Vicious

Vicious V. E. Schwab




Resenhas - Vicious


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cresswell 08/12/2022

o livro é o auge da intertextualidade (e eu não estou reclamando!)
primeiro: como ninguém nunca tinha me falado que isso aqui é o mesmo plot de "a favorita"? eli e victor são literalmente flora e donatela cara, até a ambiguidade em torno de quem é o verdadeiro vilão
depois tem as alusões às histórias de super-heróis como um todo, mas especialmente a relação do professor xavier e do magneto ? apesar de a do victor e do eli ser bem mais... com gostinho de ácido sulfúrico
aí, vem os animes. a própria v. e. schwab declarou que vicious é como uma carta de amor a cowboy bebop, e ler o livro tendo isso em mente fez a experiência ser ainda melhor para mim (visto que cowboy bebop é um dos meus animes favoritos), então quando percebi que conseguia relacionar os personagens perfeitamente, de forma automática me apeguei a eles (destaque à found family principal, lindos muito lindos)
mas além disso, as semelhanças com death note são CLARÍSSIMAS; o eli é literalmente o kira e a serena é a misa, fora a questão da moralidade e da linha tênue entre um herói e um vilão.
todas essas referências foram me enlouquecendo ao longo do livro, e além disso, o aspecto sombrio da história (o ar dark marca da estética da v.e. ? eu amo essa mulher) me cativou total. facilmente uma das melhores leituras do ano!
Maria17758 08/12/2022minha estante
EU NÃO SABIA DESSA RELAÇÃO COM COWBOY BEBOP, EU AMEI??? amo muito a v.e e esse já seria o próximo livro que eu ia ler dela mas a sua resenha me deixou ainda mais animada e com vontade de pegar pra ler IMEDIATAMENTE!! ah, e a favorita vibes >>>>


cresswell 08/12/2022minha estante
simm, quando vi ela falando sobre fiquei muito animada pra ler!! e ir captando pequenas referências do anime ao longo da história me deixou feliz demais hahah ?
também gosto muito dela, e acho que vale a pena dar uma chance mesmo!


Maria17758 08/12/2022minha estante
até o nome do livro em inglês, caraaaa!! muito muito bom saber disso, vou ler o mais rápido possível!




lumybea 22/11/2021

Vicious
ainda acho que não deveria existir um 2. esse final foi perfeito! foi épico! tivemos tudo o que a história prometia, e ela se fechava de forma tão maravilhosa. foi tudo tão bem amarrado, e a autora sabia onde ela queria chegar desde o começo.
o segundo mais pareceu um spin-off, uma novella ou uma fanfic boa.
iscoraline 15/01/2022minha estante
oi bea, você acha que precisa ter inglês avançado p ler esse livro? tô querendo dar uma chance... eu costumo ler vários livrinhos de romance bobinho em inglês tranquilamente mas é completamente diferente né


lumybea 16/01/2022minha estante
acho q tem q ser mais avançado sim, pq ele fala de umas teorias sobre o cérebro, explica um pouco de ciência, então ficaria chato se vc tiver que ficar pesquisando as palavras o tempo todo


lumybea 16/01/2022minha estante
recomendo vc ir primeiro com fantasia, pq o vocabulário é um pouco mais complexo que romance, mas ainda n chega no ponto da ficção científica




Livros e Citações 21/01/2016

Final espetacular!
Autora: V.E. Schwab
Editora: Tor
Páginas: 388
Classificação: 4.5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/?p=149153

Lockland é a universidade para onde as mentes mais brilhantes vão, e no topo dessa elite intelectual, temos os melhores amigos Eli Cardale e Victor Vale. Desafiados pelo professor de ciências a serem ambiciosos e criativos, saindo da zona de conforto, na tese do curso, Victor decide investigar os efeitos da adrenalina no corpo. Eli ousa mais: Ele vai estudar EOs, ExtraOrdinários, pessoas com poderes sobre-humanos, descobrir se realmente existem e, se sim, como surgem.

"Eu quero acreditar que existe mais. Que nós poderíamos ser mais. Inferno, nós poderíamos ser heróis."

Esse é um tema ousado, mas quando o professor o aceita, não demora pra que Victor fique incomodado. Afinal, Eli pode ser seu melhor amigo, mas se ele for bem sucedido, Victor ficará em segundo lugar, relegado ao “braço direito do gênio”, e isso é inadmissível! O que fazer então? Ajudar, é claro. E quando Eli chega à conclusão de que os poderes de EOs surgem como resposta a experiências de quase morte, os estudos de Victor sobre adrenalina se tornam muito convenientes para um passo além da simples descoberta… Afinal, se você sabe como criar um ser humano super poderoso, então por que não fazer exatamente isso? Victor está até disposto a servir de cobaia.

Então tudo está bem, tudo está bom, só que os estudos práticos dão certo e subitamente tudo mais dá errado. Victor passa dez anos na prisão e quando ele sai só existe um objetivo: vingança. E, ah!, ele também quer Eli morto, mas isso ele já queria antes de ser preso, por motivos que vale muito a pena ler o livro pra descobrir.

“Você deve criar tempo para aquilo que importa,” ele recitou, “para aquilo que te define: sua paixão, seu progresso, sua caneta. Pegue-a e escreva sua própria história.”

Nem Victor nem Eli são pessoas perfeitas. Na verdade, nenhum dos dois é exatamente um mocinho-herói, e não dá pra dizer com certeza sequer qual dos dois é o lado certo, mas você acompanha, na maior parte do tempo, a perspectiva de Victor e é quase sem perceber que a autora faz com que você torça por ele, mesmo que a cada momento fique mais claro que ele é um sociopata. Ao menos, é o melhor dos dois, né?

"Nesse jogo não há o cara bom."

