a resenha? Pois grande parte da história envolve a música. Seja com personagens que tocam, seja com outros que ouvem, ou mesmo aqueles que matam. O título original do livro em sueco, Paganinikontraktet, poderia ser traduzido como Contrato Paganini, que são contratos firmados durante o livro e que possuem a peculiaridade de terem que ser assinados ouvindo-se músicas de Paganini, que foi um compositor e violinista italiano que revolucionou a arte de tocar violino, mas isso é curiosidade e você vai descobrir mais ao ler o livro.

Não sei se você leitor gosta de ouvir música enquanto lê, mas eu li o livro ao som de violinos e foi uma excelente trilha sonora, causando arrepios e tensão. Se você gosta de bons livros policiais esse aqui cumpre muito bem o seu papel. Não é perfeito, mas irá te envolver e te proporcionar ótimos momentos. Avalio em 5 estrelas.

OBS.: No final do livro há um possível gancho para o próximo livro, que em Portugal levou o título de “A Vidente”. Os dois primeiros livros de Lars Kepler foram lançados pela Intrínseca aqui no Brasil, que por sinal fizeram uma linda edição. Como já se passaram 4 anos do lançamento de O Pesadelo, acredito que eles não continuarão lançando os próximos, mas não custa perturbá-los para que lancem. Então se vocês gostarem do livro, mandem e-mail, comentem nos posts do Facebook deles, vamos tentar trazer mais livros dos autores para o Brasil.

site: http://leitornoturno.blogspot.com.br/2016/09/resenha-o-pesadelo-lars-kepler.html
Fernando Lafaiete 30/09/2016minha estante
Gosto bastante deste livro... Apesar de achar ele meio montanha-russa. Ele tá ágil. fica lento, depois ágil de novo e vai assim até o final! Mas que bom que você gostou. Dizem que o livro desta série é tão bom quanto.


Fernando Lafaiete 30/09/2016minha estante
Gosto bastante deste livro... Apesar de achar ele meio montanha-russa. Ele tá ágil. fica lento, depois ágil de novo e vai assim até o final! Mas que bom que você gostou. Dizem que o outro livro desta série é tão bom quanto. Pretendo lê-lo ainda este ano. Ótima resenha!!


Matheus Fellipe 30/09/2016minha estante
Obrigado! Tenho resenha de O Hipnotista no blog também, eu gostei ainda mais dele, pois tem um teor mais psicológico, e eu gosto bastante disso nos livros. Quero mais livros do autor, lá fora já foram lançados outros três até onde sei.




Simone de Cássia 05/01/2023

O livro tem temperaturas diferentes: começa bem animado, dá uma esfriada andando em círculos e cai no cansativo. De repente o trem esquenta e te leva em uma vertigem estilo Jack Reacher com muito tiro, facada, perseguições acirradas e mistérios revelados.Tirando uns "absurdozinhos" e um foco que some no meio do caminho e depois aparece como se nunca tivesse sido foco, é interessante. O título também foi bem escolhido, tem tudo a ver ! No geral ele empolga, prende, faz pensar e querer voltar. Sempre avalio se o livro é bom pela vontade que tenho de voltar pra ele...isso ficou parecendo relação amorosa, né? Não deixa de ser rs rs
Drica 05/01/2023minha estante
Simone, comecei essa série pelo livro 3, ?A Vidente?e agora lendo sua resenha do segundo livro, me arrependi de ter pulado. Porém, agora como já estou no 6, não vou voltar. Enfim, série que segue?


Simone de Cássia 05/01/2023minha estante
Drica, "série que segue" foi ótima" !! rs rs


Riva 05/01/2023minha estante
Eu li quando foi lançado, e amei! Daí fui lendo todos os outros.

Também adorei a ?série que segue? ???




gleicepcouto 17/02/2013

Emaranhados de acontecimentos em uma história previsível e pretensiosa
http://murmuriospessoais.com/?p=6034

***

O Pesadelo é o segundo livro da dupla sueca Alexandra e Alexander Ahndoril, que atendem pelo pseudônimo Lars Kepler. O primeiro, O Hipnotista, se tornou best-seller e teve destaque no meio, sendo vendido para 35 países e a sua adaptação ao cinema está a cargo de Lasse Hallström. Os dois autores, porém, já escreviam antes de se unirem e ganharam até prêmios individualmente.

