Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

thaireads 16/02/2020

Achei o livro bem parado. Talvez, isso se deva ao fato de que não simpatizei muito com a narradora e, muitas vezes, a achei intragável. O Kevin é um garoto muito sombrio desde o início e passa vários indícios de sua psique atormentada (? não sei se esse seria o termo certo).
A narrativa fica mais dinâmica no final quando acontece o ápice da história e acabamos descobrindo detalhes mais sombrios ainda.
O livro me deixou reflexiva sobre a relação mãe e filho e sobre como essa pode acontecer com sentimentos não óbvios e contraditórios.

Paulo César 14/08/2020

POR QUE, KEVIN?
Comecei o livro lembrando do filme que havia visto anos antes. E agradeço por não ter tantas cenas do livro no filme.

Desde o começo você já começa querendo saber o que aconteceu e como aconteceu. Você quer uma explicação. Quer uma resposta. POR QUE, KEVIN?

Eu meio que demorei para terminá-lo, mas terminei espantado, e ainda com perguntas.
O livro é ótimo, apesar de ter muita enrolação, agora vejo que foi necessário para uma suposta explicação do porquê, isso, sendo visto a explicação que a mãe queria acreditar.

Não a culpo e às vezes, sinto pena de Eva, apesar dos apesares, ela ainda esteve ali pronta para seu filho que sem explicação ou motivo em especifico, tirou a vida de seu colegas, de seu próprio pai e de sua irmã. Resposta que pros dois últimos você ainda não as têm. Mas tudo bem. Seria melhor o segredo.

Mas é um livro viciante e característico, singular, talvez. Comecei a leitura perguntando o porquê Eva nunca tinha respostas. O por quê Célia não falou mais sobre o acidente no olho, que eu ainda acho que foi o próprio irmão... para no final descobrir que ambos estão mortos, pelo próprio filho.

Noto o quão Eva é forte, o quanto ela teve que passar e suportar sozinha as coisas que seu filho fez. Enquanto ela paga pelas consequências de seu filho, ela encontra coragem para ser maior que seu filho e o visitá-lo e tentar entendê-lo.

Amanda 02/04/2022

Incrível e chocante
Livro incrível e chocante, a história é de arrepiar os cabelos. Um dos livros mais envolventes que já li, recomendo muito!

Jessy 05/08/2020

Forte, impactante!!
Confesso que o início desse livro (nas primeiras, pelo menos, 150,200 páginas) pensei em deixar a leitura de lado por várias vezes. Foi bem arrastada. Detalhes demais, muitas vezes bem desnecesários para o entendimento da história.
Mas me forcei a continuar já que já havia assistido ao filme. Não me arrependi.
Livro extremamete pesado, me fez faltar o ar nas páginas finais. Contando uma realidade triste mas que acontece em muitas famílias.
Recomendo a leitura desse livro, bem como o filme de mesmo nome.

Beatricets 08/09/2021

Fui nocauteada por esse livro
E senti a dor daqui. Senti a dor dessa mãe, a angústia, a culpa, o vazio? e tudo que veio junto com a chegada de Kevin.

Achei extremamente bem escrito, detalhista e tocante. O livro transita entre o presente e o passado, em forma de carta, sendo a narradora a mãe do Kevin, Eva, escrevendo para o (ex) marido. Não apenas escrevendo, mas vomitando coisas que ela nunca teve coragem de dizer em voz alta, sequer admitir para si mesma. Contando seu lado da história, revisitando momentos da vida em família, procurando com afinco os motivos, os erros, os equívocos, a culpa. Revivendo e explicando nos mínimos detalhes para ele tudo que viu e que sentiu. E é bem dilacerante acompanhar isso tudo. Nessa história, o horror está mesmo nos detalhes.

E no fim das contas os temidos ?porquês? não se concretizam, tanto para Eva quanto para nós, leitores. E já nem importam mais. Simplesmente não há como justificar o injustificável. Fica sempre aquele vazio imenso de não ser capaz de compreender e tampouco aceitar o que que Kevin faz.

As últimas páginas ainda arrancam o que restou de dentro de você. Difícil de engolir?

Leia, leia mesmo, mas sempre pense o pior.

Luanna.Vieira 09/09/2020

"Eu me encontro horrorizada e fascinada ao mesmo tempo." Foi a primeira frase que veio em mente assim que terminei de ler Precisamos sobre o Kevin, ou "precisamos falar sobre a maternidade" também

cairia bem.. Só posso dizer que é terrivelmente incrível.

Ferr 06/11/2021

Bom, mas cansativo
A escrita é muito detalhada e os pensamentos e sentimentos da personagem é descrito de forma lenta e cansativa. No entanto a história é boa, e recomendo aos leitores mais acostumados com esse tipo de escrita

Gabrielle Hensel 19/04/2020

Me vi presa ao livro desde quando comecei a ler. Confesso que esperava ter minhas expectativas frustadas, mas quanto mais você lê, mais insaciável você fica. E o final? Completamente inesperado. Sou muito feliz por nunca ter ouvido falar nessa história antes de ler o livro, assim tive o prazer de apreciar sem nenhum vício.

É inexplicável o quanto eu me vi na mãe de Kevin, o quanto odiei junto com ela, amei junto com ela. Mas ao mesmo tempo, no final, não consegui sentir a compaixão que ela construiu. Pelo contrário. Senti raiva dela como a mãe que a colocou em tribunal. Como pôde ama-lo depois de tudo?

