O Eterno Barnes

O Eterno Barnes Salustiano Luiz de Souza




Resenhas - O Eterno Barnes


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Flavia 28/05/2013

Não superou minhas expectativas...
Barnes é um neurocirurgião de renome e muito ambicioso que sofre de uma doença terrível e dedica o tempo que tem à sua mais importante pesquisa: A imortalidade. Através dessa pesquisa, ele busca uma forma de transferir a própria mente, incluindo lembranças e sentimentos, como se fossem dados ou arquivos de computador, para o cérebro de alguém mais novo e saudável e, assim, viver eternamente. Uma pesquisa audaciosa, imoral e muito perigosa...
Ele dispõe de um corpo em coma e das ferramentas do hospital/universidade que trabalha para prosseguir com sua pesquisa, e conta com a ajuda de Lourdes e de James. Lourdes é a companheira de Barnes, e por mais que não concorde e resista ao projeto, acaba o ajudando por amor. James, é um professor da área de engenharia que descobre como salvar e gravar esses "arquivos" mas que posteriormente acaba sendo excluído do projeto pois Barnes não tem intenção de dividir sua descoberta com ninguém. Porém, James havia feito uma cópia dos arquivos pensando nos benefícios que tal descoberta poderia causar, mas se caírem em mãos erradas, seria um grande problema...
Cego pela pesquisa e buscando o sucesso, Barnes segue em frente incessantemente, sem poupar esforços, sem pensar nas reais consequências que tudo isso poderia causar às pessoas ao seu redor e, principalmente, a ele mesmo.

"O Eterno Barnes" é um livro que traz uma história em que os personagens colocam a moral e a ética a prova, mostrando o que o ser humano é capaz de fazer para ir em busca da vida eterna.
O autor não poupou detalhes para falar sobre informática, medicina, religião, cultura, filosofia e etc para poder explicar a pesquisa de Barnes e torná-la crível e convincente, principalmente ao usar termos técnicos e muito antipáticos, e a impressão que tive é que ele quis mostrar que conhece de tudo ao citar tantas referências e termos que não combinam entre si e nem acrescentaram nada de útil na história. E justamente por causa de tantos assuntos distintos estarem juntos, achei que tudo ficou muito confuso, prolixo, cansativo e arrastado, pois pela sinopse esperei ler uma história que fosse direto ao ponto, mas me deparei com muitos floreios na narrativa que poderiam ser descartados evitando que o leitor perdesse tempo lendo o que não faz diferença... Algumas frases mais filosóficas podem ser absorvidas e aproveitadas para reflexão, mas não acho que tenham alguma importância na história pois parecem não fazer parte do contexto em si, principalmente no que diz respeito às citações, que vieram em demasia e tornaram a leitura maçante, chegando a desviar o foco da ideia principal do livro pra outra coisa totalmente diferente. Talvez se entrassem em forma de diálogo, que a propósito, são bem poucos, ficariam mais aceitáveis pra mim, mas como sendo o pensamento do narrador, que conta a história em terceira pessoa, não me agradou nada.
A ideia da história é muito boa, mas poderia ser desenvolvida e contada de uma forma mais direta, sem enfeites e sem desvios pra outros assuntos ou outros personagens. Por mais que Barnes tenha se sentido Deus, o modo como a religião x ciência entra na história, não me convenceu.
A capa me agradou muito pois as mãos ilustradas fazem uma referência genial a obra artística "A Criação de Adão", de Michelangelo, que representa um trecho do livro de "Gênesis" em que Deus cria o primeiro homem, com algo que lembra uma cadeia de moléculas, e que ainda é destacada com verniz, ao fundo.

Encontrei alguns erros na revisão, como falta ou excesso de vírgulas, pleonasmo e palavras repetidas no mesmo parágrafo, e isso é algo que me incomoda. Eu iria preferir que os capítulos não tivessem títulos pois fiquei com a impressão que eles tiraram a seriedade da história.
O final é perturbador e achei bem justo levando em consideração o velho ditado: "colhemos o que plantamos".
Enfim, pela sinopse, fiquei bastante interessada, mas no decorrer na leitura, devido a todos os fatores que apontei, não consegui gostar nem me prender a história, nem senti afinidade por nenhum dos personagens. Talvez, quem goste de ler histórias não muito originais, que tragam termos técnicos carregada de filosofia e informações, a caráter de conhecimento ou curiosidade, aproveite bem mais.
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Telma 27/04/2013

Ti saluto, Salustiano!!!
O Eterno Barnes
Salustiano Luiz de Souza

Parabéns a Salustiano por ser um Educador nato! Por saber, como poucos contar uma história.

Parabéns a Novo Século pelo riquíssimo projeto Novos Talentos da Literatura Brasileira. Através desse projeto tenho tido a oportunidade de conhecer escritores maravilhosos que estão em meu país.

As capas belas que me perdoem mas, sem sempre beleza é fundamental. Digo eu, parafraseando o fofo, Vinicius de Morais.

Verdade, a capa de O Eterno Barnes não é linda! Tem todo um significado, mas não é linda. Mas fica mais bonita quando se lê a história. A ideia da imagem que remete ao quadro A Criação de Adão, pintado por Michelangelo Buonarotti por volta de 1511, que figura no teto da Capela Sistina, é fantástica e tem uma ligação imensa com a história.

Sabe o simples intelectual? É exatamente assim a capa... As patterns de fundo que rementem a uma cadeia de neurônios ou células também me impressionou intelectualmente.

Volto a dizer: amo a beleza das capas coloridas!... mas fiquei surpresa com a beleza intelectual dessa capa.

Tão surpreendentemente quanto a capa é a escrita de Salustiano.
Impossível não perceber a quantidade de pesquisa que envolveu esse livro. Salustiano é advogado... mas não se limita a isso. Na escrita ele é o que quer ser: médico, poeta, filósofo... definitivamente um intelectual pensador. Um educador que gera reflexão!
Digo com todas as letras que não será todo mundo que irá gostar desse livro. Há suspense, há uma história de ficção científica (será msmo ficção ou estamos perto disso) mas há muito, muito pano ...ou melhor, folha, pra reflexão.

Uma reflexão gostosa demais!!!! (no meu ponto de vista). Tão antiga quanto a que permeava os povos antes de Cristo, quanto atual como no dia em que faço essa resenha (27/04/2013).
Quem não quer ser eterno? Quem não quer descobrir a fórmula da cura de todas as doenças, inclusive a do câncer que vem devastando famílias de forma tão impiedosa? (o cura, entre parênteses tem a ver com a história do Dr. Barnes.
Até onde você acha válido (ético) ir, para se conseguir um feito tão grandioso como esse?

