As Pupilas do Senhor Reitor

As Pupilas do Senhor Reitor Júlio Diniz




Resenhas - As Pupilas do Senhor Reitor


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Samfer 30/12/2021

Achei um pouco enfadonho, mas não o bastante pra me fazer abandonar. É um livro pequeninho, aqueles modelos de bolso. Paguei 5$ numa feira do livro. Não tenho objeções, apesar de alguns incomodos na leitura mas compreendi serem acontecimentos daquela época.
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Leticia 15/11/2021

Uma história de perdão e amadurecimento
A trama gira em torno das meias-irmãs Clara e Margarida e dos irmãos Pedro e Daniel. A primeira é melancólica, sensível e prudente; a segunda é extrovertida, impulsiva e sedutora. Já os irmãos também conservam diferenças entre si; Pedro é um homem rústico, trabalhador e dedicado, enquanto Daniel se interessa pelo estudo da medicina e pelo encanto das mulheres.
Quando criança, Daniel prometera à doce pastorinha Clara que se casaria com ela, porém quando é mandado para a cidade do Porto, longe da vila, o jovem se esquece da promessa e retorna anos depois com outra mentalidade.

Quando chega ao povoado, é apresentado à noiva de seu irmão Pedro, a bela e graciosa Clara, que com seu jeito extrovertido logo lhe cativa a atenção. Já Margarida ao rever Daniel, percebe que ainda nutre aquele amor da infância embora ele não já não possua o mesmo sentimento. Como se não bastasse, o médico recém-formado começa a se envolver emocionalmente com a cunhada Clara, que no começo não vê nada demais em ser amiga do rapaz, porém quando a situação sai do controle ela se afasta dele para evitar as fofocas dos conterrâneos e a decepção de Pedro. Daniel no início não aceita sua decisão e a atribui ao que considera um moralismo retrógado da vila. Porém, quando finalmente decide atender ao pedido de Clara, Pedro, em um rompante de ciúmes, descobre que a noiva esteve com seu irmão em um encontro secreto. Para impedir que uma tragédia caia sobre todos, Margarida toma a decisão de intervir e salvar a pele da irmã comprometendo a própria reputação com Daniel.

Análise:
Uma das coisas que mais chamaram minha atenção durante a leitura foi a naturalidade com que Julio Dinis, autor desse romance, conduziu os diálogos e a desenvoltura dos personagens. A autenticidade com que eles se apresentavam parece que os fazia ter vida própria. Conforme acompanhamos os núcleos de cada um - muito bem desenvolvidos pelo autor - quase podemos vê-los em carne e osso em nosso cotidiano, seja no comércio da esquina da rua, seja na vizinhança, seja na pracinha no bairro. Esse ar de familiaridade que acompanha toda a trama faz com que sintamos empatia pelos personagens, ainda que na minha edição da editora Martin Claret os diálogos tenham sido difíceis de entender por serem originais de Portugal do século XIX.

A verdade é que Júlio Dinis mesmo após 155 anos do lançamento do livro conseguiu criar um enredo atemporal, em que qualquer pessoa, não importa a época, vai se identificar de alguma forma com as situações narradas na trama. Eu particularmente senti bastante essa familiaridade e por algumas vezes me emocionei com a forma como Margarida se portava diante dos problemas. Eu senti um pouco de suas angústias e tristezas quando refletia sobre o sentimento não correspondido por Daniel e a solidão da vida.

Embora o livro tenha sido escrito durante o movimento literário do Romantismo, o autor introduz uma forma de realismo que subjaz a narrativa e faz com que todo o enredo seja encadeado com cenas e personagens quase palpáveis da sociedade portuguesa. Em suma, a obra é uma grande crítica contra as rupturas que a modernidade estava fazendo à tradição e uma defesa à vida no campo, às virtudes sociais cultivadas em comunidade, ao amor puro e sem influências das paixões arrebatadoras. Trata-se de uma obra que vale a pena ser lida e relida, discutida numa boa conversa entre amigos e admirada pela capacidade que tem de emocionar, de divertir e de encantar.
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Betânia 10/11/2021

As pupilas do senhor reitor
A história é narrada sem muitos acontecimentos ou dramas, de forma leve e natural. Uma obra simples e agradável. Válida leitura.
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Fer 28/08/2021

demorei um tempão pra ler e o livro nem é grande, não tava acostumada comesse tipo de escrita, sla
mas é bom, adorei o livro, a Margarida é perfeita d+++ só não gostei do final dela
e tbm foi muito gostosinho ver o reitor no final mostrando que não era só um pároco velhote fofoqueiro
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D. João Gabriel 11/07/2021

Sr. Reitor, o aconselhador
É um romance romântico com toques do realismo. De autoria do português Júlio Dinis, retrata bem a vida rural numa vila portuguesa.

Meu personagem favorito é o clérigo reitor Antonio. O padre mais sensato que eu conheci na ficção da literatura. E suas duas pupilas são muito bem discipuladas por ele.