Experiência incrível a leitura desse livro.

elli elli 20/05/2022

Eu, imediatamente tenho crise de ansiedade.
Meu deus. Eu estou...sem palavras. Parece que eu levei uma paulada. Esse livro é uma paulada. Eu tinha muito o que dizer, mas depois dos últimos três capítulos desse livro, não restou nem meu pó para contar história. Em primeiro lugar, que escrita galera, embora a autora muitas vezes se perca em palavras e mais palavras sem chegar a lugar algum, isso faz sentido quando o livro todo é contado através de cartas. Os pensamentos da Eva são problemáticos, suas convicções são questionáveis, ela é uma narradora pouco confiável e EXTREMAMENTE HUMANA. Isso é o diferencial, cada personagem é absolutamente e brutalmente humano, o livro é surpreendente de várias formas e em diversos momentos, é intrincado e cada ponto feito no início se envolve e torce em um propósito ao final. As poucas interações "saudáveis" entre eles era o que me deixava mais mal, o afeto discreto e escondido...o último capitulo...Me quebrou. Eu não vou esquecer desse livro, isso eu garanto. Quero também deixar claro que a única pessoa realmente inocente e sem qualquer culpa nessa história é a Celia. Todo o resto cometeu erros e pecados terríveis. Li esse livro muito espaçadamente, porque, incrivelmente, achei algo que realmente me perturbou. Recomendo muito, 5 estrelas.

Lucas.Gabriel 20/03/2021

Impactante!
Apesar de ser uma leitura meio arrastada, a temática do livro é surreal! Levanta ótimos temas como quem é o culpado de um assassinato, por que existem platéias tão grandes para essas atrocidades, é possível uma mãe amar seu filho assassino, entre outros. Ainda estou chocado com o final do livro e creio que ainda vou ficar um bom tempo falando e pensando sobre o Kevin.

Yasmin.Ghiotto 29/04/2020

O começo foi muito massante e difícil de ler. Lá pela página 200 e pouco começou a ficar melhor e a prender minha atenção. Eu acredito que tudo o que kevin fez foi para de alguma forma chamar a atenção da mãe, e no ultimo diálogo que os dois tiveram, eu confesso que fiquei com dó dele e consegui enxergar um menino que só queria o afeto e compreensão de sua mãe. Em contraponto é impossível não acha-lo um ser humano cruel.... o que mais me abalou foram as coisas que ele fez com a irmã. Passei o livro todo angustiada pela Eva também, que muitas vezes foi severa demais com o filho, e em todas as vezes lutava sozinha contra o próprio. As últimas páginas me deixaram abalada e espero conseguir dormir depois disso.

Bruna.Chiappetta 21/10/2020

Maravilhoso
Não consegui parar de ler, me prendeu do início ao fim! Recomendadíssimo!

Rillary.Alcantara 17/10/2020

Muito mais do que ?precisamos falar sobre Kevin?, precisamos também falar sobre as mães como Eva. O livro nos traz reflexões sobre a maternidade e a romantização das relações familiares.

?Precisamos falar sobre o Kevin? é narrado por Eva em forma de cartas, escritas a seu marido ausente, Franklin, numa tentativa de reconstruir sua história. Nestas cartas, ela analisa seu passado, desde a chegada de Kevin até a sua adolescência, afim de entender porquê seu filho, aos 15 anos, planejou e executou friamente seus colegas e funcionários da escola onde estudava.

Eva era uma mulher livre e vivia a vida de forma plena e feliz, sem sentir o chamado da maternidade. Mas, por amor ao marido e iludida com a ideia de que entraria numa nova aventura, resolveu engravidar. Logo em seguida, ela já se arrepende da decisão.
Desde o nascimento de Kevin, não despertou em Eva essa ?conexão gloriosa? entre mãe e filho que ela tanto ouviu falar e esperava sentir. No primeiro contato já há uma rejeição mútua, e a partir daí a convivência é composta por falta de afinidade e distanciamento físico e emocional.

O que lemos é um relato angustiante das fantasias que escondem o outro lado da experiência de ser mãe, em uma narrativa muito verdadeira e difícil de ser digerida. A autora faz uma crítica sobre a maternidade compulsória, ampliando o olhar para a paternidade, as chacinas recorrentes nos EUA e o lugar da mulher, claro.

OgaiT 31/03/2021

Precisamos falar sobre a maternidade compulsória
Esse foi um dos livros mais impactantes desse ano para mim. Nesse romance epistolar, temos os relatos, as inquietações e a inconformidade de uma mãe cujo filho foi responsável por um atentado na escola.
Eva a todo momento reafirma a sua posição de uma mãe que não queria ser mãe, mas que para satisfazer a vontade do marido. A partir daí, podemos levar essa análise para diversos caminhos (que farei em uma futura releitura).
No entanto, como temos uma narrativa em primeira pessoa, sabemos que nenhum desses relatos pode ser considerado como verdade absoluta, visto que temos apenas a visão dessa mãe sobre os acontecimentos.
Portanto, se considerarmos essa perspectiva, podemos dizer que esses relatos são uma forma de Eva se livrar de sua falta de atenção com relação às atitudes e ao quadro psíquico do Kevin.

Juliana 03/10/2020

Todos precisam desse livro
Comecei a ler e quando vi que era escrito na forma epistolar, comecei a achar enfadonho. Mas nunca desisto de um livro. Ainda bem! Porque o livro foi crescendo a cada carta! E que história impactante! Favoritei sem pensar duas vezes!