Confesso Que Vivi

Confesso Que Vivi Pablo Neruda




Resenhas - Confesso que vivi


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Barroso 13/01/2010

quinta resenha
“Como alguém pode descrever um assalto engrandecendo seus assaltantes? Como uma pessoa pode ter carinho e dedicação pela maioria dos personagens que, invejosamente, habitam seus dias gloriosos? Como pode-se ter amor e dedicação na maioria das linhas que se escreve? Enaltecer maravilhosamente a natureza e os artistas fundindo-os freqüentemente? Ter clareza nas mínimas declarações e vidência em todas as atitudes, colocando perfeitamente as palavras, sendo mestre nisto, a ponto de realçar essa criação de modo singular? Ter definido caminhos e pensamentos, tanto ideológicos como de vida, que numa simples descrição permitem nos convencer de sua perfeição? Ter aversão à violência em todos os sentidos e ser fortemente delicado? Ser crítico, em potencial, de injustiças por todo o mundo, rebaixando desde as más administrações educacionais até as ditaduras políticas? Ser incansável lutador das causas minoritárias, condenando o racismo a ponto de renunciar a um alto posto diplomático? Este é Neruda na sua autobiografia."
Têco 06/06/2012minha estante
!!! Só me resta o prazer e presente de ler.




Têco 16/06/2012

Que experiência e sensação de ler... expressar:.
Como deve ser difícil escrever sobre uma vida sabendo que se chega ao fim dela? Com vida assim ele o faz, com uma leveza e lucidez implacáveis. Tom, bom gosto, despertar de sentimentos e mais que isto não consigo falar... venturas, desventuras; o comum abestalhado das descriminações e recriminações (que acho o mais idiota e ruim de um ser humano), o ter que provar todos os dias quem é... e o contrário é o que ele passa, a tranquilidade, serenidade... de imaginar uma praça com poetas; e de como imaginar uma praça com aposentados e eles demonstrando tanta vida, vivência, experiência, bons pensamentos... algo real, leve, tênue visto nessa autobiografia, que muitas vezes os sublimes estão muito mais próximos da realidade do que àqueles rasos pensam que o estão (tolos que não tem oportunidade e apenas passam pela vida... e os que tem oportunidade as vezes as chutam, colocam limites de máscaras sociais bem vísiveis e denigrem e estragam toda a beleza dela).
Têco 16/06/2012minha estante
E cada vez que se passa se pensa em não desperdiçar as coisas em algo negativo... mas será que isto não é algo inerente? A palavra para descobrir acho que é a humildade.




Ricardo.Borges 29/06/2022

O cego destino não se interpôs
Já faz algum tempo que eu me afeiçoara por algumas poesias de Pablo Neruda e, recentemente, ao ler um de seus livros com belíssimos sonetos de amor, fiquei muito curioso sobre o contexto em que fora escrito (aliás, sobre este livro, há uma curta referência a ele e à Matilde, sua mulher na época, pouco depois da metade da obra, da qual extraio um trecho: ?Da terra, com pés e mãos e olhos e voz, trouxe para mim todas as raizes, todas as flores, todos os frutos fragrantes da felicidade.?), então comecei a ler essa autobiografia poética. Sim, porque mesmo em sua narração descritiva, a poesia se apresenta forte e surpreendente para detalhar algumas situações vividas por ele e inimagináveis para mim (especialmente nos textos em itálico rsrs). Sempre citando sua convivência com outros artistas, muitos deles desconhecidos para mim, outros célebres como Federico Garcia Lorca ou até mesmo Jorge Amado, o autor se integra aos mais inusitados locais em seus exílios nos momentos políticos sociais que viveu, descrevendo-os com adorável maestria, um certo humor, e simplicidade, como a URSS de Pushkin, por exemplo, cuja ?herança luminosa foi defendida e multiplicada?, (essa passagem me deixou absolutamente encantado e até mesmo desejoso de visitá-la, um dia, quem sabe).
Como o poeta que ?comeria toda a terra e beberia todo o mar?, onívoro de sentimentos, seres, livros e acontecimentos, também ?quero viver num mundo em que os seres sejam somente humanos sem outros títulos a não ser estes, sem serem golpeados na cabeça com uma régua, com uma palavra, com um rótulo.[?] Quero que a grande maioria, a única maioria, que todos possam falar, ler, escutar, florescer.?.
Até quando é racional, em seu texto sobre versos curtos e longos, o auto-entitulado enganador profissional, usa sua linguagem poética de forma avassaladora, forte e repleta de adjetivos impactantes, que também são empregadas com fluidez e consistência um pouco mais adiante, em seu pequeno e preciso texto sobre religião e poesia, que reflete um pensamento conciso e, até mesmo , contemporâneo.
Aliás, a linha do tempo em que o livro é escrito contextualiza grande parte dos acontecimentos históricos recentes. A relação com Luís Carlos Prestes (e os dias da semana) é outro ponto forte da obra, a meu ver. Talvez por isso, inclusive, antes da despedida (que pequeno texto bom!), a última pessoa que o poeta cita é o ex-presidente chileno Salvador Allende. Para finalizar, ainda há o apêndice que, por si só, já é ema deliciosa leitura, mas a explicação sobre os ?vinte poemas? me fez colocar este livro em minha ?lista de desejo? de leituras?rsrs
Julia Mendes 31/07/2022minha estante
?