Fica a dica pra quem quiser se divertir com esta estória leve e cheia de lições de vida.
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Aline330 10/07/2021

Me surpreendi, achei que não seria o meu tipo de livro. O enredo é muito leve e por diversas vezes engraçado. Daniel é um personagem muito interessante e Margarida é uma santa!
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Maiara.Alves 16/01/2021

Me apaixonei!
Depois de tanto ouvir minha mãe tecer grandiosos elogios sobre a novela do SBT, adaptada nos anos 90 e baseada neste livro, eu fiquei curiosa e resolvi ler a obra de Júlio Diniz e posso dizer que assim como minha mãe, eu me apaixonei.

Aqui temos uma história que acontece numa pequena aldeia de Portugal e é a história de um quarteto. Duas irmãs e dois irmãos que têm o destino entrelaçado.

Daniel e Guida se amam desde a infância, e Clara e Pedro que descobrem o amor anos mais tarde.

Margarida, Guida, é órfã de mãe e o pai casa-se novamente mas a madrasta a detesta. Desse modo cresce introvertida e sem amor.
Clara é a irmã por parte de pai de Guida e é extrovertida, alegre e muito bonita.

Pedro e Daniel são filhos de José das Dornas e são muito diferentes entre si. Pedro, o mais velho, é robusto, trabalhador e afeito a vida no campo.
Daniel, o caçula, é bonito, estudou no Porto e recém formado em medicina.

E acompanhando o desenrolar dos fatos temos o Reitor, conselheiro e orientador das pessoas da aldeia, em especial de Guida e Clara, suas pupilas por pedido da moribunda mãe de Clara.

Levei algum tempo para me acostumar à escrita de Júlio Dinis, mas é certo que o livro é muito bem escrito e as observações que faz são muito realistas.

Júlio Dinis retrata de uma maneira gostosa e cativante a vida do povo português, suas crendices, costumes, suas festas e a grande religiosidade do povo. Junta-se isso à alegria e simplicidade e temos uma obra gostosa de ler que entra nos meus livros favoritos da vida!

É uma leitura que recomendo pela sua simplicidade e sagacidade.
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gabriel 14/10/2020

Bem escrito e gostoso de ler

Livro sobre triângulo amoroso e vida na aldeia em Portugal. É mais interessante do que parece pela capa e pelo título. Vale a leitura, que é bem gostosa e agradável.

O tema é meio banal, mas o autor dá um tratamento interessante a ele, com uma boa técnica de escrita. O retrato da vida na aldeia e a contraposição com as inovações da cidade são interessantes. O desenvolvimento é telegrafado - ou seja, é meio óbvio o que vai acontecer no final - mas as soluções são suficientemente elegantes e bem descritas.

Os personagens são surpreendentes e mais multifacetados do que parecem. Dá pra notar como o autor é apaixonado pelo assunto, ele trata tudo (e principalmente as protagonistas) com muito carinho. O tom é de leve reflexão e e de bom humor, com algumas passagens deliciosas e bastante divertidas. Observem, por exemplo, a descrição que ele faz da desfolha do milho, com uma mistura de ingenuidade e leve erotismo - uma das passagens mais divertidas do livro.

As personagens principais (as pupilas) são apaixonantes. Elas são tratadas de maneira um pouco idealizadas, no entanto, mas sem serem rasas. A feminilidade delas é quase sempre muito evidente, com o autor enfatizando e elogiando bastante este aspecto.

O livro tem bom ritmo e a leitura corre fácil. O texto alterna bons diálogos com passagens bem humoradas e descrições românticas das coisas. A aldeia, que é o cenário da trama, aparece muito viva, cheia de detalhes e cores.

A edição da Biblioteca Folha tem problemas de impressão, com constante troca do "era" (verbo ser no passado) por "em", provavelmente um erro na digitalização. Isso atrapalha a leitura, sem no entanto impedi-la.

Um livro que surpreendeu, mais agradável do que achei que seria. O ritmo é bom, o texto é agradável, a trama tem interessantes desenvolvimentos (ainda que não cheguem a ser "emocionantes"), tudo num clima leve e mostrando alguns lados interessantes dos personagens. Vale arriscar.
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Mila.Soraia 02/10/2020

Júlio Dinis é um autor do Romantismo português. Desse modo, deve-se levar em consideração que a obra tem muitas das características que individualizam o movimento: idealização da mulher amada, sacrifício e redenção.
No livro, há capítulos inteiros dedicados a descrever pequenos acontecimentos envolvendo as personagens (em alguns casos, até mesmo personagens secundárias). Alguém pode achar a leitura de tais trechos um pouco maçante, por serem extremamente descritivos, e por não fazerem a história "andar". Todavia, acho que o excesso de zelo nas descrições não foi à toa, pois nos permitem ter um recorte do que era a vida na sociedade da época, o que tem grande peso nas decisões das personagens.
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Gabriela Lisboa 27/07/2020

