O filho eterno

O filho eterno Cristovão Tezza




Resenhas - O Filho Eterno


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Talita 20/05/2021

Trabalho da escola
Um livro que eu li para um trabalho da escolha.

Ele é um livro de Cristóvão Tezza, baseado na vida do próprio autor. A obra tem como tema principal a Síndrome de Down.

Valeu a pena.
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Intermitencias 20/06/2023

Cristóvão Tezza recebeu os principais prêmios literários com O Filho Eterno, publicado originalmente em 2007 e agora relançado

Não é de se estranhar....necessário uma coragem sobrecomum para escancarar, sem permeios, o lado imaturo e preconceituoso de um homem diante do nascimento de seu filho, portador da síndrome de Down, em uma época em que essa denominação nem sequer era utilizada....À época em que a trissomia do cromossomo 21 era denominada mongolismo...."Nada do que não foi poderia ter sido"...

Em uma escrita permeada de fluxos de consciência e sucessivas mesclas de tempos diversos, envolvendo o periodo ditadorial e a pós ditadura no Brasil, com direito a críticas aos dois momentos....a autor, em uma obra de conotação autobiográfica, se expõe emocionalmente de forma nua e crua....casado, mas sem qualquer responsabilidade profissional e financeira, com todas as cargas lançadas às costas da esposa, a obra escancara sua vida imatura e fracassada..suas obras escritas e não publicadas, diante das negativas das editoras...e em paralelo, os sentimentos velados e abomináveis em relação ao seu filho "imperfeito", até o desejo de sua morte..Cristóvão Tezza traz um narrador personagem que não possui nome, é tão somente pai de Felipe, que
se depara com um filho portador de deficiência e escancara a vergonha e o preconceito, o despreparo e imaturidade de alguém que se deixou levar pela vida, sem responsabilidades e com justificativas vazias e, que aos poucos, diante das responsabilidades da paternidade e dos ensinamentos de uma criança que vive restrita ao seu mundo, passa a compreender o que esse amor é capaz..

Impossível a leitura não se iniciar com uma repulsa e um ódio desse narrador....mas como julgar o despreparo e os sentimentos contraditórios que a paternidade nos incute...nosso narrador busca sentido em sua vida e nessa relação de pai tão bruscamente apresentada....E Felipe, este filho eterno, não poderia lhe conduzir da melhor forma...

É um relato inesquecível de amor entre pai e filho adquirido a cada convivência, a cada crescimento, a cada dificuldade e barreira... é uma obra a ser lida e relida
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Felipe 22/10/2009

“O filho eterno” de Cristovão Tezza. Record (2009), 224 páginas.
Se fosse preciso dar apenas um adjetivo ao livro de Tezza, minha opção seria por corajoso. O enredo se passa em torno da vida de Tezza a partir do momento em que foi pai pela primeira vez, Felipe é portador de síndrome de down. A partir da relação entre Tezza com o filho e com toda a sua vida desde seu nascimento é que a trama se desenrola.
A coragem do livro se refere a que o autor não tem pudor de expor aos leitores os seus sentimentos em relação ao filho portador de down. Incluindo o alento que uma suporta expectativa de uma vida curta de Felipe lhe deu logo depois de seu nascimento, e da decisão quase duas décadas depois de parar de fumar para poder viver mais e assim cuidar do filho por mais tempo (o que ele julga que ninguém pode fazer melhor que ele).
Entre seus a narrativa em torno de seu filho, tendo como coadjuvante quando ausente a filha de Tezza que nasceu pouco depois de Felipe e sem síndrome de down, Tezza traz fatos de sua vida antes da paternidade que fazem o leitor entender melhor o autor. Entre eles: a experiência com drogas, os conflitos com a polícia, os furtos, a vida como ilegal na Alemanha, a vida de ator de teatro amador, os primeiro amor, a frustração de ter seus livros rejeitos por editoras e a busca por um emprego estável como professor.
Um detalhe que pode parecer despercebido por alguns leitores é uma alusão a ministra Dilma Rusself quando Tezza conta como foi à resistência ao regime militar no Brasil da década de 1970. Outro detalhe que chama atenção é que esta auto-biografia de Tezza é narrada em terceira pessoa, que é uma opção que chama atenção em “O filho eterno”.
Sem dúvida trata-se de um livro comovente, onde o amor de pai supera todos os preconceitos em relação a uma criança com síndrome de down. Particularmente, considera “O filho eterno” uma das duas melhores auto-biografias que já li; junto com “Feliz ano velho” de Marcelo Rubens Paiva.
A única frustração, inerente a toda auto-biografia, é que o livro conta uma história incompleta, com início, meio, mas sem final. A narrativa de Tezza termina em 2006, e o leitor fica com curiosidade digna de novela da Globo: Será que Felipe continua pintando? Será que ele ama ainda o Atlético Paranaense? Será que ganhou um iPod do pai de mesmo modo que ganhou computador antes? Será que Tezza voltou a fumar?
Para quem pretende ler um livro corajoso, emocionante e que expõe a maneira como o amor paterno pode superar todos os obstáculos, “O filhos eterno” é altamente recomendável.
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Luhhh ^___^ 26/03/2010minha estante
Adorei o teu texto!

