Graça infinita

Graça infinita David Foster Wallace




Resenhas - Graça Infinita


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Italo139 02/06/2023

Se você ama alguém e quer ela ent n traia a ame n a perca a cative pos ela também sente o mesmo
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Maiara 02/07/2023

Atônita
Foram 7 longos meses de relacionamento com Graça Infinita. Iniciei a leitura despretensiosamente, sem entender direito do que se tratava. Passados poucos meses de leitura, cheguei até a sentir falta dos personagens e da escrita de Wallace. Mesmo que a obra seja tão real a ponto de incomodar, você se vicia (assim como os personagens) tanto nas histórias e nos pensamentos dessas figuras que quer acabar logo, quer chegar no final. Final esse que é incompleto, sem fechamento algum, e revela mais dos horrores que a humanidade é capaz de cometer.
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Filipe 16/03/2024

DFW era para mim um profeta de uma geração dominada pelo entretenimento e diversão audiovisual incessante, a tal geração inserida na cultura das telas, dos impulsos dopaminérgicos fáceis. Ele unia erudição com uma postura despojada que também estava presente em sua escrita, muitos gostam, eu, lendo nos últimos anos, afastado do "frisson" da crítica especializada e dos fãs, fiquei mortalmente enfastiado. É aquele tom imbuído de uma ironia mal dosada que contamina a escrita do DeLillo com experimentalismos estéticos que, ainda nas mãos de um péssimo tradutor, se tornou indigesta. Entendo quando o Harold Bloom dizia que DFW escrevia muito mal.

Admiro em certo sentido Infinite Jest, é mesmo uma obra-testemunho que radiografou o fim do século e até mesmo antecipou tendências do próximo. Mesmo que, ao fim e ao cabo, seja apenas uma sátira mal equilibrada com seu humanismo, fazendo dela mais próxima de um episódio da série Black Mirror do que um Pynchon
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Bruninho_ 11/02/2023

Continuei lendo esse livro pela fama que ele tem. Você está na metade e não entende sobre o que o livro é. Essa sensação de estar perdido me incomoda. Isso até entender o que o autor queria, que é bater um papo maluco com você numa noite de nevasca em uma cabana onde vocês dois pararam quando seus carros quebraram.

É um livro sobre a Comédia da Vida, você tem que entender isso antes de começar a ler para poder aproveitar a sua viagem.
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EduardoCDias 16/12/2022

Desgraça infinita
Ô livrinho difícil de acabar! Apesar de a estória em si ser bem interessante e haver algumas passagens hilárias e absurdas, a escrita é tediosa demais. Neologismos, grafias erradas, linguagem experimental, longos parágrafos, poucos diálogos e letra pequena, divididos em quase 1200 páginas, fazem um estrago no interesse? uma família disfuncional, com o pai cineasta (filmes alternativos), filhos drogados e um deficiente físico, além de uma mãe deslocada, vivem numa academia de tênis criada por eles. A estória gira em torno dessa academia e do uso e vício em drogas. Seria muito melhor numa linguagem mais acessível e menos cansativa.
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Thiago 22/01/2019

A história se passa num futuro/mundo alternativo em que EUA, Canadá e México se ?Reconfiguraram? formando a poderosa Organização das Nações Norte-Americanas (ONAN).

O temível e extremamente violento grupo separatista quebequense Les Assassins des Fauteuils Rollents (Assassinos Cadeirantes), formado por impiedosos assassinos em cadeiras de rodas que não tem nada a temer (exceto encostas íngremes e altas) e contrários à Reconfiguração, estão à procura de uma cópia do filme Graça Infinita, produzido pelo finado e perturbado cineasta James Incandenza, cujo poder de entretenimento é tão insanamente intenso que as pessoas expostas a ele não querem e não conseguem fazer mais nada, a não ser assisti-lo infinitamente, morrendo de inanição. O plano da AFR é disseminar o filme num ataque terrorista contra os EUA, culpados de imporem a Reconfiguração.

São basicamente dois núcleos narrativos: a Academia de Tênis Enfield, em que acompanhamos os 3 filhos de James Inc.: Hal, Mario e Orin (apesar de que o último não estuda na Academia) e a Casa Ennet de Recuperação de Drogas e Álcool, onde acompanhamos o grandalhão Don Gately e a belíssima Joelle Van Dyne. Obviamente, há muitos outros personagens, mas esses são, digamos, os principais.

