Narciso e Goldmund

Narciso e Goldmund Hermann Hesse




Resenhas - Narciso e Goldmund


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Diego55 06/04/2024

Narciso e Goldmund
A obra explora as complexidades da busca pela identidade e do conflito entre razão e emoção, narrando a jornada de Goldmund e Narciso. Nos faz refletir sobre temas como dualidade, amor, beleza e efemeridade da vida com a clássica prosa envolvente e poética do autor.
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ClaudiaMF 20/03/2024

A forma é importante, mas tão datado!!
Ler Herman Hesse é de fato um prazer para mim, principalmente no que diz respeito à qualidade do seu texto, à profundidade do que ele coloca na fala de seus personagens. Mas hoje tenho várias restrições a essa insistência na jornada do herói que ele repete. Li há muito tempo Demian, Sidarta, O lobo da estepe e agora Narciso e Goldmund e penso que esses personagens têm em comum essa jornada de (auto)conhecimento, acima de qualquer coisa. Eu achava isso uma delícia quando li pela primeira vez. Hoje já considero um incômodo essa viagem do homem em busca de si, a despeito de tudo mais. E o tom utilizado sobre as mulheres, inferiores, objetos de prazer. São vários exemplos, mas lá vai esse: "Com os homens podia-se falar de maneira inteligente, e eles compreendiam o trabalho de um artista, mas para o resto, para conversas e tagarelices, para os carinhos, os jogos, o amor, o prazer SEM PENSAMENTOS - isso não brotava entre homens; para isso precisava-se de mulheres e andanças, liberdade e sempre novas vivências." Datado, cansei disso. Prefiro ler mulheres.
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Thamiris.Treigher 28/02/2024

Hesse perfeito como sempre!
A viciada em Hermann Hesse chegou. ? Em ??Narciso & Goldmund?, escrito em 1930, presenciamos mais uma vez as características constantes nas obras de Hesse: o dilema e a dicotomia entre opostos, a rebeldia contra os valores estabelecidos, e como esse choque entre os opostos se desenvolve e complementa rumo a uma síntese que engloba ambos em um mesmo universo e realidade.

Nessa obra incrível e profunda, conhecemos Narciso, um monge erudito e introspectivo, que se dedica à uma vida religiosa, espiritual e de busca intelectual. Ele representa o lado racional, os valores de disciplina, da ordem e do conhecimento. Já Goldmund é um jovem inquieto, aventureiro, curioso, que a princípio segue o caminho traçado para ele por seu próprio pai. Ele deseja explorar o mundo, suas belezas e sensações; representando o lado sensível, emotivo, artístico, apaixonado e sensual.

Os dois se conhecem quando Goldmund, por meio de seu pai, vira aluno do convento em que vive Narciso. Surge, então, uma amizade a princípio improvável, mas que se mostra muito forte e bonita por meio de suas diversas fases. Pouco tempo depois, Goldmund decide sair do convento e explorar a vida para além daqueles muros, e é então que tem contato com todos os tipos de experiências, amores, confusões, aventuras, sensações, arte, dores e perdas em seu caminho errante (semelhante a Sidarta e Demian).

Por meio dessas experiências de Goldmund fora do mosteiro, Hesse aborda questões como identidade, natureza humana, luz e sombra, desejos e a busca da realização individual. É dessa forma que percebemos que tanto os aspectos intelectuais quanto os sensuais/sensíveis da existência humana são componentes essenciais de uma vida equilibrada e significativa. Um não pode viver na sombra se queremos a tão almejada luz. Não podemos nos desconectar com nenhum dos nossos lados, mas sim conhecê-los profundamente, sem disfarces ou omissões. No fim das contas, tudo se complementa.

Porém, esse caminho não é fácil e, como de costume, Herman Hesse nos mostra como essa jornada é cheia de dúvidas, apegos, abandonos, crises e dores. O caminho até a síntese, o autoconhecimento e a individuação não é nada ??good vibes??, ou com soluções fáceis ou rasas, e Hesse sempre mostra isso em suas obras, com toda a densidade que essa busca traz.

Não existem fórmulas mágicas, receitas prontas de coachs e, na minha opinião, é por isso que as obras de Hesse são tão incríveis: elas acessam a profundidade da nossa alma e de todos esses processos interiores. O fato de suas narrativas carregarem muito de sua própria vida conferem ainda mais brilhantismo e revolução aos seus livros. Não canso de enaltecer e panfletar: se você tem curiosidade e coragem de fazer esse mergulho, apenas leia - esse e qualquer outro escrito por ele!
Vitor922 29/02/2024minha estante
Perfeito(a) ??


Thamiris.Treigher 29/02/2024minha estante
Obrigada pela generosidade, amigo! ??


Carolina.Gomes 05/03/2024minha estante
Amei! Viu o filme? Lembrei de vc, qdo vi o cartaz.


Thamiris.Treigher 06/03/2024minha estante
Ainda não, Carol, mas vou ver!!! Tô super curiosa ?