Pois bem, Dr. Barnes é mostrado como um ser como você e eu, com seu lado bom e seu lado mau... exatamente como todos nós. Há um momento em sua vida em que ele se vê nessa encruzilhada do até onde devo ir para conseguir a eternidade? e decide que deve ir até onde for necessário. Todo o suspense e ficção giram e torno dessa premissa.
Barnes está doente. Seu corpo está seriamente comprometido mas, seu cérebro está são e possui o conhecimento de pesquisas de anos... ele descobriu como tranasformar os dados do cérebro (todos eles ... memórias, emoções, conhecimento, etc) em aquivo de dados e pretende passar os dados de seu cérebro para um corpo sadio.
Depois de muito preparar-se e do diagnóstico nefasto da sua doença, ele decide fazer. É como o livro começa. Mostra o exato momento da cena da transferência de dados.

Veja esse trecho, do fim do primeiro capítulo:

O calafrio que percorreu sua espinha, o súbito adormecer das suas pernas, o aproximar-se do chão ao desmaiar não foi rápido o suficiente para deixar de registrar o macabro quadro à sua frente e fazê-la dar um grito de pavor. Grito que sequer saiu de sua garganta.
- Meu Deus... ainda teve tempo de balbuciar.
Sobre o corpo deitado do doutor Barnes estava a Doutora Lourdes, estranhamente de pé, totalmente debruçada, com os braços caídos para o outro lado da mesa, passando por cima do corpo do Doutor Barnes, quase formando uma cruz. Nos seus olhos arregalados estava estampado o terror e de seus lábios entreabertos pendia um fio de sangue, sangue este que se espalhava sobre os alvos guarda-pós dos dois médicos, já banhando os lençóis. p.22

É assim que começa o livro. E é durante todo o livro que Salustiano nos mostra o que e como aconteceu.
Será que o intento deu certo? Vivia Dr. Barnes no corpo de outra pessoa?

Com um Português impecável, utilizando-se dos conceitos e reflexões de historiadores, filósofos, médicos, religiosos, artistas e outros gênios de todos os tempos, Salustiano nos dá um material educativo de primeira linha, recheado de muito suspense, terror, um Q de luxúria até... e muita ganância.

Esse livro me fez lembrar em vários momentos a música de Raula Seixas: sim! Sou muito fã do cara e essa letra, tão verdadeira e tão dark (pode a morte ser pintada de outra cor?) tem absolutamente o mesmo teor do livro O Eterno Barnes.

Canto Para A Minha Morte
Raul Seixas

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo, mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Esse livro não merece nada menos do que 5 estrelas e esse não dou, não vendo e não troco. Felizmente está autografado para mim e, no seu lugar, eu correria para comprar o meu!
;)

Beijos muitos!

PS.: Possíveis erros ortográficos ou gramaticais nessa resenha serão corrigidos com o tempo... se eu tiver tempo... se a Morte não chegar antes do Tempo.

Luciane.Eleoteria 03/05/2013minha estante
Gostei do tema do livro e pela resenha deu para perceber que a capa tem tudo a ver com a historia. O quote da pagina 22 me deixou mais curiosa.

Parabéns pela resenha.


Duque 07/05/2013minha estante
Gostei sobre o que o livro fala !


meiriellen 08/05/2013minha estante
oi, amei a resenha completa e bem detalhada. A estória parece bem interessante.




Ju 01/05/2013

O Eterno Barnes
Doutor Barnes é um médico completamente sem noção, e um tanto quanto desesperado, que quer ter a vida eterna. Ele dedica sua vida à pesquisa, e não quer dividi-la com mais ninguém. Muito pelo contrário. Ele está disposto a ser sua própria cobaia, e a fazer o que for necessário para não deixar rastros.

"Nascemos grávidos da morte, filosofava o poeta, começamos a morrer quando nascemos. É como se nosso nascimento virasse a ampulheta, começando a lenta e gradual contagem do nosso fim. (...) Na cabeça de Barnes, agora o seu projeto estava muito claro. Buscava a eternidade e cada vez mais encontrava os meios de conseguir encontrá-la. Era um alquimista e iria em busca de sua pedra filosofal."

Mas o livro não é só sobre Barnes. Em determinada parte, ele passa a ter um papel mais secundário, e podemos comprovar que, quando a ambição toma conta de alguém, essa pessoa fica bem próxima da loucura total.

O livro é bem rápido de ler, tem apenas 246 páginas e a fonte é de um tamanho bem confortável. A história é dividida em 24 capítulos, as páginas são amarelas e nenhum erro ortográfico me incomodou. O que foi muito bom.

O autor enriqueceu O Eterno Barnes com várias citações e referências, a maior parte foi tranquila de absorver para mim, mas certas coisas não faziam parte do meu universo, e algumas vezes tive um pouco de dificuldade de acompanhar o que estava sendo dito. Nada que uma rápida pesquisa no Google não resolvesse... Sempre acho bom aprender enquanto leio algo.

Não me apaixonei por nenhuma personagem. Gosto, sim, quando elas são imperfeitas e se tornam mais humanas. Acontece que muitas das personagens presentes no livro são tão imperfeitas que, para mim, acabaram perdendo qualquer resquício de humanidade. Mas acredito que eu tenha tido essa impressão por não gostar de vilões... para quem gosta, o livro é repleto deles!! rs...

Sou mais fã de histórias em que o bem vence o mal. Sei que não correspondem à realidade, mas gosto de esquecê-la enquanto leio. Mundos mais justos me fazem mais feliz. Mas O Eterno Barnes traz uma boa reflexão, e mostra a que ponto podemos chegar em um futuro não muito distante, se as pessoas colocarem unicamente o seu bem-estar e as suas ideias acima da ética e de todos os outros seres.

"Os dogmas, as crenças, as tradições se arraigam em nossas mentes de tal forma que não aceitamos qualquer coisa diferente daquilo que cremos, não aceitamos sequer discutir a questão. (...) A fé move montanhas. A fé é cega. Tão cega que muitos se matam por um Deus que prega tão só o amor."