E a forma como tudo se desenvolveu, a gama de poderes e o modo como eles são explicados, baseando-se no que a pessoa sentia e queria no momento em que estava morrendo, é incrível. Vamos desde ressuscitar mortos a teletransporte, passando por coisas super criativas e inesperadas. E mesmo as pessoas sem poderes especiais não perdem seu destaque – estou destacando Mitch nesse tópico, o companheiro de cela de Victor que escapa da prisão com ele, um grandalhão tatuado com jeito de brutamontes que é um doce de pessoa e excelente hacker, cuja má sorte, apenas, foi responsável para levá-lo para trás das grades.

A narrativa é feita alternando-se entre o antes e o agora, o que no começo é um pouco confuso, mas serve como excelente ferramenta para deixar o leitor ansioso, sem vontade de parar, para saber o que acontece depois e o que aconteceu antes. Por que as coisas ficaram como estão? Como se resolverão? V.E. Schwab mandou muito bem no modo como optou por contar tudo, inclusive os desencontros e reencontros.

“Ninguém vai te machucar. Você sabe por quê?” Ela negou com a cabeça e Victor sorriu. “Porque eu vou machucá-los primeiro.”

Uma coisa que pra mim foi particularmente interessante é a relação entre as irmãs Serena, aliada de Eli, e Sydney, aliada de Victor, mas é difícil falar dessas duas sem spoilers, então vou deixar para o leitor descobrir como a autora explora a fraternidade de maneira surpreendentemente realista com seus desentendimentos e conflitos, mesmo com os adicionais de poderes especiais e lados inimigos.

E o final é espetacular! Estava começando a pensar que estava simples demais, quando a autora me pegou pelos cabelos e virou a coisa toda do avesso, me deixando sem fôlego e muito satisfeita de saber que, embora o livro tenha sido escrito como standalone, uma continuação está para ser lançada. Não é realmente necessária, mas vou adorar reencontrar todos, sem sombra de dúvida!

Os momentos que definem vidas nem sempre são óbvios. Eles nem sempre gritam OPORTUNIDADE, e em nove a cada dez vezes não há corda para passar por baixo, nenhuma linha pra cruzar, nenhum pacto de sangue, nenhuma carta oficial num papel extravagante. Nem sempre são momentos alongados, cheios de significado. Entre um gole e outro, Victor cometeu o maior erro de sua vida, e ele foi feito em não mais de uma linha. Com três pequenas palavras.
“Eu vou primeiro.”

Resenha por: Hanna

site: http://www.livrosecitacoes.com/
Naty 21/01/2016minha estante
O inglês é que nível na sua opinião? Tenho vontade de ler esse livro.


Livros e Citações 21/01/2016minha estante
Tem algumas palavras complicadas, é nível avançado. Geralmente os livros de gênero fantasia são mais difíceis.




neo 27/06/2016

(Eu tenho pra mim que a Schwab vendeu a alma pro deus das capas porque todas as capas dela são maravilhosas. É sério.)

Estou me sentindo um verdadeiro ET por não ter gostado desse livro. Pelo que eu vejo o povo falando, Vicious é a melhor obra da Schwab (que também é a autora de A Darker Shade of Magic, que já foi resenhado aqui no blog) e, sinceramente, se essa for a melhor eu meio que prefiro ficar longe dos outros livros dela. Vicious não me convenceu nem um pouco.

Há vários motivos para isso, claro. A amizade e subsequente rivalidade entre Eli e Victor é um deles. Quero dizer, o que me fez querer ler esse livro foi justamente a ideia de amigos gênios que acabam se tornando inimigos depois de descobrirem e adquirirem poderes especiais, mas a execução dessa ideia deixou muito a desejar. Como já disse aqui mil vezes, eu sempre, sempre, preciso ver, entender e interiorizar (lol) que dois (ou mais) personagens são amigos/namorados/whatever. Se eu não me convencer de que a amizade/romance/whatever existe, eu não consigo me importar com as pessoas envolvidas. E foi exatamente isso que aconteceu aqui em Vicious. Como eu não consegui me importar com a amizade entre Eli e Victor justamente por não ver que havia uma amizade entre Eli e Victor, quando eles se tornaram inimigos eu não dei a mínima. E bem, a graça desse livro está justamente na dinâmica entre os dois. Então né, fica difícil.

Vicious também é contado de um jeito interessante. A autora usou muitos flashbacks e flashbacks que não vinham em ordem cronológica. Ou seja, em um momento você poderia estar lendo as coisas que estavam acontecendo agora, em outro as que aconteceram dez anos atrás ou cinco anos atrás ou dois dias atrás, etc. No início foi algo bem legal, mas lá pela metade do livro todo esse vai pra lá, vai pra cá começou a me dar nos nervos.

E, claro, tem o motivo de Eli e Victor terem se tornado inimigos. O leitor não descobre exatamente o que houve dez anos atrás até bem depois da metade do livro, mas até lá tem toda uma expectativa que a autora criou sobre o que realmente aconteceu. E quando é revelado, bem.... não é nada tão épico assim. Nada que, pra mim, teria feito Victor ficar com tanta raiva do Eli. Ficar com raiva sim, claro, mas desse jeito? Com esse drama todo envolvido? Nah.

Por último, tem a própria escrita da Schwab. Como também mencionei em minhas resenhas de A Darker Shade of Magic e A Gathering of Shadows, eu odeio fortemente o jeito como ela caracteriza os personagens e conta a história. Parece que ela está mais tentando impressionar o leitor do que escrever o livro como deveria. É uma escrita que tenta demais e que não me convence nem um pouco.