Gostei de como terminou o livro =)

realmente dá curiosidade de saber como o Felipe está, Tezza consegue cativar os leitores ^^




Madu 11/04/2022

Excepcional
Não creio que é uma leitura fácil. Muitas vezes é desagradável ler aquilo que o personagem pensa sobre o próprio filho. No entanto, é incrível acompanhar a adaptação de um homem que acaba por se identificar com o filho. Como ele mesmo aponta, ele parou de querer participar da corrida de cavalos que é a vida em sociedade e passa a aceitar o seu filho com todas as suas características e personalidade.
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Nath Mel 30/01/2020

Linda escrita
O livro relata a vida de um jovem escritor que descobri que seu primeiro filho tem Síndrome de Down. Durante o momento de descoberta ele descreve como foi difícil passar pela etapa de aceitação, e todas as reais dificuldades de ter um filho deficiente. Esse livro tem pontos autobiográficos pois o autor tem um filho com a síndrome. O ponto mais alto do livro é a alta qualidade de escrita. Ele escreve muito bem, e me vi presa a todas as reflexões que este fazia. Como o personagem é escritor, ele está sempre citando outros livros, autores, filósofos e pensadores. O ponto mais baixo foi a frieza que ele descrevia os problemas, para quem busca emoção não vai curtir a leitura.
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Ruth 23/08/2022

Excelente, chocante e lindo
Nesse livro o autor corajosamente conta sua própria história desde o nascimento de seu filho down até seus 18 anos, aproximadamente. É um livro cuja narrativa não é linear, na qual há muitos diálogos iinternos, reflexões, pensamentos. O maravilhoso dessa história é que ele revela o que a maioria não tem coragem de dizer: o choque e a rejeição ao descobrir que tem um filho diferente. Ele abre seus pensamentos que muitos podem considerar horríveis, mas que são típicos da contradição humana. Além disso é um livro muito bem escrito, gostoso de se ler pela qualidade literária.
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Cristiano Dionisio 27/06/2021

Um livro indispensável
Um texto incrível.
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A relação entre pai e filho é estabelecida de forma brutalmente humana. Sem filtros. A história entre um pai em busca de um filho e um filho que nada busca. É este que, ao fim, educa e "civiliza" o pai.
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Há certas passagens que de tão cruéis, são constrangedoras de se ler. Elas, contudo, emolduram a grandeza da história. Sem essa "acidez", seria só mais uma, e aqui temos algo maior que isso, sem dúvida.
Renato 08/07/2021minha estante
Livro incrível. Acabei de lê-lo. As opiniões do personagens sobre vários temas, inclusive o futebol, são perspicazes.




Alexandre Kovacs / Mundo de K 17/03/2013

Cristovão Tezza - O Filho Eterno
Editora Record - 224 páginas - lançamento 2007.

A metaficção ou mais diretamente neste caso, autoficção, de Cristovão Tezza, consciente ou não, é um recurso que, sendo bastante utilizado na literatura contemporânea, quase sempre gera bons resultados nas mãos de um autor que saiba dominar a tensão existente entre realidade e ficção. No entanto, Tezza extrapolou todos os limites com esta arriscada e premiada experiência literária chamada "O Filho Eterno" que ganhou todas as disputas nacionais de 2008, como por exemplo: Portugal Telecom, Jabuti e São Paulo de Literatura, além de ter sido traduzido em vários idiomas.