Marcelo 06/12/2020

Este foi um dos livros mais difíceis que já li. Não pela escrita, mas pela ligação emocional. Ganhei a minha cópia de um tio, já falecido, que foi uma pessoa muito importante na minha vida e, por isso, dediquei o máximo de atenção e carinho à leitura.
Pablo Neruda se confunde com a história do século XX. Poeta, ganhador de Nobel de literatura, diplomata, político e um comunista convicto o autor é o que podemos chamar de cidadão do mundo, mas que nunca esquece de suas raízes.
Vivência de perto a gerra civil espanhola e a segunda guerra mundial e tanto em sua obra quanto nas suas atuações diplomáticas, lutou pelos seus ideais. Faleceu poucos dias após o sangrento golpe militar que matou Salvador Allen no Chile em 1973.
Um livro que vale por diversas aulas de história e literatura.
Chico.Barbosa 06/03/2024minha estante
Show. Obrigado por isso.




Ricardofbraz 17/01/2009

O encontro com a poesia
Ler nesta edição não foi nada fácil.Tinha que ter vontade de conhecer. Não havia os critérios de hoje para facilitar a leitura. Fontes grandes, folhas especiais e coisa e tal. Conhecer Pablo Neruda nesta biografia me ensinou que poesia está ligada com a terra, com a materialidade, com o humano. Que poesia está ligada com mudanças, com relatos e com afeto. Li em 1989.
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Paccelli 30/01/2009

Acosto-me
Faço minhas as palavras precisas do companheiro que me me antecede.
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Sassá. 30/04/2009

Dois homens neste mundo me comovem, Pablo Neruda e Albert Eistein.
Para quem ama poesia não pode deixar de ler esta biografia.
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ÃLINHO 11/07/2010

Confesso que gostei.
Sem dúvida, este foi um homem que marcou sua passagem pela terra.
Viveu intensamente a vida, deixando um exemplo para ser seguido.
Acho que foi um dos melhores livros que li. Recomendo.
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val 23/06/2010

um livro preciosíssimo em palavras bem escritas, enrriquecendo cada frase. concluí que todos os poetas da época da ditadura, exatamente todos, tinham por encargo que a poesia involuntariamente ditava: serem comunistas.
Como ser poeta e não viver a essência do povo?
Neruda, num relato de sua vida, cenas cotidianas e inusitadas, descreve o surgimento de suas poesias. Conheceu Jorge Amado! Luis Carlos Prestes! Che Quevara...
Leiam.
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Aninha 24/12/2011

Poesia em estado puro, límpido e intenso
"Não era possível fechar-me em meus poemas, assim como não era possível tampouco fechar a porta ao amor, à vida, à alegria ou à tristeza em meu coração de jovem poeta." (página 63)

Quem ama poesia um dia já leu e se emocionou com alguma poesia de Neruda. Batizado Neftali Ricardo Reyes Basoalto, mudou de nome ainda jovem para encobrir suas publicações, já que seu pai "não concordava em ter um filho poeta". Escolheu o nome ao acaso, de uma revista, sem saber que se tratava de um grande escritor tcheco.

Tornou-se diplomata muito jovem e foi cônsul na Birmânia, Ceilão, Java, Cingapura, Espanha e México. Presenciou a guerra civil espanhola, ajudou refugiados espanhóis, embarcando-os para o Chile. Foi senador da República no Chile e chegou a se candidatar à presidência, quando renunciou da candidatura em favor de Allende. Ganhou inúmeras condecorações, homenagens e afins, sendo que em 1971 veio a ganhar o Nobel de Literatura

Essas e outras curiosidades estão nesse livro autobiográfico, datado de 1973, ano de sua morte.