Enfim, Vicious foi uma decepção, bem o livro que passa batido por você porque não tem nada demais nele mesmo. 2.0 estrelas.

site: http://chimeriane.tumblr.com/
Naty 27/06/2016minha estante
É realmente estranho ver alguém falando mal desse livro quando a maioria das pessoas o ama ou fala super bem, mas entendi o que quis dizer. Queria saber quando vai lançar aqui no Brasil para eu poder ler. Não acho que eu esteja preparada para esse tipo de livro em inglês, mas queria muito conhece-lo.
Sua resenha deixa, é claro, qualquer um com um pé atrás, mas é sempre bom saber a opinião de mais uma pessoa tanto do lado que gostou quanto do lado que não gostou.


Camila 30/10/2016minha estante
Li o livro recentemente e concordo com você sobre a amizade deles ... Também nao me convenceu.... e consequentemente a rivalidade pareceu forçada
Achei o livro mais ou menos... poderia ser melhor...

Na verdade concordo com todos seus comentários, a exceção do da escrita ....gosto da escrita da V.E. Schwab (acho o gathering of shadows excelente... uma notavel melhora em relação ao darker shade of magic)

Mas em relação ao Vicious sua resenha está perfeita!




.Igor 26/03/2024

Essa pseudo-resenha foi escrita em meados de 2017 e fiquei planejando revisitar ela quando fosse reler "Vicious", mas como não tenho a mínima ideia de quando vou poder fazer isso, resolvi deixar logo por aqui. Agora antes de começar, tenho que destacar que ela é sobre a versão original de "Vicious", publicada em 2013 e na época não tinha previsão de lançamento no Brasil. Esse micro preâmbulo é pra justificar as citações que traduzi por aqui - não tenho a mínima ideia de como ficou o texto da edição brasileira -, então relevem qualquer erro (fiz algumas correções, mas pode não ter sido suficiente).

Victor Vale era um dos mais brilhantes e promissores alunos da Lockland University, em Merit. Essa universidade era extremamente elitista, apenas aceitando os melhores, o que tornava a presença constante de Victor entre os dois primeiros ligares do campus algo no mínimo notável. Mais notável ainda, entretanto, era o fato dele dividir os holofotes com apenas outro estudante, Eli Cardale. Victor e Eli começaram como dois dos mais brilhantes alunos que Merit já conhecera, com uma arrogância quase que equivalente à sua genialidade. Eles reconheceram um no outro a mesma sagacidade e ambição e tornaram-se amigos inseparáveis enquanto cursavam medicina juntos.

Fascinados pelos relatos e histórias sobre os ExtraOrdinários (EO), pessoas que supostamente desenvolviam habilidades que iam muito além da natureza humana, eles iniciaram, em seu último ano de faculdade, uma pesquisa envolvendo adrenalina, experiências de quase morte e eventos sobrenaturais sem explicação e chegaram à uma descoberta fantástica: que sob as condições corretas, uma pessoa poderia desenvolver habilidades incríveis. Ante essa possibilidade, eles decidem algo que mudará suas vidas para sempre: colocar a teoria em prática e criarem seus próprios EOs, e conseguem. Mas muita coisa teve que ser sacrificada em troca desse sucesso, e tudo deu terrivelmente errado.

Victor acabou preso e passou dez anos atrás das grades até escapar. Seu único objetivo agora é encontrar Eli e destruir seu melhor amigo, contando com a ajuda da silenciosa Sydney, cuja natureza reservada esconde uma habilidade sem igual. Enquanto isso, Eli está em uma cruzada para erradicar até a última dessas pessoas com habilidades, uma caçada implacável e impiedosa. Ambos estão em rota de colisão, mas quem irá sobreviver a esse encontro?

Vejam bem, "Vicious" é quase como um filme do Shyamalan: a melhor forma possível de lê-lo é não sabendo absolutamente nada do enredo; cada capítulo é construído e amarrado de tal forma que a história é uma verdadeira montanha russa de emoções. Mas tentarei falar um pouquinho mais sobre ele.

Dizer que Victor Vale era um brilhante estudante de medicina não era exagero: ele parecia ter um dom sobrenatural para entender como o corpo humano funciona, como cada sensação, cada ação tem um ou mais gatilhos específicos. Dizer que seus pais eram ausentes é um eufemismo, sua infância foi solitária, e ele se tornou um adulto cínico, manipulador e ambicioso, mas ainda conseguiu manter um caráter bastante íntegro, o que nunca deixou de surpreendê-lo em várias ocasiões.

"Victor se perguntava sobre muitas coisas. Ele pensava em si mesmo (se ele tinha problemas ou era especial, ou melhor ou pior) e pensava nas outras pessoas (se eles eram realmente tão estúpidos quanto pareciam). Ele pensava em Angie - o que aconteceria se ele contasse à ela como ele se sentia, como seriam as coisas caso ela o escolhesse. Ele pensava na vida, nas pessoas, em ciência, em magia, em Deus, em se ele sequer acreditava em qualquer uma dessas coisas."

Ele atraía as pessoas, mesmo contra sua vontade. Com o tempo, ele aprendeu a usar esse carisma, ainda que não chegasse nem aos pés de Eli. Victor era naturalmente quieto, mas ainda mais quando ele estava sob pressão, o que dava aos seus colegas a distinta impressão que ele sabia o que estava fazendo, mesmo que ele não tivesse a mínima ideia.

No final do seu primeiro ano de faculdade, ele conheceu um aluno que havia se transferido para seu dormitório, Eli Cardale. Ele era como uma daquelas imagens cheias de pequenos erros, do tipo que você só perceberia observado a imagem sob cada ângulo possível e, ainda assim, alguns ainda não seriam percebidos. Na superfície, Eli parecia perfeitamente normal, mas de vez em quando Victor podia perceber uma falha, um olhar desviado, um momento em que o rosto de seu colega de quarto e suas palavras, seu olhar e seu significado, se desencontrava. Esses momentos passageiros fascinavam Victor. Era como observar duas pessoas, um se escondendo sob a pele da outra. E a pele delas estava sempre muito seca, quase no ponto de rachar e mostrar a cor da coisa que está abaixo.

