A Costureira

A Costureira Kate Alcott




Resenhas - A Costureira


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MILA 20/04/2013

O livro A Costureira é quase uma relíquia histórica, pois quem é fascinado pela história do Titanic irá amar. Diferente da velha história de Rose DeWitt e Jack Dawson que conhecemos pela obra de James Cameron, este livro ganha enfoque no inquérito do desastre, nele acompanhamos a dura realidade de famílias desfeitas, de mulheres que resolveram morrer ao lado de seus maridos a viver sem eles, conhecemos a escassez dos botes, da inexperiência dos marinheiros, da falta de ferramentas.

Tess é uma jovem que está inconformada com sua vida, seu trabalho que não é reconhecido, uma empregada que sonha em ser estilista da alta costura, eximia costureira e com o sonho de mudar de vida, parte rumo ao Titanic.

Lady Duff Gordon, estilista de renome, se sente traída quando descobre por seu marido que sua empregada não irá a bordo do Titanic.

Tess está desesperada, pois ninguém quer lhe dar emprego, quando ela chega a Lady Duff e a reconhece percebe aí sua grande chance e não liga se para isso tenha que trabalhar como empregada de Lady Duff. Mesmo temerosa Lady Duff dá o cargo para Tess e juntas vão se conhecendo aos poucos.

Tess com a convivência diária, acaba por perceber que Lady Duff não é o que parece, embora seja uma boa pessoa, ela não mede esforços para que seus planos saem como o planejado.

O romance é leve, muito leve e apesar de Tess ser uma mulher simples e humilde, ela tem suas convicções, sabe o que é certo e está disposta a não desviar de seu caminho e realizar seu grande sonho de ser estilista.

Os personagens são muito bem construídos, cada um tem seu igual valor e alguns chegam a roubar a cena, sinto como se não houvesse protagonista e sim vários protagonistas e suas belas lições de vida.

Nota máxima para Pink, mulher corajosa, excepcional, jornalista, íntegra, quase uma detetive.

Jim e Jack, ambos apaixonados por Tess, fazem parte de mundos diferentes. Jim um marinheiro simpático, trabalhador digno.

Jack Bremerton, um homem bondoso, corajoso e da alta sociedade.

Tragédia, Acusações.. Suborno? Suicídio...

Um ótimo livro que ganha cinco estrelas pela excelente narrativa e uma ótima história.

A Geração Editorial fez um ótimo trabalho, a capa é belíssima e a diagramação está perfeita.
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Liachristo 21/04/2013

RESENHA - A Costureira - Kate Alcott - Geração Editorial
O livro conta a história de Tess Collins, em sua luta para mudar de vida e transformar o seu destino. A história se passa no ano de 1912, e tem como pano de fundo o naufrágio do Titanic.

A autora colocou no livro, vários fatos reais que aconteceram durante a época do naufrágio. Todo o desespero, a dor e todo os acontecimentos que se tem conhecimento de terem ocorrido no navio, naquele trágico e triste acidente.

Tess, é uma jovem inglesa, nascida e criada no interior e que desde cedo aprendeu a costurar com sua mãe. Foi de sua mãe também, que ela teve os primeiros conselhos, para correr atrás de seus sonhos, e para lutar por uma vida melhor. Foi sua mãe quem lhe ensinou a nunca se rebaixar, e nunca deixar de tentar encontrar o seu lugar ao Sol.

Logo que tem oportunidade, ela sai de casa para trabalhar, e o livro começa com ela trabalhando em Cherbourg (França), onde infelizmente não é bem sucedida, e só consegue trabalhos de limpeza, onde ainda por cima tem que aturar as mãos bobas do filho de sua patroa. É então, que ela resolve mudar o seu destino e abandona tudo, para embarcar naquela que seria a maior aventura de sua vida.

Preciso dizer, que a personagem Tess, é muito cativante, e nos faz torcer por ela. Ficamos o tempo todo querendo que ela saia vitoriosa de toda esta história.

Ao tomar a decisão de ir embora de seu emprego, e se aventurar em um novo País, Tess Collins vai para o cais de Cherbourg, onde tem um navio que está breve a zarpar. Ela tem a ideia de conseguir um emprego de camareira ou qualquer coisa assim, e desta maneira conseguir chegar ao Estados Unidos.

E aí, que acidentalmente ela se depara com uma talentosa e famosa estilista da época a incomparável Lucile Duff Gordon. Lucille, está em apuros pois a garota que tinha contratado para acompanhá-la em sua viagem como sua criada pessoal, não aparece e esta é toda a oportunidade que Tess estava esperando.

A partir daí, Tess consegue embarcar no Titanic, e lá se depara e se deslumbra com todo aquele glamour da vida dos ricos, mas também tem vislumbres da classe mais pobre, e se sente dividida entre estes dois mundos.

É no navio que Tess fica conhecendo dois homens, Jim e Jack Bremerton que farão parte de seu futuro e que a fará ter que tomar uma das decisões mais difíceis de sua vida.

A maior parte do desenvolvimento da história e dos personagens, acontece depois do naufrágio, quando cada pessoa deve lidar com as conseqüências de suas ações naquela noite fatídica.

