O que há de errado com o mundo?

O que há de errado com o mundo? G. K. Chesterton




Resenhas - O que há de errado com o mundo


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Matheus 25/03/2024

O que há de errado com o mundo? - G.K. Chesterton
"O que há de errado com o mundo?", escrito por G.K. Chesterton, é uma obra que mergulha nas profundezas da sociedade e cultura de sua época, oferecendo uma análise perspicaz e crítica dos problemas que afligem a humanidade. Publicado em 1910, este livro se destaca por sua habilidade em abordar uma variedade de temas sociais, políticos, religiosos e filosóficos de forma acessível e envolvente.

Chesterton, por meio de sua escrita vívida e estilo marcado por humor e ironia, nos convida a refletir sobre questões essenciais que continuam a ressoar nos dias de hoje. Ele levanta questões sobre o materialismo que dominava a mentalidade da época, destacando como a obsessão com o aspecto material da vida tem consequências profundamente negativas para a sociedade e para a condição humana.

Além disso, Chesterton oferece uma defesa apaixonada do cristianismo e de seus princípios, argumentando que muitos dos problemas do mundo derivam da perda dos valores tradicionais e espirituais. Ele critica tanto o socialismo quanto o capitalismo desenfreado, propondo soluções alternativas baseadas em princípios de justiça, solidariedade e distribuição equitativa de recursos, como o distributismo.

Ao longo da obra, o autor nos leva a refletir sobre a natureza humana, destacando a importância de reconhecer a complexidade e interconexão entre diferentes aspectos da vida humana, incluindo o espiritual, o cultural, o político e o social. Chesterton desafia os leitores a repensarem suas próprias convicções e pressupostos, oferecendo uma visão de mundo holística que valoriza a tradição, a sabedoria e a busca por uma compreensão mais profunda das complexidades da existência humana.

Em última análise, "O que há de errado com o mundo?" é uma obra atemporal que continua a inspirar leitores com sua análise perspicaz e sua defesa apaixonada de uma visão de mundo fundamentada em valores éticos, espirituais e morais. Chesterton nos lembra da importância de buscar uma compreensão mais profunda das questões fundamentais da vida e da sociedade, convidando-nos a refletir sobre como podemos contribuir para a construção de um mundo mais justo, solidário e humano.
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Aline 25/10/2023

O que está errado é que não perguntamos o que está certo.
Alterar a alma humana para se adequar às condições? Ou alterar as condições para que se adequem à alma humana?

"É errado tocar violino enquanto Roma está queimando; mas é correto estudar a teoria hidráulica enquanto Roma está em chamas."
[Sobre a fantasia de que quando as coisas dão errado precisamos de um homem prático, quando, na verdade, é nestes momentos que precisamos de um homem não tão prático, um pensador, um visionário.]

Confesso, a princípio que se trata de um autor pelo qual eu tinha bastante curiosidade. Pesquisando sobre suas variadas obras, ouvi que esta seria uma boa porta de entrada. Mas, sinceramente, não sei se concordo (ainda que não conheça as outras obras).

É que o livro possui um caráter bastante pessoal, como uma carta contendo um desabafo destinada a um amigo. Por um lado, isso é muito bom: permite que o leitor conheça e explore opiniões bastante controversas do autor (por exemplo, sobre o sufrágio feminino); mas, por outro lado, exige que o leitor tenha plena consciência da realidade em que o auto se encontrava (por exemplo, no início do século passado, havia grandes discussões sobre o papel da mulher, da família, da educação, da implantação do socialismo).

E todos estes pontos são abordados por Chersterton, que explica sua posição em relação a cada um deles (e, de novo, suas opiniões em relação à mulher são, bem no mínimo, muito controversas, mas acredito que o leitor não deve jamais se esquecer do momento em que o autor expressou aquelas opiniões sem qualquer filtro ou restrições).

Mas, dentre os pontos que mais me marcaram estão: a defesa da família [a história não consiste em ruínas destruídas, mas vilas semiconstruídas e abandonadas], o lar como único lugar de verdadeira liberdade e a necessidade de se olhar pra trás, para o que foi feito pelo Homem, para que se prossiga.

"Os homens inventam novos ideais porque não ousam tentar velhos ideais."
[Algo como a busca de liberdade e independência para restaurar.]

