A Costureira

A Costureira Kate Alcott




Resenhas - A Costureira


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Sueli 02/04/2013

A Costureira Antes de Channel
Comecei a ler A Costureira muito animada e disposta, já que adoro romances ambientados no começo do século XX, inclusive, além de estar acompanhando Parade’s End, aguardo ansiosa a estreia de Downton Abbey, no começo de abril, para rever as duas primeiras temporadas. Porém, a dor foi minha companheira constante durante a leitura desse livro. Diferentemente daquilo que faço em outros, não li o final logo de cara, achando que seria óbvio demais. Sendo de família de imigrantes, o desastre do Titanic sempre esteve muito presente no meu cotidiano. Apenas, duas décadas separaram uma das maiores tragédias marítimas, da travessia do Atlântico por parte da minha família. Além de ter assistido várias vezes Titanic, O Filme.
Foi um livro que não permitiu que eu me afastasse, cheio de informações e detalhes precisos. Detalhes precisos demais para apenas uma romancista. Sim, leitor, esse livro não é um romance tradicional, inclusive o aspecto ficcional não é tão atraente quanto a parte política e histórica.
Você tinha ideia que no Titanic não havia nem um binóculo a bordo? Que não havia botes, e nem equipamentos suficientes? Sobre o número insuficiente de botes eu sabia, afinal, assisti ao filme, mas binóculos? Pelamor, né?
Antes, de A Costureira eu jamais havia pensado sobre os detalhes legais e jurídicos do naufrágio do Titanic. Onde apenas setecentos e seis, de um total de duas mil, duzentos e vinte três pessoas conseguiram sobreviver. Sessenta por cento delas, viajantes da primeira classe, e mulheres, na maior parte.
Pois é, A Costureira é o primeiro romance de Kate Alcott, uma ex jornalista e, talvez, por isso mesmo, o aspecto romântico tenha ficado um pouco aquém da minha expectativa. Faltou uma pitadinha de entusiasmo nos relacionamentos de Tess, tanto com Jim, como com Jack.
Vamos combinar que depois de lermos tantos livros da Nora Roberts, Julie Garwood, Judith McNaught, Susan Wiggs, Amanda Quick e outras não menos queridas, nem menos importantes, nós nos tornamos muito exigentes nas cenas amorosas, não é mesmo?
Mas, fora isso, é um livro que dialoga com você o tempo todo.
Vários aspectos são discutidos, inclusive sobre a questão política entre a Inglaterra e os Estados Unidos, onde um inquérito foi instaurado para se saber o que havia acontecido, já que muitos arquimilionários estavam a bordo desse navio, até então, tido como o mais veloz e seguro do mundo. Inclusive Isidor Straus, dono da Macy’s, famosa loja de departamentos!
É provável que você leitor, possa imaginar o que aconteceu em seguida, e o livro nos conduz de maneira soberba ao cenário de histeria e loucura, onde os culpados, passageiros ou não, eram caçados ferozmente por jornalistas e autoridades. E, onde muitas vezes a verdade, ou o que parecia ser a verdade, por um motivo ou outro, perdia-se em um mar de informações desencontradas, e até mesmo fabricadas para que atos deploráveis pudessem ser acobertados.
Através da aventura de uma jovem, fugindo de um país com uma divisão sangrenta de classes, somos apresentados a pessoas detestáveis, cuja arrogância e incompetência fizeram desse episódio mais um exemplo do que alguns cientistas costumam dizer: “ O homem é o único animal que não aprende com e experiência.”
Quem discordar – algumas amigas psicólogas discordam – é só olharmos com mais atenção para a história da humanidade. Só para exemplificar, temos o caso da boate Kiss, em Santa Maria. Só o tempo nos dirá se haverá justiça para os jovens que morreram vítimas da ganância, da imprudência e da inconsequência.
Não posso afirmar, mas talvez Kate Alcott tivesse nos traçando um paralelo entre o naufrágio do Titanic e da sociedade da época. Ou, quem sabe, até mesmo da sociedade atual, ao nos mostrar, com tanta propriedade, a fragilidade do caráter humano diante das tragédias. Sem, contudo satisfazer o nosso desejo de termos um culpado. Afinal, a impulsividade de nossas ações em momentos críticos é surpreendente.
Como cenário para amenizar o solo árduo dessa tragédia, temos Tess ( a costureira) e Lucile, uma dama refinada e que possuía a fama de ser uma das maiores estilistas da época, e a figura principal no citado inquérito. E, nessa hora, eu senti nitidamente um perfume de “O Diabo Veste Prada” no ar. Eu sinto muito Kate Alcott, mas não tive como não deixar de notar. Mas, nem como consolo essa correlação serviu, pois também me fez pensar sobre como podemos ser manipulados quando estamos em busca de um sonho. E, como atualmente, nada é mais branco ou preto, podemos dizer que existe uma variedade enorme de cinza entre a verdade e a mentira.
Um romance excelente, baseado em fatos reais, com figurantes reais, mas com pouquíssimas cenas de amor. Nesse aspecto Kate Alcott foi muito econômica.
Sandra99 16/03/2017minha estante
Ótima resenha Sueli , acabei de ler este livro e realmente ,também senti falta de um pouco mais de entusiasmo no romance , mas acho que a própria Tess já era um pouco fria quanto a isso ela me parecia ser uma pessoa pratica e nada romantica , mas adorei a leitura e saber que a maioria das pessoas citadas existiram realmente ... dá um tom a mais na historia .