Dentre todos os personagens deste livro, os que mais me chamaram a atenção foram Tess, Jim e Lucille. Os três são muito diferentes. Tess é dotada de bom caráter, mas sua ingenuidade a faz parecer tola e fraca no início, o que me fez sentir pena dela.
Jim, por outro lado, é um personagem forte, que sabe o que é o errado das coisas, e sempre faz o que é certo, mesmo que isso o prejudique de alguma maneira. Ele é o tipo de personagem que nos faz se sentir seguros e com a certeza de que ele vai fazer o que é necessário para que as coisas fiquem direitas.
Lucile é um pouco mais difícil de gostar. Ela só conseguiu me inspirar um sentimento, que foi de desgosto, especialmente quando ela tenta manipular Tess. Sua idéia de certo e errado é distorcido, e sempre em seu favor.

Pinky é uma personagem estranha. Eu gosto dela, mas as vezes ela toma certas atitudes, que nos deixa confusos. Como se não quisesse que Tess e Lucille, consigam deixar os eventos daquela noite no Titanic, para trás...
Eu sei que a vida dela não é fácil. Além de lidar com seu trabalho de repórter no Times, seu pai doente e a constante falta de dinheiro. No início, eu não achava que ela tivesse uma consciência, mas então ela faz o que pode para ajudar Tess e Jim. Ela acaba ficando amiga de Tess, e acho que também se apaixona por Jim, mas percebe que não teria uma chance com ele. Pinky parece não se importar com ninguém, e então ela me surpreende por se apaixonar. São os personagens assim que agem de forma inesperada que acabam por deixar em nós a impressão mais duradoura.

O que posso dizer, é que este livro é tão diferente de muitos que eu já li. Há muitos livros que nos fazem olhar para o conceito de moralidade a partir de diferentes perspectivas.
A Costureira é assim, nos faz olhar a moralidade, mas nos leva um passo mais longe. Ele faz o leitor se questionar. Você pode condenar alguém por tomar uma decisão em uma situação de risco de vida? Você pode argumentar, que de alguma maneira você não teria feito o mesmo ou tomado a mesma decisão? Durante a leitura me vi constantemente questionando se ou não. Eu seria capaz de ficar com minhas crenças como Jim fez ou eu iria perder toda a aparência de moralidade em face da morte?
Como eu reagiria numa situação assim? Eu agiria como Tess, Jim, ou Lucile?
Eu gostaria de pensar, que naquela noite no Titanic, eu iria reagir como Jim ou como Tess. Pois, para mim ambos são admiráveis, embora de maneiras diferentes.

Existe uma resposta certa? Eu percebi que a moralidade não é uma simples questão de certo e errado e que não importa qual é a situação, você não pode julgar o que a outra pessoa decidiu, porque você não sabe o que a pessoa estava sentindo. Você não estava lá, então nunca terá como saber, se faria diferente.

Bjus
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Escuta Essa 21/04/2013

Resenha – A Costureira, de Kate Alcott
Tess é uma boa costureira, que abandona o seu trabalho de arrumadeira e consegue num último momento, antes de todos embarcarem no Titanic, um emprego de secretária pessoal da famosa estilista lady Duff Gordon. O que parecia ser uma viagem de sonhos, se torna uma tragédia marítima que vai fazer parte para sempre da vida de todos os sobreviventes. Acompanhamos através desses personagens o que aconteceu antes, durante e depois do naufrágio, mesclando ficção com fatos históricos.

Em um primeiro momento quando descobri que o livro teria como a trama de fundo o naufrágio do Titanic, não gostei muito, porque esse tema já foi muito abordado e achei que a escritora poderia ter criado uma situação diferente, mesmo assim investi na leitura e digo para vocês que me surpreendi!

Nessa trama não temos aquela sensação de querer chegar ao final correndo, mas as páginas vão passando rapidamente e nos envolvemos com os personagens, com as situações, observando seus escolhas e nos emocionando.

Uma leitura que mistura romance, tragédia, escolhas, superação e mostra um pouco da libertação feminina na época.

Os personagens são muito interessantes, ficamos sabendo um pouco sobre a vida de cada um deles, suas atitudes e como cada um vai agir diante de cada situação. Em certos momentos nossos sentimentos ficam como em uma montanha russa com a atitude de cada um deles, torcemos para que certas coisas aconteçam e outras não.

Em um dado momento do livro não gostei da escolha que a personagem principal fez, mas depois achei que ela foi até corajosa, teve garra e iniciativa. Imaginei um final diferente, mais libertador, mas feminista, mas não foi o caso, mas nem por isso a obra deixa de ser maravilhosa.

As personagens femininas não são mulheres submissas que aceitam as suas vidas como são, elas trabalham, arriscam, enfrentam o mundo masculino de frente e lutam por seus direitos. Temos uma estilista que ainda acredita e se baseia no poder da aristocracia; uma jornalista e uma costureira que são independentes e revolucionárias, e uma romancista que é uma mistura das três.

Kate Alcott possui uma escrita maravilhosa e seu livro foi me conquistando aos poucos, me surpreendeu e emocionou, principalmente quando personagem principal, Tess, lê a carta da mãe (podem ficar tranquilos, que não é spoiler).

Gostei muitíssimo de saber que alguns dos personagens são reais e que realmente algumas situações aconteceram.

