O Castelo de Papel

O Castelo de Papel Mary del Priore




Resenhas - O Castelo de Papel


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Thiago275 22/04/2024

Um casal imperial com vida de burguês
Em O Castelo de Papel a historiadora Mary Del Priore montou, a partir da reunião de trechos de cartas, artigos de jornal e documentos oficiais, a biografia do casal formado por Isabel, princesa imperial do Brasil, e Gastão de Orléans, Conde D’Eu.

O livro perpassa toda a vida do casal, desde antes de se conhecerem. Gastão, oriundo de uma família que acabara de perder o trono da França, às voltas com as guerras na Europa e no norte da África. E Isabel, crescendo em meio a uma corte nos trópicos, distante física e culturalmente da pompa e da opulência das monarquias europeias.

O casamento arranjado não poderia ter dado mais certo: marido e mulher eram muito apaixonados um pelo outro, como mostra a correspondência afetuosa que trocaram durante toda a vida. Isabel preocupava-se a cada ausência de Gastão (principalmente quando este participou da Guerra do Paraguai) e Gastão temia a perda da esposa a cada parto.

Se a vida íntima do casal imperial era um sucesso, o mesmo não se pode dizer de sua fama e capital político. A herdeira do Trono do Brasil nunca fez questão de esconder o seu desinteresse pelo dia a dia do Governo, e nas três vezes em que assumiu a regência do império, foi extremamente infeliz. Já seu marido, nas poucas vezes em que tentou ter alguma voz ativa, foi preterido.

O que passava por antipatia na verdade era indiferença. O casal imperial preocupava-se muito mais com a educação dos filhos do que com o futuro do país que um dia Isabel iria liderar. Haja vista o pouco caso com que tratavam em sua correspondência de questões estruturais e urgentes, como a Escravidão. Embora fossem intimamente abolicionistas, somente engajaram-se publicamente sobre o tema quando não podiam mais escapar. E pagaram o preço por isso.

A atitude de D. Pedro II também não ajudava. Calado e taciturno, o Imperador pouco falava com a filha. E jamais de política. Menos ainda com o genro. Uma atitude que não dá pra entender, já que Isabel estava destinada a ser Imperatriz.

Com relação à escrita, Mary Del Priore é conhecida por romancear seus livros históricos. Ela faz uma extensa pesquisa e, depois, atribui diálogos e sentimentos aos personagens. Confesso que isso não me agrada muito e, felizmente, ela usou pouco desse artifício aqui. Por outro lado, principalmente no começo do livro, a autora cita muitos nomes e sobrenomes das famílias nobres europeias, o que causa uma certa confusão. Uma árvore genealógica enriqueceria muito a edição!

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Paula.Souza 22/03/2024

Sobre o livro.
O foco do livro é o casal Princesa Isabel e Conde D'Eu. Muito interessante que o livro aborda como era o relacionamento entre o casal, assim como entre eles e o imperador. Como era a vida no imperio e como foi no exílio.
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Adriana854 13/10/2023

Excelente
Cara, eu amo tudo o que a Mary Del Priore escreve.

TÍTULO: Castelo de Papel

AUTORA: Mary Del Priore

EDITORA: Rocco

SINOPSE: Conhecida por combinar o rigor da pesquisa historiográfica com uma narrativa fluida e romanceada, a historiadora Mary del Priore narra O castelo de papel, episódios importantes da história recente do Brasil, como a Guerra do Paraguai, a Proclamação da República e a abolição dos escravos, a partir da trajetória da princesa Isabel e do conde d'Eu.
Protagonistas de uma história de amor digna de conto de fadas ? a união por interesse familiar não impediu que fossem apaixonados por toda a vida ? o casal, que teve fundamental importância na corte brasileira, representa o retrato acabado do romance do século XIX.
Baseado em uma vasta documentação, O Castelo de Papel, finalista do Prêmio Jabuti na categoria Biografia, reconstrói o mundo que dava sentido ao romance dos dois personagens, conduzindo o leitor a um dos períodos mais interessantes de nossa história. Um tempo onde reis perdiam suas coroas, barões eram aposentados de sua grandeza, mas que, como mostra o romance, príncipes e princesas ainda casavam e eram felizes para sempre.
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MJGalvão26 22/08/2023

O livro retrata a vida da princesa Isabel com o Conde D"eu. Conta desde a infância de ambos, quando e em qual situação se conheceram. Mary Del Priore escreve sobre a vida dos príncipes, de como conviviam com a política brasileira, com o imperador, e das dificuldades de dar um herdeiro. Mostra como foi o processo de libertação dos escravizados, que apesar de muitas articulações dos próprios escravizados mas também de uma classe abolicionista ficou para a Princesa a glória, de uma ato que ela tanto ignorava e que se deu mais por questão religiosa que política, os desdobramentos após a Lei Áurea e o golpe que deu fim a monarquia. O último capítulo fala de como a família imperial reagiu ao golpe e como foi a vida de exilados.
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PITUCALELE 14/04/2023

O castelo de papel
Esse livro é focado na vida da princesa Isabel e seu esposo o conde D'Eu, uma princesa carola que não queria governar nem tão pouco foi preparada pelo pai, o imperador para tal. Uma vida pacata, que foi sacudida somente pela assinatura da lei Áurea. Uma excelente aula de História, assim como todos os livros da Mary del Priore.
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Raquel622 19/02/2023

