Rio: Zona de Guerra

Rio: Zona de Guerra Leo Lopes




Resenhas - Rio: Zona de Guerra


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Ariadne 09/04/2024

PONTOS POSITIVOS

- A TRAMA
Eu sou muito fã de distopia, então é claro que eu ia me empolgar por uma história que se passa justamente tão perto de mim. Não vou mentir não, o livro não inventa a roda, e coloca vários clichês da distopia (o clássico embate pobres x ricos). O que segura mesmo o interesse é a morte que acontece logo no começo do livro, e que faz esses mundos opostos se chocarem por um momento.

- AMBIENTAÇÃO
Eu já disse que o livro se passa aqui, mais precisamente no Rio de Janeiro?? Como já disse antes, só por isso o livro automaticamente ganhou minha atenção. Confesso que não conheço muito do Rio de Janeiro, mas isso não me impediu de adorar que vários pontos da trama aconteceram em locais importantes da cidade.

- PONTOS NEGATIVOS

- AMBIENTAÇÃO
É estranho eu citar esse ponto aqui também, eu sei, mas é que ao mesmo tempo em que fiquei feliz pela história se passar no Rio, senti falta de um maior destaque nas gangues e na Zona de Guerra em si. A trama foca demais na parte rica da cidade, o que é bem maçante em vários momentos. Aqueles poucos momentos de ação na Zona de Guerra são o ponto alto do livro, e só me deixaram com um gostinho amargo de quero mais.

- DIVERSIDADE
Infelizmente, para uma história cyberpunk brasileira, senti muita, mas muita falta mesmo, de personagens de outras etnias que não a branca. Há um único personagem negro relevante na história, mas ele só aparece no final e bem pouco. Uma pena

- O FINAL: Olha, apesar do final ter me deixado empolgada (morte aos ricos, uhu!), o que me incomodou foi que o vilão veio completamente do nada, e ficou desconectado de toda a trama que vinha sendo construída até então.

site: https://www.instagram.com/p/C5Y3TZ-LqfG/
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Valter Cardoso 11/02/2024

Supreendentemente brasileiro
Esse livro me fez acreditar na ficção científica à brasileira. Rico, local e imersivo. Altamente adaptável para o audiovisual.
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Diego 05/11/2023

Bastante divertido
Livro gostoso de ler, história que prende com personagens marcantes. Moro a pouco tempo no Rio e foi divertido reconhecer os locais através da leitura.
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Joao366 04/09/2023

Uma Investigação que se tornou uma Revolução
"Num Futuro próximo onde o Rio foi dividido em dois setores: a Fronteira onde fica os Ricos e suas Megacorporações, e a Zona de Guerra onde fica os "ralé" entre as brigas de gangues frequentes, e entre eles, um detetive gordo que foi contratado para solucionar um caso de uma prostituta que se jogou de um prédio nobre, será que realmente é um suicídio ou um assassinato que irá desenrolar algo que nem Freitas. o detetive, e todos que o cercam sequer esperam."
O Livro em si é ótimo e não sai do tema de Cyberpunk que ele tem do começo até o fim que surpreendeu, dando ideias até mesmo na hora que apareceu a leitura de um RPG Cyberpunk nesse meio interim e no fim até imaginamos um filme com de repente quem sabe o Jack Black (já que o protagonista é "fofinho" que nem ele). Adoramos também as tecnologias que aparecem nele, e todos os personas tem o seu toque de Carisma. Esse é o primeiro Livro da Avec, que não importa quanto tempo passe, merece uma classificação alta que já tem. Leo Lopes está de Parabéns em sua trama, esperamos ver algum momento a continuação de sua Revolução.
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Sakurazuka 16/06/2022

Um livro que mistura distopía, com investigação e sci-fi. Gostei muito, mas o desenvolvimento romântico é fraco, não tem tempo pra ter aquele tipo de sentimento. E eu queria uma continuação pra ver revolução e não o epílogo meia boca.
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Henrique Cavalcante 29/07/2021