Postada originalmente em:
http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/05/resenha-o-eterno-barnes.html
Thaís 01/05/2013minha estante
O livro realmente me surpreendeu pensei que fosse bem diferente do que acabei de ler. Esse livro me lembra a novela das 9 haha cheio de vilões, de gente doido.. enfim. Não sei se realmente o leria mas achei bem louca a história, sua resenha esta muito boa, parabéns :)


Dani 01/05/2013minha estante
Eu fiquei bem interessada porque achei que o livro tem um clima sinistro de O Médico e o Monstro, que nunca li, mas que acredito, em minha mente insana, que deve ser visceral xD


Lua 01/05/2013minha estante
Para nós leitores que nos deparamos sempre com personagens que são imortais fica difícil não questionar como seria se nós fossemos imortais. Li o 1º capitulo desse livro quando você disponibilizou aqui no blog, e fiquei bastante curiosa, apesar não gostar muito quando o livro mostra a realidade e a que ponto o ser humano pode chegar em suas ambições. Ainda quero ter a oportunidade de Lê-lo

ótima resenha. Beijos!


Adriane Rod 03/05/2013minha estante
Eu tive uma conversa com o autor desse livro e o achei super querido e ele é da minha querida Joinville.

Quero comprar esse livro muito em breve.

Adorei a resenha.

;)



Juh 06/05/2013minha estante
Não interessei muito por este livro, quem sabe eu possa até ler e mudar de opinião sobre ele??/!! rsrrsrsrs




Anna 27/05/2013

Resenha no http://pausaparaumcafe.com.br/
O Eterno Barnes é um livro conflitante para mim. No final dessa resenha vamos ter duas notas, mas eu vou explicar.

O livro fala sobre o preço da eternidade, da vida eterna. Tem uma proposta legal, interessante e que motiva a leitura. Você realmente quer descobrir o que acontece e qual é o preço que Dr. Barnes terá que pagar pela sua ousadia de querer ser Deus.

Digo que para mim o livro foi conflitante por que em momento algum consegui sentir alguma afinidade com qualquer personagem da história. Temos muitos personagens com personalidade e caráter não confiáveis. Não são personalidades perfeitas e é um livro onde o Herói não existe.

É uma proposta ousada para um autor iniciante. Então conseguimos sentir falta de algumas coisas no decorrer das páginas. O Dr. Barnes fica divagando muito em seus pensamentos sobre suas atitudes, pesquisas e escolhas e quando simplesmente você não conseguiu com que nada no personagem gerasse alguma empatia com você, não fica tão interessante assim ler seus pensamentos.

O livro tem um final que cumpre a sua proposta e fecha o arco do livro com as respostas que precisavam.



É um livro onde religião e ciência entram em guerra e se confundem ao mesmo tempo. É triste pensar desse jeito, mas realmente conseguimos notar a natureza humana muito presente e próxima ao real no livro e isso é muito interessante.

O livro em muitas vezes tem pesamentos demais que na minha opinião poderiam ter se transformado em diálogos mais interessantes e com discussões que melhorariam o conteúdo do livro.



O autor se saiu muito bem para seu livro de estréia. Cheio de intrigas, mortes e ciência o autor brinca com as crenças do leitor com uma pitada que parece muitas vezes bem pessoal.

O livro é uma edição normal da Novos Talentos da Novo Século, folhas amarelas, uma capa com detalhes em verniz e uma ótima diagramação.



O livro ganha 3 xícaras de café quente em uma sala de hospital escondendo um notebook.

http://pausaparaumcafe.com.br/resenha-o-eterno-barnes-de-salustiano-luiz-de-souza-novos-talentos/
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PorEssasPáginas 29/04/2013

Resenha O Eterno Barnes - Por Essas Páginas
Resenha original publicada no blog Por Essas Páginas: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-o-eterno-barnes

O Eterno Barnes, da Editora Novos Talentos da Literatura Brasileira – selo da Novo Século, chegou às minhas mãos cedido gentilmente pelo autor Salustiano Luiz de Souza para leitura e resenha. Quando li a sinopse e as informações na internet, resolvi que precisava ler esse livro: um cirurgião obcecado pela ideia da imortalidade e arrasado por um câncer devastador descobre como transferir os dados do seu cérebro para outro corpo. Mas estará ele disposto a fazer qualquer coisa por sua descoberta? Bem, é isso que vemos nesse livro. Ou, infelizmente, não.

Comecei a ler cheia de expectativa. O primeiro capítulo parecia promissor. Porém, a cada página e a cada capítulo eu me pegava pensando: o que está acontecendo com essa história?

Explico: a ideia do livro é genial, porém não tão bem executada. O primeiro problema que encontrei foi que quase nenhum personagem é aprofundado o suficiente para que nos afeiçoemos a ele. Digo quase porque ainda tive alguma simpatia pela personagem de Lourdes, que foi bem descrita em alguns capítulos: com essa personagem o autor descreveu seus sonhos, aspirações, sentimentos, pensamentos – pensamentos dela, eu quero dizer, e não pensamentos genéricos.

Mas como assim “pensamentos genéricos”?, vocês me perguntam. Bem, o que acontece em O Eterno Barnes é que todos os personagens parecem pensar da mesma maneira. Há milhares de divagações infinitas sobre o tempo, a vida, a morte, religião e outros assuntos que seriam interessantes se não fossem tão excessivos, repetitivos e longos. E, principalmente, se fossem realizados com os personagens certos. Eu até entendo que Barnes tivesse essa característica meio filosófica… mas não, não entendo que por exemplo a enfermeira Rosemary, que o autor descreve como uma pessoa humilde e simples, fosse filosófica. Também não entendo que a personagem de Tatiana, descrita como uma mulher oportunista, fosse assim. E tampouco entendo que o personagem de James fosse um divagador, afinal, ele é descrito como um jovem extremamente técnico. Todos esses pensamentos profundos na mente de tantos personagens me deu a desagradável impressão de que não eram eles afinal que pensavam aquilo e sim o autor. É claro que um livro tem e muito o pensamento, as crenças e os sentimentos do autor; porém, personagens necessitam de características próprias que os distingam e os tornem reais. Além disso, essas divagações eram longas, cansativas e algumas vezes não acrescentavam nada à história. Eu lia e queria ver alguma coisa acontecendo, porém nada acontecia.

Há um excesso de preocupação do autor em descrever em detalhes objetos e cenários que não acrescentam em nada à história, como o exemplo abaixo, da toalha de mesa, na página 179. Tudo isso poderia ser reduzido, senão pelo autor, certamente pelo revisão da editora, que algumas vezes pareceu fazer vista grossa a vários trechos que pediam para serem revisados, reescritos ou eliminados.

