O Capital

O Capital Karl Marx




Resenhas - O Capital - Livro I - Vol. 1


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Hugo.Lousada 25/12/2020

Não é sobre comunismo. É sobre capitalismo.
Magnífico. Dou cinco estrelas mas isso não significa que o livro está isento de críticas ou observações. Vale a lembrança de que O Capital foi escrito no século 19, então há a necessidade de adaptar as ideias pro cotidiano atual, tal como para o século 21.
É um livro essencial. Não fala a palavra "comunismo" nenhuma vez: aliás um dos mitos que precisamos desconstruir é de que Marx é o inventor do comunismo e que suas obras são sobre isso; Marx foi um grande crítico do capitalismo, ele era comunista de fato, mas suas obras de maneira geral não são sobre isso e sim críticas extensas de abusos sociais e econômicos.
Como o próprio movimento operário da época dizia, esse livro é a Bíblia da classe operária.
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Amme 19/12/2020

?RESENHA: O Capital - extratos por Paul Lafargue
? ?O ouro não é necessariamente dinheiro, mas dinheiro é necessariamente ouro. (...) O dinheiro, portanto, pode ser lama, apesar de lama não ser dinheiro.?

?Este livro é a compilação da análise de Marx sobre o do capitalismo, destrinchando seu funcionamento desde a mercadoria e a moeda até os grandes sistemas de transformação do dinheiro em capital.
 
?Publicado pela primeira vez em 1867, o livro demorou cerca de 20 anos de estudo e preparação para que fosse publicado.

?Sendo amado e odiado, ?O Capital? ainda hoje, um século após usa publicação é constantemente utilizado em espaços de estudos sobre sociedade e economia; mas também é considerado um grande inimigo pessoal para muitos indivíduos.  
 
?Esta edição ( a presentada na imagem), é uma compilação das principais partes do primeiro tomo de O Capital, e foi produzida com a intenção de simplificar  e democratizar os conhecimentos produzidos por Marx, fazendo com que a obra pudesse ser lida e compreendida por todos.
 

?Uma edição realmente fácil de ser lida, principalmente porque cada um dos exemplos teóricos são reexplicados diversas vezes de forma bem simples. Essa edição não se aprofunda na discussão ?Capitalismo x Socialismo?, mas na análise prática do Capital.

??NOTA PESSOAL??
?Eu realmente me surpreendi com a edição, já que sou extremamente curiosa e sempre quis entender o porquê de as pessoas usarem tanto Marx como um inimigo pessoal. Acreditava, antes dessa edição, que eu iria ler, mas que não iria entender uma palavra sequer.
 
?Bom, não foi o que aconteceu, as explicações apresentadas a nós, leitores, são realmente compreensíveis.
?Conclusão, a obra não é um monstro de sete cabeças e vale a leitura
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Pacaterra 13/12/2020

Por que ler O Capital hoje?
Depois de 3 anos do meu primeiro contato com o volume I, há 7 meses atrás iniciei a leitura e o estudo sistemático da obra, relendo também os capítulos lidos anteriormente, e concluindo hoje. Nada melhor do que ressaltar então a importância fundamental não só do livro, como de sua leitura nos dias de hoje.

Em primeiro lugar, a leitura é indicada por expor os fundamentos do modo de produção capitalista como nenhum outro autor conseguiu de uma maneira tão clara, radical (no sentido marxista de radicalidade, ou seja: de tomar as coisas por sua raiz, indo além das aparências). Enquanto que a economia política (burguesa) clássica do Século XIX tenha avançado em diversos aspectos na compreensão da realidade, principalmente com seus grandes autores Adam Smith e David Ricardo, é com Marx que a teoria do valor-trabalho ganha seu "acabamento", isto é: Marx é o primeiro a explicar o funcionamento do processo de valorização do valor, e fundamentar a crítica da exploração do trabalho no modo de produção capitalista.