Leia mais sobre a resenha de "A Costureira" em...
http://bit.ly/11YZzGH

Te espero lá ;) Deixe seu comentário, vou adorar retribuir :)

Renata do blog Escuta Essa
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Fulana Leitora 22/04/2013

Resenha feita por Kezia Martins para o blog Fulana Leitora: http://fulanaleitora.blogspot.com.br/2013/04/resenha-costureira-kate-alcott.html
A Costureira chega com toda a pompa retratando um dos cenários mais conhecidos do cinema, o Titanic, e não decepciona. O sucesso da história se dá à despretensão, ousadia e veracidade de Kate Alcott, ao retratar, de uma forma totalmente diferente da que conhecemos, tal história célebre. Saímos da romântica e dramática história de Rose e Jack para conhecer uma jovem audaciosa e seu sonho.

Tess Collins, uma jovem empregada ambiciosa e determinada, cansada de ser sujeitada e humilhada por sua posição, decide largar tudo e correr atrás de seu sonho, se tornar uma grande estilista. Tess parte rumo ao Titanic na esperança de um futuro melhor nos EUA, ela consegue embarcar graças à lady Duff Gordon, uma famosa estilista e objeto de sua admiração, que a contrata como empregada pessoal. Mas o que Tess realmente quer não é carregar bandejas e xícaras de chá, ela quer sua chance de mostrar o que ela pode ser, uma estilista de sucesso tal lady Duff. O que Tess não esperava era que seu futuro estava prestes a afundar, literalmente.

A vida de Tess muda assustadoramente; não só por ser uma das sobreviventes de um dos maiores desastres já visto, mas por todos os escândalos, mentiras e conflitos que permeiam a vida de Lady Duff. Tess idolatrava Lady Duff com tal reverência, imaginando sua vida como um sonho perfeito, mas o que ela não imaginava era que, por trás dessa ilusão, só existia ganância, mesquinharia, e pessoas que se preocupam apenas consigo mesmas e que fariam qualquer coisa para manter as aparências. E Tess não poderia se imaginar em meio a tantos conflitos. Sua lealdade deveria ser à Lady Duff, que poderia lhe ensinar tudo o que sempre quis, ou à verdade? Seu amor deveria ser ao poderoso homem que lhe fez juras e a promessa de abrir todas as portas para seu futuro, ou ao simples marinheiro que só poderia lhe prometer seu amor?

Eu não poderia deixar de dizer: "Eu amo os personagens secundários." Lucile, irmã de Lady Duff, é puro egocentrismo, e, por baixo dele, existe uma camada de bondade e amor pela irmã. Pinky é, de longe, a minha personagem favorita. Uma jornalista que não tem medo de dar a cara a tapa e não se deixa oprimir por ninguém; mesmo naquela época quando era tão difícil para as mulheres serem respeitadas, ainda mais fazendo um trabalho 'de homem'. Cada personagem contribuiu para a construção dessa bela história.

A diagramação do livro é impecável, um trabalho muito delicado, tal as rendas e tecidos tão bem retratados nessa história. A capa retrata com exatidão toda a pompa, audácia e elegância que o livro transmite, deixando o leitor ainda mais conectado com a história.
Ultimamente eu tenho visto que a maioria dos livros são séries ou trilogias, e sempre reclamo desse fato. Mas, no caso desse livro, eu adoraria que tivesse uma continuação *-*
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Camille 29/04/2013

http://beletristas.com/resenha-a-costureira
A Costureira já tinha me despertado o interesse quando soube da história: será que seria possível não se apaixonar por um livro cujo background é nada menos que o Titanic? Quem se interessa um pouco além da história de Jack e Rose (que não, não estão no livro), e pensa em todo glamour da época, tudo que o navio significava e tudo que a tragédia dele gerou, com certeza vai se apaixonar pela história de Tess.

Tess Collins é uma empregada que carregava desde cedo o sonho de ser costureira. Sempre às ordens da classe A britânica, ela, em um impulso repleto de coragem, quebra o vínculo com a senhora que a emprega para partir junto ao navio mais falado de todos os tempos. O Titanic rumava para a terra das oportunidades: os Estados Unidos de Henry Ford e do movimento feminista.

Por um golpe de sorte, ela se vê encarando a admirável Lucile Duff Gordon, uma estilista extremamente conhecida – e valorizada – por seus vestidos incríveis com nomes estranhos e poéticos. Quando nota, já está falando diretamente com lady Duff Gordon, citando todas as qualidades que a tornam a pessoa certa para o emprego. Após observar um pequeno trabalho de Tess, Lucy se vê aceitando que a menina seja sua empregada.

Todavia os planos vão além de servir chás ou cafés, a jovem tem talento para desenhar (atenção pela preferência da palavra) roupas, e quem melhor que a conhecida e inabalável Lucile para ser sua mentora? O que nenhuma das duas esperavam, entretanto, é que quatro dias após zarpar, exatamente dia 14 de abril de 1912, o Titanic fosse colidir com um iceberg.

“Havia testemunhas e contradições demais; aquilo a deixara irritada. Um curtidor de couro dissera que os tripulantes haviam atirado para cima para impedir que os homens em pânico lotassem os botes, e um clérigo do Brooklyn insistira que houve completo decoro no navio, que não houve nenhum pânico.”
— Página 217

A viagem dos sonhos no navio que jamais afundaria encontra seu trágico fim, repleto de pessoas gritando em desespero, botes nem perto de serem suficientes para salvar todas as pessoas e o puro medo, envolto numa música às vezes animada tocada por homens que conheciam, e talvez até aceitassem, seu fim. Uma mistura de silêncio e barulho tornam a noite de mar calmo muito mais sombria, os gritos congelando e sendo levados para o fundo as águas. Crianças, homens, mulheres, esperanças, histórias, vidas sendo levadas para sempre.