Havia algo nos dois, um tipo de "deslocamento" em relação à todos ao redor, que fez com que ambos se tornassem amigos inseparáveis. Quando eles resolvem seguir adiante com sua tese sobre EOs, o resultado não só destruiu essa amizade, mas criou algo terrível e violento no lugar deles dois. Dez anos depois, a única coisa que Eli quer é o extermínio de EOs. Ele passou a ver a si mesmo como um herói, um cruzado abençoado e guiado por Deus para livrar o mundo desses seres anti naturais e proteger os inocentes que estão em perigo graças a esse desequilíbrio. Victor, por outro lado, não dá a mínima para isso. Ele sobreviveu os últimos dez anos se alimentando do desejo de fazer Eli pagar por sua traição, usando sua mente afiada por anos de um ressentimento mortal e quaisquer meios que encontre no caminho, e uma jovem garota que também foi traída e caçada, e que possui uma habilidade com ramificações gigantescas.

É fácil, às vezes até demais, encontrar histórias sobre heróis, sejam eles "super" ou não; até mesmo anti-heróis estão aparecendo com mais facilidade hoje em dia, mas não existiria nenhum herói caso não houvessem vilões, e eles são quase sempre postos em segundo plano. Derrotá-los não passa de mais um degrau para determinado herói. Há exceções a essa regra, e exceções magníficas, devo acrescentar, e “Vicious” encontrou um lugar fantástico entre essas obras.

Os personagens que a Schwab criou são humanos, falhos, gananciosos; em um mundo ideal cuja moral é negra ou branca, eles são cinzentos (um cinza bem escuro, quase preto, na verdade), o que dá um realismo palpável a uma narrativa que, superficialmente, lembra bastante os embates entre Charles Xavier e Magneto nas histórias dos X-Men. Mais que isso, nossos protagonistas se encaixam perfeitamente no conceito técnico de "psicopatas" e são construídos de uma forma que não deixa o leitor ter qualquer ilusão sobre suas motivações ou sobre o caráter deles. Talvez eles não sejam ruins, mas também não são santos. E é possível entender, de alguma forma, o porque deles serem e agirem de tal forma.

"O jornal chamou Eli de herói. A palavra fez Victor rir. Não apenas porque era absurda mas porque criava uma questão. Se Eli era realmente um herói, e Victor pretendia parar ele, isso o tornaria um vilão? Ele tomou um longo gole da sua bebida, encostou sua cabeça novamente no sofá, e decidiu que ele poderia viver com isso."

Os personagens da Schwab foram vítimas das suas ambições e das circunstâncias, que, ao invés de sentirem repulsa, abraçaram todas as coisas horríveis que tinham que fazer. E ela faz com que torçamos para eles consigam o que querem! O carisma que esse pessoal esbanja no livro é praticamente palpável: é impossível não vibrar quando algum passo do plano de Victor dá certo, ou ter calafrios quando Eli encontra um de seus alvos.

E eu nem falei nada das habilidades dos dois, não é? Bem, direi logo que foi proposital. É parte integral da história, e uma das coisas que me fez praticamente devorar esse livro e ficar imaginando o que cada um poderia fazer até que finalmente descobri o que era, e meu povo, é simplesmente genial! E estou, desde que terminei o livro, pensando nas possibilidades desse universo que a Schwab criou (dica: são muitas).

Sem vilões, não haveria a necessidade para heróis; eles são a herança do dualismo entre bem e o mal que sempre esteve presente em um ponto ou outro da história humana e esse livro é uma excelente forma de lembrar isso. Então, caso não tenham lido ainda, procurem "Vicious", não irão se arrepender!

"Mas essas palavras que as pessoas usam por aí - humanos, monstros, heróis, vilões - para Victor eram apenas questão de semântica. Uma pessoa poderia se autoproclamar um herói e sair andando por aí matando dezenas. Uma outra pessoa poderia muito bem ser rotulada uma vilã por tentar parar ela. Humanos demais eram monstruosos, e muitos monstros sabiam como fingir serem humanos."
Iluvitoria 26/03/2024minha estante
O maioral


izacaduca 26/03/2024minha estante
quero aprender fazer resenha boa igual você faz igor ??




Victor Almeida 21/03/2014

HUMANOS SÃO MONSTRUOSOS
Vicious é obscuro. Esse é o principal sentimento que pude nomear ao terminar o livro. A autora V. E. Schwab traz o estilo de batalha de herói contra vilão dos quadrinhos e retorce a ideia em diferentes direções, fazendo-o acreditar que não há diferença entre os dois lados. A complexidade do bem contra o mal, e os níveis de cinza entre o branco e o preto, foram excepcionalmente explorados em personagens cativantes com habilidades curiosas e momentos sagazes.

Eu consigo entender como esse livro pode ser direcionado para uma audiência mais madura. A história é capaz de saltar das páginas e te sugar para ela com perfeição. A autora tem uma habilidade estonteante de te deixar intrigado e manter o ritmo da história durante o livro todo, sem se perder ou nos fazer imaginar se aquelas páginas seriam realmente necessárias ali. Mas, se você não é capaz de aguentar cenários pertubadores e personagens impiedosos e desumanos, esse não é o livro para você.