Depois de sua publicação em 1867,estão demonstrados teoricamente os fundamentos e as determinações históricas do capital, esta relação social que passou a determinar através da produção de mercadorias todas as superestruturas das sociedades modernas. O leitor encontrará não um livro de "economia", mas uma obra completa, que fiel ao método materialista histórico-dialético é capaz de desvelar as diversas camadas aparentes que existem nas relações sociais, sejam elas partes do todo, sejam elas apenas a ideologia (para Marx, ideologia como ilusões do conhecimento), e revelar a totalidade, captando o movimento real.

Em resumo, o estudo sistemático das determinações históricas e do movimento real do capital é fundamental para em primeiro lugar entender o que determina a sociedade que vivemos, superando sua ideologia. Por trás das justificativas burguesas de "liberdade de escolha", "trocas voluntárias" e "igualdade de condições", é só através do estudo aprofundado iniciado por Marx que podemos desvelar os reais interesses por trás da exploração do homem pelo homem na sua forma mais avançada, a do capital, e assim formular a sua superação.

Repito aqui o que já disse José Paulo Netto, biógrafo e estudioso de Marx por mais de 50 anos, que a obra de Marx é a ciência insuperável de nosso tempo, e que Marx não foi o teórico do socialismo ou do comunismo, e sim o grande teórico do capitalismo.
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Satiro 21/09/2020

Um livro que você começa e termina sabendo que irá reler
Leitura extremamente informativa e bem refletida acerca da funcionalidade da sociedade capitalista. Mesmo sendo uma obra do século XIX, ainda assim é bastante atual como análise e engrandece a criticidade do leitor. Muito válido para quem tiver interesse de entender o capitalismo sob um aspecto crítico e de um dos maiores pensadores do período moderno. Aliás, ao término já percebi que terei que reler e que não compreendi toda a complexidade da análise.

PS. Essa obra é uma síntese sobre os volumes da obra original, mas ainda assim muito indicado para leigos como eu hahaha
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balaosuspeito 03/02/2022minha estante
Smt




Fábio 13/08/2020

Fenomenal
Obra de leitura obrigatória para entender o mundo em que vivemos.
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Mateus Rocha 11/08/2020

Eu tenho que repetir a leitura desse livro, foi um dos primeiros livros que eu li e pegar logo de cara um texto que se propõe a debater ideias de economia na concepção marxista é uma ingenuidade absurda kkkkkkkkkkkkkkk.
balaosuspeito 03/02/2022minha estante
Camarada, caso quiser aprofundar o estudo, recomendo o curso do Gustavo Machado, segue link para a playlist: https://youtube.com/playlist?list=PLRSCJQV9RGp5XEUzk-WkOpCsjvaXrtbqJ




Walter Monteiro 22/05/2020

Devido a ser o primeiro contato com livros relacionados a economia política, utilizei os extratos de Paul Lafargue como impulsionador a leitura dos registros de Marx. O livro trás uma abordagem mais direta e uma leitura mais leve. Facilitando o entendimento.
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Luciana 29/05/2019

Atualíssimo!
Uma verdadeira obra-prima! A leitura não é fácil, mas passado os capítulos iniciais, torna-se mais tranquila. Marx e sua teoria do valor continuam atualíssimas! Essencial para entender a realidade.
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Rod Serling 11/07/2018

Livro de grande importancia historica
O livro e de importancia historica para entender o dia de hj, Apesar do comunismo via luta de classes ser algo inviavel,Pois a luta de classe nescessariamente teria que ter um exterminino de uma classe em relaçao a outra, no caso o proletariado ter que exterminar a dita burguesia. algo similar que os nazistas defendiam só que no ambito dos judeus. HJ nenhum partido de esquerda defende mais isso por razoes obvias. entao todos os partidos de esquerda passaram a usar as chamadas pautas progresistas, socialismo de mercado e etc... como alternativas para implantar o modelo defendido por marx. enfim apesar de repudiar as ideias comunistas. Reconheco que o livro é importante para entender o contexto politico, social e cultural atual.
Pacaterra 24/05/2019minha estante
Quanta bobagem. Vários partidos pelo mundo defendem a revolução socialista nos termos de Marx. E comparar luta de classes com luta de raças é uma desonestidade absurda.