Uma belíssima surpresa
Que narrador magnífico! Eu me diverti muito!
O passo do livro é bem calminho. Demorei mais de um mês para ler, e ele não é muito comprido. A ação demora um pouco para acontecer, mas quando acontece, passa voando. E a narração, volto a dizer. Um narrador engraçado, que julgava as ações dos personagens, se metia na história... A cara do português. Peguei esse livro por um acaso e adorei. Uma das melhores leituras do ano.
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Amanda 14/06/2020

As pupilas do senhor reitor
Você também achou que esse livro era brasileiro? Se sim, acho que nos deixamos levar pela novela que passava na década de 90 (que bom que não estou sozinha nessa. Será?)

Fiquei pensando qual seria a universidade desse tal reitor, além de encontrar outras palavras diferentes. Daí resolvi parar a leitura e pesquisar. Daí descobri que o autor era por português (abafa o caso).

Seguindo a leitura, o livro vai passeando por conceitos religiosos que dialogam com a bondade e o perdão (não há aquela moralidade imposta), numa realidade rural no interior de Portugal, com momentos de humor (com direito a beatas fofoqueiras) e uma história de amor desenrolando no fundo.

A história se inicia com um pai viúvo bem preocupado com o futuro de seus dois filhos. O mais velho, Pedro, aparenta querer seguir a profissão de lavrador, mas Daniel demonstra não estar preparado fisicamente para aguentar uma profissão braçal, o que acaba resultando na sua formação acadêmica.

E como, desde o início, é bonita a preocupação do pai em não querer que a diferença na profissão afaste os irmãos. Demonstra que ambas são dignas, apesar de uma mais intelectual que a outra.

Na verdade, Daniel começou a estudar para se tornar padre, mas avisei que esse livro é também sobre amor, então.. Essa história nasce na infância de Daniel, quando fugia das aulas de latim do reitor (padre) da aldeia para, entre conversas sem fim e cantigas de amor, estar perto de Margarida. Pela falta de vocação, acaba sendo direcionado para a medicina.

Após um longo tempo estudando na capital, Daniel retorna à aldeia já médico e com uma visão e comportamento de cidade grande. Margarida acabou ficando órfã e, junto de sua irmã Clara, esteve sob os cuidados do reitor - As pupilas do senhor reitor.

E com essa visão de cidade grande, o comportamento de Daniel vai sendo interpretado como de um conquistador, o que se torna um perigo na aldeia. Diferente de Pedro, que logo se enamora por Clara e já se decide por casar.

Margarida, como irmã mais velha e responsável, tem uma personalidade mais discreta, mais bondosa, o que destoa da sua tão divertida e conversadeira irmã caçula. E neste ponto, percebemos as similaridades com os outros dois irmãos.

E então, como será que termina essa história de amor?
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Débora 01/06/2020

Livro muito fofinho, apesar da escrita rebuscada. Vale a pena conferir
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Fabi 01/05/2020

Uma agradável surpresa!
Lembro vagamente da novela exibida pelo SBT, em 1994, e que gostei muito. Então, quando o livro apareceu em promoção, não hesitei e comprei.
E que leitura agradável!
O romance campestre e simples foi como um bálsamo neste momento tão conturbado.
Reler as cenas simples me fizeram passar momentos muito felizes e a pureza de alma dos personagens me levou a uma profunda reflexão de todo o turbilhão que vivemos hoje em dia.
É preciso parar e pensar, definitivamente.
Viber mais devagar e junto de nossos familiares e, mais do que nunca, nos livrarmos do que não nos traz paz de espírito.
Super recomendo.
Daniel.Malaquias 27/05/2020minha estante
Também recordo da novela no SBT e pela sua recomendação agora procurarei ler o livro.


Ziza 01/02/2022minha estante
Assisti a novela do sbt e gostava bastante. Deu vontade de lero livro.


golin 08/07/2022minha estante
Eu Também adorei esse livro, já li ele mais de uma vez e concordo plenamente com oque você disse.




Valéria Cristina 28/04/2020

Delicioso
Estava precisando de ler uma história assim. Deliciosa! Ri muito e chorei também. Vale a pena ler as venturas e desventuras das pupilas do senhor reitor.
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Inês Montenegro 26/01/2019

"Inicialmente publicado em periódicos, tal nota-se não apenas no tamanho dos capítulos (médio-curtos), mas também na sua estrutura narrativa, desenvolvida de modo a relembrar os eventos anteriores, e terminando cada um como um “episódio”, sem que deixe de haver uma espinha dorsal no enredo. A narrativa destaca-se por uma mescla bem conseguida entre o “dramático” esperado do Romantismo – de que Margarida é um dos frutos mais evidentes –, e um humor satírico-crítico, mais frequentemente encontrado no Realismo. (...)"

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2019/01/26/as-pupilas-do-senhor-reitor-julio-diniz/
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