Vamos ao que interessa. Vicious é contado ao mesmo tempo do passado e do presente, alternando os capítulos. A história de Victor e Eli, assim, lentamente se desdobra. Alguns capítulos contam sobre os acontecimentos de dez anos atrás, quando Victor e Eli ainda estavam na faculdade e eram amigos. Outros falam sobre o presente, quando ambos já são inimigos mortais e Victor acabou de sair da prisão. O que é mais intrigante durante essa sequência é apreciar o desenvolvimento dos personagens no passado que justifica suas ações no presente. E vou te dizer: me encontrei concordando com ações cruéis mais de uma vez. A alternância dos capítulos preenche os buracos na história de forma fantástica e faz com que fiquemos curiosos para saber o que aconteceu de tão terrível que os tornou inimigos tão ferozes.

É fato que a história se torna cativante porque é quase inteiramente direcionada para os personagens. Victor é determinado a por um fim em Eli, e fazê-lo entender que poderes não o tornam instantaneamente mal. Victor é diferente de Eli, porque acredito que ele não veja as habilidades necessariamente como contrastantes entre bem e mal. Ele é mais prático, e talvez mais suscetível a aceitar o que acontece com ambas as pessoas. As habilidades, para ele, podem ser úteis. Isso é um dos fatores que atrai sua ajudante, Sydney, até ele. Quando fui apresentado pela primeira vez ao personagem, no período da história de 10 anos após os terríveis acontecimentos, ele me pareceu sinistro. Quase animalesco. Mas enquanto a história se move, você consegue entender o seu lado compassivo, apesar de tudo o que sofreu. O foco do personagem o torna muito fácil de se relacionar e realmente entrar em sua pele.

Eli, por outro lado, é determinado de uma forma diferente. Sua busca é por outros ExtraOrdinários (EOs) para que possa mata-los. Para ele, pessoas com superpoderes são monstros, obras malignas e apenas carcaças que abrigam essas características, excluindo a si mesmo por possuir um poder reflexivo. O que aconteceu com o personagem, realmente, foi terrível, mas ele se vê como o salvador da humanidade e um herói, sendo atribuído a ele a missão de libertar a sociedade desse mal. Eli é confiante. Ele sente que merece tudo na vida sem ter que lutar por isso. Eli e Victor, entretanto, compartilham a inteligência e o interesse comum pela ciência, o que os torna opostos de um mesmo espectro.

Existem muitos outros personagens no livro, mas até os mais secundários são interessantes, únicos e tridimensionais. Não há ninguém meigo e “café com leite” aqui.

O que faz de uma pessoa um herói ou um vilão? O que os define? São suas ações ou as ações que afetam as pessoas ao seu redor, a sociedade, ou algo menos tangível? Ou são suas intenções? É acreditar que o que estão fazendo irá salvar ou destruir o mundo? Tanto Eli quanto Victor se equilibram em uma linha ao longo do livro, presos entre intenção e ação, entre o que eles esperam que suas ações façam e o que eles realmente fazem, mesmo que não tenha sentido para o outro lado.

Por mais obscuro que Vicious seja, e por mais estranho e perturbador, é também um livro extremamente divertido que agarra a sua atenção. Ele pede para ser lido de uma vez só, mas alguns eventos fazem você voltar atrás e respirar um pouco. É cruel, mas é incrível. Em alguns momentos me encontrei gritando para coisas não acontecerem, e por mais embaraçoso que isso seja, me deixou feliz por ter forjado uma conexão tão forte com os personagens, desejando por mais.

site: http://olhosderessaca.com.br/vicious-v-e-schwab/
Dani 10/07/2016minha estante
Perfeita sua resenha! Terminei de ler agora e adorei.




Virna 27/09/2016

Se eu tenho algo que me diferencia, isso me torna um enviado de Deus à terra?
Esse livro me deixou no chão. Não literalmente, mas é o primeiro livro que nem ao menos sei como começar uma resenha. Dizem que a vaidade é o pecado favorito do diabo, e esse livro mostra um viés exato disso.

Dois grandes amigos da faculdade, Victor e Eliot, começam a testar, por ideia do segundo, como desenvolver “poderes” e se tornarem ExtraOrdinários – e, sinceramente, era isso que eu sabia desse livro. Cheguei nele depois de ler o maravilhoso “Um tom mais escuro de Magia”. Você que resolve ler esse livro, precisa saber algumas coisas a mais: A narração não é linear e nos capítulos finais começa uma contagem regressiva para o ápice de todo livro.

Mas o core do livro é o relacionamento entre Victor e Eli, que de melhores amigos passam a serem inimigos mortais, um ódio profundo permeando de Victor para Eli e uma magoa e ilógica sensação de dever de Eli para Victor. É profundamente espetacular como o relacionamento deles é construindo, como desde sempre havia muito sentimento e ressentimento entre eles, como relacionamentos são frágeis e como você desenvolve mais ódio de pessoas que você amava.

Existe um segundo relacionamento nesse livro que eu não estava ciente e não vou falar muito sobre, deixar para quem ler se contorcer por Sydney e Serena. Uma você vai amar, outra você vai odiar profundamente. É um livro com tão complexo e bem escrito que até o mesmo o personagem coadjuvante tem nuances e mistério: Mitch, quero mais de você também.

Enquanto me aproximava do final do livro, eu estava profundamente preocupada, porque faltavam poucas páginas e aonde estava a conclusão daquela história? Mas, pra minha surpresa, Schwab entregou um final que me deixou completamente alucinada pelo livro, porque apesar de ser algo que alguns poderiam imaginar depois de alguns fatos, a forma como ela fez foi sensacional.

V. E. Schwab é alguém que devemos ficar de olho porque ela definitivamente tem o dom da escrita e sabe jogar os leitores no universo dela. E por favor, Schwab, escreva mais livros nesse universo.
Táta 11/07/2017minha estante
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lumybea 29/11/2023

Vicious
Como não amar? Tem tudo o que eu gosto: ação, drama, gente inteligente decidindo que quer dominar o mundo.