Elton Luz 05/08/2019minha estante
Resposta ao "Pacterra": o autor da resenha original tem uma lógica. O nazismo alemão não começou tanto como uma guerra racial, como começou com uma guerra econômica. Se você estudar a história, verá que o argumento que atraiu as massa à Hitler foi justamente o argumento econômico. O judeu daquela época era o joalheiro, o comerciante, o banqueiro, o bancário etc. Ele não era o operário, mas vivia sobretudo da atividade comercial e especulativa. Os alemães tinham a sensação de que eles controlavam a Alemanha, e foi isso que Hitler explorou. O discurso de Hitler era[parafraseando]: "Os judeus tomaram a Alemanha, e temos que recuperá-la!". Era um argumento essencialmente econômico; ou um argumento de LUTA DE CLASSES. O operário alemão contra a burguesia banqueira e especulativa judia. A questão do Holocausto alemão foi algo que muitos alemães só souberam depois que a guerra acabou. O extermínio judeu nunca foi uma pauta declarada abertamente, senão Hitler não chegaria ao poder. O extermínio judeu ocorreu após a chegada de Hitler ao poder e somente durante o período da guerra; quando havia turbulência no país e os seus desejos mais secretos podiam ser postos em prática. Estude um pouco mais de história. Recomendo a biografia de Hitler e o livro Treblinka, como pontos de partida.


guilhermecardoso 01/12/2020minha estante
É inverídico o exterminio das pessoas da classe. As pessoas podem continuar, mas a teoria marxista defende o fim estamento, da burguesia como tal, como a classe dominante para implementar a democracia em que o detentor dos meios de produção é o Estado e posteriormente a própria classe proletária única, junto aos antigos burgueses.


guilhermecardoso 01/12/2020minha estante
Em lugar nenhum da teoria marxista vc vai encontrar o que você afirmou.


Hugo.Lousada 20/12/2020minha estante
Extermínio assim como nazistas em relação a judeus? Que? Claro que não, a revolução marxista é de dentro pra fora e não o contrário, esse extermínio que você disse não faz sentido nenhum.




Joao.Paulo 30/12/2017

Ótimo Livro
É o primeiro livro de uma série de 5 volumes. Nesse primeiro volume ele descreve a origem do dinheiro e o funcionamento, desde o início, do mercado e da troca de fovores entre o capital e o trabalho, passando pela produção com manufatura, criação das fábricas, pelo processo da revolução industrial com a substituição da mão de obra por máquinas (é uma critica ao sistema capitalista desenfreado)... Ótimo livro, é de difícil entendimento no início mas depois que se acostuma com a leitura se torna fácil.... Recomendo a pessoas da área econômica e adminstrativa.
Alecs 26/09/2018minha estante
Na verdade, São 3 volumes e não 5.


Bruna 27/10/2018minha estante
Essa edição da civilização brasileira está dividida em 5 volumes sim. Em 3 volumes está a da Boitempo.




Fernando Messin 06/07/2017

O pai de todos os hipócritas
Obra inútil escrita por um ser deplorável. Como é que um sujeito que nunca trabalhou na vida, nunca passou dificuldades eque jamais produziu um vintém de riqueza do próprio suor pode inspirar tantos ao redor do mundo? Oh, sim, ele inspira semelhantes a ele, chupins que não produzem nada, não servem para nada e querem viver com o dinheiro do alheio.
Ana Clara 08/07/2017minha estante
Caro Fernando, por que se dar ao trabalho de vir falar mal de um livro que você obviamente não leu e sobre uma forma de pensamento que você sequer se dispôs a entender?