A situação nunca é ruim o suficiente: o inquérito aberto nos EUA leva Lucile ao desgaste extremo, com uma provável decadência em suas mãos devido ao ocorrido no bote número um. Tess é fiel, mas quer saber em quem acreditar quando as versões colidem, o medo e o desespero se transformam em mentiras. O que de fato aconteceu no bote número um? O que levou o Titanic a afundar? Por que não haviam botes suficientes? Por que apenas um bote voltou para buscar sobreviventes? Quem eram os meninos salvos? Quem é Jim e Jack, e o que eles significam verdadeiramente para Tess?

“- Tess, tem tanta coisa que quero lhe dizer. – Ele falava depressa de novo. – A única coisa em que tenho pensado há dias é em construir uma vida nova neste país com você.”
— Página 281

Kate Alcott, pseudônimo da jornalista Patricia O’Brien, nos leva a 1912 para viver de perto a glória e a decadência das classes rígidas britânicas ao entrarem em contato com a liberdade estadunidense, o inquérito que se seguiu ao naufrágio mais comentado ha história. É impossível não se emocionar com os acontecimentos tanto quanto é impossível largar o livro quando se começa a ler.

A Costureira é daqueles livros que não sentimos as páginas passarem, abrimos na página 10 e logo estamos na 50, tão envolvidos que queremos ler o dobro disso antes de fazer qualquer coisa. Os personagens tão bem caracterizados são desenvolvidos a ponto de entendermos que não há ninguém exatamente bom ou mal, que a situação forma a pessoa, moldando-a sem que ela tenha tempo de pensar se seria ético ou não, certo ou errado, crime ou apenas desespero.

Quais pessoas podemos chamar realmente de heróis? Não só no livro, mas na vida em geral. As situações extremamente humanas nos mostram a reação de cada um, e o poder de julgamento duvidoso de quem não estava vivendo aquele momento. E como estas pessoas vão decidir o destino de inúmeras outras.

É incrível como Kate consegue explorar o clima extremamente tenso e, ainda assim, envolver o amor de forma tão inocente e carinhosa. Com tais características, qualquer erro – porque, sim, há alguns erros de digitação e, aos olhos mais atentos, até uma ou outra frase meio destoante para a época – passa a não ter tanto valor, se é que diante disso tudo podemos dizer que eles têm algum valor. Vale a pena ter na estante, reler em algum momento, pelas reflexões com as quais nos deparamos nas entrelinhas.
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Silvia 10/08/2014

Muito bom!
Gostei da leitura! Tudo que diz respeito ao naufrágio do Titanic me desperta algo...um fascínio. Um grande navio, que segundo os construtores nem "Deus afunda", este trágico acidente foi um tapa para a sociedade dá época, onde a burguesia exercia seu total poder. Depois desta tragédia o mundo viu quanto a classe alta era totalmente egoísta e quantas pessoas poderiam ter sido salvas. O livro também nos presenteia com os inquéritos da época, claro que não ouve prisões e sim "bodes expiatórios", ou seja mais uma vergonha exposta nos anais da história.

Gostei da Tess e da sua coragem de enfrentar uma sociedade que não valorizava as mulheres, principalmente das classes baixas; em uma época em que as mulheres não tinham nem o direito de votar, e de escolher o rumo da própria vida. Graças a estas mulheres que foram corajosas e à frente do seu tempo, chegamos a onde chegamos, mas ainda falta muito, mas chegaremos lá.

Muito bom o livro, li e indico!
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Jéssica 21/05/2013

A Costureira: uma surpresa realmente boa
Uma das melhores leituras do ano, é assim que eu começo definindo a leitura saborosa de "A Costureira", da americana Kate Alcott.

Confesso que o livro acabou indo para um lado da história que eu não imaginei. Pensei que lidaria com uma história clichê, que envolveria um amor impossível que, certamente, afundaria com o Titanic. Fiquei imensamente feliz quando percebi que estava errada. Felizmente, "A Costureira" não é apenas uma capa bonita.

A história, ao contrário do que se dá a entender, se inicia verdadeiramente após o náufrago do Titanic. Uma série de conflitos políticos e familiares explodem após a imprensa descobrir que um dos botes salva-vidas estava bem abaixo da capacidade que poderia suportar. Lady Duff Gordon, uma das estilistas mais célebres do mundo, acaba se vendo no olho desse furacão, e Tess Collins, sua secretária particular, acaba se envolvendo em dilemas que ela nunca pensou viver.

No decorrer das páginas, Tess se vê presa em escolhas que precisa fazer - e que não tem tempo de refletir. Até que ponto vale a pena ser fiel a alguém? Um sonho vale todo e qualquer esforço? Qual é a verdadeira face dos fatos que ocorreram a bordo do bote desmontável em que Lady Duff esteve a bordo naquela fatídica noite de abril? O que é verdade e o que é mentira? São inúmeros os questionamentos, mas são poucas as respostas.

Os problemas de Lady Duff acabam se tornando os de Tess e ela, como se já não estivesse confusa o suficiente, ainda acaba tendo o seu coração dividido pelo amor de dois homens que ela não consegue escolher.

As cenas românticas, realmente, são bastante escassas. Se você pensa que vai encontrar nesse livro uma história de amor semelhante a Jack e Rose, do filme de James Cameron em 1997, sugiro que nem o pegue nas mãos, pois irá se decepcionar, afinal, a trama construída por Alcott é muito mais profunda. A escritora acaba se aventurando pelo espírito humano, o que, no decorrer das leitura, nos faz perceber o quanto a nossa espécie pode ser cruel e egoísta.