O livro é hilário em alguns momentos, MAS, nas mais de 1000 páginas em que a trama se enrola e desenrola, David Foster Wallace descreve visceralmente a condição humana caída: vício, depressão, violência, solidão.

Em certo momento, um membro da AFR conversa o seguinte com um agente secreto do Escritório de Serviços Aleatórios da ONAN. Um diálogo que, a meu ver, resume a mensagem do livro:

?Faça diversão quanto quiser. Mas escolha com cuidado. Você é o que você ama. Não? Você é, completa e unicamente, as coisas pelas quais você morreria sem, como vocês dizem, o pensar duas vezes. [...] Essa, não é essa a escolha da mais suprema importância? Quem ensina às suas crianças EUAs como escolher seu templo? O que amar a ponto de não pensar duas vezes? [...] Pois essa escolha determina todo o resto. Não? Todas outras nossas escolhas que vocês dizem livres-escolhas decorrem disto: qual é seu templo.?

Penso que a mensagem central do livro é que o ser humano busca incessantemente amar ou adorar alguma coisa (tema que Wallace também abordou no discurso ?Isto é água?) que lhe traga satisfação, algo que nos ?entretenha?, sejam drogas, sexo, carreira de sucesso (temas abordados na história). Mas, tendo em vista que essas coisas não nos satisfazem, no fim, nos tornamos escravos das nossas escolhas, sozinhos, sem nada: ?nada de chão ou de pedra sob os pés. Você cai; você voa daqui para lá. Como se diz: tragicamente, involuntariamente, perdido??, como continua o diálogo.

O livro de Eclesiastes ficou na minha mente durante esses 3 meses que passei lendo Graça Infinita: buscamos satisfazer o desejo pela eternidade que Deus colocou em nosso coração com as coisas ?debaixo do sol?, mas o que encontramos é somente ?vaidade?. Nossos esforços equivalem a ?correr atrás do vento?. Se não nos voltarmos para Aquele que está ?acima do sol?, continuaremos espremendo e, consequentemente, destruindo as coisas finitas e temporais daqui debaixo esperando que elas nos deem o infinito e o eterno.

Por fim, não é uma leitura fácil. A história não é totalmente linear. Alguns pontos da trama são desenvolvidos de forma não explícita. É difícil acompanhar o raciocínio das enormes sentenças (muitas vezes sem nem uma vírgula), especialmente quando há digressões no meio delas. As notas de rodapé - e as notas de rodapé das notas de rodapé! - às vezes também quebram a narrativa (apesar de serem fundamentais pro entendimento da história!). O texto é uma mistura de um linguajar bem cotidiano - inclusive alguns personagens ?falam? palavras erradas - e também de palavras difíceis (o dicionário do Kindle foi usado inúmeras vezes!). Isso, na verdade, não é uma crítica, mas mostra o estilo do autor, sua intenção, o ambiente no qual a história é contada, a ?voz? de cada personagem, ?coisa e tal e tal e coisa?. Vale o esforço e com certeza terminei essa leitura enriquecido.
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André Vedder 30/05/2020

Infinita genialidade
Graça Infinita é um mosaico de personagens e histórias sobre os mais diversos temas, escrito de forma genial pelo autor.
Não é uma leitura muito fácil, linear, daquelas que lemos com frequência, mas sim um pouco complexa, onde as coisas vão se encaixando aos poucos. Por isso exige um pouco mais de comprometimento do leitor com o livro.
Mas uma coisa é certa: você irá se viciar nele.

"Se você faz uma coisa legal para alguém em segredo, anonimamente, sem deixar a pessoa para quem você fez aquilo saber que foi você que fez e sem de maneira alguma tentar levar o crédito pela coisa feita, isso é quase um tipo novo de barato químico."

"Todo mundo é idêntico na sua tácita crença secreta de que bem lá no fundo é diferente de todo mundo."

"A verdade liberta, mas só depois de acabar com você."

