Maria3516 01/06/2023
Boca do Inferno
Primeiramente, vale ressaltar duas coisas demasiadamente importantes: "boca do inferno" é um apelido de Gregório de Mato, um escrito do séc. 17 conhecido por criticar tudo e a todos em seus poemas, vulgo um dos personagens do livro. A segunda coisa é que Ana Miranda é cearense. Ela começou a estudar para fazer o livro em 1979 e só publicou o livro 10 anos depois, em 1989. Para que pudesse aprender a melhor forma de escrevê-lo, já que ela quis que o livro refletisse o séc.17. Ela se esforça muito para trazer a cultura da época - barroco (meu favorito)-, como devemos saber, barroco foi algo que trouxe muito intensidade e exagero.
Sob essa ótica, ela traz a linguagem daquela época, não o torna difícil de interpretar, o livro conta com a mistura de personagens reais e fictícios. Como: Gregório de Matos, Padre Antônio Viera, um governador-geral Antônio de Sousa Menezes (braço de prata).
Não só personagens histórias também.
Começasse com o crime contra o Teles de Menezes, o qual é emboscado 8 homens que o contam sua mão, que tinha um anel e ele é perdido (esse anel dá um rolo danado), e morto - motivo é perseguição política -.
Gregório é apaixonado por Maria Berco, mais eles não ficam juntos.
Com o desenrolar da história, descobrem que Maria Berco estava guardando a mão e o anel de Teles. Ela é presa, e os outros que foram culpados. Só que com a chegada do desembargador ele manda soltar a todos, pois não há provas do atendo contra Teles, menos Maria para ela ser solta precisa-se pagar uma fiança de 600 mil reis.
Gregório paga a fiança. Mais por conta dos poemas que ele fazia ele foi deportado para Angola, não podendo voltar para Baía. Ele volta para o Brasil e fica em Pernambuco e ele se casa com uma viúva - Maria de Povos -, mas ele não a ama.
Maria Berco fica rica e não casa com ninguém esperando por Gregório (que nunca voltou).
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Fico muito satisfeita em realizar trabalho de literatura, sempre gosto de aprender/conhecer a cultura nacional. E esse livro foi uma oportunidade para conhecer uma escritora cearense. Que, além disso, o livro é retratado em uma das fases mais interessantes das artes, o barroco.