Phelipe.Pompilio 08/02/2016Resenha feita para o blog Bravura Literária.Boa tarde, meus leitores! Após um período de "seca" aqui em casa, estou voltando com resenha nova para vocês. Ah, quase ia me esquecendo! Desejo a todos vocês um ótimo 2016. Que esse seja um ano de muitas conquistas e sonhos realizados e, claro, muitos livros lidos!
Namoro esses livros do John Flanagan desde que eles foram lançados aqui no Brasil, há 7 anos atrás.
Nunca tive a oportunidade de lê-los, pois sempre colocava outras leituras e aquisições na frente e esquecia de comprá-los. Isso mudou depois que eu encontrei esse exemplar do 1° livro da série por somente R$12,50, o que foi motivo suficiente para que eu o adquirisse.
O meu exemplar (uma edição mais recente) possui uma faixa na parte superior da capa com a frase: Mais de 8 milhões de cópias vendidas. Olhando assim eu pensei que era só pra chamar a atenção do leitor, mas quebrei a cara. O livro é ótimo, e nada melhor do que uma resenha pra contar mais sobre ele.
Pegue seu arco e sua aljava, vista sua capa, monte em seu pônei e venha conhecer mais um pouco sobre a Ordem dos Arqueiros!
Assim como outros órfãos protegidos do castelo de Redmont, Will sonhava com um futuro que se encaixaria perfeitamente com o que ele tinha em mente.
O maior desejo de Will era conseguir entrar para a Escola de Guerra no dia da Escolha e se tornar um soldado que serviria na guarda pessoal do barão Arald, porém, não foi bem isso o que o destino reservou ao garoto magricela.
Rejeitado pela Escola de Guerra e outros ofícios, Will pensou que seu futuro estaria destinado a ser um fazendeiro, mas tudo mudou por causa de uma simples mensagem em um papel.
Will é escolhido para ser treinado por Halt, um arqueiro muito misterioso e de poucos amigos. Muitas histórias macabras foram ouvidas a respeito dos arqueiros, e Will não queria ser visto como um.
Halt inicia um duro treinamento com o garoto, sem nem ao menos elogiar qualquer feito do mesmo e Will começa a aprender as técnicas secretas dos arqueiros como: andar furtivamente, ouvir tudo a sua volta, enxergar mais do que os olhos podem ver e etc.
Will terá muitas surpresas, amizades e passará por diversos apuros no decorrer da trama.
"— Halt é meu mestre, senhor, e ele está em perigo. Meu lugar é ao lado dele."
Simplesmente, sem nenhum exagero, um dos melhores livros infanto-juvenil que eu já li.
No começo, somos apresentados a uma história que antecedeu os acontecimentos narrados na trama. Uma conspiração contra o trono de Araluen.
O world building não é assim tão fantástico. Na verdade, os demais territórios criados pelo autor não são apresentados na série, mas podemos notar, em algumas citações, povos muito parecidos com o que conhecemos na história, como Vikings e outros.
A criação dos personagens foi muito boa, destacando Will, Horace e Halt, os três personagens principais desse primeiro livro da série.
Horace, no início do livro, é um garoto arrogante e irritante que vive implicando com os demais, mas com o virar das páginas podemos notar uma evolução excelente nas ações do garoto, que cria um laço de amizade fortíssimo com Will.
Will é o maior destaque da obra (claro!), tendo um notável amadurecimento físico e psicológico durante o treinamento com Halt.
Halt, o mestre arqueiro, é uma incógnita. Sério, inexpressivo e quieto.
"De onde ele tinha vindo? Will tinha certeza de que não havia mais ninguém na sala e não tinha ouvido o barulho de nenhuma porta se abrindo. Então ele se lembrou de como o arqueiro conseguia se envolver no estranho manto verde-acinzentado e se misturar ao ambiente, escondendo-se nas sombras até ficar invísivel."
Todos foram bem construídos e inseridos na trama. Alguns mereciam um maior destaque (Gilan), mas creio que nos próximos livros eles devem ser mais comentados e apresentados.
Um dos temas que mais me chamou a atenção na leitura, foi como o autor inseriu um fator importantíssimo no meio da obra: Bullying. Todos nós sabemos que bullying não é uma coisa boa, e um dos personagens sofre com isso, o que contribui para sua mudança de personalidade.
A batalha, o clímax final do livro, é bem rápida. Faltaram descrições e mais cenas de ação, porém, nada que prejudique muito a obra, pois mesmo sendo rápida e vaga, a batalha ainda prende o leitor.
O livro possui muitos clichês que não passam despercebidos. É aquela típica história de "um garoto se torna aprendiz de tal pessoa e acaba melhor que o mestre".
A revisão me incomodou um pouco, mas nada tão gritante assim. A diagramação é boa, com letras grandes e um bom espaçamento. Os detalhes nas folhas chamam bastante a atenção. Particularmente, eu achei a capa bem bonita.
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