Sci-fi Brasuka de qualidade!
Fala amigos leitores!
Tudo jóia?
O livro resenhado da vez é este maravilhoso sci-fi/ciberpunk/policial brasuka.
Espero que gostem
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Título: Rio Zona de Guerra
Autor: Leo Lopes
Gênero: Sci-Fi/Policial/Ciberpunk/Suspense
Editora: Avec Editora - 1 julho 2014
Número de páginas: 208 páginas
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Classificação de vendas pela Amazon:

Nº 28 em Mistérios Complexos Mistério Mistério, Thriller e Suspense
Nº 61 em Livros de Ficção Científica de Cyberpunks
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Sinopse:

Estamos no Rio de Janeiro do futuro.
Todo o poder de segurança do Estado é concentrado nas mãos de megacorporações multinacionais que criam e impõem as leis por meio de suas milícias particulares, chamadas Polícias Corporativas. No Rio de Janeiro, a Fronteira, uma muralha intransponível que cerca a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, protege os interesses da elite, relegando os habitantes dos demais bairros a uma vida sem lei em um território dominado pelas gangues. Tudo pode acontecer quando o assassinato de uma prostituta no edifício de uma megacorporação leva um detetive particular a voltar para a Barra da Tijuca após anos de exílio no que todos se acostumaram chamar de Zona de Guerra.
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O que eu achei?:

Com uma escrita simples e fluída Leo Lopes foi certeiro em seu objetivo com o leitor. A narrativa é contada em terceira pessoa com ênfase nos passos de Carlos Freitas, o detetive e personagem principal.
A obra mostra um mundo distópico onde a natureza cobrou o preço sobre as ações dos homens com inundações oceânicas que engoliram centros urbanos inteiros além da violência desenfreada de gangues/facções que fizeram o Estado, impotente, abrir mão de seu poder de polícia para as Megacorporações, fenômenos simbióticos que afetaram o mundo inteiro.
Deslumbramos como consequência destes fatos o pior do comportamento humano que toda boa distopia/sci-fi nos traz: a desigualdade social, o preconceito com as classes menos abastadas, a marginalização destes etc.
É uma obra de sci-fi muito gostosa de se ler sem perder a qualidade do gênero.
Fez-me ótima companhia.
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Passagem:
"Durante muito tempo, o Cristo Redentor fora uma das únicas coisas boas que restara para os moradores da Zona de Guerra. Olhar para cima e ver que ele estava lá vigiando todos oferecia um pouco de esperança aos exilados. Mas é claro que as megacorporações não iriam deixar uma obra de arte como aquela nas mãos da ralé por muito tempo."
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Essa e outras resenhas você encontra no Instagram: @universotartaruga
Segue lá
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Davenir - Diário de Anarres 28/01/2020

Ótima ação. Cyberpunk mediano.
Rio: Zona de Guerra é um cyberpunk brasileiro que usa o Rio de Janeiro como cenário para pintar o futuro clássico cyberpunk, onde a alta tecnologia e a baixa qualidade de vida contudo a separação entre o morro e o asfalto do Rio de Janeiro atual é extrapolada. Nesse futuro próximo a Zona de Guerra é o local onde os mais pobres moram, onde não há Estado e apenas a lei das gangues existe por lá, enquanto a porção rica vive em uma muralha ultravigiada.

A história segue o detetive particular Carlos Freitas que vive na Zona de Guerra, por sua vontade, mesmo podendo habitar a área rica. Após o aparente suicídio de uma mulher, Freitas recebe uma proposta de trabalho de Vivian, uma Femme Fatale, que era amiga da mulher que foi morta. Então, Freitas consegue um passe livre para dentro da zona fortificada e sua investigação vai se chocar com os interesses de uma das megacorporações que domina a cidade.