Flavia 28/04/2013

Recomendo muuito muito!
A Costureira traz a história de Tess Collins, uma empregada com talento pra alta costura e que queria ser reconhecida e crescer na vida, e de Lady Duff Gordon, uma estilista da elite renomada e muito famosa. A vida dessas duas se cruza quando Tess, por sorte, consegue um emprego como ajudante de Lady Duff, e tem a esperança de que seu grande sonho, enfim, poderia se realizar. Elas embarcam numa viagem rumo aos Estados Unidos, a terra das oportunidades, a bordo do majestoso, imponente e "inafundável" Titanic...
Porém, a tragédia que todos conhecem e que dá fim a história do navio é somente o ponto de partida e um excelente pano de fundo para que possamos acompanhar o que o destino reservou para Tess e Lady Duff.
Após a colisão, Lady Duff passa a comandar o acesso ao bote salva-vidas número 1, que teria capacidade para comportar aproximadamente 50 pessoas, porém, ele levava apenas 12. Horas depois, os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, e lá, Pinky, uma jornalista do New York Times, que na época era um jornal iniciante, começa a investigar os acontecimentos a fim de saber o que aconteceu e por que houve pouco mais de 700 sobreviventes em meio a mais de 2 mil, principalmente sobre o bote número 1.
Ao chegar nos Estados Unidos, se dá início a um complexo julgamento para que todas as falhas pudessem ser apontadas, e Lady Duff se vê enrascada, pois teria que explicar as acusações que envolveram até suborno para que os marinheiros não voltassem para resgatar quem estava na água. Tess, que idolatrava e tinha Lady Duff como exemplo de pessoa a quem seguir e ser no futuro, percebe como essa mulher é gananciosa, mesquinha, manipuladora e não mede esforços pra manter as aparências, o que faz com que se questione se é isso que quer pra si mesma. Tess ainda se vê em meio a dois homens, Jim, que só pode oferecer seu amor, e Jack, que faz promessas de uma vida confortável e de um grande futuro para ela...

Quando soube que o livro abordaria o Titanic, imaginei que fosse algo batido e previsível já que é quase impossível não lembrar de Jack e Rose e a história de amor deles no meio de toda aquela confusão, porém, em A Costureira, apesar de trazer detalhes do naufrágio que foram reais e facilmente identificáveis para quem assistiu o filme de James Cameron, a trama trata de questões morais, baseadas nas escolhas dos sobreviventes, principalmente os da primeira classe que tinham alguma influência e importância na sociedade, e nas consequências que tiveram que enfrentar por conta delas, e por isso, fiquei bastante surpresa e empolgada com essa leitura.
A narrativa é super envolvente e fluída, e é feita em terceira pessoa, o que abrange várias atitudes dos personagens, mas sem um aprofundamento maior para que pudéssemos entender por que alguns tomaram certos tipos de decisão. São personagens que despertam vários tipos de sentimentos na gente. Acusar os outros que estão em uma posição completamente delicada é fácil, independente de estarem certos ou errados, mas o que ninguém sabe, é o que se passa na cabeça de cada um e o que é possível fazer num momento em que a própria vida está em risco...
A autora procurou escrever a história baseada em fatos e transcrições dos julgamentos realizados, o que tornou a história muito mais real, principalmente quando lemos uma nota ao final do livro onde ela diz que Lady Duff existiu.

A capa é linda e a roupa pomposa que a mulher veste retrata bem o estilo da época e ao mesmo tempo o requinte da costura, grande paixão de Tess e Lady Duff. A diagramação é simples, as folhas são amareladas e os capítulos apesar de longos, não são cansativos, justamente pela ótima narrativa. O único problema que tive com esse livro foram os inúmeros erros de revisão. Encontrei frases mal revisadas e incompreensíveis, palavras juntas numa frase inteira, erros de digitação em que até um número zero apareceu do nada no meio da palavra, dentre outros erros parecidos, e esse tipo de coisa me tira a concentração.
Mas no geral, A Costureira nos faz embarcar, literalmente, numa história maravilhosa que levanta diversos questionamentos morais e éticos, e nos faz refletir sobre o que faríamos se estivéssemos naquela terrível situação.
Giovana 31/03/2014minha estante
Adorei sua resenha! Estou lendo o livro, e assim como você, ele me chamou atenção por se tratar de uma história que envolve o Titanic, como sou fã pra caramba tive que comprar...
Sempre leio e pesquiso tudo que posso sobre o naufrágio real, tenho livros, dvds e um amor enorme pela época e tudo que envolveu a tragédia!!! Sua resenha me deu mais gás ainda para continuar lendo :))
Ah, só uma coisinha, a questão da foto de capa. Na verdade a roupa da capa me deixou completamente desnorteada quando vi. A roupa que aparece na foto na verdade não é, em nada, parecida com o estilo da época, fiquei até bravinha com a editora e pretendo mandar um e-mail assim que terminar o livro, hahaha. Não faço moda, mas sou uma pesquisadora e amante assídua desse meio, e posso dizer que esta roupa não é da época retratada (1912).
As roupas da década de 1910 eram completamente diferentes, não se usavam colares de pérola desse jeito, com várias voltas e apertado no pescoço, os colares eram curtos e simples ou bem longos e fininhos. O vestido também é totalmente oposto. Não se usava mangas "bocas de sino" pois seria muito extravagante.. usava-se mangas bordadas, rendadas ou decoradas, mas apenas com babadinhos, não larga como na foto. Com certeza a roupa também se mostra, não só errada para 1912, mas também inadequada, já que em abril (época do naufrágio) estava extremamente frio, o que não permitiria nenhuma pessoa, principalmente mulheres (e de alta classe), de usar roupas de mangas curtas ou mesmo médias, sem jaquetas e blusões, ou casacos e estolas de pele. Jamais usaria-se uma roupa como a da foto com o frio que estava (para se ter uma noção, uma das hipóteses que pode ter ajudado no náufrago do navio foi a baixíssima temperatura da água do oceano Atlântico Norte que fragilizou os ribetes de ferro e aço do navio, piorando a situação quando ele bateu contra o iceberg). E o ponto que tira completamente qualquer ideia que se refira a 1912 é a parte mais visível do vestuário da foto: o colo e a cintura do vestido. Os vestidos de 1910 (e de alguns anos seguintes, até 1918 mais especificamente) eram apertados na cintura ou logo abaixo dos seios, quase não possuíam decotes quadrados, e definitivamente não tão decotados assim. Uma mulher só usaria esse decote quadrado cavado com alguma renda ou tecido nobre cobrindo até o pescoço ou com alguma gola por dentro, jamais a mostra.. Poderiam até usar uma gola quadrada, mas não cavada assim, e provavelmente usadas só por mulheres respeitadas, de dia e em tons claros, não no tom da foto que é escuro, e provavelmente um vestido de festa ou de saída (e de noite!).. Mulheres que mostravam o colo com decotes grandes assim não eram comuns, e se existiam não eram nada bem vistas (foi muito mais usado em meados e até o fim de 1700, não 1900), sem contar que o decote cheio, para frente e a mostra remete à silhueta em S, típica de 1700 até o início somente de 1900 (depois de 1910 a silhueta bonita era a reta e fina. A parte do corset também difere da moda da época. Nesta época não se usava mais essa parte do vestido (cintura) como se fosse um corset a mostra, e também não esse trançado de fitas como mostra. Os espartilhos eram usados por dentro da roupa, e por fora não podiam fazer menção de estarem sendo usados de jeito nenhum, eram cobertos totalmente com a roupa e a pessoa parecia magra naturalmente e não por ter algum corpete apertando-a; a foto, mais uma vez mostra um item da moda de 1780, onde, na cintura, era feito uma menção ao uso do espartilho usado por dentro, ou seja, era como um corset por fora, posto em cima do vestido, o vestido era todo largo, cheio e bufante e na parte da cintura usava-se um material mais duro para apertar mais ainda e mostrar o tronco justo e acinturado inteiro (dos seios até o quadril), diferente de 1910 que se usava o espartilho somente por baixo e o vestido era apenas apertado em uma linha do tronco e não nele inteiro. Como se não bastasse a quantidade de elementos errôneos a foto provavelmente faz menção à personagem principal, a Tess, e Tess não era rica e muito menos da nobreza, logo, nunca usaria uma roupa dessas da capa (a não ser quando Lucile emprestava). Uma pessoa de sua "casta" usaria somente as roupas que são descritas para ela. Mesmo que a foto fosse fiel à época (o que não é) estaria errado pô-la como capa por se tratar da personagem principal que é pobre. Ela jamais usaria pérolas (que na época só existiam jóias verdadeiras, e, logo: caras!), chapéu decorado (eram caríssimos na época, eram ornados com flores, tecidos nobres, pedras preciosas e até frutas, e somente pessoas nobres ou muito ricas tinham), e roupas com renda, fitas de cetim, pedras e veludo como mostra, e muito menos no carmesim (bordô), que era bem mais caro nesse tempo por ser um pigmento bem caro para se tingir e usar em tecidos.
Bom, como viu sou muito chata e certinha com essas coisas, e vou acabar mandando um texto gigantesco para a editora também, hahaha. Mas enfim, se pareci arrogante, me perdoe, não foi em absoluto minha intenção, talvez cutucar um pouco esse grande erro da editora na execução da capa, mas não a você! Como disse, amei sua resenha e quero muito terminar o livro. Um último ponto que gostaria de levantar, e que com certeza irei fazê-lo também para a editora é o fato incrível de existirem tantos erros no livro!!! Concordo com você! Fiquei espantada com a quantidade erros gramaticais, erros de concordância, palavras digitadas repetidas, frases digitadas inteiras em caixa alta e sem espaço nenhum entre as palavras e pior: frases sem nexo algum; não conseguia entender a frase, e eram coisas que até prejudicavam o entendimento do parágrafo!! Em vários lugares li coisas como "você fui gosto ontem" (exemplo fictício para ilustrar). Péssima edição; Sério, precisam ver e rever muito mais antes de publicarem um livro assim.. achei bem vergonhoso isso que reparei! Enfim, para ilustrar mais facilmente as afirmações que fiz sugiro que assista algum episódio da série "Downton Abbey" que retrata perfeitamente a moda do começo dos anos 1910 (veja as primeiras temporadas, pois a moda muda no decorrer dos episódios), e veja o filme "A Duquesa" (que retrata a época de meados de 1700). São produções maravilhosas, que sou extremamente fã e que você pode comparar e confirmar tudo que eu disse (ou simplesmente dê uma olhadinha na internet também.. Um beijo e obrigada pela atenção!!!