Por isso, até mesmo e sobretudo pela reflexão que o autor causa ao leitor, recomendo esta leitura - mas, vá com a cabeça aberta de modo a entender, sem pré-julgamentos, o que o autor está tentando dizer (por exemplo, pra mim suas opiniões sobre a redistribuição de propriedade são completamente controversas, mas por um adendo no final, ele explica seu intuito).
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Luan 21/09/2023

Lampejos de genialidade
Esse foi meu primeiro contato com Chesterton, uma primeira interação decepcionante, infelizmente... talvez não pela obra em si, mas sim pela expectativa criada antes da leitura, visto que as informações oferecidas por meus amigos e por pessoas na internet me levaram a colocar o autor num pedestal de genialidade. Porém, o que se vê realmente são lampejos dessa característica de gênio.
Posto isso, posso dizer que há passagens que realmente trazem afirmações e ideias que servem para qualquer um entender o que acontece no mundo atual, as quais, naquela época, 1910, estavam num estágio inicial. Então, por exemplo, a importância da família na sociedade e sua relação com o Estado já apresentavam um princípio de decadência, o que foi causado pela necessidade da participação feminina no mercado. Esse fato provocou uma queda nos valores tradicionais familiares, pois levaram a um monopólio da educação por parte dos aparelhos estatais, enfraquecendo o papel dos pais na criação dos filhos e favorecendo o surgimento dos pensamentos progressistas. Além dessa ideia, há outras que dialogam bem com a realidade (problemática ou não, dependendo da opinião) de hoje, tornando a leitura interessante em alguns aspectos.
Por outro lado, a forma com a qual o livro é organizado traz certa confusão durante a leitura, não apresentando com muita clareza, numa perspectiva ampla e geral da obra, o que está sendo dito e por que está sendo dito . Outro problema, relacionado à época e ao local onde a obra foi escrita, é que algumas informações e conceitos se encontram muito datados. Assim, em alguns casos, o autor cita acontecimentos da Inglaterra do início do século XX muito específicos, distanciando muito o leitor da obra e atrapalhando de certa forma o desenvolvimento do texto como um todo.
Em suma, juntando os lampejos de genialidade com as problemáticas apresentadas, os quais levaram o autor a analisar com clareza diversos fenômenos que trouxeram consequências concretas para os dias de hoje, pode-se dizer que, como um todo, o livro é interessante. Porém, devido aos meu período de 15 dias para ler a obra, um tempo muito grande para o meu hábito de leitura, fica clara a tamanha a indiferença que me causou em alguns momentos, principalmente por causa dos casos obsoletos supracitados. Portanto, finalizando esta resenha, vale a pena ter um contato com Chesterton, reconhecendo a validade de várias afirmações, sem concordar com todas as ideias, e entendendo que há imperfeições no desenvolvimento do texto perante a perspectiva hodierna. Dito isso, 3 estrelas.
Elk 07/03/2024minha estante
Leia Hereges. É uma obra superior a esta.




Tiago 08/09/2023

Neste grande livro Chesterton nos aponta o que realmente está errado no mundo. E podemos ver que já vivemos grandemente todos esses erros. Nele Chesterton fala como deixamos de olhar os antigos e aproveitar o que foi feito de bom e dar continuidade. Ele fala também sobre esta luta feminista que tira a mulher do lar, pra ser funcionária do Estado ou do capitalismo e desprezando algo de muito mais valor que é administrar um lar, que é algo que as mulheres têm altamente este dom. Fala da educação que o estado quer cada vez mais educar nossos filhos.
Foi um dos melhores livros que já li, mas ao mesmo tempo me trouxe um pouco de tristeza de ver que esses erros de que ele fala estão cada vez mais avançando e é desesperador a quem tem a opinião igual a dele se sente um pouco encurralado a viver nesse mundo onde o ser humano está se esquecendo de ser humano. Enfim as pessoas podiam se conscientizar onde vão chegar vivendo da forma que estão vivendo.
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Joane 08/09/2023minha estante
Irei ler um dia!