Nesse livro, novamente, temos o detetive Joona Linna envolvido em uma série de assassinatos. O corpo de uma jovem é encontrado em um barco abandonado. O estranho é que há indicações de que morreu afogada, mas suas roupas estão secas. No outro dia, um funcionário importante do governo sueco é encontrado com uma corda no pescoço, amarrada ao lustre. Joona tem certeza de que foi suicídio, apesar de tudo no aposento dizer que tal ato seria impossível. As mortes não parecem ter ligação, mas Joona descobre o ponto em comum entre elas e se vê emaranhado em uma rede de corrupção e tráfico de armas.

A leitura de O Pesadelo foi, literalmente, um pesadelo. O que me deixa mais surpresa nem é o fato do livro ser ruim, e sim existir fãs da dupla. Em literatura, algumas coisas são questão de gosto pessoal, né? Mas outras não, gente. Não, não e não. E nada me tira da cabeça que todas as ‘n’ bilhões de pessoas no mundo não deveriam dar tanto crédito para o que Lars Kepler escreveram aqui. E por vários motivos. Vou até numerar para não me perder.

1. Pretensão. Os autores criaram uma história pretensiosa, que quer ser grande e complexa, mas o máximo que conseguiram foi amontar alguns acontecimentos pra lá de esquisitos e sem nexo. É uma trama que quer aparecer, sabe? Como aquele seu colega que adora contar vantagem? Pois é, é isso. A história passa uma falsa impressão de ‘uau!’, mas na verdade não passa de ‘ah, tá’. Acho que os suecos (e o mundo) se empolgaram com o sucesso de Stieg Larsson e aí querem, encontrar em uma esquina qualquer, alguém que tenha 1/5 do talento que o cara tinha. Difícil, né gente?

2. Suspense, cadê você? Então, tô procurando até agora. Acho que ele fugiu de mim. Fui virando as folhas, em busca de intrigas mirabolantes que me levariam a uma curiosidade e tensão enormes. Mas que nada. Fui lendo a história, como se lesse uma receita da Ana Maria Braga. Mas aquela receita cheia de itens, que você sabe que, no final, não vai ser grandes coisas, entende? Os autores nem deixam o leitor saborear o livro. Acontece, explicam. Acontece, explicam. E o que não explicam, você nem sente falta. O elemento surpresa é nulo. E isso nos leva ao terceiro item…

3. Eu sei que você sabe o que ele sabe. Até a página 80, mais ou menos, o brilhante detetive descobriu o que o leitor já sabia há eras! Qual a graça de ler o protagonista descobrindo algo que você já sabe? Gente, não é assim que se faz um romance policial! Vontade de pedir pro mundo parar, que quero descer. Sinceramente, acho que a dupla deveria beber da fonte de alguns autores já consagrados para aprender a fazer o negócio direito. Ou então mudar de gênero, porque, no policial, não tá rolando.

4. Personagens. Quem? O mínimo que espero de um protagonista de romance policial é um cara fodão. Nem precisa ser bonito, mas tem que chegar a conclusões brilhantes; tem que me fazer me apaixonar pelo cérebro dele. Mas aí chega o Joona. Um homem inexpressivo, nada carismático e com deduções óbvias. Ou seja, boring. Chegou ao ponto de eu torcer pro vilão, porque o mocinho não estava fazendo por onde. Até porque o vilão aqui dá a volta em geral e ninguém percebe: polícia, Sapo, o caramba a quatro. Mas, gente, como assim?!

Resumindo, O Pesadelo é o tipo de livro difícil de descer. Não funciona como romance policial nem na Suécia, nem aqui, nem em lugar nenhum da galáxia. Os autores podiam aproveitar a sua narrativa, que é simples e razoável, em outro gênero literário que não necessariamente precise do elemento surpresa. Porque, pra escrever policial, falta ainda muito arroz com feijão.
Mel 28/01/2022minha estante
Concordo totalmente, eu fui ler depois de ler o Hipnotista, que achei melhor que esse, mas ruim também kkkk


Romane.Cristine 14/06/2023minha estante
Acho que nem preciso resenhar mais, porque sinceramente o livro foi péssimo. Nem lembro de quando foi que eu achei um livro tão ruim, tão sem rumo, sem futuro, e pensando que eu que tinha lido errado porque só via maravilhas sobre ele. Mas alguém concordou comigo.