É muito difícil eu me apaixonar pelas protagonistas, mas Tess conseguiu esse feito. Ela é uma mulher de fibra, que não se deixa humilhar e que luta pelo que quer sem tentar se impor a ninguém. Uma mocinha como a tempos eu não via. Uma mocinha humana, que fere corações e faz escolhas erradas. Outra personagem que me marcou muito foi a jornalista Pinky, outra mulher forte e que prima, acima de tudo, a verdade dos fatos. As duas são a minha dupla de personagens favoritas desse livro..

Com capítulos curtos, "A Costureira" tem uma leitura rápida, gostosa e fluída. A escrita de Alcott me impressionou muito também. Cada vez que ela falava dos tecidos - da beleza das rendas e da suavidade da seda - eu conseguia sentir as peças de pano deslizando pelos meus dedos, como se aquilo realmente fosse real. Certamente, se Kate Alcott publicar outros livros, eu os lerei apenas pela veracidade que ela consegue empregar nas palavras que usa.

O único problema que encontrei foi na revisão. Achei algumas frases sem sentido e erros de digitação que acabaram me desconcentrando. A editora pecou um pouco nesse quesito.

No mais, o livro é maravilhoso. E se tornou um dos meus favoritos.

Resenha publicada no blog As Estórias da Carter: http://estoriasdacarter.blogspot.com.br/2013/05/resenha-costureira-kate-alcott.html
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Gil 26/05/2013

Quando eu vi esse livro no face da editora Geração, foi o suficiente para me deixar com água nos olhos rs (vontade de ler rs). O livro conta a história de Tess Collins, uma costureira que sonha mais do que só limpar mesas e costurar sem receber muito. E quando surge a oportunidade, ela aproveita. Pouco antes do grandioso navio RMS TITANIC zarpar, ela conhece e se oferece como empregada da tão famosa estilista (e real) Lady Duff-Gordon (Lucile). No navio, ela conhece duas pessoas que vão fazer parte do circulo da história, Jim e Jack (mas não o nosso Jack Di Caprio rs). E então na madrugada do dia 15 de Abril de 1912, deu-se a catástrofe, não vou entrar em detalhes, já que a discussão central do livro, não é sobre isso em si, mas sim o após. Como assim? Bom, algumas pessoas se salvam através dos botes insuficientes, Tess, Sra Brown, que estavam em um bote e Lady Duff e seu marido Sir Cosmos, Jim, em outro. Após o resgate, já em NY, as investigações são feitas e surgem especulações do porquê, o bote dos Duff Gordon, estava praticamente vazio, algo havia acontecido no bote.

Porque diante de tantas pessoas morrendo, um bote sai praticamente vazio? E porque só um voltou? Os depoimentos eram públicos, e claro que surgiam controversas entre os depoimentos das pessoas do bote vazio. E quem melhor do que Pink, a jornalista para ir buscando essas respostas por si mesma? Temos Tess, que já trabalha no ateliê de Lady Duff, sempre se mantendo leal, mas ao mesmo tempo, depois do depoimento de Jim, em quem acreditar? E em meio a isso tudo, ela ainda está trabalhando no desfile de Lady Duff. Então os escândalos vão surgindo e Tess tem que decidir, entre a verdade ou viver seu sonho.

A Kate Alcott trouxe uma história antiga, conhecida, mas com um enredo instigante, que faz parar e pensar além do naufrágio. O que eu conheço da história é que vi no filme( e que não fala nada sobre isso). Já que estas investigações foram reais, os personagens são reais, talvez exceto a Tess, uma costureira, mas Lady Duff tinha uma secretária que também sobreviveu, acho que a autora usou esse engate para criar a história, enfim.. A Kate trouxe o suspense até o final. A narrativa fluiu bem pra mim. Os personagens são bons, a Tess, apesar de ambiciosa (não achei tanto), de querer realizar seu sonho, não se manteve cega para as coisas erradas. A Pink é ótima, até a Lady Duff sendo autoritária as vezes, era uma boa personagem, um pouco azeda as vezes, mas com as investigações, depoimentos, tínhamos que ter uma personagem um pouco mais altiva, para não deixar a narrativa devagar. O Jim, um rapaz sonhador e cativante. Sra Brown uma fofa (ela me lembrou a moça rica que ajuda Jack Di Caprio, e lendo a nota da autora, é ela mesma, no filme se chama Molly Brown, no livro Margareth Brown ). A capa é bonita, assim como a contra-capa e folha de rosto também foram bem trabalhadas. A diagramação (Páginas e letras), deixa a leitura confortável aos olhos. Eu indico a leitura, tem uma história muito boa, com bons personagens, romance, além do que é uma história que conhecemos, mas que é sempre bom conhecer um pouco mais.

"Se a vida não oferece finais felizes, sabemos como fabricá-los" Pg 330


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Joyce 31/05/2013

Resenha do blog Entre Páginas e Sonhos - http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/
Desde que vi o lançamento de A Costureira eu sabia que teria que lê-lo. Os meus motivos foram: amo história; sou apaixonada por livros históricos, óbvio, né rs; a capa e a diagramação são de babar; e Titanic é um assunto fascinante para mim. Já li outro livro com uma outra visão da tragédia e gostei muito.