Ao longo da jornada de Freitas temos muitas cenas de ação, dando um ritmo frenético para o livro, ao longo do mistério que é bom quando caminha para a resolução, o livro é bastante divertido e bom como um filme de ação. Logo, não é tão profundo nas suas reflexões e combinado com o uso de clichês deixam a obra mais rasa do que o suficiente para que ela se leve a sério. No mais Freitas parece deslocado e a vida em um bairro pobre não ganha cores no livro, a população negra na obra é, infelizmente, um clichê coadjuvante ruim e mal feito, sendo que a parte rica foi bem melhor escrita. Isso desequilibra a obra como uma boa obra cyberpunk, mas ainda assim é um excelente livro de ação.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2020/01/resenha-119-rio-zona-de-guerra-leo-lopes.html
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Orlando 31/05/2018

Rio: Zona de Guerra é um neocyberpunk com narrativa estilo Noir que pega aspectos dos dois gêneros para nos entregar uma obra rápida, eficiente e inteligente.

O livro do autor Leo Lopes tem um dos aspectos que acredito ser essencial para a Sci-Fi: a capacidade de extrapolar o real a partir de um contexto fantasioso e nele especular e refletir sobre nosso presente tem como foco os avanços do futuro. Implicações éticas, morais, aspectos sociais, políticos e culturais permeia página a página a boa Sci-Fi sempre.

O bom autor de Sci-Fi sabe o quão inerentes ao gênero são esses debates e reflexões que a obra deve causar. Leo Lopes tem essa ciência e nos transmite os anseios de um morador do Rio de Janeiro de hoje em seu Rio de Janeiro de amanhã.

O que temos de abordagem criativa e fictícia em Rio: Zona de Guerra nada mais é que uma extrapolação do presente vivido na cidade maravilhosa com sua guerra civil entre autoridades e o tráfico de drogas que há muito tem ocupado as manchetes de jornais dia após dia.

A Zona de Guerra da obra de Lopes é a mesma de hoje, só que permeada pelos trajes e características de uma abordagem da estética Cyberpunk guiada por uma narrativa de investigação Noir. Qualquer semelhança com o real não é mera coincidência.

Seu protagonista, o detetive Carlos Freitas, já havia morado do lado "rico" da Fronteira, uma mega-estrutura utilizada para separar Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes do restante da cidade que permanece relegada ao que a população da cidade chama de Zona de Guerra.

Revoltado com as injustiças do sistema e com excesso de exclusão das classes menos favorecidas, Freitas atravessa a fronteira e passa a ser um residente na área da Zona de Guerra por longos seis anos, até que o assassinato de uma prostituta em um dos grandes prédios das megacorporações requer seus serviços.

Num mundo dominado pelo poder e produtos de super-empresas de altíssima tecnologia, a cidade do Rio de Janeiro é ainda mais perigosa e complexa do que a aparente calma da idade do outro lado da fronteira.

Se na Zona de Guerra as gangues e suas inúmeras disputas por territórios são um perigo constante, os desmandos e abusos das polícias corporativas não deixa nada a desejar.

E Freitas terá de lidar com o pior desses dois mundos se quiser desvendar a trama que se enredou dos dois lados da cidade do Rio de Janeiro.

Rio: Zona de Guerra | Revisitando o Cyberpunk e o Noir

Ironicamente li pouco antes de Rio: Zona de Guerra, o livro Carbono Alterado (lançando originalmente em 2010) e ambos tem algo muito, muito similar: são obras que revisitam a estética Cyberpunk (por isso os considero obras neocyberpunk), mas narram sua trama de forma similar ao Noir policial com aquela certa calma e ar melancólico, com detetives com seu próprio código de honra e senso de justiça, policiais corruptos, lindas e perigosas mulheres, bebidas, cigarros, sexo e violência, muita violência...

Nos dois livros há toda a atmosfera futurista caótica do princípio High-Low (High Tech, Low Life) do Cyberpunk oitentista - que tem seu maior expoente no Neuromancer de William Gibson - mesclada com a atmosfera melancólica do Noir.

Você encontra as gangues de rua disputando por território, os cyborgs, o comércio de informação digital, armas de alta tecnologia, carros com sistema de levitação, Inteligências Artificiais entre outras coisas e qualidades do bom e velho Cyberpunk enquanto um homem solitário, atormentado pelo passado - ou por seu senso extremamente particular de moralidade, ética e justiça - se lança em uma investigação e no processo acaba indo de encontro aos seus anseios e desejos de toda ordem. Carbono Alterado e Rio: Zona de Guerra dividem o fato de que seus protagonistas precisam investigar esse crime complexo, cheio de nuances e atrelados aos interesses de gente muito, muito poderosa. Rio: Zona de Guerra

Além disso, em ambas as obras a participação das mulheres é de grande importância e justamente nas mãos das "excluídas" prostitutas reside enorme responsabilidade pela condução dos protagonistas e de suas tarefas na trama. Não por a caso Freitas é contratado pela belíssima e sedutora Vivian para investigar o assassinato de sua amiga na Fronteira.