“(…) sentando-se à mesa da cozinha, na qual uma toalha de plástico repousava, com pinturas de morangos e mangas e kiwis cortados ao meio e outra infinidade de frutas tropicais, algumas cortadas e outras inteiras, mas todas brilhantes e todas parecendo convidar a visita a saborear seus sabores.”

E, apesar dessas descrições, a escrita é fria e até mesmo técnica em alguns momentos. Eu não conseguia me ligar aos personagens, sentir com eles, porque na maioria do tempo eles não pareciam sentir. Sobre a parte técnica, há muitas coisas que somente um especialista – médico, profissional de T.I. ou engenheiro – poderia entender. Precisei recorrer tanto ao Google que em dado momento desisti e simplesmente ignorava os termos técnicos. O livro deveria ser de ficção, mas algumas vezes se parecia muito mais com um artigo científico.

No começo, eu ficava feliz quando via uma citação a algum livro ou autor. Depois, isso se tornou estafante. As citações chegavam a aparecer duas ou três vezes por página, um excesso que era agravado pelo fato de elas não se encaixarem ao contexto da história. Quando uma citação é colocada em um livro, ela pode ser inserida de diversas maneiras: colocá-la no pensamento de um personagem é uma delas, porém, utilizar-se dessa tática todo o tempo remove qualquer efeito que você tente passar com aquela citação. Posso estar equivocada, porém, aprecio muito mais as citações sutis, principalmente quando inseridas em diálogos ou despretensiosamente em alguma descrição. Citações utilizando aspas somente lá no começo do livro, próximas à dedicatória e ao índice.

Porém, mesmo com tudo isso, prossegui com a leitura, querendo entender até onde a obsessão de Barnes o conduziria. Queria saber o que aconteceria com ele quando transplantasse seus dados para o cérebro de outra pessoa. E realmente soube, porém, quando chegamos a esse ponto da história, há um capítulo descrevendo o que acontece com Barnes e depois… nada mais. O enredo se perde em tramas conspiratórias e investigações policiais envolvendo outros personagens, enquanto a história de Barnes que, afinal, era o protagonista, é relegada a segundo plano e retomada apenas nos parágrafos finais, com um desfecho que deixou a desejar. Na realidade, de tudo, foi isso o que mais me decepcionou.

Não encontrei muitos erros gramaticais – aliás, o personagem de Barnes chegou a corrigir a gramática de outro personagem em certo momento – porém encontrei sim muitos erros estilísticos que eram obrigação da editora revisar: pouco uso de pontuação, excesso de vírgulas e repetição excessiva de palavras. Encontrei a palavra “estranhos” cinco vezes no mesmo parágrafo, o que é inaceitável em um livro que passou pelas mãos de uma editora, ainda mais por uma editora grande e conceituada como a Novo Século. Quem se envolve no mundo literário e na blogosfera sabe muito bem que o autor investe na edição de um livro por esse selo e, por isso e pelo descaso com os leitores, fiquei decepcionada por esses lapsos da editora. A revisão em alguns pontos foi tão descuidada que encontrei o seguinte trecho na página 212:

“”Hoje em dia, cada um só pensa em si e é difícil encontrar um bom samaritano para pensar em (no caso “pensar” aqui significa curar, então não tem o “em”) nossas feridas (…)”

Posso estar muito enganada, mas o que está entre parêntesis me parece uma observação de revisão. E isso não poderia estar no livro em hipótese alguma.

Foi por todos esses fatores que, apesar de uma premissa interessante e uma história promissora, não consegui gostar de O Eterno Barnes. E não consigo deixar de ser sincera ou atenuar o que senti ao ler o livro: agir de outra maneira seria um desrespeito principalmente ao autor e também a vocês, leitores. Porém, se você gostar de um livro técnico e bastante filosófico, talvez aprecie muito mais a leitura do que eu.

O autor está com uma campanha muito bacana de incentivo a leitura na qual, para cada 100 pessoas que curtirem a página ou compartilharem o booktrailer, um livro será doado para a biblioteca de uma escola. Vamos contribuir e estimular a leitura em nosso país.
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TeLa 09/04/2013

Resenha do Blog Penseira Literária - http://penseiraliteraria.blogspot.com.br
O Eterno Barnes era um livro que eu não sabia muito bem o que esperar. Eu sou fã de histórias de ficção científica, inteligência artificial, Matrix... isso tudo me desperta um enorme interesse e sempre crio expectativas quando a sinopse promete. Com este sentimento e curiosidade logo peguei o livro O Eterno Barnes para ler. Dois dias depois terminei e esperei mais alguns dias pra pegar inspiração e fazer esta resenha.

A premissa do livro é que o renomado Dr. Barnes, após receber a notícia de que está com câncer, começa uma incansável e ultrassecreta pesquisa para eternizar-se. O projeto seria conseguir transformar toda a memória de um ser humano, de uma vida toda em arquivos de computador, arquivos que pudessem depois ser copiados diretamente para o cérebro de outro corpo. Essa era sua intenção e Barnes não mediria esforços para conseguir o feito.

"A vida, buscava apenas a vida, pensava. Não lembrava mais quando começara a maturar aquela idéia, que afinal se tornou obsessão e lhe consumia a maior parte do seu tempo, da sua vida. Interessante como a idéia da vida está intimamente ligada à morte, e tudo depende deste entrelaçamento vida-morte-vida. Para viver precisamos manter a todo instante, seja a carne que matamos para saciar nossa fome, seja a planta que matamos pelo mesmo motivo, pois sempre nos alimentamos da morte, e até mesmo o medicamento que tomamos mata o microorganismo que vive na nossa vida. Triste missão que nos foi confiada, a de tirar a vida dos demais para nos mantermos vivos. Somos os urubus da vida e nos refestelamos com a carniça da morte." Pag. 27

O livro começa meio confuso, Barnes filosofa a respeito da vida, e o tempo que usufruímos entre o nascimento e a morte. Na maior parte do livro o autor levanta questionamentos sobre o tema que são interessantíssimos, até se tornarem cansativos. As situações relevantes à continuidade da história ficam em segundo plano em detrimento destes questionamentos. Resultado é que acompanhamos muito pouco da pesquisa de Barnes, pois logo o médico já consegue "transcrever" pensamentos em arquivos e fica alucinado com o que descobre: os arquivos pensamentos, após serem abertos em um computador ficam cheios de números dançantes que estão sempre mudando de posição numa maravilhosa coreografia embalada por uma melodia celestial. Comparados ao canto da sereia - mortal, os arquivos alucinam e mexem com o psicológico daqueles que experimentam do seu som. E por eles, os personagens de Salustiano são capazes de cometer loucuras.