Marcela Pires 26/03/2013

Romance com um toque de realidade
"Oh, bem, conheço os mundos artificiais. Por favor, entenda este em que estamos entrando, é a última vez que vou relembrar você - disse a madame - Estamos prestes a atravessar o espelho de Alice." p.97

"A Costureira" é um romance que tem por pano de fundo fatos verídicos e em meio aos ficcionais.
Kate Alcott nos conta a estória de Tess, uma serviçal britânica que cansada do seu dia a dia de limpeza e desprezo de seu verdadeiro dom, que é a costura, vai em busca de seu sonho: subir na vida.
Ao saber que o Titanic irá zarpar naquela tarde para os Estados Unidos, a garota deixa toda a sua vida para trás e se arrisca numa jornada que será tudo ou nada.
Antes de embarcar no imenso transatlântico, por um golpe de sorte, ela consegue um emprego com a famosa estilista Lady Duff.
Ambas embarcam no navio, cheio de luxo e requinte.
Tess fica maravilhada com esse novo mundo, e com as chances que ele contem.
Fica conhecendo o Sr Bremerton, um empresário americano riquíssimo e Jim, um dos marinheiros do navio.
Inesperadamente o Titanic sofre uma colisão com um iceberg, e começa a afundar.
Lady Duff e Tess se salvam, mas esse incidente marcam suas vidas para sempre.

A estória é muito interessante, principalmente por saber que Lady Duff realmente existiu e todos os fatos que a envolvem naufrágio.
Tess é uma jovem costureira ambiciosa, que quer ver seu trabalho reconhecido, e por isso é capaz de subordinar a uma mulher arrogante e muitas vezes cruel, como Lucile Duff.
A jovem costureira entrará num mundo então não conhecido por ela: o da riqueza e do amor.
Seu coração assim como seu destino se verá dividido no decorrer da narrativa.

Após o naufrágio do navio, a vida dessas duas mulheres fortes se alteram de forma brusca, apesar de ambas saberem o que querem e não se deixam abater apesar dos revezes da vida, algumas coisas o destino se encarrega de mudar.

São 376 páginas, narradas em 3a pessoa, cheia de detalhes, o enredo bem elaborado, e personagens bem construídas.
Uma estória interessante, principalmente para que gosta de histórias verídicas com muito romance.

www.mulhericesecialtda.com
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Yasmin 15/04/2013

Trama interessante, ambientação rica e bons personagens

Quando vi o livro entre os lançamentos da Geração fiquei bastante curiosa com o fato de a trama girar em torno do naufrágio do Titanic, mas o que me levou a querer ler foi a sorte que tenho sempre que leio algo que se passa no fim do século XIX e começo do XX. São sempre livros bons. E com o romance de Kate Alcott não foi diferente. Uma protagonista forte, um sonho e a triste história que abalou o mundo em 1912. Uma bela reconstrução do que veio após o naufrágio.