Mas há diferenças também, óbvio. A começar pela ambientação que pauta a condução de Rio: Zona de Guerra. Não conheço o Rio de Janeiro, mas Lopes sim e todo sua trajetória de vida, idas e vindas pelos caminhos da cidade estão ali em seu livro.

Lopes é incentivo, criativo e objetivo na maioria dos casos, tanto em seus conceitos quanto e sua narrativa, conduzindo-nos ora no desenvolvimento da trama investigativa, ora construindo e dando substância para o contexto do futuro que se situa a jornada de Freitas.

Rio: Zona de GuerraA estrutura das gangues, o funcionamento da policia corporativa, a tecnologia e função das armas e aparatos inventados pelas corporações, a utilização e funções dos Bancos Pessoais de Memória (BPM), os cenários da Zona de Guerra; tudo em algum momento tem seu espaço na obra para que nos sintamos bem ambientados.

No que se refere ao texto de Lopes, acho que na maioria dos casos o autor é muito eficiente e prático, em outros um pouco básico demais, nada comprometedor, mas fica nessas ocasiões a impressão de que poderia haver mais empenho para elaborar melhor algumas descrições e situações, bem como aprofundar mais alguns personagens a partir de determinadas situações (mais adiante abordo isso novamente).

Percebe-se que há algumas quebras bruscas de um capítulo para outro, deixando a nítida impressão que falta algo ali ligando uma coisa à outra, um fato a outro.

Na condução de sua narrativa Lopes é bem prático e cronológico também: tudo que acontece depois é antevisto e preparado em alguma situação anterior e as pontas soltas são só aparentemente soltas. Mas não posso deixar de pontuar que o livro parece pequenos demais para algumas situações e Lopes poderia ter uma obra um pouco mais robusta injetando mais desenvolvimento tanto de seu mundo quanto de seus personagens.

Acho que o real ponto fraco de Lopes está em alguns de seus personagens que, ao se enquadrarem nos requisitos de um Sci-Fi, acabam se enquadrando também no estereótipo: a prostituta lindíssima e sensual, o líder de gangue perigosíssimo e violento, o advogado elitista almofadinha, o policial corporativo truculento, o gerente corporativo com ares de superioridade etc.

Não que o uso do clichê seja um problema real, pelo contrário, a maioria dos personagens funciona muito bem na obra, mas em certos pontos parecem carecer de um tantinho a mais de aprofundamento e complexidade diante das vastas possibilidades abertas pelo autor em sua narrativa e nos conflitos que elas suscita.

Mas também vale frisar que o volume de páginas, que acho sim que poderia ser maior, também tem suas grandes vantagens para muitos leitores: Rio: Zona de Guerra é uma obra rápida, funcional e divertida. Começa, desenvolve e conclui deixando um pontada de "queria ver mais desse universo". Para quem quer algo focado e fechado, temos aqui uma boa pedida.

Rio: Zona de Guerra entrega o que promete: é um livro divertido, criativo e claro, é uma Sci-Fi que sabe de seu papel como obra que precisa e deve levantar questionamentos do mundo real. A despeito do que há de inventivo, criativo e maluco no Rio de Janeiro de Lopes, vale a reflexão de o quão distantes estamos da segregação apresentada na obra e quanto tempo mais ainda falta para que comecem a se erguer algum tipo de muro físico entre as classes sociais de nosso país, porque os muros éticos, morais e sociais, estes, estes já erguemos há muito tempo...

Rio: Zona de Guerra | Sinopse e Ficha Técnica

Em um futuro próximo, as desigualdades sociais e econômicas chegaram a níveis tão alarmantes que o Estado não tem condições de manter a ordem e garantir a segurança pública.