"Você vai ficar bem menos preocupado com o que as outras pessoas pensam de você quando perceber como elas pensam pouco em você."
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Clube Tripas 22/03/2020

[Resenha #TBT]
Conteúdo: Adulto
Livro: Graça infinita
Autor: David Foster Wallace
Editora: @companhiadasletras
Páginas: 1144
Avaliação: Adorei (5/5)
Mês: Dezembro/19
Bibliotecária: Lúcia Mesquita/Indaiatuba-SP

A história é principalmente sobre a disfuncional família Incandenza, o patriarca James Incandenza um cientista, empreendedor e cineasta, cometeu suicídio usando um forno microondas, os filhos Orin, meio babaca já foi tenista e depois mudou para o futebol americano, Hal estuda e joga tênis na ATE academia de tênis Enfield fundada pelo pai, tem um problema com a maconha e Mário o caçula que possui vários problemas físicos.Eles chamam a mãe de Mães e o pai de Sipróprio.

O mundo mudou, Estados Unidos e Canadá juntaram se na poderosa organização da América do Norte com uma parte do Canadá insatisfeita e com um forte movimento separatista formado por cadeirantes. A produção cinematográfica de Incandenza é um capítulo a parte e deve ter umas duzentas notas. Durante a leitura, ficamos conhecendo vários dos seus filmes que após sua morte, têm sido objeto de estudo. Uma das produções é Graça infinita, um filme que pelo seu alto grau de entretenimento leva as pessoas à loucura , pois elas não conseguem parar de assistir.

O movimento separatista do Canadá está em busca do filme e toda a família está sendo investigada, inclusive a atriz que “supostamente” fez o filme . Ela foi namorada de Orin, tem problemas com drogas que eles chamam de substâncias e faz parte da OFIDE: organização dos feios e incrivelmente deformados . Os membros desta organização cobrem com um véu.

Além disso há uma clínica de reabilitação para viciados em “substâncias”, vizinha da academia de tênis . As histórias dos diversos personagens em alguns momentos se cruzam.
Os anos são subsidiados por grandes marcas, a maior parte do livro se passa no Ano da fralda geriátrica Depend.

O livro começa com Hal fazendo uma entrevista para uma Universidade e parece estar tendo um colapso . A narrativa prossegue em flashback tentando explicar como isso aconteceu...

site: https://www.instagram.com/p/B9uDZ5sDBXc/
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Leila de Carvalho e Gonçalves 16/07/2018

Gigantesco e Desafiador
Gigantesco é um adjetivo que cai sob medida para "Graça Infinita", segundo romance de David Foster Wallace (1962-2008), cujo título se refere a um estranhíssimo objeto: um filme com fama de ser tão divertido quanto letal, isto é, seus espectadores ficam vidrados na tela até a morte. Trata-se da magnum opus ou o grand finale de um ex-cientista, metido a cineasta, dotado de um bizarro senso de humor.

Quanto ao livro, ele é um bom exemplo de literatura experimental e suas sequelas físicas não vão além de um torcicolo causado por 1100 páginas que exibem o dobro de palavras usualmente empregadas, afora 388 notas, imprescindíveis para o entendimento da história. Uma odisseia que requer um leitor experiente e um bom dicionário, apesar de algumas palavras serem invenções do próprio Wallace.

Por sinal, considerado um dos escritores mais talentosos de sua geração, DFW é capaz de abordar diferentes gêneros e estilos com raro virtuosismo. Infelizmente, aos 33 anos, ele se enforcou durante uma crise de abstinência provocada pela supressão de um antidepressivo que suspeitava ser a origem de um bloqueio criativo.

Publicado originalmente em 1994, esse romance levou vinte anos para ser lançado no Brasil e Caetano Galindo levou cerca de dois, para apresentar uma impecável tradução. Um trabalho hercúleo, já que se trata de um compêndio enciclopédico criado sob o parâmetro de "quanto maior, melhor". Nada mais nada menos do que uma confusão psicodélica de tudo o que surgia na cabeça de Wallace com direito a inúmeras personagens, bons casos, piadas, monólogos além de trechos desafiadores que assemelham-se a delírios alucinógenos.