Sayonara 04/07/2013

O próprio nome já diz, o livro é um pesadelo!
448 páginas de trama arrastada e policiais levando rasteiras o tempo todo.
É o primeiro livro do casal Lars Kepler que eu leio e estou pensando seriamente em parar nesse mesmo.
O começo do livro é até instigante, toda aquela correria com a personagem Penélope (que cá pra nós torci por ela o tempo todo), a mulher toda arrebentada e correndo na floresta, e tipo, tem uma parte tão surreal nisso tudo por que toda vez que ela parecia conseguir ajuda pra sair da situação acontecia ou aparecia alguém muito bizarro e botava ela numa pior ainda. Quando eu digo bizarro, é bizarro mesmo, como a aparição de um apresentador de tv aposentado louco. (Parando por aqui pra não dar spoiler).
Detetive Joona, você é tão cativante como uma cabra. Li várias resenhas falando que o homem era uma gênio, era um novo Sherlock Holmes... Porcaria nenhuma, achei a construção de caráter do personagem muito insólita, mas talvez isso não seja culpa dos autores e sim da cultura sueca em si, por que estou muito acostumada com os autores americanos e toda aquela ginga e personalidade excêntrica... Talvez por isso tenha estranhado tanto... Mas mesmo assim não deixo de achar que o homem é insosso.
Quem trabalhou duro ali e senti que tinha personalidade e botou respeito foi a Sago.
Esse livro não foi lido em uma semana, um mês... Foram várias semanas em luta constante de tão desanimada que o leitura me deixava. Não sou habituada com o linguajar Sueco, ou mesmo suas cidades, bairros, personalidades famosas... E os autores davam tanto detalhe disso que acabava cansando e tinha hora que eu me perguntava "Que diabos eu to lendo e que lugar/cena é isso?"
Daí que a partir da página 300 os autores começaram a implementar personagens do nada, e criar emoções para eles, só que não tem como você se apegar a personagens e lembrar nomes (pqp os nomes cada um mais difícil que o outro) de um bando de gente de uma hora pra outra dentro do livro.
Erros de concordância na revisão da tradução do livro também estavam muito visíveis (Intrínseca tô de olho em vocês).
Agora, o gran finale (literalmente falando) foi tão absurdo e complicado que eu por fim ia lendo engolindo as palavras pra acabar logo com o livro por que simplesmente não aguentava mais.
A grande mente do livro na realidade é o vilão por que fez todo mundo comer na mão dele principalmente a polícia.
O que não salva a pele, dele ser um tanto quanto irreal e sem sentido.
Indico o livro pra quem tem muita paciência mesmo (coisa que não tenho)e não tem pressa para ler.
Se você quer um livro pra começar a ler hoje terminar um pouco antes do natal, super te indico, aliás, foi o que eu quase fiz por que li outros livros no intervalo de leitura deste.
Leitura é leitura, com personagens cativantes ou não, O Pesadelo no fundo tem lá seu mérito. (Lá no fundo, bem no fundo do tacho mesmo) rs rs
Marci 14/05/2016minha estante
Também me decepcionei com o livro.
Já li "O Hipnotista", ele também muda o foco do livro de uma hora para a outra, mas é melhor que esse.