Todo o poder é concentrado nas mãos de megacorporações multinacionais que criam e impõem as leis por meio de suas milícias particulares, chamadas Polícias Corporativas.

No Rio de Janeiro, a Fronteira, uma muralha intransponível que cerca a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, protege os interesses das megacorporações, relegando os habitantes dos demais bairros a uma vida sem lei em um território dominado pelas gangues.

Tudo pode acontecer quando o assassinato de uma prostituta no edifício de uma megacorporação leva um detetive particular a voltar para a Barra da Tijuca após anos de exílio no que todos se acostumaram chamar de Zona de Guerra.

Dados técnicos:

Título: Rio: Zona de Guerra
Autor: Leo Lopes
Formato: 14×21 cm
Tipo de capa: Supremo Cartão 250g
Papel: Lux Cream 70g
Quantidade de páginas: 208
Ilustração de capa: Diego Cunha
Projeto gráfico e diagramação: Roberto Hasselmann
Revisão: Miriam Machado
Editora:http://aveceditora.com.br/produto/rio-zona-de-guerra/
Skoob:http://www.skoob.com.br/livro/381877-riozona-de-guerra

Sobre a AVEC Editora

A AVEC é uma editora nascida em 2014 que investe em escritores, desenhistas e quadrinhistas que estão dando seus primeiros passos na criação de histórias – mas já demonstram o talento de grandes autores.

Os livros da AVEC Editora podem ser encontrados na rede Fnac, Travessa, Cultura e Submarino. E os ebooks na Amazon, Apple, Kobo, Cultura e Travessa. Os leitores também podem comprar direto no site da editora: http://www.avecstore.com.br/

site: http://www.pontozero.net.br/2018/05/31/o-livro-e-rio-zona-de-guerra-de-leo-lopes/
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Marcos Pinto 08/05/2017

Os leitores frequentes aqui do blog sabem que eu adoro uma distopia; hoje, estou trazendo para vocês um livro deste gênero com carimbo nacional e uma alta qualidade. Ficou curioso? Conto tudo abaixo.

As diferenças culturais e sociais se tornaram tão grandes que já não era mais possível a convivência entre as classes sociais ricas com o povo. O resultado foi a divisão do estado do Rio de Janeiro. De um lado a Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeiras dominados pelo luxo, glamour e alta tecnologia; do outro, o resto do RJ: a chamada Zona de Guerra.

Toda a Zona de Guerra carioca é dominada por diversas gangues que causam terror na população já pobre e desprovida. Todos que vivem daquele lado tem uma vida sofrida e, muitas vezes, curta. Na Barra, porém, apesar do luxo, há uma ditadura velada, comandada pelas grandes corporações. Só é possível saber e pensar o que essas megacorporações permitem.

“As ruas estavam desertas àquela hora. Todos sabiam que era suicídio andar sozinho pela Zona de Guerra depois das oito horas da noite. Freitas não se preocupava com isso. Ele conhecia o Méier como a palma de sua mão e o Méier o conhecia também. Não seria incomodado” (p. 11).

Porém, apesar dessa forte divisão, na Zona de Guerra vive um detetive diferente: Carlos Freitas. Ele mora lá porque quer e faz isso com um sorriso no rosto. Porém, um estranho assassinato ocorre dentro da Barra e ele é chamado para investigar. Contudo, Freitas nem imagina que esse único crime poderá mudar sua vida e também a Barra da Tijuca.

Como vocês devem ter percebido, o livro é uma mistura de distopia com um romance policial cyberpunk. Dentro desse cenário distópico e policial, o autor conseguiu criar personagens interessantes, um detetive inteligente e uma história bem original. Pelo enredo se passar no Rio de Janeiro, ainda é conferida ao leitor brasileiro uma espécie de familiaridade com a obra.

Carlos Freitas, sem dúvida, é o grande personagem do livro. O autor conseguiu trabalhá-lo bem, tanto fisicamente como psicologicamente. Embora o livro seja em terceira pessoa, conseguimos entender o pensamento e o modo de agir do protagonista, criando ainda mais verossimilhança.