A guilhotina das ilusões.
Padecemos de dois defeitos: achamos que vivemos no ápice do processo civilizatório e que a Idade de Ouro está em algum lugar do passado. O período monárquico (1822-1889) tem sido apresentado como modelar, bom. Quase um ?éramos felizes e não sabíamos?, porque governados por um verdadeiro democrata liberal, erudito e letrado. Mais de um defensor da monarquia esquece que éramos uma economia escravista, com a questão abolicionista sendo adiada e com aderência tardia da familia imperial. Um país com legislação tão atrasada e provinciana que atravancava até enterro de não católicos.
Recontando a história do casamento feliz em moldes perfeitamente burgueses de Gastão de Orleans e Isabel de Bragança, a autora, historiadora respeitada e prolífica, demonstra como características pessoais de Pedro II e sua herdeira contribuíram para o fim da dinastia e a instauração da república. Ele por não alimentar expectativas quanto ao sucesso de uma mulher no cargo. A filha, por ter sido educada à perfeição para ser esposa, mãe e dona de casa e estar totalmente satisfeita na companhia de seu maridos, seus filhos e seus amigos.
Isabel, contudo, era a primeira a admitir que um eventual Terceiro Reinado poderia se converter em República pela ascensão de uma maioria republicana no Parlamento?
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alex santos 22/08/2021

Nobreza distante
Uma análise bem documentada do completo desconhecimento da realidade social pela família real brasileira. Um isolamento da sociedade que pode ser interpretada como desprezo, mas que não deixou de comprometer Isabel com a abolição, embora de forma derradeira.
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Vi15 04/08/2021

Maravilhoso!
Este livro mostra um mundo em transição, revelando a participação de Isabel ,princesa imperial do Brasil, no movimento abolicionista. Mary del Priore, a autora deste livro, relata as tensões que estavam acontecendo no Brasil e no mundo no século XIX de modo que a sensação é de estarmos dentro do palácio com as famílias imperiais.
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Rosi117 04/05/2021

O livro não tem a melhor das narrativas, mas é totalmente interessante. Imparcial e revelador!!! Muito bom!!!
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Hannah Andressa Delgado 05/02/2021

Apesar de não gostar muito de biografia, achei o livro muito enriquecedor, além de bem escrito. Descobri um monte de coisas.
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Fernando 20/11/2020

Tendencioso.
Retrata Isabel como uma pessoa fútil, desinteressada e submissa, o Conde como um doente que vivia a sombra da família, O imperador como um bronco sem cultura nenhuma. A autora deve ter achado o dossiê psicológico do casal numa bola de cristal, só vi citações de cartas. Isabel era uma pessoa inteligentíssima que frequentava os ambientes das pessoas mais infuentes e atuantes da época. A personalidade do Conde foi forjada em uma família conhecida em toda Europa por sua coragem. Ter participado da guerra do Paraguai (uma das mais sangrentas) já constata esse fato. Pra mim o livro é um romance de ficção.
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Tiago Queiroz 30/09/2020

Um livro interessante
Não gosto muito dessa autora, mas não se pode dizer que os livros dela são ruins. Este em especial trata da vida da princesa Isabel e seu marido, o Conde D'Eu. Recomendo para quem deseje conhecer a história desses importantes personagens da história do Brasil Império. Pontos negativos que encontrei: em alguns momentos a leitura é confusa; uso excecivo de aspas sem citar fontes; muito romanceado, cono todos os livros dela. Contudo, ao fim e ao cabo, é uma boa leitura.
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Verona 16/04/2020

Boa leitura
Mais um livro da historiadora Mary del Priori, com uma leitura de fácil compreensão e fluida.
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Su Martins 10/03/2020

Dilemas de uma princesa
Mary Del Priore é uma das melhores historiadores brasileiras da atualidade. Nos envolve com a narrativa da vida familiar da princesa Isabel e seus dilemas sobre o reinado.
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Júlio 21/09/2019

Muito bom
O livro é de uma leitura fluida e bem acessível. Trata de uma biografia dupla (Isabel e Gastão - seu marido). Consegue fazer ótimas referências sobre contextos históricos e mostra uma outra face de D. Pedro II - mais sisuda e cinzenta.

Isabel era um ótimo exemplo do que era ser uma mulher do século XIX, doméstica, afeita aos afazeres do lar, submissa, religiosa e - ouso dizer - opaca. Enquanto ótima para a função de mulher daquela época, deixava muito a desejar quanto ao papel de soberana que era esperado.

Uma nova perspectiva me foi lançada sobre D. Pedro II. Um perfil mais misterioso, egocêntrico, machista (condizente com a época), "teimoso" e até esnobe. A forma como tinha uma mulher super à frente de sua época por quem se apaixonou (a condensa do Barral) que era autônoma, independente, influente, competente nos mais variados campos e a forma como via a própria filha é realmente de uma diferença gritante. O preconceito que tinha sobre as capacidades da filha (com certa razão, tenho que dizer) é algo surpreendente, mas mais surpreendente ainda é sua falta de atitude em desenvolver nela a atitude e postura que se esperaria para uma governante. Ele simplesmente a exclui de praticamente (quase) todos os compromissos públicos onde poderia instruí-la. Muito interessante também é sua atitude com o genro, basicamente considera-o um simples indivíduo cuja a função é 'fazer' filhos.

Uma surpresa foi Gastão - o conde d'Eu. Aparentemente era a única figura da casa real lúcida dentro do cenário que o Brasil se encontrava. Muito coerente e prático, versado na forma de ver as consequências das atitudes de seu sogro e seus impactos no futuro do império. Creio que se, ao invés de ter sido jogado para escanteio pelo imperador, teria feito muita diferença nos rumos que a monarquia teve por aqui.
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