Victor Vale você é fantástico. Um psicopata que eu jamais chegaria perto? Sim. Mas admiro a tua inteligência.

Eli Cardale você é mais louco que o Victor, e isso é dizer alguma coisa.

Sydney Clarke você é perfeita do jeito que você é.

Mitch Turner você é o meu bebê, só quero te prender num potinho e proteger do mundo.

Serena Clarke você é uma filha da p e eu espero que o inferno te acolha bem (porque você vai pra lá com certeza).

Angie Knight sinto muito mas o Eli não era quem você achava que ele era.
Mike Willian 19/03/2024minha estante
Meu, a Serena é completamente dissimulada. Mas esse livro é msmo sensacional.




Marcella.Martha 07/09/2015

Um livro sobre dois vilões que se acham heróis onde um deles é um pouco mais carismático que o outro
Vicious é um livro sobre super anti-heróis. Li milhares de reviews incríveis sobre o livro e quando finalmente tive a chance de colocar as mãozinhas nele, não hesitei. Não foi uma aquisição barata, mas eu não me arrependo de nada! O livro é maravilhoso! E diferente de tudo o que eu já li.

Vicious se passe em um futuro não tão distante, onde correm boatos fortes de que existem pessoas com poderes sobrenaturais, os EOs, ou ExtraOrdinaries. Ninguém confirma ou nega, é que nem caviar na música do Zeca Pagodinho - nunca vi, nem comi, eu só ouço falar. O livro é dividido em dois tempos: o presente e dez anos antes. No presente, ele narra a trajetória de Victor Vale, um fugitivo de uma prisão de segurança máxima que tem como único objetivo reencontrar o seu nêmesis e se vingar. Dez anos antes, Victor era um promissor e inteligentíssimo estudante de medicina que vivia que nem unha e carne com seu melhor amigo, Eli. Até que os dois desenvolveram uma teoria sobre como os ExtraOrdinaries surgiam - não por nascença, não por DNA, mas por um trauma induzido que poderia, por que não, conceder super habilidades. E é a ambição e a sede pelo poder que vai destruir os laços entre os dois.

A relação entre o Victor e o Eli é uma coisa fantástica. Ao mesmo tempo em que rola camaradagem e admiração, eles também são consumidos por ciúmes e inveja. O tempo inteiro disputando para ver quem seria o mais inteligente, o mais famoso, o mais inovador. A corrida por descobrir o segredo dos EOs faz com que todos os sentimentos ruins entre eles sejam elevados à máxima potência, e eles chegam aos maiores extremos só para não perder nessa disputa pessoal.

Aí tem a questão moral da história. É simplesmente impossível dizer quem é o mocinho e quem é o vilão. Eu diria que o livro na verdade é sobre dois vilões, sendo que um deles é um pouco mais carismático do que o outro. O tempo inteiro a autora deixa bem claro que o Victor não é um docinho de pessoa, senhor da verdade e detentor da tocha da correção, como ele acredita. Muito pelo contrário, ele é capaz de cometer atos tão frios e sem sentimentos quanto o pior dos vilões. Os motivos para a tal vingança dele não são nem tão bem justificados assim, exceto pelo fato de que o Eli de fato se torna todas as coisas que o Victor sempre achou que ele era, mas nunca tinha confirmado - ao mesmo tempo em que o Victor é mesmo exatamente tudo aquilo que faz com que o Eli acredite que ele é uma abominação. Um é varado de louco, o outro é ultra egocêntrico. E no meio dessa história, é difícil você decidir quem é certo e quem é errado, quem é menos vilão e quem é mais. A narrativa cada hora te joga para um lado. É uma questão bastante pessoal decidir por quem torcer aqui.

Adorei o feeling X-Men, adorei a escrita, adorei a dualidade dessa história, que mostra que a linha entre o Bem e o Mal, o Certo e o Errado, o Herói e o Vilão, é muito mais tênue do que nós imaginamos. Não existe preto e branco, nada é exatamente como as pessoas acreditam que seja. E não é assim que é a vida? A gente é tão acostumado a ver as coisas sob o nosso ponto de vista, julgar com base nos nossos pré-conceitos e opiniões, muitas vezes sem levar em consideração o lado dos outros. O que Vicious faz é levar esse egocentrismo da humanidade a um nível extremo, ao mesmo tempo em que conta uma história super intrigante. Não consegui parar de virar as páginas.

Eu sinceramente não me lembro de ter lido nenhum outro livro que tivesse como personagem central alguém que fosse realmente tão anti-herói quanto o Victor - em geral, os autores te dizem que o personagem deles desafia os estereótipos de mocinhos, mas na prática eles são tão bonzinhos e perfeitinhos quanto qualquer herói. O que a V.E. Schwab faz é justamente o contrário: o Victor o tempo inteiro se coloca na posição de bom moço, mas as ações dele gritam o oposto. E aí o que é que conta mais: intenção ou ação? Tanto ele quanto o Eli possuem pontos de vista próprios, e, de onde eles estão, o que fazem é para o Bem maior. Mas será que é mesmo?

Victoria Shwab, minha filha, espero que os seus livros de Young Adult sejam tão bons quanto esse!
comentários(0)comente



Natalia.Goncalves 19/12/2015

Em poucas palavras....Se você gosta de xmen irá gostar desse livro
O enredo retrata a história de dois alunos brilhantes de medicina durante o desenvolvimento de sseus trabalhos de conclusão em que decidem colocar as teorias de como nascem os seres ExtraOrdinários (tipo mutantes X-men) . A narrativa então se alterna entre o passado e 10 anos depois em que os antes amigos estão a caça um do outro.
Os capítulos são curtos e alternados entre passado e presente dando dinâmica e mantendo a expectativa do leitor que vai entendendo aos poucos o que aconteceu nesse ínterim. Não dá vontade de parar de ler e a escritora consegue descrever os fatos, personagens e cenários de modo que me senti como uma personagem invisivel mas omnipresente o que me motivou a ler outros livros da autora.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 30/08/2017

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
"Vida - do jeito que realmente é - é uma batalha, não entre Mal e Bem, mas entre Mal e Pior. (Joseph Brodsky) *"

Poucas frases podem resumir do que se trata Vicious. Uma delas é essa epígrafe (quote acima) que a Schwab colocou e a outra é o quote a seguir.