O romance, narrado em terceira pessoa, utiliza como matéria-prima dados biográficos do próprio Tezza: as dificuldades na escrita de seus primeiros livros, as realizações e frustrações da carreira literária, a vida como imigrante ilegal na Europa e, principalmente, sua experiência com o filho, portador de sídrome de Dawn, o que pode parecer chocante em diversas passagens devido ao grau de exposição, praticamente confessional do autor. A expectativa feliz pelo nascimento do primeiro filho em contraste com a sensação de dor e desamparo ao receber o duro choque da constatação de que algo estava errado.

"Súbito, a porta se abre e entram os dois médicos, o pediatra e o obstetra, e um deles tem um pacote na mão. Estão surpreendentemente sérios, absurdamente sérios, pesados, para um momento tão feliz — parecem militares. Há umas dez pessoas no quarto, e a mãe está acordada. É uma entrada abrupta, até violenta — passos rápidos, decididos, cada um se dirige a um lado da cama, com o espaldar alto: a mãe vê o filho ser depositado diante dela ao modo de uma oferenda, mas ninguém sorri. Eles chegam como sacerdotes. Em outros tempos, o punhal de um deles desceria num golpe medido para abrir as entranhas do ser e dali arrancar o futuro. Cinco segundos de silêncio. Todos se imobilizam uma tensão elétrica, súbita, brutal, paralisante, perpassa as almas, enquanto um dos médicos desenrola a criança sobre a cama. São as formas de um ritual que, instantâneo, cria-se e cria seus gestos e suas regras, imediatamente respeitadas. Todos esperam."

Cristovão Tezza chega a ser cruel em diversos momentos da narrativa, como quando faz com que seu protagonista confesse ter desejado a morte do próprio filho ou na descrição fria do comportamento sem esperanças de melhora da criança que vive em um presente eterno, roubando as esperanças de "normalidade" sonhadas pelo pai.

"Pai e mãe conversam como se não houvesse nada diferente acontecendo, até que um pequeno surto de depressão aflore, e então um breve gesto do outro repõe a normalidade possível, numa balança compensatória. A ideia — ou a esperança — de que a criança vai morrer logo tranquilizou-o secretamente. Jamais partilhou com a mulher a revelação libertadora. Numa das fantasias recorrentes, abraça-a e consola-a da morte trágica do filho, depois de uma febre fulminante."

No longo caminho de aprendizado dos pais com o filho, a personalidade do menino, que afinal é uma criança extremamente amorosa, acaba conquistando o respeito e carinho a que tem direito, mas obviamente não é uma relação simples e que possa ter um tratamento de "final feliz" como seria tentador esperar. Um livro inesquecível e comovente que nos faz pensar sobre o limite entre ficção e realidade e a responsabilidade da literatura com a verdade.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 18/07/2018

Traços Autobiográficos
Publicado em 2007, ""O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza, é um livro com traços autobiográficos que exibe o relacionamento de um pai com seu filho, portador da Síndrome de Down, cujas limitações e deficiências são expostas com clareza.

O texto também revela os sentimentos "mesquinhos" do alter ego do autor. Conduzido pelo ressentimento e a vergonha, ele até mesmo tenta se consolar, fantasiando a morte do recém-nascido. Como afirma Tezza: "um pai que nada mais é do que a versão exacerbada de mim mesmo".

Dividido em vinte e cinco capítulos não numerados, em paralelo, o romance apresenta a formação literária e profissional desse homem que não passa de um escritor fracassado e meio hippie que vive, de recusa em recusa, tentando encontrar uma editora que lance seus livros.

Felipe, o filho, é um duro golpe para quem tem a pretensão de ser um outsider. Seu dia a dia com esse menino trissômico, que não entende as abstrações temporais mais simples, é uma espécie de provação e essa difícil convivência é o fio condutor da história.

"O Filho Eterno" também é um romance de amor e gratidão. "O amor como consequência do tempo necessário para estabelecer e estreitar laços e a gratidão como forma de traduzir a lição aprendida." É também o relato da "dor irredimível" de Tezza que, ousado, tem a coragem de inserir sua própria história no contexto de uma criação literária.