A história começa com Tess Collins decida a deixar sua vida de empregada doméstica. Sonhando em se tornar estilista de alta-costura a garota larga o emprego, junto o pouco que tem e parte para o porto em busca de empregos no famoso maior navio do mundo que partirá no mesmo dia para a América. Tess não acredita em sua sorte e ousadia quando consegue emprego com Lady Duff Gordon, a famosa estilista. Embarcando no suntuoso navio e deslumbrada com tudo o que a madame faz Tess consegue se distrair nos poucos momentos que tem para si. É quando conhece Jim, um simpático marinheiro que a ajudou em uma situação embaraçosa no dia anterior e também o milionário americano Jack Bremerton, que a fascina pelo universo em que vive. Mas Tess não tem tempo de ficar em dúvida entre eles e nem aprender nada com a patroa. O navio colide com um iceberg e o inferno se instala. Lady Duff que não tem a menor intenção de morrer suborna o capitão para descer seu bote com apenas doze pessoas. Tess segue no bote final já que ficou ajudando a embarcar crianças e mulheres. Ao chegar em Nova York com os jornais famintos em busca de notícias uma verdade incomoda começa a vir à tona quando os boatos do que aconteceu no bote de Lady Duff surgem. Eles poderiam ter salvado muito mais pessoas, mas não o fizeram. Por que?

A premissa é essa e é a partir daí que a história se desenvolve. Tess se vê em meio a um conflito, sem saber em quem acreditar e com medo de prejudicar seu início nesse mundo fabuloso de luxos. As perguntas, de Pinky, repórter do Times continuam ecoando em sua mente. A narrativa segue dividida em três pontos, construindo pouco a pouco o mistério acerca do bote de lady Duff. Com descrições belas e precisas do início do século Kate Alcott imprime um ritmo agradável mesclando com habilidade o romance e o fundo histórico. Ela conseguiu descrever sem exageros o momento em que o inafundável Titanic naufragou e viver aquilo tudo através dos olhos de Tess foi angustiante. Aliás, o tema sempre é. E é por isso que a trama funciona bem.

Ao recontar a história do bote dos milionários, como ficou conhecido o bote da estilista Duff Gordon a autora traz de volta as sensações que o acidente causa até os dias atuais. Do outro lado da trama temos a história de Tess. Uma personagem bem construída, que soa crível e conquista o leitor com seu jeito deslumbrado, mas quase falha ao não conseguir distinguir amor e encanto. Sua amizade com o marinheiro Jim deu um tom ótimo a toda a trama triste do Titanic, assim como as outras personagens secundárias, Sra. Brown, Pinky e até mesmo Eleanor e lady Duff. O final satisfaz em partes, mas eu gostaria de ter visto um final romântico mais claro, com menos entrelinhas ou então um epílogo.

Leitura rápida, fluida e que transporta o leitor a uma época de grandes contrastes e tumultos. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/04/resenha-costureira.html

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Lizianesg 16/04/2013

A Costureira
Um romance diferente, intrigante e que prende do início ao fim.
A jovem Tess Collins está cansada de trabalhar limpando a casa dos outros, tudo que ela mais quer é ter a chance de mostrar o quanto é talentosa com a tesoura e agulha, ela aprendeu a costurar com sua mãe.
Tess resolve fugir e acaba indo parar no famoso navio Titanic, junto com a lady Duff Gordon que resolveu ajudá-la dando-lhe um emprego, o que ela não imagina é que desde o momento que entrou no Titanic sua vida iria mudar, é ali na sala de ginastica que ela tem a oportunidade de conhecer Jack Bremerton, um homem atraente com quem inicia uma amizade.
Durante o naufrágio do Titanic Tess não consegue embarcar no bote junto com a lady Duff e acaba indo em outro bote com duas criança.
“Ela vacilou... não pularia segurando os dois meninos amedrontados, era tarde demais. O bote já havia descido cerca de quinze metros. Ela olhou para baixo, para o rosto chocado de Lucile, que a fitava. Era o fim, não era? Era o fim...” Pág. 61
Logo depois da tragédia, tudo que se quer saber é o que realmente aconteceu no bote número 1, no qual os casais mais ricos estavam, porque não voltaram para pegar mais gente, será que realmente o marinheiro do bote foi subornado, será que as pessoas que ali estavam foram tomadas por um medo incondicional do que poderia acontecer se voltassem?
“- A senhora sabia que me oferecer dinheiro seria direto demais. Dinheiro era para aqueles marinheiros, para eles mentirem sobre Jim Bonney durante o inquérito. Mas que foi suborno, foi.” Pág. 303
Pink é uma jornalista que entra na trama a fim de cobrir todos os fatos jornalísticos com relação ao naufrágio, ela acaba conhecendo Tess e as duas iniciam uma amizade, elas passam a conversar seguidamente.
Tess tem a oportunidade de conhecer o atelier de Duff, ela fica maravilhada e se sente completamente atraída por aquele ambiente. A estilista me lembrou a Miranda do filme O Diabo Veste Prada, mandona e arrogante.
Com o andar das investigações Tess se aproxima do marinheiro Jim Bonney e sabe que sente algo por ele, mas isso muda no momento em que ela fica sabendo que o homem atraente que conheceu na sala de ginastica está vivo, assim eles começam a se encontrar e manter um romance.
Será que esse romance com um homem de status social bem mais alto que ela irá dar certo?
Gente quando vi a capa do livro comecei a ler no mesmo dia, é muito bom, Tess às vezes me irritou um pouco por ser tão ingênua, mas a força que ela demostra com relação à determinação de conseguir o que quer é realmente encantador. A autora deixou bem nítida a questão da divisão das classes sociais. A arte da capa é muito linda, mostrando ao fundo o navio naufragando.
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Glaucia 17/04/2013

A Costureira - Kate Alcott
Inicialmente, eu pensei que esse fosse mais um livro nos contando sobre o naufrágio do Titanic. Que bom que me enganei.

Nele, conhecemos a história de Tess Collins, uma jovem mulher que sonha em ser estilista. Ela sempre trabalhou como empregada, mas não aguentava mais essa vida, e num golpe de sorte, foi contratada pela estilista lady Duff Gordon, que estava prestes a embarcar no Titanic.