"Não há bons homens neste jogo.*"

Vicious conta a história de Victor Vale e Eli Cardale (futuramente Eli Ever), que passaram de amigos para inimigos mortais. Ambos se conheceram na faculdade e, depois de algumas teorias postas em prática, se tornaram ExtraOrdinários ou, simplesmente, EOs. Mas a treta não acaba por aí.

Por motivos a serem explicados na história, Victor acaba sendo preso por causa de Eli. Desde então, tudo que ele sente pelo ex-amigo é raiva e um desejo de vingança. Do outro lado, temos Eli, achando que os EOs não são criaturas naturais e começa a exterminar um por um.

Dez anos depois, Victor escapa da prisão, disposto a fazer Eli pagar por tudo que fez. Eli está preparado para o que quer que Victor está armando. No fim das contas, que sobreviva o melhor.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira, os capítulos são alternados entre passado e presente. Os capítulos no passado mostram como esses dois EOs foram de amigos para super nemesis um do outro, boa parte deles narrados em terceira pessoa, focando em Victor. Na segunda parte, temos capítulos que narram o passado de Eli, depois de todos os babados que se passaram entre ele e Victor, até o presente. Também temos capítulos que narram a história de Mitch e as irmãs Serena e Sydney, personagens que acabaram caindo de paraquedas nessa rixa.

"Muitos humanos eram monstruosos, e muitos monstros sabiam como ser humanos.*"

Vi muitas reviews comentando que os dois protagonistas são anti-heróis, mas eu não enxerguei assim. Pra mim, Vicious conta a história de dois vilões, onde um acha que está mais certo que o outro. A história tem muita vibe de Professor Charles Xavier e Magneto, mas, ao contrário desses X-Men que apesar das divergências se respeitam e se importam um com outro, não há nada disso entre Victor e Eli.

Victor é uma pessoa movida por vingança e amargura. Desde a faculdade, vemos que Victor já nutria esse sentimento por uma série de motivos, mas depois de ter sido preso por causa de Eli, tudo piorou. Victor é um personagem frio, um tanto manipulador e, assim como Eli, acha que é juiz, júri e executor de tudo. A real é que ele está cego de vingança e elimina tudo que entra em seu caminho.

Eli é um personagem um tanto mais complexo que Victor. Por terem morrido e voltado a vida, ele crê que EOs são pessoas quebradas e não-naturais, ele mesmo incluso. Por esse motivo, ele toma pra si o direito de matar todos. O que me deixou mais de cara foi como ele chegou a essa conclusão. Não vou contar pra não dar spoiler (óbvio), mas é algo que acontece muito na sociedade que por um lado eu não fiquei surpresa, mas do outro fiquei com muita raiva.

"Você é o herói [...] da sua própria história, pelo menos.*"

Um ponto super positivo é justamente como esses EOs são criados. Diferente do que vemos pessoas cujo poder já está intrínseco no DNA (X-Men) ou que adquiriram através de contato com algo nuclear (Spiderman e Hulk), esses poderes são gerados a partir de experiências de quase morte. Gente, eu achei isso genial. E toda essa tese tem um embasamento com três vertentes que é de deixar a boca aberta. Fora que achei essa teoria super inovadora e interessante porque faz muito sentido. Por conta disso, senti super vibes da série The OA (quem assistiu, sabe). Mas não se engane que a autora se baseou, visto que o livro foi lançado em 2013.

Assim como na trilogia Tons de Magia, a maioria dos capítulos são curtos e ela vai direto ao ponto, sem muito rodeios. Vicious não é um livro de muita ação, mas isso é compensado por todo suspense e tensão que gira entre Victor e Eli. Só digo que Vicious é um livro que te prende justamente por isso. Como o próprio título sugere, viciante.

Vi no twitter que a autora está trabalhando na sequência, que se chamará Vengeful. E depois daquele final de arrancar os cabelos, espero que ela termine logo porque não aguento mais de angústia!

* Traduções feitas por mim

Leia mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2017/08/resenha-201-vicious.html
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Lids 25/10/2017

Vicious - V. E. Schwab
Vicious repensa a natureza humana e valores como bem ou mal.

Vicious é um livro onde pessoas adquirem super poderes, após sobreviverem a uma experiência de quase-morte.

É difícil falar muito sobre ele sem dar spoilers. Tem uma narrativa que pouco explicativa e lenta, buscando a descoberta dos eventos pelo leitor através do que é mostrado. Para auxiliar na descoberta, o livro se passa em dois tempos: o tempo presente em que Victor, escapou da prisão, e está com uma menina, Sidney, que foi recém baleada; e tem o tempo passado em que Victor e Eli são cientistas e estão tentando descobrir como funciona a criação de super-poderes.

Conforme vai passando os mistérios, a narrativa vai focando cada vez mais no tempo presente e na motivação dos personagens no momento atual. Temas como fanatismo religioso e intolerância acabam surgindo em meio ao conflito principal e é explorado por meio de uma metáfora inteligente e surpreendente ❤

O tema principal são os conceitos de bem ou mal, visto que em diversos momentos tanto Victor quanto Eli tem comportamentos vilanescos, porém como diz a citação no início do livro não se trata de escolher entre o bem ou o mal, e, sim, o menos mal. Essa citação e esse tema podem remeter a tantas coisas, principalmente à situação política atual no mundo. É impossível não lembrar da inevitável e difícil escolha que teremos que fazer para presidente em 2018.