É com a epigrafe do livro que concluo meu comentário:

"Queremos dizer a verdade e, no entanto, não dizemos a verdade. Descrevemos algo buscando fidelidade à verdade e, no entanto, o descrito é outra coisa que não a verdade." (Thomas Bernhard)

Até a próxima!
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debinha 21/07/2023

Cru e direto
Biografia inicialmente pesada de realidade que achei genuína e relevante, não acho que teria outra forma de retratar os sentimentos pessoais do autor.
de acordo com o desenvolvimento do livro, a maturidade do Tezza me surpreendeu e achei tudo muito necessário, exceto pelos throwbacks da vida dele que chegavam do nada no meio de algum parágrafo e bagunçavam meu foco.
mesmo assim, maravilha.
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sobota 06/08/2012

Quando a coragem faz a literatura
Na epígrafe escolhida para O filho eterno (2007), Cristovão Tezza (1952) usa a frase de Thomas Bernhard para fornecer uma chave à leitura de seu romance: “Queremos dizer a verdade e, no entanto, não dizemos a verdade. Descrevemos algo buscando fidelidade à verdade e, no entanto, o descrito é outra coisa que não a verdade”.

Ora, na obra de um autor até então notadamente confessional (mas não biográfico), a mistura de realidade e ficção é tão profusa que não há motivos para deixar claro o que é uma, e o que é outra. O recurso a Bernhard autoriza o leitor a pensar o que quiser nesse sentido. Em O filho eterno, toda a questão se inverte: com uma história claramente verossímil que ignora os limites entre ficção e realidade, a concentração do leitor passa em grande parte à brutalidade do relato.

“Mas não é uma tarefa simples ou fácil”, escreveu o próprio Tezza, catarinense de nascimento e curitibano por formação.

CONTINUE LENDO!
http://bibliotecavertical.blogspot.com.br/2012/06/quando-coragem-faz-literatura.html
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Daniela.Paropato 06/09/2023

O tema que o livro aborda é interessante, porém a forma como ele é escrito não me agradou, não prendeu minha atenção.
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Gustavo Simas 02/04/2023

O Pai Eterno Narcisista
Ter filhos é uma possibilidade de estender as vitórias, desejos de sucesso ou vingança dos pais. Os fracassos paternos podem ser remediados por meio da prole, assim se cria a expectativa sobre estes novos seres, embora haja o choque de identidade, de geração e intenções, ainda mais quando as expectativas são quebradas logo no nascimento ou infância dos sucessores.

Um filho com síndrome de Down é uma surpresa para Cristóvão Tezza neste livro autobiográfico que divaga sobre a grande missão de ser pai e que acaba sempre caindo no aspecto narcisista do artista em desespero. O homem que, agora, precisa ser adulto devido à condição da paternidade, é atravessado por descobertas que culminam em vergonha e preconceito sobre seu filho e que, por meio de um olhar de pai atônito, mascaram a figura da mãe ao longo de toda a história.

"O filho eterno" constrói a figura de um pai eterno, sol do sistema familiar que adota o filho biológico como objeto de ensaio, como elemento de pesquisa e ferramenta para escrever sobre seus sonhos e pesadelos passados.

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lfcardoso 25/02/2010

Um relato corajoso e original
No romance o autor fala sobre a experiência de ter um filho com síndrome de Down. Apesar de autobiográfica, a história é narrada na terceira pessoa. O narrador e o pai da criança doente não são a mesma pessoa. O primeiro não participa da narrativa, apenas mostra o que os personagens pensam e sentem. O segundo é um dos personagens principais da obra.

O livro não é um amontoado de discursos misericordiosos e politicamente corretos sobre a síndrome de Down. Tezza optou por uma abordagem original e corajosa, cruel em alguns momentos. No início, o pai sentia-se injustiçado pela natureza e desejava que o filho morresse de alguma complicação da doença, como problemas e coração.

"Numa das crises, ela [a mãe da criança] lhe diz, no desespero do choro alto: Eu acabei com a tua vida. E ele não respodeu, como se concordasse – a mão que estendeu aos cabelos dela consolava o sofrimento, não a verdade dos fatos."