O livro é narrado em terceira pessoa e os personagens que vão indo e vindo na história tem igual importância. Os capítulos vão se intercalando com histórias paralelas, mas todos estão obsessivos pelos pensamentos e a pesquisa secreta de Barnes. E aí conhecemos James, Tatiana, Rosemary, Dra. Lourdes, Dr. Bruno, Alexandre, Alfredo... todos tendo sua participação na trama bem amarrada e com um final ex-maquina, ou seja, totalmente inesperado, que nos deixa querendo mais e mais. Aliás, Salustiano deixou um final aberto para que o leitor fizesse suas próprias reflexões, mas que ao mesmo tempo, renderia uma continuação de peso. Eu adoraria!!!

Vejam bem, eu gostei do livro, só senti falta de mais história, acho que o livro poderia ter sido bem mais desenvolvido, queria saber mais do final...

Se eu recomendo? Sim, recomendo com certeza, a todos que curtem esse gênero literário.
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Lina DC 14/04/2013

Quando terminei a leitura do livro, precisei de um tempo para poder expressar o que achei da obra do autor Salustiano Luiz de Souza. Através de Barnes, o autor debate um tema sempre presente na humanidade: o medo da morte. Como poderíamos “enganar” a morte? E é nesse contexto que constrói a pesquisa do Dr. Barnes – seria possível transferir as informações que possuímos para outro corpo?
Em alguns momentos, os debates internos do Barnes me lembraram da complexidade do Dr Jekyll e Hyde: momentos de lucidez alternados com loucuras. Outros personagens ganham destaque durante a leitura, alternando os capítulos com os seus anseios e medos. O final do livro foi surpreendente, quando li esse trecho comecei a falar: “O que? Não acredito”.
O livro é reflexivo, boa parte da leitura é baseada nos “devaneios” dos personagens. A minha única crítica ao livro é que as reflexões tornaram o livro um pouco lento. Talvez se houvesse mais diálogos a leitura poderia se tornar mais dinâmica.
Para os leitores fãs do tema, é uma obra recomendada.
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Natalia.Eiras 16/04/2013

Um livro pra refletir o valor de uma vida. - Resenha produzida para o blog Perdidas na Biblioteca
Até onde você iria para escapar da morte?
É exatamente isso que este livro aborda. Barnes é um neurocirurgião que sofre de câncer no estômago, já em estado avançado. Apesar de ser um médico brilhante, sua ética é no mínimo questionável.
Procurando uma alternativa para escapar da morte, ele arquiteta um plano dos mais ousados: transferir suas memórias; sua vida e seus conhecimentos para outro corpo.
Mas como fazer isso? Eu explico.
Seu cérebro emite ondas cerebrais, assim como a voz humana (que emite ondas sonoras) consegue ser transcodificada em uma sequência binária que possibilita que você fale pelo telefone, Skype e tantas outras plataformas de telecomunicações. As suas ondas cerebrais poderiam ser transcodificadas nessa mesma sequência binária (linguagem de computadores) e assim, ser armazenada, transportada, feito o download ou upload de todas as informações contidas no seu cérebro.
Imagine, por exemplo, ter todas as suas memórias; todo o seu conhecimento, em um simples pen drive!
É exatamente essa a teoria do Dr. Barnes. E ele pretende transformar essa teoria em prática.

O livro é bem fino e a história é bem interessante. Como sou formada em Telecomunicações, me identifiquei logo com a história, com todos esses negócios de transferir informações para outro cérebro usando computadores para isso.

Achei interessante o fato do Dr. Barnes ser um brilhante neurocirurgião negro. Convenhamos! A grande maioria dos personagens nos livros são brancos, e quando o personagem principal é negro, ele é normalmente pobre.
Quantos livros vocês já leram onde o personagem principal era negro e rico?
Inclusive, eu encontrei um infográfico na internet que demonstra exatamente isso.
(Para ver o infográfico, acesse www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com.br)

Vocês notaram bem? 7,9% dos personagens são negros, ou seja, ter um livro onde o personagem principal faz parte da minoria já ganha a minha simpatia por sair da mesmice.

Um ponto que algumas pessoas podem considerar positivo e outras negativo é que o personagem passa grande parte do livro filosofando sobre a ética da profissão médica e sobre a vida. Ele cita milhares de referências da literatura, religiosos e pensadores das mais diversas áreas (cientistas, filósofos; psicólogos), levantando a discussão sobre até que ponto existe o certo e o errado.
Ex: Torturar um terrorista é certo ou errado? Se a tortura dele vai possibilitar salvar milhares de vidas, é certo? Mas ele é um ser humano, logo, não deveria ser considerado errado?
Lendo este livro eu me lembrei imediatamente de um clássico da literatura: Frankestein.

Pra quem gosta de uma literatura que traga mais do que uma história, o livro vai agradar em cheio. Mas, pra quem gosta mesmo de saber o que vem em seguida, que não gosta de enrolação, os debates filosóficos do Dr. Barnes podem tornar a história bem monótona.

Outra coisa que gostei do livro é que ele instiga o leitor logo no primeiro capítulo, pois ele utiliza o recurso de começar a contar a história pelo meio. Na verdade, você no início acha que ele esta começando pelo final, mas depois percebe que ainda tem muita história pra contar....

Eu recomendo a leitura pra quem gosta de livros que fazem a gente pensar, e não somente se distrair com a leitura. Se você se encaixa neste grupo... este livro foi feito pra você!
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Bia Rodrigues 25/04/2013

O Eterno Barnes é um livro que eu não sabia muito o que esperar, estava curiosa para ler o livro pois ainda não tinha me aventurado em nenhum livro do gênero então comecei a leitura sem expectativas nenhum, apenas curiosa.

O inicio do livro é meio confusa, e tenho que dizer que não foi uma leitura rápida levei quatro dias para ler o livro. A demorar para ler ele não é porque o livro não me despertou interesse, mas sim porque a cada capitulo que eu lia, eu realmente parava para refletir sobre o que li. O livro tem um teor filosófico que nós faz pensar muito durante a leitura.

O livro tem diversos personagens, e por mais que nosso personagem principal seja o Barnes, os outros recebem o mesmo destaque. O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos são intercalados entre as vidas dos personagens. No livro não a vilão, o autor mostra as pessoas como elas realmente são, como seus pontos positivos e negativos. Gostei disso, o que não gostei com relação aos personagens foi que não consegui sentir empatia por nenhum, e isso fez falta para mim durante a leitura.