Com uma narrativa surpreendente, misteriosa e intrigante, Schwab consegue colocar os temas mais complexos, como intolerância religiosa e a existência ou não de “bem” ou “mal”, em uma história de fantasia incrivelmente bem construída e diferente *-*-*

Recomendo para quem gostou de Coração de Aço (Brandon Sanderson) e O.A. (Série Netflix / Brit Marling).

site: https://cacadorasdespoiler.wordpress.com/2017/10/25/vicius-v-e-schwab/
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Lybio 07/02/2019

Uma grata surpresa, excelente sci-fi, deixou uma tema já batido e caricato em algo bastante interessante e curioso.
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steph (@devaneiosdepapel) 22/04/2019

Vicious
“Vicious” é o primeiro livro de uma duologia da autora V. E. Schwab (sim, a mesma da trilogia Tons de Magia). Os livros ainda não foram lançados aqui no Brasil (alô, Record), mas espero que isso mude em breve, afinal, essa é uma leitura sensacional que certamente vai entrar para as minhas melhores de 2019.

A obra nos apresenta dois protagonistas: Victor e Eli. Eles se conheceram na faculdade de medicina e juntaram seus conhecimentos para fazer um experimento extremamente perigoso e complexo, com o objetivo de gerar pessoas com habilidades especiais. Por meio de uma narrativa que navega entre o presente e o passado, dez anos atrás, vamos conhecendo mais sobre a relação deles e o motivo de Victor, nos dias atuais, estar atrás de uma vingança contra Eli.

Acho difícil encaixar “Vicious” em um único gênero; acredito que o principal seja ficção científica, mas também encontramos elementos de suspense, romance policial e fantasia. Essa mistura dá o tom perfeito para a obra, que é tão tridimensional quanto seus personagens.

E por falar nisso, que personagens incríveis! Apesar de a duologia se chamar “Vilões”, Victor e Eli não podem ser chamados exatamente disso, assim como não podem ser considerados heróis. Cada um tem seus princípios e motivações, que se justificam em suas ações. No início da história eu era team Eli, mas isso mudou bastante ao longo da leitura. Agora sou team Victor com orgulho 💀

V. E. Schwab utiliza a obra para questionar os conceitos de Bem e Mal, bem como a ética e a moralidade. Além disso, temos também aquela dúvida constante: os fins justificam os meios ou os meios justificam os fins?

Gostaria de poder falar mais sobre o livro, mas acho que essa é uma daquelas histórias sobre as quais é melhor saber o mínimo possível. Se você é fã de histórias como X-men e Watchmen, há grandes chances de adorar “Vicious”.

A escrita da autora é deliciosa e muito fluida, e o inglês não é nada complexo, uma ou outra palavrinha mais difícil e só. Enfim, dei 5 estrelas e não encontrei quase nenhum defeito, ou seja… recomendado é pouco!

site: https://www.instagram.com/p/BtQu5knBIOu/
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Lauraa Machado 21/06/2019

Personagens complexos, enredo inteligente e uma escrita maravilhosa!
Depois de ter uma relação de amor e desgosto com a série Tons de Magia da mesma autora, realmente considerei me manter longe dos livros dela. Mas foi esse, Vicious, que quis primeiro e não conseguiria aguentar a curiosidade sobre ele. Muitas pessoas em quem confio o recomendaram loucamente. Alguma coisa tinha que ter aqui.

É difícil classificar este livro. Ele tem ficção científica, tem muito dos quadrinhos de super heróis, mas também é bastante realista e se passa hoje em dia, com protagonistas adultos e personalidades complexas. Ele fala sobre vilões, mas fala mais sobre humanos, sobre crenças, sobre limites e ambição. Tem um tom mais sério, mas ainda assim consegue ser divertido. Não tem muita ação, mas são tantas peças interessantes se montando em uma narrativa fora de ordem cronológica, que é muito fácil ficar viciado na leitura. É um livro muito único e excelente.

Victor Vale me conquistou logo de cara, confesso, desde sua primeira cena no livro. Ele está longe de ser uma boa pessoa, e talvez essa seja sua melhor característica, mas é extremamente carismático e seus "companheiros" e ele acabaram se tornando uma das minhas equipes favoritas. Adoro a Sydney e espero que ela apareça no próximo livro. Do outro lado, Eli é realmente um dos personagens mais complexos que já encontrei, mas fez total sentido desde o começo. Sua loucura (é assim que vejo, não tem jeito) me assustou muito, mas também fiquei impressionada com o jeito da autora de assumir o personagem e suas atitudes, ainda deixando muito nas entrelinhas.

Outra coisa excelente é a relação do Victor com o Eli, principalmente na época da faculdade. Essa questão de amizade e rivalidade, inveja e admiração, que é tão complexa e difícil de definir, mas que a autora conseguiu acertar em cheio.

Sobre o enredo, não é tão movimentado e cheio de ação como um livro "de super herói" costuma prometer, mas definitivamente foi muito bem feito e melhor ainda por isso. O jeito da autora de contar essa história, intercalando linhas do tempo sem muita ordem, mas com bastante lógica, foi o ponto alto para mim. Tudo apareceu na hora exata, sem me fazer ficar torcendo para voltar para outra hora ou até para outro ponto de vista.

Sinceramente, é um livro completo e perfeito. Claro que fico feliz de ter uma "continuação", mas também estaria bem satisfeita com esse final. Ainda bem que meu incômodo com os outros livros dela não me impediu de dar uma chance para esse livro incrível!
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