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Alx 06/01/2024

Decepcionante
Em um trecho do livro Goldmund reflete: "Entretanto, uma coisa tornara-se clara para ele: o motivo por que tantas obras de arte não lhe agradavam, por que as considerava quase odiosas ou monótonas, apesar de terem uma certa beleza inegável. Eram profundamente decepcionantes porque provocavam o desejo do mais sublime e não o realizavam; porque faltava-lhes o principal: o mistério. É isto que os sonhos e as obras verdadeiramente notáveis têm em comum: o mistério". Essa crítica pode ser aplicada ao próprio livro, que se prende numa eterna monotonia do protagonista indo de lugar a lugar apenas para se interessar por alguma mulher, se cansar dela e repetir o precesso logo em seguida. Toda essa repetição de eventos torna o livro extremamente cansativo. Recomendo a leitura apenas se você tiver tempo disponível para perder, do contrário mantenha sua integridade mental passando longe dessa obra.
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MIRANDA 25/10/2023

Grande Hermann , espirituoso e amável como sempre . Um livro sobre amizade e amores sinceros que vão além de credos , politica , adversidade e tempo . Todo amor vale a pena.
Palavra para o livro : Altar
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Luiza 02/06/2023

Narciso e Goldmund
Já não tenho muito mais o que dizer sobre Herman Hesse, mais uma vez sou provocada por essa sensação inexplicável lendo uma de suas obras.
É sempre um conhecimento, diálogos que dão um tapa na sua cara e te fazem refletir mesmo que você lute. Narciso e Goldmund é mais um desses livros fantásticos em que dois personagens tem muito a dizer.
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Ramon.Amorim 04/09/2022

"A ingenuidade da vida de vagabundo, seu desprezo e renegação das leis e a vizinhança dissimulada e constante da morte há muito haviam agarrado e marcado profundamente a alma de Goldmund"
O que me faz gostar tanto dos personagens de Hermann Hesse, tais como Sidarta (1922) e Goldmund (Narciso e Goldmund, 1930) é a personalidade indomesticável que eles possuem. Podem simplesmente, de uma hora para outra, partir em busca do desconhecido, de um novo alimento para a alma, deixando para trás tudo aquilo que representa, para a maioria, estabilidade e garantias. A consciência da finitude e a exigência que se impõem de sugar até o tutano da vida os fazem perseguir novas formas de enxergar o mundo e as pessoas, nunca se saciando definitivamente. Eles nunca se automatizam; quando chegam perto disso, no caso de Sidarta, um sonho perturbador coloca-o novamente diante de suas questões vitais.

Em Narciso e Goldmund, o personagem de Goldmund, seminarista no Convento de Mariabronn, no período da Idade Média, tem em Narciso, o outro protagonista, um tutor. Narciso tem uma sensibilidade apurada, que permite revelar a Goldmund o sentido das suas inquietações. Para o tutor, o jovem não tem vocação para os saberes do espírito, mas uma aspiração gigante à vida, aos prazeres sensoriais e mundanos. Esse é o motivo que explica as aflições de Goldmund e em função dessa concepção ele deixa o seminário em busca de autoconhecimento.

É a partir desta busca que Hesse mostra talento muito acima da média para a construção de narrativas, bem mais do que em Sidarta e à altura do Lobo da Estepe (1927). Em Narciso e Goldmund, existem diversas cenas e sentimentos que se entrelaçam, causando um efeito bastante sincero em relação às aprendizagens de Goldmund. As cenas não têm a magia daquela sequência maravilhosa de Harry Haller (o lobo da estepe) no teatro mágico, mas têm profundidade. Não têm as reflexões de Sidarta, mas as cena em si inspiram sentimentos de paixão, ódio, medo e desejo ao nível das experiências de seus outros personagens.

O mercado editorial vem redescobrindo Hermann Hesse, relançando várias de suas obras. Narciso e Goldmund, apesar de suas notórias qualidade e expressividade, permanece subestimado e sem uma edição à altura de sua qualidade. Uma pena, dada a capacidade deste livro em propor reflexões atuais e muito relevantes ao sentido da vida.
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Cdmm 03/11/2020

Amigos opostos
O relato de uma amizade, admiração e amor entre dois noviços de personalidades opostas. Ao mesmo tempo que a um é permitido escolher seu caminho, ao outro não. Muito bonito drama existencial.
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vefaria 08/09/2020

Incrível história
Empolgante história de conexões improváveis e muito valiosas. Livro maravilhoso.
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Peleteiro 21/07/2020

Brilhante como toda obra de Herman Hesse. Através de uma narrativa leve e que flui de maneira aprazível, o autor, novamente, brinca com dicotomias e com as linhas tênues entre opostos ao narrar o amor e a admiração mútua entre um clérigo e um indivíduo mundano. No fim, as observações de Goldmund ao interpretar novas perspectivas ficam como o brilho da história.
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Danilo Henrique 23/02/2020