Um ponto no livro que muitas pessoas podem não gostar - não é o meu caso - é que boa parte dele conta os pensamentos dos personagens, então alguns podem sentir um pouco a falta de dialogo nesses momentos. Eu gostei do livro conter muitos pensamentos porque vi os conflitos dos personagens, e principalmente do Barnes, em relação a ética e a ciência.

O livro é bom, uma proposta ousada que deu certo. O autor esta de parabéns pela inovação. Uma das coisas que não fazem o livro ganhar cinco estrelas comigo é que acho que alguns detalhes do final poderiam ser mais trabalhados, não que o livro tenha deixado alguma "pergunta sem resposta". Mas senti falta de mais historia sabe.

Mais resenhas: http://pepperlipstick.blogspot.com.br/
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Lelê 30/04/2013

Resenha:
"O Eterno Barnes" vem contar a história do Dr. Barnes, um neurocirurgião famoso por seus feitos na difícil profissão. Ele trabalha em uma Universidade, onde desenvolve sua pesquisa científica que vai mudar de vez sua vida.
Barnes consegue codificar o cérebro. Absurdo? Não pra ele. Mas Barnes não se contenta em copiar os arquivos cerebrais, ele quer muito mais.


"Deus existe realmente? Salvo para poucas
pessoas que questionam, Deus existe e
sequer aceitam a ideia de que alguém
ouse discordar."
Pag. 37


Acometido por uma doença degenerativa, Barnes está convencido de que sua pesquisa pode se tornar real. E ele está decidido a mudar de vida antes que a morte chegue. Para isso ele precisa copiar o seu cérebro e implantá-lo em outra pessoa. E assim viver para sempre.


"Aquelas minúsculas pontas seriam a porta de
entrada do cérebro de Alexandre, seriam o
elo entre duas pessoas, uma conexão com
o divino, fator que fundiria o criador
com sua criatura."
Pag. 101


E aí é que começa o jogo de intrigas e traições, pois Barnes não tem como fazer essa operação sozinho, ele precisa da ajuda de sua namorada Lourdes, uma moça inocente e apaixonada, que faz tudo o que Barnes manda, não sei se por amor ou medo, mas faz.
Barnes também vai precisar do Dr. Bruno. Na verdade ninguém confia em ninguém. Barnes me pareceu o mais traiçoeiro de todos, mas Bruno com seu jeito mansinho, atencioso e com um certo ar de preocupado, esconde uma ambição fenomenal.

Era para ter sido uma leitura rápida, mas não foi isso que aconteceu. O livro é todo carregado de frases que merecem ser interpretadas. O autor usou de filosofia em tudo, desde a descrição dos personagens até os diálogos.

É narrado em terceira pessoa, passando por todos os personagens. O que foi ótimo, pois pude acompanhar o que cada um pensava, acreditava e duvidada.

A diagramação é simples, as páginas são amareladas e super lisas, as letras são grandes e os parágrafos muito bem espaçados.

Gostei bastante da leitura. Me fez refletir muito, e isso ás vezes é bem interessante.

Eu recomendo!!
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Liachristo 01/05/2013

RESENHA - O Eterno Barnes - Salustiano Luiz de Souza - Novo Século - Novos Talentos da Literatura Brasileira
Ao receber o convite do autor, para ler este livro, confesso que fiquei meio receosa de aceitar, pois a história não faz muito o estilo de leitura que gosto e me é habitual.
Mas, como sempre digo a mim mesma... Por que não? Que tal ler alguma coisa diferente e ainda por cima, prestar ajuda a um novo autor?

E foi assim, sem nenhuma expectativa, que resolvi aceitar o desafio de ler esta incrível e diferente história.

O início do livro, foi meio lento, e meio confuso em minha opinião, mas nada que me fizesse desistir de continuar lendo.

O Eterno Barnes, fala da procura pela imortalidade. A Eterna luta do ser humano por uma vida eterna e perfeita, na qual ele possa perpetuar suas ideias, manias e vontades.

Barnes é um médico, um cientista que está com uma doença grave e fatal, e sendo assim ele se convence de que sua pesquisa pode ser realizada e que pode salvar sua vida.
Ele decide realizar este feito, o seu único propósito e sua única luta é em conseguir ser eterno. Ele tem certeza que através de seus estudos e de suas habilidades ele irá conseguir obter êxito.

Barnes é um neurocirurgião famoso e que trabalha em uma Universidade, onde desenvolve sua pesquisa científica e ele não confia em ninguém para ajudá-lo. AQ única pessoa que ele conta um pouco, é com sua namorada Lourdes, que faz tudo que ele quer, e me pareceu muito apaixonada por ele.

A história é contada em terceira pessoa, e temos vários personagens. A maior parte do tempo, ficamos sabendo da história, através dos pensamentos destes personagens. Não temos muito diálogos no livro e senti falta disto.

Mas, chega o dia em que Barnes, se conscientiza que vai precisar da ajuda de algum outro médico, para levar a termo sua pesquisa, e é a partir daí que tudo muda de figura. A partir deste momento, todos os que tem contato com seu projeto, ficam hipinnotizados por ele e a ambição começa a fazer parte de todos, fazendo com que ninguém mais seja confiável, e que nem mesmo Barnes seja imune a um terrível desfecho.

O Eterno Barnes, mescla mistério, suspense, e muita, muita ficção.
O autor soube desenvolver bem seu raciocínio e nos faz viajar pela mente inteligente, sagaz e deveras doentia deste cientista.

E durante a leitura, me vi por diversas vezes, questionando até que ponto alguma coisa poderia ser verdade, poderia vir a acontecer em nossa realidade. Ou seja, até que ponto é válido ter um sonho e querer transformar este sonho em realidade, mesmo que seja, sobre o sofrimento alheio?

Não gostei da capa, mas o livro tem uma boa diagramação, suas páginas são amareladas, as letras estão de bom tamanho e teve uma boa revisão.

Considerações finais: Gostei do livro, mas não se tornou um de meus favoritos. O final deixou um pouco a desejar, eu esperava um outro desfecho. Acho que o livro não irá agradar a todos, a não ser que você goste muito deste gênero de ficção, com grande teor filosófico e de reflexão.

O autor tem um projeto muito interessante: a cada 100 curtidas na página do livro no facebook, uma escola irá recebe um exemplar do livro.
Por isso mãos à obra leitores! Vamos passar por lá e curtir a página!
Bjus
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Thais 05/05/2013

Quando tomei conhecimento da sinopse deste livro, e gentilmente recebi um exemplar em parceria com o autor, estava bem ansiosa pela leitura. Porém no dia em que peguei ele em minhas mãos, decidida a dar incio a leitura, senti um certo medo de que o livro não correspondesse as minhas expectativas, mas respirei fundo e fui em frente.