:[


Livroseliteratura 08/01/2018minha estante
"o próprio nome já diz"... Kkkkkkkk




Tainã Almeida 11/02/2015

surpresa !
Então ... eu me interessei pela historia e nao sabia se era sequencia .A historia de ''o pesadelo'' é a parte , e eu adorei , achei o livro show de bola :
os personagens sao acrescentados a medida certa , sem nenhuma encheção de linguiça ,e é explicado o porque de cada coisa. as vzs eu achava chato , tava super concentrada na historia dos personagens , quando ve um menino pegando fogo do nada . Mas quem é esse ,senhor ?? o que ele ta fazendo aqui ? o.O (nessas horas começei a pensar se os autores iam conseguir dar uma explicaçao boa e um final aceitavel p/ cada um . e corresponderam as minhas expectativas ) exceto o final p/ o vilão -que final mais tosco depois de tudo o que ele fez, merecia pagar o triplo =( . e fikei me perguntando sobre a coroa nupcial e o final de Joona . aff so vindo aqui mesmo p/ saber que ele foi casado e uma tal de Rosa alguma coisa apareçeu do nada e deve ser mãe da ex esposa dele . agora vou ter q ler '' O Hipnotista ' !! hahahaahah obrigada autores :p
Gustavo.Mucci 01/10/2018minha estante
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Tainã Almeida 01/10/2018minha estante
??




Paixão 20/12/2012

Oi?
Tá, depois de ter lido "O Hipnotista", eu tive a certeza: Logo logo Lars Kepler revelerá, nos próximos livros, que Joona Lina só enfrenta inimigos com poderes sobrenaturais. Porque é impressionante como os "vilões" criados pelo(s) autor(es) conseguem dar tantas voltas na polícia, nos investigadores, no país. Não é possível. Sério! Nem mesmo sendo ficção você consegue digerir. A obra, em si, não é ruim, principalmente no que concerne o seu objetivo principal. Mas há livros do gênero incomparavelmente melhores.
Fellipe.Tavares 24/12/2012minha estante
Discordo plenamente contigo... achei a história bem interessante e até mesmo bem realista :)




Ana Lara 14/09/2021

Meu pior pesadelo : baratas
Qual o seu maior pesadelo? O meu com certeza envolve baratas, meu maior pavor...

Leitura razoável, mediana, um pouco previsível. Mas qualquer livro que tenha Joona Lima vale a pena ser lido. O cara é uma espécie de intuição aguçada ambulante, parece até um sensitivo.
Entre um mistério desvendado e um pesadelo colhido vamos acompanhando a trajetória pessoal de Joona e também da deterive Saga Bauer, personagens que se tornam fixos nos livros posteriores a este onde o escritor melhorou e muito suas estórias.
Thais645 14/09/2021minha estante
Baratas brancas e voadoras.




stsluciano 07/02/2013

Minha primeira surpresa com “O Pesadelo” foi descobrir que, na verdade, Lars Kepler é o pseudônimo do casal Alexandra Coelho Ahndoril e Alexander Ahndoril. Interessante isso, um casal dividir a escrita e, conjuntamente, conseguir dar vida a personagens tão marcantes. Se tenho um pé atrás com livros escritos à quatro mãos, aqui tive que me render ao talento dos escritores, que entregou ao seu público um livro de muitas formas diferente do que se vê no mercado de romances policiais.

Em “O Pesadelo”, a polícia encontra o corpo de uma jovem morta em um barco e ao que tudo indica ela foi afogada, mas, logo a polícia percebe, seu corpo e roupas não apresentam sinais de água do mar. Um dia depois, um importante funcionário público, responsável por autorizar as exportações de armas da Suécia é encontrado morto, no que aparenta ser um suicídio.

Não demora muito para que a polícia – e em especial Joona Lina, o principal personagem criado pelo autor, Lars Kepler – relacione as mortes, e se ver envolto em um mistério de grandes proporções, tendo de se desdobrar para capturar o assassino da mulher no barco que, ao que tudo indica, agora está caçando a irmã da vítima.

A ação do livro é bastante rápida, principalmente graças aos capítulos curtos que dinamizam a ação, e ao autor não perder tempo com devaneios. Tudo é muito rápido, os acontecimentos se sucedem sem que dê tempo para o leitor respirar, e em livros policiais isto é bom, e o livro te prende de uma forma que é quase impossível larga-lo e não querer saber o que se passa no capítulo seguinte.

Mas nem por isso os personagens são mal desenvolvidos. Ao contrário, o livro tem uma coleção de sujeitos estranhos, que vão desde um fracassado – e psicótico – ex-apresentador de tv que vê na vida um grande jogo à uma empregada que não se mostra muito abalada com o suicídio do patrão, dizendo simplesmente que não falaram sobre o fato por seu trabalho não lhe exigir discutir assuntos pessoais com o contratante. E, claro, passam pelo assassino, que aqui tem um jeitão Jason Vorhees de ser: sempre perseguindo às vítimas onde quer que vão, sem aparentemente nunca perder o rastro, e estando sempre um passo à frente. Frio, rápido e bem treinado, nem mesmo Joona é páreo para ele durante um breve encontro, que, ao menos, serve para o detetive definir o assassino como profissional.