Os chupins que não produzem nada, só vivendo do esforço alheio, são justamente aqueles que querem desprestigiar Marx. São aqueles que juntam milhões às custas da exploração do trabalho alheio e de esquemas de corrupção. O pior é como eles conseguem convencer os explorados com essa história, que acham que são felizes por poderem trocar de carro todo ano.

É o "sucesso" de uns poucos nos fazendo ignorar a miséria de milhões.

Vi aqui que você leu o Cortiço, e deu três estrelas. A forma como o João Romão ascendeu, se tornando um capitalista de sucesso, não te convenceu como representação da realidade? Ou, se te convenceu, você acha que isso é algo a ser aplaudido? Que é um sistema que merece a nossa defesa?


Murilo.Araujo 23/11/2017minha estante
Como é que alguém que nunca leu a obra dele falar dele? Usando esse teu argumento, um biólogo não pode descrever o desenvolvimento de uma árvore sem ser uma árvore? Ou um químico descrever as reações de um carbono sem ser um carbono? Leia o livro primeiro!


Fernando Messin 23/11/2017minha estante
Venho estudando Marx desde o 1990 e, não estou argumentando nada. contra fatos não há argumentos. Marx era burguês mimado, filhinho de papai que casou com uma mulher mais rica do que ele. O que ele ganhava como jornalista, professor baderneiro mal dava para bancar seus luxos de pequeno burguês e vez em sempre era Engels quem lhe assinava o cheque.


Murilo.Araujo 27/11/2017minha estante
Corretísssimo, não argumentou nada e continua não argumentando, só falanciando porque desvalidar a obra ainda não conseguiu
E sobre você ter lido, pode mesmo ter lido, mas entendido eu tenho a absoluta certeza que você não conseguiu fazer


Gabriel.Butzen 23/03/2018minha estante
Marx não era burguês pois ele não tinha os meios de produção. Parece que você não estudou Marx não.


Luiz 17/11/2018minha estante
O que tem a ver a profissão, renda mensal ou casamento com a validade dos pontos levantados por ele? Nada. Querer desqualificar interlocutor para dessa forma desmoralizara a mensagem é uma falácia argumentiva das mais baixas. Chama-se Argumentum ad Hominem. É irrelevante se Marx foi um empreendor de sucesso ou um mendigo... Nada disso se relaciona com o conteúdo da mensagem.


Fernando Messin 18/11/2018minha estante
kkkk Se a visão de mundo do sujeito não se relaciona com as observações que ele faz a respeito desse mesmo mundo ( de repente os proletários vivem em Nárnia) ou o sujeito não pertence a esse mundo ou as observações dele são de outro mundo, não existe outra maneira. Eu só posso descrever um elefante se eu já tiver visto um e minha descrição sempre será pautada com base no contexto social no qual eu interajo, assim sendo, minha descrição de um elefante seria diferente da descrição feita por um indiano.
Da mesma forma que as obras de Newton atrairam a atenção de Einstein, a filosofia de Marx despertou o interesse de Lênin, Stalin, Mao-Tse-Tung, Che Guevara, Fidel Castro e outras pessoas muito legais que " socializada" o que era dos outros pra viver no luxo que o capitalismo podia oferecer.


Babi 04/12/2018minha estante
Oi Fernando. Tudo bem? Estou começando a estudar Marx agora, não posso criticar ( e entenda-se o verbo sem cunho positivo ou negativo)algo por ouvir dizer, mas como estudante especificamente de Letras entendo que uma obra tem que ser criticado por ela mesma, nenhum crítico literário parte da vida do autor para a obra, o caminho sempre é o inverso. A vida do autor pode ser utilizada para entender pontos da obra, mas de forma alguma ela deve ser usada como chave interpretativa.
Aliás, (in)felizmente, quando as ideias são colocadas para o mundo o autor delas não tem mais poder de controle sobre o como essas serão utilizadas. Como exemplo, o liberal Smith que entendia o que seu opositor falava nem que fosse para discordar.
Tudo de bom para você.