Tiago 08/09/2023minha estante
Vale muito a pena




Yuri.Nogueira 27/08/2023

Basilar
Apesar de antigo, esclarecedor. Na maioria d(às vezes), o óbvio (ainda) precisa ser dito. Até quando deixaremos de ser uma sociedade pautada nas emoções e não na verdade?
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Paulinha 29/06/2023

Discussão interessante.
Neste livro o Chesterton aborda muitos temas polêmicos, e nos faz refletir sobre eles. Como conservador ele questiona o fato de acharmos que, a situação da sociedade só irá melhorar se fizermos coisas novas, inéditas, sem olhar para o passado.
Ele nos faz pensar o inverso, porque não olhar para o passado, ver o que deu certo, e tentar fazer de novo?
Achei o livro muito interessante, não concordo com muita coisa que ele diz, principalmente no que diz respeito ao voto feminino, mas sem dúvida a leitura me fez refletir e questionar muita coisa.
Leiam tendo em mente a época em que o livro foi escrito e por quem foi escrito, um homem inglês, erudito e católico no início do século XX. Tendo isso em mente, vc evitará passar raiva. Haha
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Rodrigo.Mendes 22/05/2023

O livro aborda temas diversos, desde o papel da mulher na sociedade até a relação entre o Estado e o indivíduo, passando pela influência da mídia, o consumismo desenfreado e a falta de valores sólidos.

"O Que Há De Errado Com O Mundo" é um livro escrito pelo filósofo e escritor britânico G.K. Chesterton. Publicado originalmente em 1910 com o título "What's Wrong with the World", o livro aborda uma ampla gama de questões sociais, políticas e culturais da época.

Chesterton apresenta uma crítica contundente aos problemas e desafios enfrentados pela sociedade moderna. Ele analisa questões como o materialismo, o feminismo, o individualismo, o relativismo moral e a degradação da família e da educação. O autor argumenta que a sociedade estava perdendo de vista os valores fundamentais que sustentam a ordem social, a moralidade e a felicidade humana.

O livro aborda temas diversos, desde o papel da mulher na sociedade até a relação entre o Estado e o indivíduo, passando pela influência da mídia, o consumismo desenfreado e a falta de valores sólidos. Chesterton defende a importância de valores tradicionais, como a família, a ética, a religião e a comunidade, para restaurar a saúde social e o bem-estar humano.

Chesterton é conhecido por seu estilo literário único, com um tom irônico, humorístico e paradoxal. Ele usa esses elementos para desafiar as suposições e as ideias preconcebidas da sociedade, convidando os leitores a reconsiderarem suas crenças e a refletirem sobre as questões que ele apresenta.

"O Que Há De Errado Com O Mundo" é considerado uma obra importante de Chesterton e um exemplo de sua habilidade em analisar e comentar sobre a sociedade. O livro continua a ser lido e discutido, pois muitas das questões que ele aborda ainda são relevantes nos dias de hoje.
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Danilo 19/05/2023

O que há de certo no mundo?
Que leitura maravilhosa, totalmente profético e tudo isso antes da primeira guerra. Chesterton aborda desde os métodos de ensino nas escolas até as chamadas sufrágistas do começo do século XX. Leitura essencial nos dias de hoje.
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skuser02844 16/05/2023

Bom livro com algumas ideias que discordo
Chesterton utiliza algumas analogias geniais para descrever diversos aspectos da sociedade. Apresenta algumas ideias controversas: trata as sufragistas como o pior monstro do mundo, sendo apenas defensoras do voto feminino, ele apresenta argumentos absurdos para tentar descredibilizá-las.
Ótimas críticas ao socialismo e capitalismo, mostrando algumas incoerências dos dois sistemas, sendo ele um defensor do distributismo.
Fiquei muito animado com o ótimo começo do livro, mas com o decorrer da leitura o autor utiliza muitas referências da sociedade inglesa da época, o que pra mim ficou muito cansativo e pouco referencial, já que é um assunto que não domino.
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Wilson 14/05/2023

Grande Chesterton
Chesterton, como um bom reacionário e católico, escreveu esse livro com diversos ensaios sobre absurdos do mundo moderno. O livro foi escrito no início do século XX. É um livro quase profético, pois muitas coisas estão acontecendo até hoje. Recomendo muito para quem gosta de críticas políticas e sociais com uma pitada de ironia.
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Michela Wakami 26/04/2023

Uma leitura, que trás muitas pautas importantes para nossa sociedade.
Mesmo tendo sido escrita a mais de 100 anos é um livro muito atual em vários aspectos.
Pois muita coisa ainda é conflitante nos nossos tempos.
O homem sempre está perdido em meio a tantas escolhas, sem saber para qual lado correr.
Mesmo acreditando em nossas convicções, nem sempre podemos bater o martelo e confirmarmos que estamos acertando.
Principalmente na educação dos nossos filhos.