E chegamos à Joona Lina, o detetive com nome de mulher. Ou ao menos assim parece para mim, acostumado à forma latina dos nomes, e esta é uma das dificuldades do livro: você não consegue guardar bem nomes com os quais não tem uma certa afinidade – por isso romances russos e orientais tendem a ser mais complicados de se guardar os nomes dos personagens – então demora um certo tempo até se adaptar a eles.

Mas Joona é brilhante. Ele é impulsivo, sempre sabe o que é certo fazer, mas há algo em suas atitudes que não fazem dele alguém a se detestar, mas sim a seguir e, onde quer que ele esteja, sua presença é sempre sentida e respeitada. Mesmo com todas estas qualidades ele não é chato. Poirot, Maigret e Holmes são chatos às vezes, e Marlowe é irritantemente seguro de si. Joona não. Mesmo sabendo relacionar fatos e se lembrar de detalhes mínimos de cenas de crimes, ele é excelente também em combate, o que o coloca em um grupo diferente de detetives. Você não vê Poirot trocando sopapos por aí. Já Joona, ao mesmo tempo em que deduz algo corretamente consegue ser bom também nos momentos de ação.

Mas, como todo bom personagem de romance policial, ele tem alguns problemas, como um relacionamento que não consegue desenvolver com Disa, e uma enxaqueca tão forte que o faz perder os sentidos – que eu acho, e espero, tenha sido originada na primeira aventura do detetive, “O Hipnotista”, que agora quero muito ler; assim como uma mensagem que recebe de uma senhora, lá no final do livro, e que me deixou curioso além do normal.

E não posso me esquecer de Saga, uma detetive que trabalha com Joona neste caso e que tenta se impor por ser uma mulher com ares élficos em um departamento de polícia, se sentindo constantemente diminuída pelo sentimento de proteção que seus colegas têm para com ela. Gostei dela, ela tem a boca suja que imagino que um policial deve ter para dar vazão à adrenalina comum ao serviço, e também é disposta a todos os tipos de missões, assim como Joona.

O livro não é o primeiro de uma série, mas dá pra ler tranquilo, lembrando que sempre se perde um pouco nas relações que envolvem os personagens, mas nada que mine a experiência de leitura.

Mas lendo o livro achei o título inadequado. O pesadelo só tem uma participação decisiva já adiante no livro, e a explicação dada a ele quebra um pouco o tom realista que o autor dá a obra, com informações sobre órgãos e decisões legais que só podemos adivinhar serem verdadeiras. Mas, sendo ou não, a parte do pesadelo – que não posso dizer o que é por ser spoiler – destoa do restante, e se outra explicação fosse dada faria muito mais sentido com o livro como um todo.

No final é um livro acima da média, que foge do padrão que se costuma ver nos romances policiais atuais. Aqui, o crime cometido chega a ser obliterado pelo tamanho dos personagens e a construção que Kepler dá a eles. É raro isso, em certo momento Joona me interessou mais que o próprio crime que investigava. Mas, de certa forma, isto é bom para a longevidade da série, que, aqui, já ganhou mais um fã.

Resenha originalmente publicada aqui: http://www.pontolivro.com/2013/01/o-pesadelo-resenha-103.html
Ricardo Tavares 19/01/2016minha estante
Concordo com a maior parte do que você disse, só para acrescentar, o título em português foi traduzido do inglês, contudo, no original, sueco, o título tem tudo a ver com a trama: O contrato Paganini, que está relacionado com o desfecho da história e o vilão. Discordo de quem acha a trama fraca e comparo a narrativa aos livros de James Patterson e Robert Ludlum. Gostei mais dessa segunda aventura de Joona Linna.