Depois de todo esse cenário, não teria como eu não ter amado esse livro. Toda a trama é centrada na tragédia do Titanic e são apontadas alguma perguntas: Porque 70% dos sobreviventes eram da classe A?, Porque não tinham botes suficientes a bordo?, Porque um navio com esse porte não tinha binóculos?. Eu achei tudo muito revoltante, fico triste só de pensar no que os passageiros passaram e claro não tem como não se lembrar do filme de James Cameron também.

Um aula de história básica: Quando partiu em sua viagem inaugural em 10 de abril de 1912 de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova York, nos Estados Unidos -, o Titanic era o maior navio do mundo e considerado praticamente inafundável. Porém, se chocou em um iceberg e afundou no oceano Atlântico no dia 15 de abril de 1912. A bordo viajavam os donos de algumas das maiores fortunas da época, que ao lado de centenas de imigrantes pobres seriam personagens de um naufrágio que deixou mais de 1,5 mil mortos e apenas 705 sobreviventes. Reportagem da época aqui e infográfico muito interessante aqui para quem quer se aprofundar mais sobre o Titanic.

A história do livro não é exatamente sobre aquele fatídico dia e sim sobre o pós-acidente, por exemplo, como a impressa reagiu ao acidente, como os sobreviventes passaram a ser vistos pela população e traz a tona o inquérito sobre os envolvidos. O livro é baseado em fatos reais desde o acidente do Titanic como o fato de que Lady Duff Gordon, seu marido e sua secretária sobreviverem ao acidente no bote n°1 com mais 10 pessoas e virarem alvo da imprensa.

"As pessoas protestavam lá fora com raiva porque o inquérito tinha sido transferido para outra sala, mas ali a acústica era melhor. Elas não davam a mínima para a acústica; só queriam estar presentes e ouvir todas as histórias tristes e revoltantes que normalmente sucedem qualquer desastre, tornando-o saboroso e gratificante." pág 218

A protagonista é Tess, uma jovem simples e pobre que sonha em ter uma vida melhor. Ela é uma ótima costureira e vê na costura a sua tábua de salvação e quando fica sabendo que o Titanic partirá de Cherbourg (FRA), não pensa duas vezes e abandona tudo para ir atrás de um emprego e de uma vida melhor. Chegando ao porto ela fica sabendo que todas as vagas de emprego já estavam preenchidas e por sorte do destino, a mundialmente famosa estilista Lady Duff está presente na hora e impressionada com Tess, lhe oferece um emprego de empregada.

Tess embarca no Titanic e conhecemos um pouco o dia a dia do navio. Tess aos poucos vai conquistando Lady Duff que lhe promete ajuda para transformá-la em uma estilista de renome. No navio, Tess encontra com Jim, um marinheiro simpático e bonito e Jack, um quarentão milionário. Ela fica encantada pelos dois, mas quando pensa que tudo está dando certo na sua vida, acontece à tragédia: o Titanic afunda.

Lady Duff e seu marido Cosmo embarcam junto com mais 10 pesssoas entre ricos e marinheiros no bote n°1 que poderia caber 50 pessoas ou mais. Tess vai parar em outro bote porque na hora salva duas crianças a pedido do pai delas. No bote, Tess fica no meio naquela agonia e tem que remar porque os marinheiros eram uns incompetentes e ficam a deriva até que o navio Carpathia salva os sobreviventes.

Chegando em Nova Iorque alguns sobreviventes são intimados para inquérito nos EUA e na Inglaterra e na medida que vão passando os capítulos, vamos sabendo o que aconteceu realmente no bote nº1 entre os Gordon, o casal Darling e os tripulantes. No começo, Tess acredita verdadeiramente em Lady Duff mas depois começa a perceber que ela não é a pessoa que imagina. A repórter do New York Times responsável pelo caso Titanic é Pinky, uma repórter que virará amiga de Tess.

O livro tem uma crítica social muito grande, incluindo os direitos exagerados que os ricos possuem e a questão dos direitos femininos que também estão muito bem representados no livro. Isso me fez refletir muito e achei Tess uma mulher muito corajosa e determinada, já que faz o que acredita ser o certo. Tem pitadas de romance no livro, mas nada água com açúcar, achei bem realista e particularmente, a achei super sensata na sua decisão final entre escolher ou Jim e ou Jack porque ela foi a favor dos seus princípios.

Esse livro além de ser um romance histórico super bem escrito, possui uma leitura super gostosa e está narrado na terceira pessoa. Mostra a realidade dura e crua de como o mundo é, onde manda quem tem poder, e tem essa crítica social muito bem posicionada. A diagramação está belíssima como a capa *.* Acho que é um das capas mais bonitas que tenho na minha estante, eu amei demais!!! Um ponto negativo é a revisão que deixou passar vários erros.

Na verdade, não consigo parar de pensar na história porque ainda me pergunto: se eu tivesse naqueles botes, eu teria feito o que a maioria fez que foi não voltar para resgatar quem estava no mar por medo ou egoísmo?, já que o ser humano é tão imprevisível nos momentos de pânico e adrenalina. Isso eu não sei, mas me pego sempre pensando no Titanic.