Um livro repleto de reflexões polêmicas.
Que claramente, fará você concordar ou discordar dos pontos levantados aqui, mas que com certeza fará você analisar melhor as suas escolhas.

Obs: discordo da posição que ele tem, sobre o protestantismo, por eu ser protestante e ver o protestantismo por outro ângulo, completamente diferente do dele.
Karol Alencar 27/04/2023minha estante
Arrasou amiga, amei a resenha, irei ler ??????


Michela Wakami 27/04/2023minha estante
Obrigada, amiga. Torcendo para você gostar.????




taisbellini 11/02/2023

Grata surpresa, um livro para refletir sobre a vida
Não me considero conservadora, portanto me preparei psicologicamente para ler este livro, pois os reviews que vi antes de conservadores (ex: Tatiana Feltrin) fazem parecer que é um livro que ?provoca?, ?refuta?, ?agride? o progressismo. Grata surpresa, um livro muito interessante de ler, com ideias muito centradas, aprofundadas e com reflexões muito legais. Fica claro que os ideólogos mais radicais utilizam este livro de forma que o autor provavelmente discordaria, por ser avesso à idolatria de ideologias de maneira geral. A começar por Rodrigo Gurgel no seu prefácio, sinceramente recomendo que pule.

Apesar de ser considerado de linguagem simples, achei um pouco difícil de ler, pelas inúmeras referências a escritores, políticos, personagens da época, requerendo um certo conhecimento ou muitas buscas no Google.

Os primeiros capítulos do livro, sobre a propriedade e o homem, são os melhores, com ideias muito bem construídas e MUITO interessantes. O terceiro, sobre o feminismo, naturalmente, mais fácil de discordar, apesar de conter passagens que valem destaque, como: ?(as mulheres) estão adotando a conduta insuportável e sem precedentes de levar o sistema (comercial) a sério e fazer todo o trabalho com zelo. Sua eficiência é sua escravidão?. Também concordo muito com ele nas ideias dele sobre o funcionamento do lar, a separação da especialização e universalidade, mas no meu ponto de vista estes conceitos podem transcender gêneros, e fluir mais entre o homem e a mulher. O último capítulo, sobre educação, também traz conceitos interessantes, principalmente sobre o que significa ?educação?.

De maneira geral, o livro se propõe a dar um passo atrás e retomar alguns conceitos e ideias que são naturalmente defendidas por qualquer pessoa, independente da ideologia, e mostrar que os radicalismos nos levam para longe dessas vontades básicas que são comuns a todos nós de qualquer lado. Mesmo quando discordo dele, não sinto revolta, irritação, pois não acho a linguagem do livro arrogante ou agressiva. Sua percepção sobre o papel da mulher, por exemplo, parece mais de um ?Velho babão? que idolatra as mulheres e acha tudo que fazem o máximo, e não quer que façam outra coisa. Naturalmente, não se aprofundou muito nesse tema em suas reflexões, o que é compreensível para um homem, ainda mais em 1910, mesmo assim ele trouxe à luz diversos pontos legais de se discutir.

Um bom livro para ler e refletir não só sobre política mas em todos aspectos da nossa vida.
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Davi.Rissi 31/12/2022

Bom livro
Análise de Chesterton passa pela análise do Homem, do Feminismo e da educação.

Crítica o socialismo e o capitalismo, no sentido de que o primeiro quer que as pessoas vivam num "cortiço" dividindo a mesma comida, cozinha e outros, enquanto no capitalismo quer que vivam num sociedade de colméia (prédios) impossibilitando a posse de uma propriedade privada, pois estes seriam reféns dos aluguéis e não teriam liberdade para modificar sua casa como querem.

No final, levanta a hipótese de ambos estarem agindo juntos de baixo dos panos para alcançarem o mesmo objetivo (teatro das tesouras) e nessa descrição ele cita os conservadores muito mais parecidos, aqui no Brasil (não sei como é na Europa) com o PSDB ou os liberais que apoiam pautas de maneira diferente do socialista, mas que o fim é o mesmo.

E tem várias outras coisas interessantes.
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