Manuella @olivreirodanu 06/06/2022

Uma narrativa impecável
Conheci o trabalho dos autores com o 'Hipnotista' (livro que gostei demais, mesmo com algumas ressalvas) e esse foi meu segundo contato com a escrita deles.
O livro é bem narrado, detalhado e complexo. De fato em alguns momentos senti a escrita densa e precisei dar uma parada porque não conseguia mais manter minha concentração.
O estilo me lembra muito o do 'Jo Nesbo', onde temos um suspense bem fundamentado mas que não se atém a um só núcleo de personagens e tampouco é rápido.
Tirando um fato que achei absurdo, sem noção e sem cabimento na história, de resto achei tudo muito plausível e bem construído.
Adoro Joona Lina e estou ansiosa pra ler os próximos livros dele.
(Só vou esperar um pouquinho e ler algo leve entre eles ?)

Recomendo muito pra quem gosta de suspense mais intrincados e densos.
DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Ariani 20/06/2017

Os livros de Lars Kepler – O Pesadelo
Os autores conseguem levar o suspense até o final. Este foi o primeiro livro que li do personagem e garanto que não me atrapalhou em nada ter lido ele antes do anterior.

site: http://arianimartins.com/2015/08/os-livros-de-lars-kepler-o-pesadelo/
A.Paula.Sz 19/04/2019minha estante
O primeiro é bem melhor, talvez fosse interessante ter lido esse antes msm....




Lis 10/07/2016

Nhéeee
Não sei se foi por que criei muita expectativa encima desse título mas esperava muito mais dele. Pra começar ele nao me prendeu nada, passei quase um mes pra le-lo e sofrido ainda, sempre que pegava me dava sono. Acho tambem que nao ter lido o primeiro título - mesmo nao sendo continuação - O Hipnotista, com certeza deve ter influenciado um pouco.
Flavio.Gabriel 25/07/2018minha estante
Eu li o primeiro e dei um 3,5 pelo trabalho de amarração da trama no final, mas não gostei não. Já sei que não vou ler esse.




Cristina 23/02/2021

Mto bom o livro. Vale mto a pena. Leitura prende a atenção do leitor da primeira a última linha. Várias histórias correm em paralelo e se ligam de uma forma harmoniosa e perfeita.
HelenaRiva 24/02/2021minha estante
Uhuuuuuu




spoiler visualizar
Fagner 17/03/2019minha estante
Foi exatamente o que senti ao terminar o livro. Uma pena, pois o Hipnotista foi mto bom. Deixa brecha para um terceiro livro, mas depois desse não sei se me arriscaria.




vinizambianco 24/04/2024

[sobre tráficos de armas, matadores de aluguel e pesadelos vivenciados acordado] 

Depois de três leitura inundadas de jovens e suas ansiedades juvenis, larguei a mão dos YA e resolvi ler algo diferente, e escolhi o intrigante e maravilhoso O Pesadelo, segundo livro dos autores que co-assinam como Lars Kepler, e que assim como O Hipnotista segue o detetive Joona Linna em mais uma investigação criminal. 

Confesso que não estava dando muita moral para o livro, tinha gostado muito do anterior, mas nada tão ?pam? e depois de terminar mordi minha língua bem forte. O Pesadelo se inicia quando o corpo de uma jovem é achado num barco a deriva aparentemente morta por afogamento, porém todo o seu corpo e a cena do crime estão secos, em outro ponto um homem é achado enforcado em seu apartamento, porém no cômodo onde morreu não existe nenhum móvel alto o bastante de onde pudesse se jogar, esses dois casos aparentemente sem ligação de juntam em uma trama de tráfico de armas eletrizante. 

Os maiores trunfos da obra, são a narração super clara e coesa, me pareceu muito um rio que corre sem parada e cada vez mais rápido até seu grande clímax, fora que os capítulos são curtos e no ponto, não consigo pensar em nada pra cortar, um dos raros caso em que não há gordura para queimar. Vale ressaltar também os personagens super bem construídos e suas tramas bem estruturadas e toda a história ser de fácil entendimento mesmo com histórias complexas. 

Com uma história super instigante, eletrizante e arrebatadora, O Pesadelo consegue entreter até o leitor mais ?chato?, passando por zonas de guerra, embaixadas em chamas e uma suíça repleta de crimes, a história nos deixa tenso na cadeira enquanto torcemos para que os pesadelos fiquem apenas nas páginas desse romance maravilhoso. 
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