O Pagador de Promessas

O Pagador de Promessas Dias Gomes




Resenhas - O Pagador de Promessas


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J. Silva 04/08/2023

O pagador de promessas
Em sintese a renomada peça O Pagador de Promessas narra as desventuras de Zé do Burro, que fez uma promessa em retribuição a cura de seu animal. Pelo restabelecimento do burro (Nicolau, que tinha alma de gente), Zé repartiu suas terras e caminhou mais de trezentos quilômetros com uma cruz aos ombros para deposita-lá no interior da igreja de Santa Bárbara.

Contudo, pelo fato da promessa ter sido feita em um terreiro de umbanda consagrado a Iansã, orixá correspondente a Santa Bárbara, a entrada de Zé do Burro na igreja foi impedida pelo vigário, e depois referendada pelos fiéis e pela polícia.

Nas palavras do autor no prefácio: o tema central da peça é o mito da liberdade capitalista, onde a burguesia não fornece ao Indivíduo os meios para exercício da liberdade, tornando-a ilusória. E, demais disso, traz o texto a intolerância religiosa e o sectarismo, que faz com que vejamos como inimigo aqueles que estão, de fato, ao nosso lado.

Creio que o que torna essa peça fantástica é que todos nós temos nossas promessas a pagar e de alguma forma encontramos barreiras para concretizá-las a semelhança de Zé do Burro.

Por fim, a título de curiosidade, destaco que "O pagador de promessas" serviu de tema ao filme do mesmo título, ganhador do importante Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962.

" (...) Para o vigário da paróquia de Santa Barbara, é Satanás disfarçado. Quem será afinal Zé do Burro? Um místico ou um agitador? O povo o olha com admiração e respeito, pelos caminhos por onde passa com sua cruz, mas o vigário expulsa-o do templo. No entanto, Zé do Burro está disposto a lutar até o fim."
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Tiago Ribeiro Santos 18/07/2010

Lamento que, antes de iniciar a leitura da peça, sou apresentado à "Nota do Autor" - na Ed. de 1979 da Civilazação Brasileira - onde Dias Gomes desvela à essência de sua obra. Em outras palavras, quero dizer que: o que penso que deveria ser de direito do leitor descobrir por si ao término da leitura, é dado a ele "de bandeja" sem antes tê-la iniciado.

Mas, abstraindo este fato que acredito não se repetir na edição da Bertrand Brasil, é notável a sensibilidade do autor ao abordar o tema da exploração social nos seus mais diversos planos - religioso, profissional, político e econômico - utilizando como eixo central e mobilizador de toda obra a ingenuidade de homem crente em sua fé.

É o tipo de obra que diz não dizendo. Que, em minha opinião, é um dos motivos que fazem por valer a sua leitura.
Rebeca 01/09/2010minha estante
Ler notas de autor é sempre um perigo :)


Mizael 23/02/2014minha estante
Na edição da Bertrand Brasil, acontece a mesma coisa... mas como ja tinha lido outra edição, sem a nota, não me importei muito!


Jorge 07/02/2020minha estante
Fico com a humildade de Zé do Burro ao revés das perspectivas perversas e ardis dos padres, imprensa e sujeitos pobres de espirito como o Bonitão, o Tira, dentre outros. Uma obra prima da dramaturgia brasileira. Quanto aos seus comentários, prezado Tiago, lhe dou os parabéns .


Caio.doido 03/07/2022minha estante
Pior q morbius essa adaptação




Tay 15/01/2022

leitura boa e rápida
Esse livro tem uma história muito boa, cheia de críticas sociais e é muito rapidinho de ler por ser pequeno.
É um livro que se a história fosse maior, eu iria amar, se tivesse mais detalhe de todos os personagens.Porém mesmo o livro sendo bem pequeno voce não fica com aquela sensação de que falta algo, a história tem uma boa conclusão.
LEIAM!!!
Sathy 15/01/2022minha estante
Gosto!


Evelin Piazzoli 15/01/2022minha estante
Eu amo essa peça. Realmente, muito boa! ??


Andreza 15/01/2022minha estante
Onde posso encontrar?




Ivan 09/11/2021

Rápido e fácil de ler
Obra escrita por Dias Gomes em 1959. Narra o calvário do simplório Zé-do-Burro: para cumprir promessa feira a Santa Bárbara (Iansan), pela cura de seu burro de estimação, ele divide seu sítio com os lavradores pobres e carrega uma pesada cruz de madeira no percurso de sete léguas, com o objetivo de colocá-la no interior da igreja de Santa bárbara, em Salvador.

O livro trata da miscigenação e sincretismo religioso, com ênfase na sinceridade e ingenuidade da devoção popular. Discorre sobre conflitos sociais que ocorre entre uma pessoa simples e pura com o sistema de regras existente na sociedade.

Demonstra o sensacionalismo na imprensa, o repórter que distorce os fatos, e vende uma notícia falsa a respeito do Zé-do-Burro. Trata também da intolerância religiosa, quando a religião não se faz solidária com o povo, mas sim opressora, o que leva ao tumulto da história.

É interessante a forma com que o autor trabalha com um personagem tão cativante, humilde e sincero no meio de pessoas que não tem os mesmos ideais e filosofias.