O livro tem uma capa encantadora, olhando em foto pode até não parecer, mas ao vivo ela reflete um brilho nos detalhes de fundo e na fonte do título.

Barnes é um brilhante médico neurocirurgião, porém de uma índole bem duvidosa. Desde que descobriu seu câncer no estomago, ele vem trabalhando em uma incansável e ultrassecreta pesquisa para se tornar eterno. E como isso seria possível? Transformando toda sua memória em um tipo de arquivo no computador, que pudesse ser de alguma forma copiado diretamente para o cérebro de uma outra pessoa.

Trecho do Livro: Simplesmente, Barnes pretendia copiar um cérebro, transformar os impulsos elétricos ocorridos dentro de uma cabeça em um arquivo de dados e depois implantar esse arquivo de dados em outra cabeça. - Página 31

Seu trabalho e livre acesso em uma conceituada Universidade, facilita para que Barnes dedique toda sua vida a essa pesquisa, de maneira super sigilosa. Sem querer dividir isso com mais ninguém, ele está disposto a ser sua própria cobaia, mas mesmo sem querer, é obrigado a envolver mas duas pessoas nessa loucura. Mesmo assim Barnes não está disposto a deixar nenhum tipo de rastro, e não polpará nada nem ninguém para que saia tudo da sua maneira.

Iniciei essa leitura muito empolgada com a premissa, e até mesmo ...

CONTINUE LENDO A RESENHA: http://amigadaleitora.blogspot.com.br/2013/05/resenha-o-eterno-barnes-novoseculo.html
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Ane Carol 06/05/2013

O Eterno Barnes
Pela sinopse do livro já temos uma ideia de qual será o enredo do livro, mas ele vai bem além disso. O Eterno Barnes traz uma carga filosófica muito grande, nos decorrer das páginas no faz parar e pensar sobre o que realmente importa, a linha tênue que exite entre o certo e o errado, a vida e a morte e o que mais sua mente de deixar pensar. O livro é rico em referências a grandes pensadores e pessoas que marcaram gerações e suas citações que vem a contribuir para o entendimento e a justificativa das ações de alguns personagens.

O Eterno Barnes é um livro curto, apenas 248 páginas, poucos personagens que de alguma maneira estão interligados, porém não consegui sentir afinidade com nenhum personagem, mas consegui enxergar algumas pessoas no modo de conduta de alguns deles.

Um detalhe que faz toda a diferença na leitura e que pode vir a incomodar a alguns é a presença de vários termos técnicos da área da saúde e da informatica que são fundamentais para o entendimento da grandiosidade que era a pesquisa do Dr. Barnes. Mas nada com o que se preocupar pois o autor tentou deixar isso o mais claro possível durante a leitura, até dando algumas definições dos conceitos quando preciso.

Confesso que não sabia muito o que esperar da estória, porque ainda não tinha lido nada em que a eternidade fosse adquirida de uma maneira não sobrenatural, então não tinha grandes expectativas, porém o livro conseguiu me surpreender. A partir da página 100 a leitura flui rapidamente são tantas revelações e acontecimentos que fica difícil largar o livro antes de saber o que realmente aconteceu ou vai acontecer. Gostei do ar conspiratório e a trama policial que se desenvolveu durante toda a estória, sem falar que os capítulos são curtos o que faz com que a leitura flua melhor pelo menos na minha opinião.

Então se você está procurando algo novo, gosta de uma boa conspiração, tecnologia, de uma boa reflexão, enriquecer ser vocabulário e ainda dar um forcinha para a literatura nacional pode apostar no livro O Eterno Barnes que não tem erro, será um experiência enriquecedora.
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Ana Luiza 08/05/2013

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
Barnes é um inteligente e renomado neurocirurgião que dedica seus últimos esforços para o projeto de sua vida. Diagnosticado com câncer no estômago, o médico ignora qualquer tipo de tratamento e concentra sua total atenção naquilo que, além de livrá-lo do corpo doente, o tornará imortal. Barnes busca um modo de transferir a mente, as memórias, os sentimentos – tudo o que nos torna nós mesmos – para um computador e, em seguida, para outro ser humano. Se conseguisse seu intento, o médico se tornaria imortal, já que, toda vez que ficasse doente ou velho, poderia se transferir, por assim dizer, para outro corpo.

“Na cabeça Barnes, agora seu projeto estava muito claro. Buscava a eternidade e cada vez mais encontravam os meios de conseguir encontrá-la. Era um alquimista e iria em busca de sua pedra filosofal.” (Pág. 29)

Usando os materiais disponíveis no hospital onde trabalha e sem qualquer tipo de ajuda, Barnes segue, cada vez mais animado, com sua pesquisa. Mas, por mais que esteja colhendo bons resultados, o médico tem um longo caminho pelo frente. Ao conseguir descobrir um método de transferir os dados de um cérebro para um computador, Barnes contrata um jovem professor da área de engenharia, James, para ajudá-lo a descobrir um modo de copiar e até mesmo alterar tais arquivos.
Quando James começa a entender e conseguir manipular os arquivos que Barnes lhe deu, o médico percebe o quão perigoso é dividir suas descobertas com alguém. Interessado apenas em seu próprio benefício, Barnes resolve seguir caminhos cada vez mais obscuros quando James percebe a importância dos arquivos que tem em mãos. Maravilhado com aqueles códigos que emitem um som divino, James fica intrigado quando Barnes o tira do projeto. Com uma cópia dos arquivos em mãos, o jovem conta a namorada, Tatiana, sobre Barnes , seu misterioso projeto e seu desejo de confrontá-lo em busca da verdade. James quer saber as origens de tais arquivos e o motivo do médico esconder descobertas que podem mudar a humanidade.
Ao saber da misteriosa pesquisa de Barnes, Tatiana acaba se envolvendo na história, já pensando no que ganharia com isso tudo. A oportunista conta a seu amante, Bruno, sobre o caso. Médico, colega de Barnes e também oportunista, Bruno consegue tomar os arquivos de Tatiana, cada vez mais curioso com o que o colega estaria aprontando. Outra envolvida na história é Lourdes, uma também médica e namorada de longa data do Barnes. A mulher resiste de início, ao saber do ambicioso projeto do amante, mas, por amor, acaba concordando em ajudá-lo.

