Consumidor, O - Objeto da Cultura

Consumidor, O - Objeto da Cultura Denise Macedo Ziliotto




Resenhas - Consumidor, O - Objeto da Cultura


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Anderson668 28/08/2016

Livro de leitura obrigatória
Uma leitura fantástica, que fornece todas as perspectivas de uma era pós-moderna, consumista e competitiva. A organização de Denise com todos esses artigos fornece todo aparato epistemológico para qualquer área de estudo, como também, para uma [re]construção do pensamento.

Capítulo um: Contestar e contextualizar a moda, seus significados e representatividades com o individuo/sociedade. Nesta perspectiva elaborada pelo autor Mauro mendes dias compreender todos os significados utilizando como aporte teórico as perspectivas psicanalíticas, fomenta uma base sólida para tornar o conteúdo, pouco complexo, contudo, compreensível, bastante pratico e aplicável. Uma leitura que abre os caminhos da mente para diversas problemáticas.

Capítulo dois: Posso começar citando uma parte de capítulo de Estefânia de Vasconcelos Guimarães: "Podemos abolir os espelhos de nossas identificações, nos quais projetamos a responsabilidade de nos desenvolverem uma imagem que nos situe e agrade?" Nesta perspectiva, problematizar as facetas do consumo e do consumismo está ficando cada vez mais evidente, porque autores estão problematizando cada vez mais sobre essa era liquida, caracterizada pelo consumo e, complexa devido ao desenvolvimento das marcas, tecnologias, comunicações que fortalecem o consumo exacerbadamente. Discutir sobre as questões do consumo, de uma sociedade que consome o produto em si para um consumo hedônico, sígnico.

Capítulo 3: Será que nos dias atuais, com essa crise ambiental estamos evoluindo de consumidores normais, sem responsabilidades maiores ou estamos vivenciando o "consumo verde" ou um ambiente verde que estamos sendo "obrigados" a adentrar? Nesta perspectiva o autor Lincoln Tavares Silva questiona e problematiza como nós como indivíduos, construtores de uma sociedade, de uma cultura, podemos lidar com essa mudança necessária de hábito em relação ao nosso consumismo, a toda essa produção de produtos já pensados no descarte, sem reutilização? Compreender essa ethos fomenta a problematização do eu, da globalização e das organizações, será que somos consumidores ou somos produtos moldados e elaborados pela indústria? Ou estamos sendo moldados por essa indústria verde?
Esse capítulo me fez questionar bastante sobre os conceitos verdes e sociais empregados nos dias atuais.

Capítulo 4: Falar de reality show é sempre uma problemática constante, porque precisamos mencionar o papel é a necessidade do indivíduo em participar e opinar na vida alheia, uma necessidade de participar do particular. Denise Macedo ziliotto fala dos programas de reality traz o eu de forma espetacularizada.
A intimidade alheia vira sinônimo de atração.

Capítulo 5: Adriana Lopes Pereira faz uma pequena inserção opinando como a mídia se baseia na audiência para guiar sua programação, não interessando a medição de qualidade de conteúdo ou importância educacional. Em sua perspectiva, o marketing é criado para despertar desejos nas classes menos abastadas, caracterizando em um sonho.

Capítulo 6: A morte de deus, a razão é a cientificidade, o cristianismo, a religião entre tantos outros fatores que compõem a vida cotidiana e a construção de ideologias e significados são destacados e debatidos por Jaime Betts trazem os conceitos da psicanálise exacerbados.
O culto religioso será que vence o culto ao consumismo? A realidade, a razão é a ciência são capazes de vencer o ocultismo? Essas questões são levantadas e endossadas em pensamentos psicanáliticos.

Capítulo 7: Isleide Arruda fala basicamente das m!arcas e como nesta era pós-moderna as várias facetas das identidades, como também das perspectivas do sujeito em relação a marca. A autora trás a construção signica de como a identidade manipula o indivíduo. O indivíduo como ser que passa por mudanças identitárias ao longo da vida e precisa da marca, comunicada inteligentemente pela publicidade, para caracterizar seu eu.

Capítulo 8: A religião pode ser equiparada com as drogas como forma de diminuir o sofrimento ou pressão da realidade? No primeiro momento o autor esclarece sua afirmativa a partir do pensamento de Freud sobre a cocaína e as várias formas de subjugar a felicidade/infelicidade. Após criar uma base teórica para sua narrativa, Raul Albino Pacheco Filho fala das drogas em uma perspectiva econômica e capitalista, exemplificando seu pensamento com exemplos do cotidiano, baseado em pesquisa que fazem qualquer leitor questionar-se do sistema que vivemos.

Capítulo 9: Na construção inicial do texto Denise Ziliotto traça a realidade infantil no mundo de maneira geral e faz um recorte mais profundo para o Brasil. Questionar a infância no Brasil é o primeiro passo para construção do texto. Logo após uma introdução a perspectiva do consumo, publicidade e culturalização da criança é exacerbada. A autora traz a infância e contesta como o consumo influência a competitividade, a criança como objeto de atração para os mercadólogos e publicitários.

site: www.ideaisideologicos.blogspot.com.br
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