Por ser todo escrito em formato peça teatral, ele é rápido, simples e fácil de ler, você consegue imaginar aquele roteiro em cima de um palco com autores transformando as palavras em uma história. Mas é uma história simples
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Diego 24/02/2021

A tragédia
A peça é uma tragédia brasileira. Personagens e trama interessantes embora o clímax seja ligeiramente previsível.
Vale muito a pena a leitura.
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spoiler visualizar
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sôo 20/08/2023

É um livro muito bom e te da repertórios legais para redação, recomendo :) (acho que deu pra perceber que só li por causa da escola)
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Lerinha80 03/03/2022

O pagador de promessas
Através da leitura dessa obra, acompanhamos Zé do Burro e a sua via crucis para pagar a promessa que fez, todas as adversidades enfrentadas por ele. Nessa história reconhecemos tantas mazelas que ainda afligem esse país. Uma nação marcada por tantas injustiças e desigualdades. Mais um livro sensacional de Dias Gomes.
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Florence7 16/04/2022

A cruz de Santa Bárbara
As peças teatrais brasileiras não são muito conhecidas ou retratadas no dia a dia, certo?
Pois bem, nunca tinha ouvido falar desse livro até ter que ler ele na escola.
O livro conta a história de um homem chamado Zé do burro, que fez uma promessa a Santa Bárbara de levar uma cruz (do mesmo peso e tamanho que Jesus carregou durante a via sacra) de seu sítio até a primeira igreja com o nome da Santa que ele encontrasse.
Muitos quilômetros depois, ele encontra a igreja em uma cidade pequena, mas é impedido pelo padre de entrar e colocar sua cruz dentro da igreja. Zé do burro não aceita isso e também se recusa a não cumprir sua promessa por inteira, e isso o faz fazer coisas surpreendentes.
Gostei da narrativa e do enredo do livro, mas confesso que as últimas páginas me decepcionaram um pouco.
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Alvaro 24/05/2020

Muito bom.
Dias Gomes, muito obrigado. Suas histórias, atemporais, são o retrato de nosso povo. Vejo muito de ?nós? em o ?Bem Amado? e em o ?Pagador de Promessas?. Se não fosse suficiente pela peça bem contada, a leitura desse livro bastaria pelo simples fato de nos fazer lembrar as diferentes forças que enfrentamos em nossa caminhada.
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Emanuell K. 21/03/2020

Por que não li antes?!
Ao terminar essa peça essa foi minha primeira pergunta. Já lera outras duas peças de Dias Gomes, mas o pagador de promessas conseguiu despertar uma adversidade de sentimentos devido a sua força literária que amarra questões sociais, políticas, relacionais... Presentes na sociedade da época e de hoje.
E que final!!!
Fiquei inquietado para ver o filme também, tão premiado quanto a peça. E saber que temos representantes tão maravilhosos no teatro brasileiro!
Jean 25/08/2020minha estante
Eu também estou me fazendo essa pergunta: por que não li antes?




Carlos Nunes 16/04/2024

A questão crucial da peça é o embate religioso entre o Zé do Burro e o padre, entre um fiel extremamente devoto mas simplório, que não entende onde foi que errou e o representante oficial da Igreja, intransigente e autoritário, que se recusa terminantemente a aceitar qualquer coisa que venha de fora dela. O Zé do Burro passa a ser usado pelos vários grupos em prol de seus próprios interesses: os praticantes de candomblé querem usá-lo como líder contra a discriminação que sofrem da Igreja Católica, a imprensa sensacionalista começa a espalhar a história de que o que o Zé quer na realidade é ser visto como um novo Messias e que seu desejo é promover a reforma agrária, dividindo a sua terra entre os camponeses mais pobres, o tumulto está formado até a chegada da Polícia, chamada para colocar ordem na casa.
São várias pessoas que representam os poderes constituídos, religioso, social, econômico, político, que expõem com clareza que o Estado, ao invés de de cumprir o seu papel de promover o bem-estar da população, especialmente dos mais pobres, acaba utilizando os recursos de que dispõe para distorcer a realidade e oprimir ainda mais essas classes trabalhadoras, se distanciando cada vez mais dos interesses do povo. Não podemos esquecer que o Dias Gomes era comunista, e isso foi às vésperas da instituição da ditadura aqui no Brasil, e quando os militares tomaram o poder, alguns anos depois, claro que ele já estava na mira. Mas, independentemente de ideais políticos, o texto dessa peça é não só uma crítica, mas também, por conta dessa inserção de personagens que ilustram vários segmentos sociais, é um retrato muito fiel da realidade social da época, mostrando esse conflito entre a religiosidade popular e o dogmatismo da Igreja, mas também as enormes diferenças entre o Brasil rural e o urbano.
Um outro ponto mostrado aqui na peça é a condição da mulher. A Rosa é aquela mulher ingênua e submissa, que não questiona as decisões do marido, e que estará a seu lado em qualquer situação. Mas, ao chegar à cidade, totalmente esgotada, cai na lábia do Bonitão e acaba, mesmo contra a sua vontade, aceitando o convite para dormir em um quarto de hotel com ele, com a autorização do Zé, que entende o quanto a esposa está cansada. Enfim, é um livro muito interessante que, apesar do tempo, ainda é muito atual nas discussões que ele traz. E, sendo uma peça, é uma leitura rápida, cerca aí de duas horas, a gente lê numa sentada. Um livro que com certeza quem se arriscar vai gostar porque ele tem muito a dizer ainda hoje.
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Ana 11/08/2022

MINHA ESCOLA TÁ ARRASANDO NOS PARADIDÁTICOS
Eu nunca pensei que iria ficar anciosa com uma leitura de paradidático da escola, essa já é minha segunda experiência com Dias Gomes, sempre muito cômico e trágico.
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Edson Nunes 16/07/2009

Sou brasileiro e não desisto nunca.
Descreve a fé e a persistencia que possui o brasileiro da 'massa'.A melhor peça teatral brasileira ja escrita.
Vulcanis 11/12/2009minha estante
Fato, a escrita fácil e descolada do livro também demonstra as características do povo brasileiro. O livro é maravilhoso!


Rebeca 01/09/2010minha estante
O nome da resenha diz tudo AUSAHUSHASUHA




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