Juan.Felipe 20/04/2019minha estante
Se o seu capitalismo fosse tão bondoso e justo, não existiria Marx. No decorrer de diversas análises sobre sistemas econômicos (ou formas de governo), pode-se identificar que qualquer sistema agressivo e devastador, culmina-se em uma alternativa igualmente agressiva e autoritária. Marx foi o pai dessa alternativa, que se opôs ao sistema capitalista nefasto e desigual. Querendo ou não Karl Marx foi fruto do próprio capitalismo.


Flavio 10/07/2019minha estante
Sou estudante de economia, apesar dele ter soluções utópicas, o diagnóstico dele é muito respeitado entre os economistas e sociólogos.


Marcos.Azeredo 27/07/2019minha estante
Fernando, vc que é deplorável e um imbecil e burro!


Igor.Sousa 09/06/2020minha estante
Cara ficou nervoso lendo um livro?


Will.Boente 08/09/2020minha estante
Tem Bolsominion até aqui, meu Deus!


Flávio 25/11/2020minha estante
Mas votou no Bolsonaro que saiu do exército com desonra, após ameaçar o exército com bombas, se este não pagasse os seus direitos... após o capitão inútil foi para a política, como deputado a 28 anos mamando nas tetas do Estado, sem fazer nada... agora presidente, salvará o Brasil... kkkkkkk...


Guto 27/11/2020minha estante
É ignorante e não tem vergonha de ser kkkk


Guto 27/11/2020minha estante
Obviamente nunca leu mas se acha qualificado pra dar pitaco. Em se tratando de Marx, nenhuma novidade o clube é grande!


Gabriel1994 27/11/2020minha estante
Trabalho intelectual não é trabalho? Como leitor, você é um tanto hipócrita, então.


guilhermecardoso 01/12/2020minha estante
É muito facil ser considerado um dos maiores pensadores do séc xx né ? O cara dedica a vida a sua obra, você concorde ou não, a obra tem seu valor e merece ser lida antes de ser criticada. Aliás, você nem saiu da superficialidade e entrou na obra na verdade né. Vamos poupar os xingamentos emocionados, que tal ?


Nay 17/01/2021minha estante
Oi Fernando, tudo bem? Como você estuda Marx há um tempo, recomenda a leitura deste livro pra ter um bom entendimento do que é esta ideologia? Quero ler pra ter um conhecimento melhor sobre o assunto (não que eu concorde com os ideais). Estou lendo Sapiens e no livro eles citam este livro como sendo uma espécie de bíblia dos comunistas. Obrigada


Josi.Ferreira 25/01/2021minha estante
Engraçado!todos dão suas opiniões,mas se um der uma opinião contrária da bolha,ja era é massacrado...Democracia gente!!!
nem todos amam Marx,nem todos amam Olavo!
Paz pra todos.


Gabriel.Chamma 23/03/2021minha estante
Olavista nem deveria opinar


Edu Santtos 16/06/2021minha estante
"um sujeito que nunca trabalhou na vida", vc disse. "O que ele ganhava como jornalista...", você disse também. Um pouco contraditório, não acha? Afinal de contas, ele já trabalhou ou não na vida dele?