Super recomendado para quem gosta de romances históricos e quem quer desfrutar de uma leitura repleta de elementos que nos faz pensar.
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Eni Miranda 17/06/2013

Sorteio do livro 30/06/13 doseliteraria.com.br/p/promocoes.html
O naufrágio do transatlântico RMS Titanic em sua viagem inaugural ocorrido em 1912, foi uma das maiores e mais assustadoras tragédias marítimas da história, causadora de 1.517 mortes. Um século depois, Kate Alcott (pseudônimo da ex-jornalista Patricia O'Brien) lança A Costureira, com um enredo rico em descrições verídicas sobre a catástrofe, baseados em documentos históricos, e enlaçando à ele a história da personagem fictícia Tess Collins que travou sua luta pela sobrevivência não só durante, mas após o traumático incidente.

Não se deixe levar pelo título da obra ou somente pela capa caso você pressuponha que é um romance apelativo ou pouco engendrado; a escritora tornou esta obra única sem estar a sombra de qualquer outra criada as voltas deste evento fatídico, nem à versão cinematográfica que bem conhecemos.

A inglesa da classe baixa, Tess Collins, não contenta com sua situação de camareira, decidiu num ímpeto de coragem abandonar a vida desafortunada na Inglaterra para, assim como muitos outros, começar vida no Novo Mundo. Tendo dotes para a alta costura (dom que herdou de sua mãe), e determinação, segue para o porto de Southampton com uma bolsa apenas. Nova Iorque era o destino do grande navio que Tess embarcou às pressas, assim que conheceu a estilista Lucy Duff Gordon (personagem real), em um puro lance de sorte; conquistando sua confiança, Tess tornar-se secretária da aristocrata.

Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2013/06/do-real-ao-ficcional-romance-historico.html
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Literatura 03/07/2013

Após a tragédia
R.M.S. Titanic. Um nome que sempre povoa a minha memória.
O insubmergível. A grandiosidade humana e perfeito reflexo da nossa prepotência. Quantas vezes ouvimos falar desse navio grandioso e seu fim trágico?

Sei que depois do filme de James Cameron (ainda sou inconformado de como Jack e Rose não intercalaram naquela porta) o mais famoso transatlântico do mundo virou a sensação. Todo mundo sabe o trajeto dele de Londres a Nova York e como ele se chocou com o iceberg no meio do caminho. Conhece as histórias também, como a banda que tocou até o fim ou o capitão que ficou bravamente até o fim. E, lógico, com certo choque, sabe como morreram mais pessoas pobres do que ricas, por pura maldade humana, graças a um péssimo defeito chamado classes sociais.

Até aí não é novidade, né? Mas, me diz uma coisa: o que aconteceu depois?
Pois é, eu também não sabia! Até que a fantástica jornalista Patricia O´Brien, sob o pseudônimo de Kate Alcott, trouxe para a gente o maravilhoso A costureira (Geração Editorial, 374 páginas).
Mas o que uma costureira tem a ver com o barco?!
Calma, pessoas ansiosas. Já vou contar a vocês.

A trama nos mostra Tess Collins, uma jovem que verdadeiramente tem um dom para a alta costura. Quando a mocinha sabe que o Titanic vai sair e pode dar a ela toda a liberdade que almeja, nada mais lógico que tentar pegar uma carona para este sucesso, não é mesmo?
A viagem não poderia ser melhor. Ela conhece lady Duff Gordon, um estilista de renome que, ao ver o trabalho de Tess, a contrata como empregada. Isso sem contar o amor... Ah, é lógico que tínhamos de ter o amor no Titanic, dividido entre um rico quarentão e o marinheiro de sorriso fácil (não, gente, não estou falando do filme).

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/07/resenha-costureira-apos-tragedia.html
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Jaqueline 05/07/2013

“A Costureira”, romance escrito por Kate Alcott, foi publicado no Brasil pela editora Geração Editorial e traz em suas páginas uma envolvente história que mistura ficção e realidade a partir de um dos momentos mais marcantes do início do século XX: o naufrágio do navio Titanic. Tess Collins é a jovem do título, uma mulher orgulhosa e obstinada que abandona seu trabalho como servente na casa de uma família nobre na Inglaterra em busca de uma chance para se tornar uma estilista de sucesso.

No dia da partida do Titanic rumo à América, ela se aproxima da realização do seu sonho conseguindo uma posição como serviçal de lady Lucile Duff Gordon, uma das mais famosas modistas da época. As coisas, porém, saem do eixo quando o inimaginável acontece e o navio naufraga nas águas geladas do Atlântico Norte no dia 14 de Abril de 1912.

Graças ao filme de James Cameron, todos sabem o que aconteceu com o Titanic, não é? Cercado de adjetivos impressionantes, o maior navio de todos os tempos jamais poderia naufragar. Pois naufragou, e em “A Costureira” acompanhamos o desenrolar do conturbado inquérito sobre as causas da tragédia. Averiguado em uma série de escândalos assombrosos, o os depoimentos sobre o acidente e o resgate dos passageiros que traz à tona uma série de preconceitos velados, trabalhando um dos aspectos mais interessantes da obra: sua forte crítica social.

Narrado em terceira pessoa, o livro abre espaço para críticas às divisões de classes, ao preconceito com imigrantes e à exploração da classe trabalhadora nos Estados Unidos e na Europa. Pinky Wade, uma sagaz jornalista norte-americana que acompanha todo o inquérito do acidente, serve como passaporte para as discussões sobre o sufrágio feminino e o papel da mulher na sociedade no início do século XX. Jim, um jovem de espírito revolucionário que estava trabalhando no navio, nos oferece excelentes insights sobre a luta política da época, uma mobilização popular que ataca a desigualdade de um sistema democrático baseada na exploração dos mais pobres em prol de uma minoria milionária que ainda se apega a antiquados títulos de nobreza para se distinguir dos demais.