“– É por essas e outras que eu saí dessa merda, Rocha. Aquelas pessoas não são piores que ninguém aqui dentro da Barra da Tijuca. Tem gente boa lá, gente que devia ter seus direitos protegidos, e não ser exilada para um lugar sem lei” (p. 33).

Os demais personagens também são bons e muitos deles, apesar da pouca participação, são cativantes, como Branquinho, um contrabandista que está sempre com um sorriso no rosto Por outro lado, acredito que o autor poderia ter dado um papel maior e mais desenvolvido para Vivian. Ela foi importantíssima para o desenrolar da trama, mas obteve poucos holofotes.

A narração do autor é muito ágil, fluída e cheia de ação. A investigação não é totalmente detalhada, mas isso não prejudica o desenvolvimento da obra, pois o autor acaba compensando com uma narrativa de tirar o fôlego. E, exatamente essa narração alucinante que deixa um gostinho de quero mais e gera uma expectativa para que haja outras obras.

Restaram algumas pontas soltas na obra, mas acredito que tenha sido proposital para que haja outros livros. Uma delas, por exemplo, é a criação das Zonas de Guerras que não foi explicada. Afinal, se o capitalismo prega uma falsa inclusão, dando ao trabalhador um salário pequeno, mas suficiente para sobreviver e consumir, por que criar zonas de guerras através do mundo e excluir essa grande massa consumidora? É a falsa sensação de inclusão que mantém o sistema funcionando.

“O holovisor era velho e muito usado, além de não ter as lentes limpas há muito tempo. O resultado era que a projeção tridimensional formada era falha, com pontos onde somente o vapor podia ser visto. Parecia que a imagem tinha sido atingida por uma saraivada de balas e eu a fumaça ainda saía dos projéteis incandescentes incrustados na coluna de luz” (p. 76).

Em Rio: Zona de Guerra, Leo Lopes mostra que possui um grande talento e está em processo de evolução. Ele ainda não pode ser comparado aos grandes gênios do gênero, como Philip K. Dick, mas acredito que ele tem tudo para chegar longe no mercado editorial. Ele é, sem dúvidas, um dos melhores autores brasileiros deste gênero.

Certamente a obra é indicadíssima, tanto para quem gosta de distopias misturadas com romances policiais cyberpunks como para quem é iniciante no gênero. Não deixe de ler, você vai adorar.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2017/05/resenha-rio-zona-de-guerra.html
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Luciano Sabino 17/01/2017

Rio: Zona de Guerra
Rio: Zona de Guerra é um romance policial com plano de fundo cyberpunk e uma atmosfera noir em um Rio de Janeiro futurístico onde o Governo perdeu o controle e não tem mais condições de manter a ordem. Grandes Corporações tomaram o controle da segurança, criando forças policias corporativas (milícias?) que tem como objetivo zelar pela segurança dos chefões dessas empresas e quem mais puder pagar pelo seus serviços. As pessoas menos favorecidas ficam exiladas e entregues à própria sorte em uma parte da cidade conhecida como "Zona de Guerra", local dominado por gangues e violência, sem o mínimo de condições para subsistência.

O protagonista dessa história é o detetive Carlos Freitas, policial corporativo reformado que decide tocar sua vida na Zona de Guerra por conta de ideologias próprias. Ele é uma pessoa muito conhecida e respeitada no local, tendo criado uma espécie de zona neutra onde as gangues não podem atuar.

Certo dia Freitas é contratado por Vivian, uma prostituta de luxo, para investigar a morte de sua amiga Rita de Cássia, que morreu após se jogar da varanda de seu apartamento. Vivian acredita que a amiga não cometeu suicídio e que tem algo de errado com a história formulada pela polícia.

Freitas aceita o trabalho e começa a investigar a história. O problema é que realmente havia algo de errado nas conclusões da polícia e quanto mais o detetive avança sua investigação, mais ele corre perigo.


