City

City Alessandro Baricco




Resenhas - City


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Isac.FeijAo 21/01/2023

Sentirei saudades
Pouco importa se Diesel e Pomerang existem mesmo ou não, ou se Gould vai ser feliz sozinho, ou se a vida de Shatzy realmente valeu a pena. Um livro é bom quando você sente saudade dos personagens dele, e nenhum me dá tanta falta quanto esses malucos.
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Mad28 07/02/2018

Opinião completa e frases no blogue

Esta opinião talvez seja das mais difíceis que algum dia vou ter de escrever, não só porque tive uma grande relação de amor-ódio com o livro, mas também porque, honestamente, ainda não consegui perceber bem sobre o que se trata.
City é, supostamente, um livro onde acompanhamos o que se passa na vida das pessoas da cidade. No entanto, seguimos maioritariamente Gould, um rapaz génio, Shatzy Shell, uma rapariga contratada para tomar conta dele, e dois homens que andam sempre com Gould. A história vai-se desenrolando a partir da vida destas personagens da forma mais estranha possível.
Comecei o livro exatamente sem saber nada sobre ele uma vez que a sinopse pouco ou nada dá sobre a história, e estava, honestamente, com algum receio.
O início do livro não ajudou uma vez que, logo o início em si, foi bastante estranho, e ao fim de 50 páginas eu estava muito confusa com a história e ainda não tinha percebido qual era a ação do livro em concreto.
Esta sensação deveu-se, não apenas pelo que referi anteriormente, mas também pela forma de escrita do autor que, ou escreve parágrafos compridos e super descritivos, que junto com a história esquisita, acaba por deixar o livro super aborrecido, ou escreve páginas inteiras de diálogo, sem usar uma única vez um travessão seguido da reação da personagem ao que tinha dito ou ouvido ou qualquer ideia de movimento, simplesmente diálogo, até custa a perceber quem falou.
Ao fim de 120 páginas, eu estava mais confusa do que nunca e já não conseguia sentir qualquer interesse ou curiosidade em terminar o livro. No entanto, sigo a filosofia de que um livro pode ser mau, mas o final pode compensar e ser incrível, então continuei. O livro assemelhava-se agora, na minha mente, a uma causa perdida. A um daqueles livros que poucas vezes apanhamos na vida e que acabamos a dar uma estrela... porque não podemos dar zero. No entanto, milagres acontecem pelos vistos. Chegamos à página 230 e o livro começa a ficar bom. Porquê? Porque a Shatzy Shell, que como o autor diz constantemente não está relacionada com a gasolina, começa a contar um western que ela está a escrever. E, honestamente, se este western fosse vendido em separado, eu comprava sem pensar duas vezes, a história dela é fantástica e passa-se numa terra em que o tempo está parado, as pessoas têm doenças e o corpo dói-lhes, mas elas não conseguem morrer, e é o que as pessoas querem, acham que já são velhas o suficiente para morrerem em vez de continuarem a viver cheios de doenças e de dores, então temos toda uma luta para fazer o tempo andar, à medida que vemos as pessoas que habitam essa terra, analisamos as suas peculiaridades e tentamos compreender todo o mistério que circunda aquele sítio parado no tempo.
O final do livro é bom, mas o final do western é maravilhoso. Honestamente, gostava que este fosse vendido em separado, porque ele é muito bom mas acaba por ser ofuscado pelo resto do livro, o que deve levar a que poucas pessoas leiam o suficiente ao ponto de chegar a esta parte maravilhosa, consequentemente, poucas tem a experiência de ler as palavras que acho serem as melhores do livro.
Assim sendo, recomendo muito, mas apenas pelo western e pelas frases boas que encontramos durante toda a obra. Atenção, não estou a dizer que é um mau livro, só não foi bom para mim, vi muitas opiniões de pessoas que amaram o livro, infelizmente não foi o meu caso.

site: http://presa-nas-palavras.blogspot.pt/2017/09/city-opiniao-book-review.html
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DIRCE 15/08/2010

Ficção dentro da ficção
Positivamente Alessandro Baricco tem múltiplas facetas. Quando li Seda , achei que ele era um poeta mágico – sempre que eu me lembro desse livro me sinto levitar . Já no segundo livro que li: Novecentos, achei que era o filosofo quem escrevia ( e ele é,realmente, um filósofo ). Agora, no livro City, no início, eu o considerei um escritor brincalhão ( sério,mas brincalhão) . O livro inicia com um encontro um tanto quanto inusitado entre Sahtzy - uma jovem que encontra consolo na figura de Eva Braun julgando que ela era a filha de Hitler e que carrega consigo uma foto de Eva e de Walt Disney ( seu ídolo) e Golud : um menino gênio às vésperas de completar 13 anos. Ambos sofrem de um mal comum em nossos dias: a solidão. Para sobreviver a esse mal, Golud cria dois personagens imaginários – Diesel ( o gigante) e Poomerang ( o mudo que falava não falando)e Sahtzy cria histórias de lutas e bangue-bangue.
Bem e a história vai se desenrolando e quem encontro? Meus dois arquiinimigos: o uso abusivo do travessão e a ausência de parágrafos ( páginas e páginas sem parágrafos). Entretanto, os travessões não se constituíram num empecilho para minha leitura, já que os diálogos eram bem espirituosos, ouso dizer que deliciosos. Quanto a ausência de parágrafo, quando se relatava algo sobre Sahtzy ou Golud tudo bem, mas quando era para falar sobre as lutas ou sobre bangue-bangue... foi um Deus me acuda. Muiitooo cansativo.
Bom, mas quando se aproxima do final do livro, o escritor brincalhão, conseguiu dar um "nó" na minha cabecinha e eu fiquei sem saber mais nada: quem escrevia era mesmo um escritor brincalhão - sério, mas brincalhão? Não sei responder. Não entendi mais nada. Passei até a duvidar, se a "leitura" que fiz da história estava correta. Fiquei naquela: sabe que não sei?
Fiquei na dúvida até quanto a avaliação: pelos bangue-bangue e lutas eu daria 2 estrelas, mas pelos diálogos espirituosos e pela criatividade da ficção dentro da ficção eu daria 3 estrelas. Como se trata de Baricco, prevalece as 3 estrelas.
Sandra :-) 15/08/2010minha estante
Esse eu ainda vou ler. Pelas avalizações do fã-clube Baricco aqui do skoob esse livro está com menor cotação mesmo do que os outros.
Parece ser bem diferente dos outros mesmo.
Quando estiver lendo vou lembrar dos seus "arquiinimigos" rsrs Bjs!


DIRCE 17/08/2010minha estante
Oi Sandrinha!
Estou curiosa em saber sua opinião sobre esse livro.
bjs

Aproveito, para retificar meu erro de concordância: prevalecem 3 estrelas.


Julyana. 31/01/2011minha estante
Bela resenha...
Não consegui ler o livro até o final. Não que seja ruim, só não é pra mim. Sem falar que é completamente diferente dos outros livros de Baricco que já li e se destacam pela concisão.


DIRCE 14/02/2011minha estante
Oi Julyana,
Concordo com você: a falta de concisão( um referencial de Baricco), chega a incomodor e atrapalhar a leitura, mas no final a gente conclui: trata-se de Baricco mesmo: só podia ser ele.
bjs




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