Vivendo em Nova York, Tess logo tem uma chance de provar seu talento para a patroa, que comanda um moderno ateliê no edifício Flatiron. Lady Lucile é uma mulher extremamente egocêntrica e prepotente, ainda que tenha batalhado para conseguir sua invejável posição de mulher de negócios. Acreditando ser a melhor estilista do mundo, ela diz a todos que suas concorrentes não passam cópias baratas e sem talento de si mesma – inclusive “uma tal” madame Chanel. A cada página eu detestava mais e mais a personalidade manipuladora de Lucile, que tinha o omisso e orgulhoso Cosmo, seu marido, como principal alvo de seus ataques malignos. Acusados de recusar a deixar a tripulação de seu bote voltar para apanhar mais sobreviventes da tragédia, chantageando-os com dinheiro, o casal logo se vê no centro de uma intrincada rede de escândalos.

Com relação à construção e evolução dos personagens, só tenho elogios ao livro. Kate Alcott escreve de maneira deliciosa, revelando diferentes aspectos de seus personagens conforme a narrativa avança. Por mais que eu tenha lutado mentalmente com a ingenuidade de Tess, torci pelo seu sucesso como costureira e pelo seu complicado relacionamento com ex-mineiro inglês Jim. Sim, há um triângulo amoroso envolvendo Tess no livro, e é impossível não ficar dividida entre o gentil empresário Jack Bremerton e Jim Bonney, um homem de grandes ideais revolucionários que bate de frente com Lucile e tudo o que ela representa.

A capa de “A Costureira” é uma preciosidade, com uma discreta imagem do navio ao fundo. Achei o resultado final lindo demais, assim como a diagramação do texto, repleta de detalhes belíssimos! Porém, o trabalho feito pela editora com o texto é lamentável. Foi uma pena ver um livro tão bacana quanto esse prejudicado por uma revisão falha e cheia de erros, e é por conta dessa desatenção da editora com o texto que eu não dei nota máxima para o livro.

Terminando a leitura, descobri que alguns personagens foram baseados em pessoas reais, e isso aumentou um bocado a minha admiração pelo trabalho da autora, que conseguiu mesclar ficção e realidade com maestria e emoção. Escrever um romance a partir de pesquisas realizadas em jornais e documentos de época não é fácil, e Kate consegue captar a atenção do leitor e informá-lo sobre costumes sociais e procedimentos legais sem perder a leveza e o ritmo ao longo das páginas. “A Costureira” é uma leitura mais do que recomendada!

>>Resenha publicada no site www.up-brasil.com

site: http://up-brasil.com/resenha-de-livro-a-costureira-kate-alcott/
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Dose Literária 02/08/2013

Do real ao ficcional, romance histórico à bordo do Titanic
O naufrágio do transatlântico RMS Titanic em sua viagem inaugural ocorrido em 1912, foi uma das maiores e mais assustadoras tragédias marítimas da história, causadora de 1.517 mortes. Um século depois, Kate Alcott (pseudônimo da ex-jornalista Patricia O'Brien) lança A Costureira, com um enredo rico em descrições verídicas sobre a catástrofe, baseados em documentos históricos, e enlaçando à ele a história da personagem fictícia Tess Collins que travou sua luta pela sobrevivência não só durante, mas após o traumático incidente.
Não se deixe levar pelo título da obra ou somente pela capa caso você pressuponha que é um romance apelativo ou pouco engendrado; a escritora tornou esta obra única sem estar a sombra de qualquer outra criada as voltas deste evento fatídico, nem à versão cinematográfica que bem conhecemos.
A inglesa da classe baixa, Tess Collins, não contenta com sua situação de camareira, decidiu num ímpeto de coragem abandonar a vida desafortunada na Inglaterra para, assim como muitos outros, começar vida no Novo Mundo. Tendo dotes para a alta costura (dom que herdou de sua mãe), e determinação, segue para o porto de Southampton com uma bolsa apenas. Nova Iorque era o destino do grande navio que Tess embarcou às pressas, assim que conheceu a estilista Lucy Duff Gordon (personagem real), em um puro lance de sorte; conquistando sua confiança, Tess tornar-se secretária da aristocrata.

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Carla 25/02/2014

Maravilhoso ... Um passeio pela história !!!
Meninas ... acabei de ler ... Super Indico ....
Uma história linda , bem escrita e muiiiito interessante sobre o naufrágio do Titanic e o inquérito que se seguiu posteriormente, nos levando a ter outra visão desta triste tragédia !!!! Vale a pena ler !!!!
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Fernanda 03/04/2014

Resenha: A Costureira
Resenha: “A Costureira” de Kate Alcott (pseudônimo de Patricia O’Brien), é carregado de ideais grandiosos, analíticos, densos e emoções contraditórias. É um livro complexo e enriquecido por narrativas fortes e realistas. Além da própria história da protagonista, os eventos descrevem momentos de prepotência, medo, ansiedade e discordâncias em meio à tragédia marítima.

Quem nunca ouviu falar do transatlântico RMS Titanic, em toda sua inicial grandiosidade e posterior tristeza?! Este enredo se torna peculiar e comovente justamente pela junção da realidade e ficção, valorizando pontos densos e cheios de expectativas.




CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/04/resenha-costureira-kate-alcott.html
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