Sua história é ambientada num futuro onde Estados Unidos, México e Canadá passaram a ser um único país, a Organização das Nações da América do Norte (ONAN). Dominada pelo comércio, a região apresenta até os anos patrocinados por marcas famosas, por exemplo, o "Ano da Fralda Geriátrica Depend" centraliza a maior parte da trama. A própria Estátua da Liberdade virou garota-propaganda e, ao invés de erguer a tocha, exibe produtos que vão de hambúrguer a sabão em pó.

As estranhezas não param por aí, rebanhos de hamsters selvagens cortam o país e a Nova Inglaterra foi transformada num lixão de residuos tóxicos produzidos por um novo tipo de energia, a fusão anular. Indubitavelmente, a população de Quebec não anda satisfeita com a incômoda vizinhança e um grupo separatista radical está disposto a obter a cópia mestre do tal filme para transformá-lo numa arma capaz de dizimar toda a população ianque.

Desaparecido sem deixar vestígios, o paradeiro desse cartucho acaba envolvendo a própria família do cineasta que, há poucos anos, resolveu explodir a cabeça num forno de micro-ondas. Dela, fazem parte a viúva, Avril Incandenza, proprietária da "Academia de Tênis Enfield", e seus três filhos: Orin, um ídolo do futebol americano, Mario, um jovem seriamente deformado, e Hal, candidato a futuro ídolo do tênis, se não for pego em algum exame antidoping...

Com várias subtramas, uma boa parte acontece na "Casa Ennet de Recuperação de Drogas e Álcool". Aí, quem rouba a cena é Don Gately, um ladrão viciado em narcóticos orais que frequenta os "Alcóolicos Anônimos" e tem sérias dúvidas sobre a existência de um Ser Superior.

Com uma estrutura complexa, esse livro não é indicado para o leitor tradicional, acostumado com conexões narrativas e histórias com começo, meio e fim. Se esse não for o seu caso, aceite o desafio de encarar um romance genial, laborioso e viciante. Aliás, o vício, suas causas e consequências são o fio condutor dessa jornada labiríntica que também aborda a tênis, entretenimento, publicidade, cinema, relações familiares e políticas. Boa sorte!
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Oz 16/04/2017

O título faz jus ao livro
Fui levado a ler esse livro pela grande curiosidade que surgiu após ler alguns comentários que explicavam (ao menos tentavam) sobre o que ele tratava, qual era sua história. E a verdade é que essa história foi me parecendo cada vez mais original e intrigante, ainda que a imagem que eu fui formando sobre o livro fosse, na verdade, um grande quebra-cabeça, com inúmeras peças faltando. Bom, a única forma de montar esse quebra-cabeça era ler o livro. E que livro. Foi uma graça infinita ter a oportunidade de ler essa obra-prima.

É verdade que as mais de mil páginas assustam? É. É verdade que tem mais de 200 páginas de notas e algumas delas são bem enfadonhas? É. É verdade que o começo é um tanto quanto confuso, que o autor usa e abusa de siglas e que a construção da história é não linear? É. Então o livro é chato pra caramba? Nem a pau.

Tomando como principais ambientes uma academia de tênis para crianças e jovens, uma casa de recuperação para dependentes químicos e as movimentações de um grupo terrorista cujos integrantes são violentos cadeirantes, Wallace traça uma história distópica extremamente original, mas cujo ponto forte são as reflexões sobre temas profundos que permeiam a vida dos personagens. Por exemplo, talvez a melhor descrição sobre o pensamento de suicídio esteja nesse livro. É tudo muito convincente e visceral, lembrando que Wallace se suicidou. Outro exemplo é uma discussão que ocorre sobre o quão benéfico é a liberdade que as pessoas têm para buscar maximizar seu prazer. E se o prazer for mortal, como é o caso do filme que dá nome ao título do livro? Estaria a filosofia utilitarista que serve de fundação para as relações sociais, econômicas e até culturais dos EUA e de grande parte do Ocidente fadada ao fracasso lógico e moral?

Enfim, qualquer resenha para esse livro será sempre muito grande pela quantidade de conteúdo que ele apresenta e pelo que pode ser discutido, mas também sempre será muito curta, de forma a não conseguir passar nem uma minúscula parte do que esse livro entrega na experiência de sua leitura. Então fico por aqui. Só resta dizer que é realmente uma graça infinita ler esse livro. Provavelmente, meu livro favorito de todos os tempos.

site: www.26letrasresenhas.wordpress.com
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