A partir desse momento, a vida de Tess mudará drasticamente. Não só por ter sido uma das sobreviventes do maior naufrágio já visto, mas pelos escândalos que sucederão após essa tragédia na vida da patroa que ela tanto idolatra.

Para Tess, a vida de lady Duff é um sonho: luxo, jóias, fama. Mas e quando ela descobre que por traz dessa riqueza, existem pessoas tão egoístas, mesquinhas e que só pensam em seu próprio conforto, mesmo que para isso tenham de passar por cima de tudo e de todos?

Sempre tive a curiosidade de saber, e o que aconteceu depois do naufrágio? Como o governo lidou com esse acidente e quem foram os culpados? Na história de Kate, ela buscou unir o mundo real com o fictício, através de pesquisas feitas nos jornais e documentos da época, justamente sanando algumas dessas perguntas que eu sempre fazia.

Por fim, parabéns para quem fez a parte do projeto gráfico. O livro até merecia cinco estrelas, se não fossem alguns (vários) erros na edição do texto, que por vezes me confundiram um pouco.

Resenha escrita por Glaucia Matos – www.leitorait.com ©
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MILA 20/04/2013

O livro A Costureira é quase uma relíquia histórica, pois quem é fascinado pela história do Titanic irá amar. Diferente da velha história de Rose DeWitt e Jack Dawson que conhecemos pela obra de James Cameron, este livro ganha enfoque no inquérito do desastre, nele acompanhamos a dura realidade de famílias desfeitas, de mulheres que resolveram morrer ao lado de seus maridos a viver sem eles, conhecemos a escassez dos botes, da inexperiência dos marinheiros, da falta de ferramentas.

Tess é uma jovem que está inconformada com sua vida, seu trabalho que não é reconhecido, uma empregada que sonha em ser estilista da alta costura, eximia costureira e com o sonho de mudar de vida, parte rumo ao Titanic.

Lady Duff Gordon, estilista de renome, se sente traída quando descobre por seu marido que sua empregada não irá a bordo do Titanic.

Tess está desesperada, pois ninguém quer lhe dar emprego, quando ela chega a Lady Duff e a reconhece percebe aí sua grande chance e não liga se para isso tenha que trabalhar como empregada de Lady Duff. Mesmo temerosa Lady Duff dá o cargo para Tess e juntas vão se conhecendo aos poucos.

Tess com a convivência diária, acaba por perceber que Lady Duff não é o que parece, embora seja uma boa pessoa, ela não mede esforços para que seus planos saem como o planejado.

O romance é leve, muito leve e apesar de Tess ser uma mulher simples e humilde, ela tem suas convicções, sabe o que é certo e está disposta a não desviar de seu caminho e realizar seu grande sonho de ser estilista.

Os personagens são muito bem construídos, cada um tem seu igual valor e alguns chegam a roubar a cena, sinto como se não houvesse protagonista e sim vários protagonistas e suas belas lições de vida.

Nota máxima para Pink, mulher corajosa, excepcional, jornalista, íntegra, quase uma detetive.

Jim e Jack, ambos apaixonados por Tess, fazem parte de mundos diferentes. Jim um marinheiro simpático, trabalhador digno.

Jack Bremerton, um homem bondoso, corajoso e da alta sociedade.

Tragédia, Acusações.. Suborno? Suicídio...

Um ótimo livro que ganha cinco estrelas pela excelente narrativa e uma ótima história.

A Geração Editorial fez um ótimo trabalho, a capa é belíssima e a diagramação está perfeita.
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Liachristo 21/04/2013

RESENHA - A Costureira - Kate Alcott - Geração Editorial
O livro conta a história de Tess Collins, em sua luta para mudar de vida e transformar o seu destino. A história se passa no ano de 1912, e tem como pano de fundo o naufrágio do Titanic.

A autora colocou no livro, vários fatos reais que aconteceram durante a época do naufrágio. Todo o desespero, a dor e todo os acontecimentos que se tem conhecimento de terem ocorrido no navio, naquele trágico e triste acidente.

Tess, é uma jovem inglesa, nascida e criada no interior e que desde cedo aprendeu a costurar com sua mãe. Foi de sua mãe também, que ela teve os primeiros conselhos, para correr atrás de seus sonhos, e para lutar por uma vida melhor. Foi sua mãe quem lhe ensinou a nunca se rebaixar, e nunca deixar de tentar encontrar o seu lugar ao Sol.

Logo que tem oportunidade, ela sai de casa para trabalhar, e o livro começa com ela trabalhando em Cherbourg (França), onde infelizmente não é bem sucedida, e só consegue trabalhos de limpeza, onde ainda por cima tem que aturar as mãos bobas do filho de sua patroa. É então, que ela resolve mudar o seu destino e abandona tudo, para embarcar naquela que seria a maior aventura de sua vida.

Preciso dizer, que a personagem Tess, é muito cativante, e nos faz torcer por ela. Ficamos o tempo todo querendo que ela saia vitoriosa de toda esta história.

Ao tomar a decisão de ir embora de seu emprego, e se aventurar em um novo País, Tess Collins vai para o cais de Cherbourg, onde tem um navio que está breve a zarpar. Ela tem a ideia de conseguir um emprego de camareira ou qualquer coisa assim, e desta maneira conseguir chegar ao Estados Unidos.

E aí, que acidentalmente ela se depara com uma talentosa e famosa estilista da época a incomparável Lucile Duff Gordon. Lucille, está em apuros pois a garota que tinha contratado para acompanhá-la em sua viagem como sua criada pessoal, não aparece e esta é toda a oportunidade que Tess estava esperando.

A partir daí, Tess consegue embarcar no Titanic, e lá se depara e se deslumbra com todo aquele glamour da vida dos ricos, mas também tem vislumbres da classe mais pobre, e se sente dividida entre estes dois mundos.

É no navio que Tess fica conhecendo dois homens, Jim e Jack Bremerton que farão parte de seu futuro e que a fará ter que tomar uma das decisões mais difíceis de sua vida.

A maior parte do desenvolvimento da história e dos personagens, acontece depois do naufrágio, quando cada pessoa deve lidar com as conseqüências de suas ações naquela noite fatídica.