Fernando Messin 23/10/2023minha estante
eu nao acho que esse livro seja a biblia dos esquerdinhas porque o maximo que esquerdinha le sao resenhas escritas por outros esquerdinhas




Adnildo 27/12/2015

"Deve haver algo de podre no cerne de um sistema que aumenta sua riqueza sem diminuir sua miséria"
Amor ao conhecimento é o significado etimológico da palavra filosofia. Mas o filósofo em sua essencia não é aquele que ama e tem apreço pelo conhecimento, este é alguém que vai muito além disso. Se este amante da sabedoria não usá-la para melhorar as condições humanas e o meio em que vive de nada servirá suas vãs observações. Em suma todos os grandes filósofos tentaram melhorar as condições humanas esforçando-se para compreender a realidade, dissecando-a, quebrando e montando seu mosaico; olhando de fora e de dentro; usando ferramentas poderosas como a análise e a síntese; a imaginação; a realidade nua para além da observação minuciosa.
No cenário do mundo antigo, Platão e Aristóteles influenciaram soberanamente o pensamento humano, e suas raízes foram tão profundas que adentraram o campo religioso onde gravitaram, em alguns aspectos, muitos pensadores da Igreja Católica durante a Idade Média.
Na Idade moderna, após as revoluções do período do renascimento provenientes das releituras das obras do mundo antigo, das interpretações de Martinho Lutero, das revoluções provocadas por Copérnico e Galileu Galilei, da interpretação analítica da realidade de Descartes e do advento das Leis da Mecânica de Newton, os pensadores do Iluminismo trouxeram um novo cenário ideológico onde floresceriam o novo sistema econômico e de divisão do trabalho.
No século XVIII nasceria um dos mais influentes filósofos de todos os tempos. Karl Marx, nascido em 05 de maio de 1818 em Tréveris, na Alemanha, revolucionária o mundo político-econômico ao escrever sua obra-prima intitulada O Capital. Esta é a obra de sua maturidade intelectual, e foi tão trabalhosa para ele que custou não apenas seu suor, mas também o de toda a sua família para escrevê-la. Apesar de todo o esforço, e das inúmeras cobranças para que a obra fosse entregue, até a sua morte em 14 de março de 1883 em Londres , O capital não estava finalizado.
Somente a diligência de Friedrich Engels, seu amigo e parceiro intelectual de toda a vida, e da família de Marx ao separar cuidadosamente cada ideia escrita e reescrita sobre o livro, que foi possível finalizar e publicar a obra-prima completa.
Divida em três livros, cada um em dois volumes, a obra que trata de assuntos políticos-econômicos-filosóficos foi a base para a revolução Russa de 1917, onde cai o sistema politico czarista e é implantado o Sistema Comunista. Este sistema assombrou o mundo capitalista, sistema atacado veementemente pelas ideias de Karl Marx contidas em O Capital.
A primeira vista, a obra assusta, não só pelo seu tamanho, um calhamaço de papel de aproximadamente 3 000 páginas, mas este primeiro volume do tomo I, revela o quão bom escritor e minucioso historiador era Karl Marx. Nele o materialismo histórico de Marx nos proporciona uma leveza impressionante de leitura. As peças se encaixam perfeitamente fazendo um todo significativo. Em alguns trechos parecer até um romance histórico, mas na verdade é um drama – o drama da classe oprimida. Fundamentado em inúmeros dados históricos, este primeiro volume é um prêmio dado ao leitor pela genialidade de Marx.
Conceitos sobre valor-de-uso, valor-de-troca, mais valia não se tornam complexos face à dialética do autor. A evolução da divisão do trabalho é muito clara, e as dificuldades do trabalhador que aumentam progressivamente ao longo deste desenvolvimento (artesão, manufatura, fábrica/indústria) são bem embasadas pelos relatórios de inspetores de fábricas, jornais, pelo acompanhamento do cenário político e depoimentos diversos dos atores do sistema capitalista além, é claro, do estudo minucioso das obras de outros economistas.
Esta obra é, a bem da verdade, muito gostosa de se ler e eu convido a todos para lerem esta que é ao lado da Bíblia e do Alcorão um dos livros (levando em consideração seu nível de influencia) indispensáveis para a humanidade.
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Felipe 16/06/2015

brilhante, mas dificil de ler.
Camila A. Meireles 24/01/2016minha estante
só 3 estrelas?




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