Moitta 05/11/2013
Livro que nos conta sobre Aruanda. Uma cidade espiritual, pátria de muitos pretos velhos, espíritos de indígenas, guardiões, de diversos lugares como Africa e oriente. A diversidade é uma marca do local.
Um pouco como "Nosso Lar", aqui uma cidade diferente nos é mostrada. Aruanda e suas tecnologias, sua beleza, sua vida.
Ângelo narra como se viu no próprio funeral, sendo de lá levado para Aruanda, aonde foi recebido e colocado em um hotel. A cidade espiritual, conforme relata o autor, é aproximadamente do tamanho da grande SP, uns 10 milhões de habitantes e "voa" a 500 Km da crosta. Não há grande número de internados nos hospitais.
Para evitar os excessos, o que é a mais se desfaz. Se estiver comendo em Aruanda, e se servir em exagero, ou se pegar uma roupa a mais do que o necessário, ela irá se desfazer. Há um comércio, apesar de não haver dinheiro. As 3 regras para se morar lá é o convívio pacífico, estar estudando e trabalhar, ou como dizem estagiar.
Há predios, casas, choupanas.. cada um fica aonde se sente bem. Diversos animais e elementais por lá; toda a cidade funciona 24h por dia.
Ângelo fica na companhia do Pai João Cobu, Jamar, Watab e outros guardiões, e é introduzido tanto ao novo mundo quanto ao trabalho que lhe é esperado. Conhece os Imortais, simplesmente espíritos humanos, bem humanos, só que mais adiantados, que não mais precisam reencarnar. Percebe que todos podem errar, não há santos nem figuras de branco esvoaçantes dando lições de moral. Não há grande religiosidade aparente na cidade, apesar de não haver ateus. Cada um adora Deus da maneira que lhe convier.
Há um momento em que encontra com espíritos de mesma energia sexual trocando carinhos, mostrando a aceitação do homosexualismo nessa esfera. Há diversas faculdades, museus, vida noturna (sem álcool), mas há comidas.
Durante uma visita ao posto dos guardiões na terra, acompanhamos um evento marcante. A guerra do golfo, em 1993, e a operação espiritual que ocorre em conjunto (antes e depois também) da operação tempestade no deserto. Como há diversos tipos de guardiões, com suas especialidades, e como atacam magos negros, entre outras entidades.
É dito no livro a importância de se aceitar o diferente, que mesmo dentro do espiritismo percebe-se resistência para alguns temas, vontade de um controle maior por partes de alguns centros ou alguns dirigentes. Fala-se da cultura religiosa forte, com seu lado de culpa e hábito de santificar seres, o que pode acarretar em desilusões posteriormente.
O trabalho dos guardiões não é o da misericórdia, mas o da Justiça Divina.