Dentre todos os personagens deste livro, os que mais me chamaram a atenção foram Tess, Jim e Lucille. Os três são muito diferentes. Tess é dotada de bom caráter, mas sua ingenuidade a faz parecer tola e fraca no início, o que me fez sentir pena dela.
Jim, por outro lado, é um personagem forte, que sabe o que é o errado das coisas, e sempre faz o que é certo, mesmo que isso o prejudique de alguma maneira. Ele é o tipo de personagem que nos faz se sentir seguros e com a certeza de que ele vai fazer o que é necessário para que as coisas fiquem direitas.
Lucile é um pouco mais difícil de gostar. Ela só conseguiu me inspirar um sentimento, que foi de desgosto, especialmente quando ela tenta manipular Tess. Sua idéia de certo e errado é distorcido, e sempre em seu favor.

Pinky é uma personagem estranha. Eu gosto dela, mas as vezes ela toma certas atitudes, que nos deixa confusos. Como se não quisesse que Tess e Lucille, consigam deixar os eventos daquela noite no Titanic, para trás...
Eu sei que a vida dela não é fácil. Além de lidar com seu trabalho de repórter no Times, seu pai doente e a constante falta de dinheiro. No início, eu não achava que ela tivesse uma consciência, mas então ela faz o que pode para ajudar Tess e Jim. Ela acaba ficando amiga de Tess, e acho que também se apaixona por Jim, mas percebe que não teria uma chance com ele. Pinky parece não se importar com ninguém, e então ela me surpreende por se apaixonar. São os personagens assim que agem de forma inesperada que acabam por deixar em nós a impressão mais duradoura.

O que posso dizer, é que este livro é tão diferente de muitos que eu já li. Há muitos livros que nos fazem olhar para o conceito de moralidade a partir de diferentes perspectivas.
A Costureira é assim, nos faz olhar a moralidade, mas nos leva um passo mais longe. Ele faz o leitor se questionar. Você pode condenar alguém por tomar uma decisão em uma situação de risco de vida? Você pode argumentar, que de alguma maneira você não teria feito o mesmo ou tomado a mesma decisão? Durante a leitura me vi constantemente questionando se ou não. Eu seria capaz de ficar com minhas crenças como Jim fez ou eu iria perder toda a aparência de moralidade em face da morte?
Como eu reagiria numa situação assim? Eu agiria como Tess, Jim, ou Lucile?
Eu gostaria de pensar, que naquela noite no Titanic, eu iria reagir como Jim ou como Tess. Pois, para mim ambos são admiráveis, embora de maneiras diferentes.

Existe uma resposta certa? Eu percebi que a moralidade não é uma simples questão de certo e errado e que não importa qual é a situação, você não pode julgar o que a outra pessoa decidiu, porque você não sabe o que a pessoa estava sentindo. Você não estava lá, então nunca terá como saber, se faria diferente.

Bjus
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Escuta Essa 21/04/2013

Resenha – A Costureira, de Kate Alcott
Tess é uma boa costureira, que abandona o seu trabalho de arrumadeira e consegue num último momento, antes de todos embarcarem no Titanic, um emprego de secretária pessoal da famosa estilista lady Duff Gordon. O que parecia ser uma viagem de sonhos, se torna uma tragédia marítima que vai fazer parte para sempre da vida de todos os sobreviventes. Acompanhamos através desses personagens o que aconteceu antes, durante e depois do naufrágio, mesclando ficção com fatos históricos.

Em um primeiro momento quando descobri que o livro teria como a trama de fundo o naufrágio do Titanic, não gostei muito, porque esse tema já foi muito abordado e achei que a escritora poderia ter criado uma situação diferente, mesmo assim investi na leitura e digo para vocês que me surpreendi!

Nessa trama não temos aquela sensação de querer chegar ao final correndo, mas as páginas vão passando rapidamente e nos envolvemos com os personagens, com as situações, observando seus escolhas e nos emocionando.

Uma leitura que mistura romance, tragédia, escolhas, superação e mostra um pouco da libertação feminina na época.

Os personagens são muito interessantes, ficamos sabendo um pouco sobre a vida de cada um deles, suas atitudes e como cada um vai agir diante de cada situação. Em certos momentos nossos sentimentos ficam como em uma montanha russa com a atitude de cada um deles, torcemos para que certas coisas aconteçam e outras não.

Em um dado momento do livro não gostei da escolha que a personagem principal fez, mas depois achei que ela foi até corajosa, teve garra e iniciativa. Imaginei um final diferente, mais libertador, mas feminista, mas não foi o caso, mas nem por isso a obra deixa de ser maravilhosa.

As personagens femininas não são mulheres submissas que aceitam as suas vidas como são, elas trabalham, arriscam, enfrentam o mundo masculino de frente e lutam por seus direitos. Temos uma estilista que ainda acredita e se baseia no poder da aristocracia; uma jornalista e uma costureira que são independentes e revolucionárias, e uma romancista que é uma mistura das três.

Kate Alcott possui uma escrita maravilhosa e seu livro foi me conquistando aos poucos, me surpreendeu e emocionou, principalmente quando personagem principal, Tess, lê a carta da mãe (podem ficar tranquilos, que não é spoiler).

Gostei muitíssimo de saber que alguns dos personagens são reais e que realmente algumas situações aconteceram.

Leia mais sobre a resenha de "A Costureira" em...
http://bit.ly/11YZzGH

Te espero lá ;) Deixe seu comentário, vou adorar retribuir :)

Renata do blog Escuta Essa
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Fulana Leitora 22/04/2013

Resenha feita por Kezia Martins para o blog Fulana Leitora: http://fulanaleitora.blogspot.com.br/2013/04/resenha-costureira-kate-alcott.html
A Costureira chega com toda a pompa retratando um dos cenários mais conhecidos do cinema, o Titanic, e não decepciona. O sucesso da história se dá à despretensão, ousadia e veracidade de Kate Alcott, ao retratar, de uma forma totalmente diferente da que conhecemos, tal história célebre. Saímos da romântica e dramática história de Rose e Jack para conhecer uma jovem audaciosa e seu sonho.