"Aquelas minúsculas pontas seriam a porta de entrada do cérebro de Alexandre, seriam o elo entre duas pessoas, uma conexão com o divino, fator que fundiria o criador com sua criatura." (Pág. 101)

Ao mesmo tempo em que tenta lidar com James e a resistência de Lourdes, Barnes continua suas pesquisas. Cada vez mais ansioso por deixar seu corpo doente, o médico escolhe Alexandre, um jovem paciente do hospital, que está em coma, para ser seu próximo corpo. Como está correndo contra o tempo, Barnes ignora testes importantes e qualquer tipo de moralidade, e decide fazer logo o procedimento que o fara deixar o corpo doente e acordar no corpo de Alexandre. Entretanto, por ser algo jamais feito, o médico não sabe se realmente acordará no corpo do outro ou mesmo se o procedimento funcionará como ele imagina. Mas, Barnes não tem mais nada a perder e segue com seus planos, mesmo que para isso tenha que cometer atrocidades para tirar todos de seu caminho e conseguir o que quer. Mas ele não é o único disposto a tudo.

“Eu sou alfa e ômega, o princípio e o fim, eu apenas sou e estou e a música era por demais divina.” (Pág. 162)

“O Eterno Barnes” traz uma história sobre ambição, onde os personagens ultrapassam os limites éticos e morais para alcançar um dos maiores sonhos da humanidade: a imortalidade. Em meio a reflexões sobre a vida, morte, ética e as tantas outras complexidades que envolvem a sociedade e vida humana, o autor nos envolve logo em sua trama completa e bem amarrada. Desenvolvida na terceira pessoa, a narração é objetiva e simples, mas clara, que transmite com perfeição a complexidade dos personagens, revelando seus sentimentos e pensamentos mais obscuros.
Cada personagem possui suas características próprias e lugar na trama. Todos foram bem aproveitados e mostraram tudo de si. Barnes é um médico inteligente e talentoso, mas cego por sua ambição e vontade de conseguir seus intentos. James é um rapaz também muito inteligente e talentoso na área de engenharia, mas, mesmo que almeje os lucros de uma grande descoberta, pensa primeiramente nos avanços que ela pode trazer. Lourdes é uma pessoa boa e religiosa, mas que renega seus princípios em nome do amor. Diferentemente de James e Lourdes, Tatiana e Bruno são dois oportunistas, só que ele está disposto a ir muito mais longe do que ela.
A editora fez um maravilhoso trabalho com o livro. A diagramação estava perfeita e não encontrei nenhum erro. O tamanho da fonte e as páginas cor de creme deixaram a leitura menos cansativa. A capa simples e colorida é divina e combina com a história. Os pequenos desenhos ao fundo, que lembram cadeias de neurônios ou células, assim como o título, estão em relevo. E como a Telma, do Livro com Dieta, bem disse, as duas mãos remetem ao quadro “A Criação de Adão” de Michelangelo.
“O Eterno Barnes” me lembrou bons filmes de suspense, onde a história se desenrola de forma rápida, cada cena e acontecimento se ligando ao outro de forma natural e nos deixando loucos pelo que vem a seguir. Já todos os aspectos médicos da trama me remeteram as histórias de ficção científica, apesar de alguns serem um pouco complexos, é perfeitamente possível entender a história. Com uma edição maravilhosa e trama bem feita, “O Eterno Barnes” nos entretêm ao mesmo tempo em que nos faz refletir juntamente com os personagens, colocando-nos em seu lugar. Todos nós possuímos o desejo de viver para sempre, ou pelo menos viver muito, mas até onde iriamos para realizar esse desejo? Qual é o limite entre certo e errado quando se está tão perto do que tanto se busca?
Recomendo o livro para todos, principalmente amantes de uma boa história que também nos faz refletir. Agradeço ao Salustiano pela oportunidade de ler sua obra, o parabenizo pelo maravilho trabalho e desejo sucesso em trabalho futuros. Realmente esperto ter oportunidade de ler mais histórias suas.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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Simony 09/05/2013

O Eterno Barnes
Dr° Barnes, referencia em grandes cirurgias, um brilhante neurocirurgião queria ser lembrado através dos tempos por feitos grandiosos, não bastava que seus genes fossem perpetuados através de suas gerações, acometido por uma grave doença com pouco tempo de vida, precisava fazer algo que pudesse mudar este quadro. Para ele nada mais importava, a ética profissional, as vidas de outras pessoas, o certo e o errado não tinham distinção, afinal, os fins justificam os meios. Ele conseguiu o que mais ninguém antes tinha conseguido, transportar para um drive as memórias e conhecimentos de um cérebro, para logo ser posto em outro corpo, um corpo mais jovem, sadio, não o dele que já estava deteriorado. Mas não poderia confiar sua descoberta a ninguém, a divulgação estava fora de cogitação, ele, e apenas ele foi responsável por sua criação, afinal, ele seria um deus, eterno, o Eterno Barnes.
Aquela melodia, a dança e a sintonia cerebral o tinha hipnotizado de tal forma que matar não se tornaria um problema, estava totalmente corrompido pela idéia de predominar pela eternidade. Outros depois dele pensariam da mesma forma. Muitas mortes, um mistério no ar, quem poderia imaginar?
Em qualquer mãos que caíssem a pequisa a cerca da eternidade, logo a obsessão surgia, e as mortes aconteciam, a obsessão tomava conta, todos querendo seu lugar ao sol. Até onde estamos dispostos a ir para tornarmos eternos? o que estamos dispostos a fazer para vivermos para sempre?

"Não vemos o mundo como vemos, mas vemos o mundo como somos."

Noossa! Que livro! estou sem palavras para descrever, fui transportada para um mundo muito diferente do que estou acostumada. O Eterno Barnes me levou a conhecer e pensar sobre a eternidade vivida em corpos diferentes e descartados, por pura ganancia, mas, conheci também a eternidade pelo ponto de vista do James, ele bem puro, pensava apenas no bem da humanidade.
Fiquei impressionada com o Dr° Bruno, sem escrúpulos é verdade, mas, um brilhante médico, bem esperto mesmo, até sabia como hipnotizar uma pessoa, uau! Mas, quem sofreu mesmo foi o coitado do Alexandre, morri de pena por ele, ainda mais sendo tão bonitinho... aiai...
A Rosemery é bem engraçada, mas confesso que quase pensei como ela também...rsrsr.
O Eterno Barnes está mais que recomendado, é um livro que apesar de um tema bem científico, foi escrito de uma forma fácil de entender, bem ficção mesmo, muito legal!
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