Sissa 05/04/2011
Um das mais lindas histórias de amor que eu li
Vou dar um bom conselho e de graça: para as amantes de um bom histórico regência que acham que sofrimento pouco é bobagem, que não tem medo de virar a próxima pagina e se decepcionar, que não tem medo de sofrer junto com os personagens, de rir, de chorar, de querer matar ou de querer morrer junto à eles: parem de ler o que estão lendo e deem um jeito de ler “O chá do amor". Nunca, eu digo nunca mesmo, (nem da Judith Mcnaught, nem da Lisa Kleypas, nem de ninguém) li uma história com tantas tragédias, desencontros, obstáculos, voltas, reviravoltas, surpresas, e voltas e reviravoltas e surpresas. Me emocionei, ri e chorei por quase todos os personagens que aqui, tinham peso e valor de protagonista
Agora, depois de uma boa noite de sono, posso afirmar que a historia é linda. Foi maravilhoso tudo e todos: Joe, Fiona, Nick (meu amado Nick), Will, Michael, Kate, Charlie e todos os outros... amei os erros, os acertos, os vacilos (que foram muitos), as pisada de bola (idem), os obstáculos a serem ultrapassados, a lealdade dos amigos e o que se pode fazer por eles e o que eles podem fazer por você, e é claro, ao sentimento de amor, demonstrado sob vários aspectos.
Mas já adianto: ler este livro exige de você Empatia. Muita. Se pôr no lugar das pessoas e entender suas ações é fundamental. Então você acaba entendendo Will, Cathy, Roddy, Nick, Sid, o próprio Joe (com muita muita muita raiva, mas até que entende um pouco) e a própria Fiona.
Fiona é uma garota de 17 anos pobre. Joe é um garoto de 19 anos pobre. E juntos tem um sonho de abrir uma loja de chá. Esqueçam completamente o fator “idade” em Joe e Fiona, é só um dado irrelevante sobre a história.
Gostei do “ar da graça” que alguns personagens da cultura mundial deram na historia. Uns aparecem de modo discretíssimo e outro de modo avassalador. Gostei da linguagem utilizada no livro e me surpreendi com alguns “palavriados” também... não se pode esquecer que é um histórico. Tá certo que beira 1900, mas ainda assim um histórico. Me diverti com as tiradas espirituosas do meu adorável Nick e, acredite ou não, me sensibilizei com Will, Michael... mesmo em determinado momento querendo mata-los. Mas lembre-se: empatia sempre.
Obviamente, teve um momento (vários para ser sincera), que, depois da leitura de determinados parágrafos (o 1º parágrafo do capítulo 12 é um excelente exemplo) que eu fechei o livro e chorei completamente decepcionada, então, revoltada, fui pra cozinha e fritei quibe. E ao longo da leitura do livro eu bebi coca, comi brigadeiro, chupei balinha, comi bacalhau com batata... já que eu não podia socar ninguém e eu me recusava a derramar mais lagrimas, descontava minhas frustações na comida. Então vocês já podem imaginar que eu comi para um batalhão inteiro. Mas foi uma tarde mui interessante, diga-se de passagem.
Eu chorei pelo sofrimento de Joe e Fiona, e pelos outros personagens também e acabei crendo (algo que eu já sabia) que a dor física é mil vezes preferível a dor do coração e da alma. É desgastante você acordar e dormir sem ter paz no coração.
Tenho um defeito: não consigo ler um livro, como se diz uma amiga, com “moderação”, de pouco à pouco, mas neste aqui, seria bom que se tentasse isso, para dar tempo para você entender e aceitar suas emoções e sentimentos em relação a tudo: ao enredo, aos personagens e à própria autora. Acredito que somos nós que devemos "devorar um livro". Este, nos devora.
A historia é linda e vale muito a pena. Eu só acho que as editoras poderiam maneirar nos preços cobrados pelos livros. R$ 60,00 é muito dinheiro. Agradeço a Ka Nobre por ter, gentilmente, me emprestado o livro. Te devolverei assim que eu puder dar adeus a minha síndrome de Depressão Pós Livro. Rsrsrsrs
Este, sem duvida, entrou para minha galeria de favoritos. Lugarzinho especial junto com Mcnaught e Kleypas.
Agora peço licença a Vivi, do Blog “Um livro no chá das cinco” por que vou plagiar descaradamente um trecho da resenha dela em relação a este livro:
“O final da história não deixa dúvidas: o lance vem em série, então, vá montando sua estratégia para manter a paciência durante o efeito sequência. O próximo livro chama-se The winter rose. E aí tem-se a pergunta: o livro é com quem, com quem? Móoorra de curiosidade! Não posso contar sob pena de estragar a surpresa revelada no Chá do amor.”
Pra quem quiser ler a resenha da Vivi sobre o livro
http://www.livronochadascinco.com.br/2009/09/o-cha-de-amor-jennifer-donnelly.html
E pra terminar, não posso deixar de comentar: O destino é, definitivamente, um filho da mãe de um pregador de peças.
Bjos