Tess Collins, uma jovem empregada ambiciosa e determinada, cansada de ser sujeitada e humilhada por sua posição, decide largar tudo e correr atrás de seu sonho, se tornar uma grande estilista. Tess parte rumo ao Titanic na esperança de um futuro melhor nos EUA, ela consegue embarcar graças à lady Duff Gordon, uma famosa estilista e objeto de sua admiração, que a contrata como empregada pessoal. Mas o que Tess realmente quer não é carregar bandejas e xícaras de chá, ela quer sua chance de mostrar o que ela pode ser, uma estilista de sucesso tal lady Duff. O que Tess não esperava era que seu futuro estava prestes a afundar, literalmente.

A vida de Tess muda assustadoramente; não só por ser uma das sobreviventes de um dos maiores desastres já visto, mas por todos os escândalos, mentiras e conflitos que permeiam a vida de Lady Duff. Tess idolatrava Lady Duff com tal reverência, imaginando sua vida como um sonho perfeito, mas o que ela não imaginava era que, por trás dessa ilusão, só existia ganância, mesquinharia, e pessoas que se preocupam apenas consigo mesmas e que fariam qualquer coisa para manter as aparências. E Tess não poderia se imaginar em meio a tantos conflitos. Sua lealdade deveria ser à Lady Duff, que poderia lhe ensinar tudo o que sempre quis, ou à verdade? Seu amor deveria ser ao poderoso homem que lhe fez juras e a promessa de abrir todas as portas para seu futuro, ou ao simples marinheiro que só poderia lhe prometer seu amor?

Eu não poderia deixar de dizer: "Eu amo os personagens secundários." Lucile, irmã de Lady Duff, é puro egocentrismo, e, por baixo dele, existe uma camada de bondade e amor pela irmã. Pinky é, de longe, a minha personagem favorita. Uma jornalista que não tem medo de dar a cara a tapa e não se deixa oprimir por ninguém; mesmo naquela época quando era tão difícil para as mulheres serem respeitadas, ainda mais fazendo um trabalho 'de homem'. Cada personagem contribuiu para a construção dessa bela história.

A diagramação do livro é impecável, um trabalho muito delicado, tal as rendas e tecidos tão bem retratados nessa história. A capa retrata com exatidão toda a pompa, audácia e elegância que o livro transmite, deixando o leitor ainda mais conectado com a história.
Ultimamente eu tenho visto que a maioria dos livros são séries ou trilogias, e sempre reclamo desse fato. Mas, no caso desse livro, eu adoraria que tivesse uma continuação *-*
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Camille 29/04/2013

http://beletristas.com/resenha-a-costureira
A Costureira já tinha me despertado o interesse quando soube da história: será que seria possível não se apaixonar por um livro cujo background é nada menos que o Titanic? Quem se interessa um pouco além da história de Jack e Rose (que não, não estão no livro), e pensa em todo glamour da época, tudo que o navio significava e tudo que a tragédia dele gerou, com certeza vai se apaixonar pela história de Tess.

Tess Collins é uma empregada que carregava desde cedo o sonho de ser costureira. Sempre às ordens da classe A britânica, ela, em um impulso repleto de coragem, quebra o vínculo com a senhora que a emprega para partir junto ao navio mais falado de todos os tempos. O Titanic rumava para a terra das oportunidades: os Estados Unidos de Henry Ford e do movimento feminista.

Por um golpe de sorte, ela se vê encarando a admirável Lucile Duff Gordon, uma estilista extremamente conhecida – e valorizada – por seus vestidos incríveis com nomes estranhos e poéticos. Quando nota, já está falando diretamente com lady Duff Gordon, citando todas as qualidades que a tornam a pessoa certa para o emprego. Após observar um pequeno trabalho de Tess, Lucy se vê aceitando que a menina seja sua empregada.

Todavia os planos vão além de servir chás ou cafés, a jovem tem talento para desenhar (atenção pela preferência da palavra) roupas, e quem melhor que a conhecida e inabalável Lucile para ser sua mentora? O que nenhuma das duas esperavam, entretanto, é que quatro dias após zarpar, exatamente dia 14 de abril de 1912, o Titanic fosse colidir com um iceberg.

“Havia testemunhas e contradições demais; aquilo a deixara irritada. Um curtidor de couro dissera que os tripulantes haviam atirado para cima para impedir que os homens em pânico lotassem os botes, e um clérigo do Brooklyn insistira que houve completo decoro no navio, que não houve nenhum pânico.”
— Página 217

A viagem dos sonhos no navio que jamais afundaria encontra seu trágico fim, repleto de pessoas gritando em desespero, botes nem perto de serem suficientes para salvar todas as pessoas e o puro medo, envolto numa música às vezes animada tocada por homens que conheciam, e talvez até aceitassem, seu fim. Uma mistura de silêncio e barulho tornam a noite de mar calmo muito mais sombria, os gritos congelando e sendo levados para o fundo as águas. Crianças, homens, mulheres, esperanças, histórias, vidas sendo levadas para sempre.

A situação nunca é ruim o suficiente: o inquérito aberto nos EUA leva Lucile ao desgaste extremo, com uma provável decadência em suas mãos devido ao ocorrido no bote número um. Tess é fiel, mas quer saber em quem acreditar quando as versões colidem, o medo e o desespero se transformam em mentiras. O que de fato aconteceu no bote número um? O que levou o Titanic a afundar? Por que não haviam botes suficientes? Por que apenas um bote voltou para buscar sobreviventes? Quem eram os meninos salvos? Quem é Jim e Jack, e o que eles significam verdadeiramente para Tess?

“- Tess, tem tanta coisa que quero lhe dizer. – Ele falava depressa de novo. – A única coisa em que tenho pensado há dias é em construir uma vida nova neste país com você.”
— Página 281

Kate Alcott, pseudônimo da jornalista Patricia O’Brien, nos leva a 1912 para viver de perto a glória e a decadência das classes rígidas britânicas ao entrarem em contato com a liberdade estadunidense, o inquérito que se seguiu ao naufrágio mais comentado ha história. É impossível não se emocionar com os acontecimentos tanto quanto é impossível largar o livro quando se começa a ler.

A Costureira é daqueles livros que não sentimos as páginas passarem, abrimos na página 10 e logo estamos na 50, tão envolvidos que queremos ler o dobro disso antes de fazer qualquer coisa. Os personagens tão bem caracterizados são desenvolvidos a ponto de entendermos que não há ninguém exatamente bom ou mal, que a situação forma a pessoa, moldando-a sem que ela tenha tempo de pensar se seria ético ou não, certo ou errado, crime ou apenas desespero.