Grande como outras histórias de Hermann Hesse
A história contada nessas páginas me cativou, apesar de quase ter largado o livro pela metade, ao insistir na leitura e chegar nos últimos capítulos não há do que se arrepender. Esse texto colocou Hermann Hesse como um dos meus autores preferidos da vida.
A história é muito parecida com outros livros como "Sidharta", "Demian", "O Lobo da Estepe" e "Knulp"; talvez possa até ser dito que é mais do mesmo, mas em cada obra há algo de diferente que te faz ficar preso na leitura e não querer que ela termine, em "Narciso e Goldmund" essa fórmula de escrita já estabelecida e conhecida de Hesse é feita para transcender. Você lê o livro sabendo de quem é, pois a escrita é familiar, mas também lê algo que é novo, artístico e que toca o coração.
Nos últimos parágrafos você se emociona. Ao fechar o livro depois de uma leitura finalizada você percebe o quanto aprendeu, quantas coisas aconteceram, mas precisa se calar por alguns momentos, dias ou semanas para digerir a leitura.
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Sara 16/04/2015


Excelente livro. Contrapõe o saber intelectual ao fazer artístico; a segurança/conforto/vida sedentária à liberdade/desafios/nomadismo. Fala sobre as dificuldades e êxtase do criar artístico. Mostra que toda vivência, seja ela qual for, nos molda e imprime sua marca, interferindo no fazer artístico. Assim, através da obra, se pode de alguma forma fazer algo que perdure um pouco ao menos, nesse mundo tão efêmero. Fala também sobre a angústia da criação, da necessidade que o artista tem de trasnformar imagens e impressões do seu mundo interior em algo concreto, e do prazer e êxtase da realização.
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Bruno Pinto 18/01/2013

Mais uma saga dualista de Hesse
Em Sidarta, Sidarta x Govinda, em O Lobo da Estepe, O lobo x O homem, e aqui, Narciso x Goldmund.
As temáticas destas obras são sempre próximas: liberdade x compromisso, experimentação x reflexão, arte x ciência, emoção x razão. No entanto, apesar da evidência do mesmo pano de fundo em seus livros, Hermann Hesse consegue sempre surpreender, seja pela variação da ambientação no tempo e no espaço, como pela complexidade de seus personagens.
Em Narciso e Goldmund há dois focos narrativos, o interessante retrato da Alemanha medieval e a rotina de questionamentos existenciais do jovem Goldmund, questionamentos estes que, apesar da escrita do livro no início do século passado, são absurdamente atuais. Não é à toa que ele é Nobel.
Vale ainda comentar a habilidade do autor em relatar a libertinagem sexual do protagonista de forma natural, até inocente, forma que provavelmente o próprio personagem se enxergava, e ao mesmo tempo, provocar certo incômodo nessa narrativa. Creio que a maioria dos leitores em algum ponto pensa "Mas esse Goldmund é um aproveitador!". Mas, afinal, para que vivemos a vida, senão para aproveitá-la?
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otxjunior 10/08/2012

Narciso e Goldmund, Hermann Hesse
Fascinante como Hesse aborda a dualidade humana e provoca uma série de questionamentos no leitor: A vida deve ser restrita ao campo espiritual e nossas ações devem ser sábias e serenas ou devemos obedecer nossos instintos e sentidos para assim conhecermos o melhor (e pior) que a vida tem a oferecer?
Acompanhamos a trajetória de Goldmund, que parece estar sempre receoso em relação às escolhas que deve tomar. Insatisfeito no estado em que se encontra, ora vivendo como um burguês, ora como um andarilho. Gozando das paixões das mulheres ou queixando-se da transitoriedade dos romances. Todas essas experiências moldam o ser tridimensional que é Goldmund e é prazerosa a leitura das passagens de autoconhecimento e amadurecimento da personagem.
Porém, alguns trechos do livro são carregados de afirmações machistas. O que incomodou bastante. As mulheres são apresentadas como pessoas incapazes de estabelecer uma conversa intelectual e de tomar decisões por si mesmas. Muitas vezes surgindo rasas e desinteressantes, com a função de (apenas) expor alguma nova faceta do protagonista. Portanto, apesar da relevância do tema principal, a obra parece um pouco datada quando foca demasiadamente na personagem-título, enquanto as demais soam pouco naturais.
Cris 04/12/2012minha estante
Não acho que seja machismo, apenas a retratação da realidade da época, uma vez que os fatos relatados aconteceram na Idade Média.


Kiki 08/03/2013minha estante
Concordo com você. Alguns trechos também considerei bastante machista; mas é um ótimo livro.


Sara 16/04/2015minha estante
Essa visão das mulheres de fato incomoda. Mas é uma visão de uma época, e nesse aspecto Hesse não foi além. Ecoou a visão de sua época. Entretanto, em muitos outros aspectos o autor vai muito além de sua época, é realmente brilhante. O livro é incrivelmente atual, e aborda as mesmas angústias por que se passa hoje em dia.




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