Filipe, o “filho eterno”, nasceu no começo da década de 1980. Naquela época, a síndrome de Down não era tão estudada e tinha uma aura de mistério.

"Não há mongolóides na história, relato nenhum – são seres ausentes. Leia os diálogos de Platão, as narrativas medievais, Dom Quixote, avance para a Comédia humana de Balzac, chegue a Dostoiévski, nem este comenta, sempre atento aos humilhados e ofendidos; os mongolóides não existem. (…) Eles só surgiram no século XX, tardiamente. Em todo o Ulisses, James Joyce não fez Leopold Bloom esbarrar em nenhuma criança Down, ao longo daquelas 24 horas absolutas. Thomas Mann os ignora rotundamente. O cinema, em seus 80 anos, (…) jamais os colocou em cena. Nem vai colocá-los. Os mongolóides são seres hospitares, vivem na ante-sala dos médicos."

As visitas a clínicas e consultórios médicos, a leitura de livros sobre o mongolismo e os programas de exercícios para o filho fazem o pai revisitar o passado (a vida em comunidade na adolescência, a vida de imigrante ilegal na Alemanha, a breve carreira de relojoeiro, o fato de ser um escritor com livros de gaveta e a desejada estabilidade financeira com o cargo de professor universitário). Isso faz com que ele reflita sobre o que passou e reorganize a própria vida.

Com pequenas conquistas, como os primeiros passos e a ida à escola, Filipe vai conquistando o seu lugar de filho. O pai já não o vê mais como uma espécie de maldição, mas como alguém que precisa de carinho e cuidado. Ao falar sobre o crescimento e desenvolvimento do primogênito, o autor apresenta algumas informações sobre a síndrome de Down e mostra que, apesar de serem lentos e demorados, os avanços de Filipe são gratificantes. A paixão pelo futebol é um dos elementos cotidianos que ajuda a unir pai e filho.

Sem recorrer a fórmulas sentimentaloides e apelativas nem a discursos prontos, e com uma prosa intensa, Cristovão Tezza aborda de forma original e corajosa o velho tema da relação entre pais e filhos. Sem sobra de dúvidas, é o melhor romance publicado em 2008. Os diversos prêmios ganhos pela obra, entre os quais estão o Jabuti e o Portugal Telecom, comprovam isso.

Mais resenhas em http://www.literatsi.com/category/resenha/
Luhhh ^___^ 26/03/2010minha estante
Belo comentário, realmente, o Tezza ñ faz uma apelação pq tem q criar um filho com Síndrome de Down.

E o final do livro é tão lindo *-*


Ricardo Rocha 03/09/2016minha estante
desculpe mas premios não comprovam coisa alguma




Franco 01/02/2020

Sem dramalhão, sem pieguices
Pelo título e sinopse o livro engana: parece um daqueles dramalhões familiares feitos para arrancar lágrimas doídas em momentos de picos (seja de remorso ou de alegria). Porém, 'O Filho Eterno' passa longe disso.

Ele todo é muito sutil com sua carga sentimental. Quer dizer, é óbvio que ela existe, mas as pieguices foram rendidas pelo caráter humano: o livro mostra bem que ter um filho acometido pela síndrome de Down não se trata apenas de pensamentos de amor infinito e compreensão, mas também revolta, raiva e uma boa dose de incompreensão. Aliás, o livro desmistifica pacas alguns mitos da paternidade.

Quanto à estrutura, o livro aposta em duas histórias paralelas: as digressões do pai (praticamente toda sua vida antes de ter o filho com a síndrome) e os acontecimentos em torno da criação do filho. A intercalação entre essas duas histórias confunde de início, e nos deixa com aquela sensação de que não há sentido nisso, talvez uma falta de união. Porém, conforme o livro progride, e vamos conhecendo melhor as dificuldades de criar o filho e também o perfil do pai (esse ser perdido, insatisfeito, iludido e se iludindo ainda), a gente começa a enxergar certos paralelismo ali - e que ao final, de modo sutil, convergem finalmente.

Enfim, é um livro que vale a leitura. Senão pela história, pelo menos pelo realismo com que encara a paternidade (e acho que ser pai de um filho com síndrome de Down talvez nem seja o maior definidor dessa 'paternidade').
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