Quais pessoas podemos chamar realmente de heróis? Não só no livro, mas na vida em geral. As situações extremamente humanas nos mostram a reação de cada um, e o poder de julgamento duvidoso de quem não estava vivendo aquele momento. E como estas pessoas vão decidir o destino de inúmeras outras.

É incrível como Kate consegue explorar o clima extremamente tenso e, ainda assim, envolver o amor de forma tão inocente e carinhosa. Com tais características, qualquer erro – porque, sim, há alguns erros de digitação e, aos olhos mais atentos, até uma ou outra frase meio destoante para a época – passa a não ter tanto valor, se é que diante disso tudo podemos dizer que eles têm algum valor. Vale a pena ter na estante, reler em algum momento, pelas reflexões com as quais nos deparamos nas entrelinhas.
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Thais 01/05/2013

Como não seria possível eu me apaixonar por um romance ambientado no começo do século XX e que tem como plano de fundo o grande desastre do Titanic?

Tess é uma jovem de classe baixa, muito talentosa, que sempre sonhou em ser costureira. Muito ambiciosa e cheia de coragem, ela decidi abandonar seu emprego de arrumadeira na Inglaterra e partir rumo a um futuro promissor. Nesse mesmo instante o Titanic está preste a zarpar para Nova York, e em um golpe - aparentemente - de sorte, Tess é contratada por Lucile Duff Gordon, para embarcarem juntas e passar a ser sua nova secretaria. Lady Duff, nada mais é do que uma importante e famosa estilista, tudo o que Tess sonha em ser.

Encantada com todo o luxo e as oportunidades ofertadas pelo Titanic, Tess acaba conhecendo Jack Bremerton, um rico empresário americano, que se vê diante de seu segundo divorcio, e que fica totalmente encantado com sua maneira de ser. Outro homem que acaba enfeitiçado por Tess é Jim, um dos marinheiros que faz parte da tripulação. Mas para ela o que mais importa naquele momento, é poder trabalhar com Lady Duff, te-la como sua mentora, e quem sabe um dia não ter mais que arrumar camas e servir o chá. Isso até o navio colidir com um iceberg e mudar o destino de 2.223 pessoas.

Trecho do Livro: 'O navio, proa para baixo, estava lentamente afundando na água. As pessoas começaram a cair dos deques como bonecos quebrados, debatendo-se, em cambalhotas, no mar. Ouvi-se um enorme estouro ... e então o Titanic desapareceu, sugado em uma única onda gigantesca, levando consigo toda luz, deixando os sobreviventes em total escuridão, só aliviada pelo brilho das estrelas.' - Pagina 64

Continue lendo: http://amigadaleitora.blogspot.com.br/2013/04/resenha-costureira-geracaobooks.html
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Jéssica 21/05/2013

A Costureira: uma surpresa realmente boa
Uma das melhores leituras do ano, é assim que eu começo definindo a leitura saborosa de "A Costureira", da americana Kate Alcott.

Confesso que o livro acabou indo para um lado da história que eu não imaginei. Pensei que lidaria com uma história clichê, que envolveria um amor impossível que, certamente, afundaria com o Titanic. Fiquei imensamente feliz quando percebi que estava errada. Felizmente, "A Costureira" não é apenas uma capa bonita.

A história, ao contrário do que se dá a entender, se inicia verdadeiramente após o náufrago do Titanic. Uma série de conflitos políticos e familiares explodem após a imprensa descobrir que um dos botes salva-vidas estava bem abaixo da capacidade que poderia suportar. Lady Duff Gordon, uma das estilistas mais célebres do mundo, acaba se vendo no olho desse furacão, e Tess Collins, sua secretária particular, acaba se envolvendo em dilemas que ela nunca pensou viver.

No decorrer das páginas, Tess se vê presa em escolhas que precisa fazer - e que não tem tempo de refletir. Até que ponto vale a pena ser fiel a alguém? Um sonho vale todo e qualquer esforço? Qual é a verdadeira face dos fatos que ocorreram a bordo do bote desmontável em que Lady Duff esteve a bordo naquela fatídica noite de abril? O que é verdade e o que é mentira? São inúmeros os questionamentos, mas são poucas as respostas.

Os problemas de Lady Duff acabam se tornando os de Tess e ela, como se já não estivesse confusa o suficiente, ainda acaba tendo o seu coração dividido pelo amor de dois homens que ela não consegue escolher.

As cenas românticas, realmente, são bastante escassas. Se você pensa que vai encontrar nesse livro uma história de amor semelhante a Jack e Rose, do filme de James Cameron em 1997, sugiro que nem o pegue nas mãos, pois irá se decepcionar, afinal, a trama construída por Alcott é muito mais profunda. A escritora acaba se aventurando pelo espírito humano, o que, no decorrer das leitura, nos faz perceber o quanto a nossa espécie pode ser cruel e egoísta.

É muito difícil eu me apaixonar pelas protagonistas, mas Tess conseguiu esse feito. Ela é uma mulher de fibra, que não se deixa humilhar e que luta pelo que quer sem tentar se impor a ninguém. Uma mocinha como a tempos eu não via. Uma mocinha humana, que fere corações e faz escolhas erradas. Outra personagem que me marcou muito foi a jornalista Pinky, outra mulher forte e que prima, acima de tudo, a verdade dos fatos. As duas são a minha dupla de personagens favoritas desse livro..

Com capítulos curtos, "A Costureira" tem uma leitura rápida, gostosa e fluída. A escrita de Alcott me impressionou muito também. Cada vez que ela falava dos tecidos - da beleza das rendas e da suavidade da seda - eu conseguia sentir as peças de pano deslizando pelos meus dedos, como se aquilo realmente fosse real. Certamente, se Kate Alcott publicar outros livros, eu os lerei apenas pela veracidade que ela consegue empregar nas palavras que usa.

O único problema que encontrei foi na revisão. Achei algumas frases sem sentido e erros de digitação que acabaram me desconcentrando. A editora pecou um pouco nesse quesito.

No mais, o livro é maravilhoso. E se tornou um dos meus favoritos.

Resenha publicada no blog As Estórias da Carter: http://estoriasdacarter.blogspot.com.br/2013/05/resenha-costureira-kate-alcott.html
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