Enquanto lia este livro por vezes me peguei imaginando se o futuro distópico criado por Leo Lopes estaria tão longe do presente quanto aparenta estar. As milícias, gangues e, principalmente, a corrupção já fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros e isso é preocupante. Essa leitura serve como um lembrete e também como um alerta de o que pode vir a acontecer se não tomarmos de volta o controle da situação.
Rio: Zona de Guerra é um ótimo livro nacional e ideal para quem quer conhecer o gênero cyberpunk ou para aqueles que gostam de distopias.


site: http://blogcolhendolivros.blogspot.com.br/
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Alineprates 26/01/2016

Hoje trago para vocês a resenha um livro nacional simplesmente fabuloso, talvez uma das melhores leituras do ano.

Rio: Zona de Guerra é um livro surpreendente que traz a mistura perfeita de distopia com romance policial, o que por si só já vale a leitura, mas além de trabalhar muito bem os dois gêneros e mescla-lo de forma majestosa, o autor ainda constrói um ambiente riquíssimo e explora a desigualdade social e a violência de forma habilidosa.

A história se passa em um futuro , onde a sociedade foi divida por uma fronteira física, criada pelas grandes corporações. Dentro dessa fronteira existem vários benefícios como pouca poluição, conforto e segurança fornecida pela polícia privada, no entanto apenas aqueles que tem um certo poder aquisitivo podem pagar para permanecer dentro da fronteira. O lado de fora da fronteira é conhecido como Zona de Guerra e neles estão os pobres e os marginais. Esse é um lugar cercado pela violência, pela pobreza e pela incerteza. Abandonados pelo governo as pessoas precisaram se reestruturar, construíram suas casa em meio aos escombros da guerra que aconteceu devido a essa separação e dividiram os territórios em zona, cada zona é controlada por uma gangue.

Em meio a tudo isso temos o detetive Carlos Freitas, um morador da zona de guerra altamente respeitado. Ele é chamado para investigar um caso de assassinato dentro da fronteira, porém o que ele não imagina é que esse caso pode tomar proporções inesperadas.

Devo dizer esse livro é sensacional, tudo nele me agradou: o enredo, os personagens, o desenvolvimento, a ambientação, os cenários, a critica social e a a conclusão do caso. É uma história simplesmente primorosa, pois além de ser muito bem elaborada, ela é viciante, prende o leitor do início ao fim com elementos de ação e suspense, é como estar em um parque de diversões.

A escrita do Leo é maravilhosa, super ágil e articulada. A história também conta com um cenário cyberpunk muito bem estruturado e um protagonista fascinante, inteligente e perspicaz.

Outra coisa muito legal é o fato da trama se passar no Brasil, isso faz com que o leitor se sinta familiarizado com a história e cria uma conexão mais forte com os acontecimentos.

Rio: Zona de Guerra tem tudo que um livro distópico precisa para ser um sucesso. As críticas apontadas pelo autor são completamente pertinentes e fazem total sentido, inclusive com a realidade atual. Enfim Leo Lopes é uma autor de talento inegável e incrivelmente engenhoso, desenvolveu uma história fascinante e completamente original, que vai conquistar o leitor de primeira.

E mais uma vez quero parabenizar a Editora AVEC pela excelente publicação. A editora tem investido em autores nacionais de alta qualidade, valorizando o que temos de melhor no Brasil e inovando o mercado com edições belíssimas e conteúdo formidável.

site: http://alinenerd.blogspot.com.br/2015/11/rio-zona-de-guerra-leo-lopes-ed-avec.html
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Portal JuLund 03/10/2015

Rio – Zona de Guerra, Resenha, @AVEC_EDITORA
Num futuro muito caótico, podemos encontrar o detetive Freitas. Em uma sociedade muito dividida entre os que estão dentro e fora das fronteiras da Barra da Tijuca, o detetive Freitas tem um passe livre para entrar e sair de lá quando quiser, uma coisa que grande parte da população adoraria, mas por algum motivo que ninguém sabe qual é ele prefere morar na Zona de Guerra.
Ele é contratado por uma mulher, para investigar o assassinato de sua amiga, mas o que ele não esperava era encontrar algo muito maior que um simples assassinato.

Leia a resenha completa em:

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/rio-zona-de-guerra-resenha-avec_editora
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