Casou 3 vezes e teve uma filha (Malva), que veio a falecer aos 8 anos. O interessante é que na narrativa ele fala apenas de Matilde, a última esposa. Das 2 primeiras, nada comenta, nem da morte da filha. Ficamos sabendo disso na cronologia que aparece no final do livro. Pra quem viveu de poesia, poderia ter dedicado algumas palavras a esses fatos mas, talvez fossem questões dolorosas que ele não quis mexer. Vai saber...

Quanto à política, podemos dizer que foi a segunda paixão do poeta. Comunista, fala de Prestes, Fidel, Jorge Amado e de seu envolvimento mundo afora na luta por um mundo melhor. Claro que ele também fala de suas decepções (Stálin, pela "degeneração de sua personalidade" e de Mao Tsé-tung pela "substituição de um homem por um mito").

Conta como suas poesias mais conhecidas surgiram, como foram inspiradas, onde foram lidas. "Que desperte o lenhador", por exemplo, surgiu no seu regresso à Índia e ganhou o Prêmio da Paz.

Das pessoas mais simples (como os mineiros chilenos) aos grandes reis, ele sempre foi apreciado e respeitado.

Neruda foi um homem intenso:
"Sou onívoro [devoro tudo] de sentimentos, de seres, de livros, de acontecimentos e lutas. Comeria toda a terra. Beberia todo o mar."

Viveu, amou, sonhou, desejou:
"Quero viver num mundo em que os seres sejam somente humanos sem outros títulos a não ser estes, sem serem golpeados na cabeça com uma régua, com uma palavra, com um rótulo."

[Eu também, caro poeta, eu também...]

Vale a pena a leitura!

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2011/11/confesso-que-vivi.html
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Luiz Ricardo 07/09/2011

Memórias de um passado com futuro
Este livro de memórias do Pablo Neruda traz de volta ao presente um tempo em que a natureza ainda não era ameaçada, a cultura ainda não tinha sido destruída pela globalização e a utopia ainda vivia na mente e corações.
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Fran 02/01/2012

Fantástico!
Acho que essa é a melhor palavra para definir esse grande poeta e companheiro de luta que foi Pablo Neruda. Nesse momento em que se investiga sua morte - dadas as suspeitas de envenenamento - minha maior suspeita é a de que ele morreu de desgosto. Desgosto por ver cair uma das mais bonitas revoluções que já se viu, o governo da Unidad Popular no Chile encabeçado por Allende.

O livro traz riquíssimas experiências que o poeta viveu. Paixões, sexo, amores profundos, política, geografia, enfim, uma deliciosa narrativa.
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Biblioteca Álvaro Guerra 14/03/2024

Estas memórias ou lembranças são intermitentes e ,por momentos ,me escapam porque a vida é exatamente assim . A intermitência do sonho nos permite suportar os dias de trabalho .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8528601463
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César Pinheiro 04/04/2012

Uma autobiografia de uma vida que se confunde com a história da América Latina. Que vida brilhante, tanto vida de poeta, como vida de político. Onde termina um e começa o outro? Viveu e se eternizou.
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Rodolfo 01/03/2014

Sinopse - Confesso que vivi - Pablo Neruda

Célebre autobiografia de Neruda, a única obra em prosa do poeta chileno que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1971 (o terceiro latino-americano e o sexto escritor de língua espanhola a receber a honraria). Militante comunista e ícone da esquerda latino-americana, Neruda narra, num estilo impregnado de poesia, sua vida desde a infância até os últimos dias, quando mesmo impossibilitado pela doença insiste em escrever - seus poemas à Matilde, o último amor, durante a convalescência, são considerados clássicos da língua espanhola. Diplomata ainda jovem, Neruda revela nesta obra que iniciou suas atividades políticas na Espanha, na década de 30, durante a guerra civil, quando representava o Chile na embaixada em Madri. As impressões do poeta sobre a China e a União Soviética, países que visitou mais por simpatia que por exigências diplomáticas, assim como suas relações com escritores como García Lorca e Miguel Hernández, são memoráveis. O poeta chegou a ser indicado à Presidência da República de seu país, honra que cedeu ao grande amigo Salvador Allende. "Confesso que vivi" termina com Neruda lamentando a morte de Allende, assassinado em 11 de setembro pelas tropas de Pinochet. O poeta morre pouco depois, em 23 de setembro.
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