José Carlos 08/08/2016
O Homem sem Signo, Daniel Monteiro.
No mundo de Maciaan as pessoas crescem ouvindo lendas sobre centauros, gigantes e misteriosos monstros do mar. De todas as criaturas fantásticas, os mais perigosos são os filhos do zodíaco, humanos que carregam em suas costas a marca da constelação que guia suas ações. O pai de Amato é o filho de Capricórnio e carrega consigo uma terrível maldição. Em O homem sem signo, acompanhamos o crescimento de Amato e sua luta para quebrar a maldição do pai, que só pode ser desfeita com a morte dos outros onze filhos do zodíaco. Para encontrar os seus alvos, Amato precisará viajar para os lugares mais longínquos, lutar contra rebeldes, digladiar em arenas e provocar guerras entre reinos. A vontade do herói é posta à prova quando grandes amigos se revelam filhos do zodíaco, e a decisão de salvar o pai não parece mais tão correta. Mergulhe nesse mundo fantástico e descubra quem é o homem sem signo.
Impossível não lembra do famoso anime “Os Cavaleiros do Zodíaco”, você percebe a referencia, mas é algo diferente, houve cenas que me lembraram clube da luta, Terra Media, mas apesar de ser um livro de fantasia, a magia, ao menos nesse primeiro volume da serie, não é aquela magia que abstrai da equação todos os não mágicos, “os trouxas”, por mais que os seres tenham poderes, eles podem ser mortos por um mortal. Cada filho do zodíaco tem uma habilidade diferente, algumas ficaram confusas, não consegui entender direito qual o poder deles, o que não chega a ser um problema de escrita. Amadeu e Scorpio são os caídos que mais se destacam no livro, criei uma simpatia maior por Amadeu, aquele modelo das saga do heróis(mas que não acabou como eu esperava),apesar deles representarem na cultura da sociedade do livro, algo próximo de divindades, como poderes incríveis (aqui o Scorpio se mostrou melhor que o Amadeu), são pessoas com problemas pessoais comuns, saindo daqueles clichê de questão moral do herói-Grandes poderes, grandes responsabilidades- usam eles da forma que for conveniente, cada um tem seus demônios e sonhos, eles agem em função disso.
Vamos ao “Cara da balada”, Amato o anti-herói? Vilão?, o que mais me agradou foi o fato de que a visão da estória é dada pelo o cara com ideais morais não politicamente corretos, um homem, que de inicio nos apresenta uma motivação pra o seus atos, que até valida as suas ações, mas depois essa motivação parece se esvair e o egocentrismo torna-se a sua principal motivação, apesar de ser um homem de índole torta, pelo menos eu, acho que ele passa o ideal de líder, aquele que todos seguiram e dariam a vida, nisso o escrito Daniel Monteiro acertou em cheio, criou um Hitler(kkk), porque por mais que eu quisesse querer ele fracassando ou morrendo -“ele estava fazendo barbaridades”-, sempre que algo ameaçava sua vida ou seus planos, eu torcia para que falhassem, poucas vezes, ou quase nunca, eu senti tamanha empatia por um “Vilão”, coisas assim que nos fazem questionar se nós não seriamos como ele na mesma situação -“A loucura é como a gravidade, só precisa de um empurrão”-. Uma personagem feminina também se destaca, A Ministra da Saúde, um personagem que parece estar envolta de segredos e que tem uma áurea de mistério, espero ver mais dela nos próximos volumes, como ela é na côrte -“Paredes de ouro e o interior de fezes”-.
Alguns problemas que valem a pena destacar: Tive alguns problemas com os nomes, algumas vezes tive que puxar bem na memoria; A cronologia, o passar do tempo pra mim ficou um pouco confuso; Acho que o livro devia ter mais paginas e ter dado atenção a mais para alguns fatos, mas como sei que são três livros, espero que os personagens tenham mais tempo para explicitar suas motivações; .
Leiam “O Homem sem Signo, Daniel Monteiro.”