O Castelo de Papel

O Castelo de Papel Mary del Priore




Resenhas - O Castelo de Papel


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Ogro 28/02/2014

Nossos príncipes não são como os outros...
Se alguém espera uma história emocionante, como aquelas que nos acostumamos sobre a nobreza inglesa e francesa , com reviravoltas, traições,paixões avassaladoras, desista.

A história do relacionamento entre a Princesa Isabel e o Conde D'Eu , guardadas as devidas proporções por se tratar da filha de Pedro II, poderia ser igualmente a de qualquer mulher portuguesa da década de 20, criada por um pai severo e mantida protegida ,primeiro pelo pai,depois pelo marido.

E isso é assustador - D. pedro não preparou a filha para sucedê-lo, não a inteirou das realidades do governo de tal forma que a própria detestava governar e sua preocupação com a escravidão era mais de um fruto da educação católica do que real compaixão pelos negros - a própria assinatura da Lei Áurea é retratada como uma consequência de forças externas que já lutavam pela abolição do que a conclusão de uma atuação da princesa ao longo dos anos.

Enquanto Pedro 2º é apresentado sob uma matiz apagada,como alguém que mantêm a monarquia apenas para ajudar seu passamento, é Gastão D'Orleans que aparece como a personagem mais interessante e perspicaz e ainda assim, pouco pôde fazer : espremido entre o imperador, que não o deixava participar do Governo, a esposa que só queria ser mãe e agradar ao pai e aos políticos que encaravam com desconfiança um estrangeiro perto do trono, sua atuação foi bem pífia;mesmo sua participação na Guerra do Paraguai foi mais um serviço de limpeza , visando poupar caxias, do que uma prova de confiança do imperador.

É um livro que se arrasta...ler a vida da Princesa Isabel e do Conde D'Eu é como ler sobre a vida de um dono de mercearia ; Zélia Gattai, em Anarquistas graças a Deus, consegue tornar a família dela bem mais vívida .

Porém, o livro é uma aula interessante sobre História, contextualizando as pressões no exterior para findar a escravidão,os molimentos abolicionistas no Brasil e a Proclamação da República , esta bem pouco esmiuçada.

Mas faz sentido - o livro é apresentado sob a ótica do casal, casal este cuja existência resumia-se a tentar fazer filhos - e depois disse educá-los - e só; a extinção da Monarquia ,como ocorre no livro, é como a morte de Sirius Black - num instante está vivo, no outro instante acabou e o mundo continuou sem ser afetado.

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Tiago Queiroz 30/09/2020

Um livro interessante
Não gosto muito dessa autora, mas não se pode dizer que os livros dela são ruins. Este em especial trata da vida da princesa Isabel e seu marido, o Conde D'Eu. Recomendo para quem deseje conhecer a história desses importantes personagens da história do Brasil Império. Pontos negativos que encontrei: em alguns momentos a leitura é confusa; uso excecivo de aspas sem citar fontes; muito romanceado, cono todos os livros dela. Contudo, ao fim e ao cabo, é uma boa leitura.
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PITUCALELE 14/04/2023

O castelo de papel
Esse livro é focado na vida da princesa Isabel e seu esposo o conde D'Eu, uma princesa carola que não queria governar nem tão pouco foi preparada pelo pai, o imperador para tal. Uma vida pacata, que foi sacudida somente pela assinatura da lei Áurea. Uma excelente aula de História, assim como todos os livros da Mary del Priore.
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Marcus Martins 06/06/2015

Tempos Imperiais e Utópicas Republicanas
Um livro interessante, li e apesar de tudo me apaixonei mais pelo sistema monárquico, o senso de honra que dom Pedro II tinha e como ele passou isso para sua filha, não nego que o imperador tinha seus erros e suas sismas, afinal, ele era um ser humano como qualquer um, mas o mesmo amava o Brasil e passou isso para os seus descendentes, esse valor de amor a nação permanece até hoje no meio dos Orleans e Bragança (família imperial do Brasil).
Outra coisas bem perceptiva é as características do GOLPE republicano, não foi uma proclamação e sim um golpe de Estado, onde os militares e grandes cafeicultores movidos pelo pragmatismo declararam uma República provisória (que permaneceu até 1993, quando houve o plebiscito Monarquia versus República).
Quando a monarquia caiu e os mesmos cidadãos que haviam ajudado a dar o golpe republicano perceberam que a república não seria como o esperado (e até hoje não é a utopia que eles pensavam, muito pelo contrário), eles recorreram a princesa Isabel para que ela servi-se como cara de uma contra-revolução e a mesma recusou, porque ela cria que seu pai não queria que sangue brasileiro fosse derramado por compatriotas, esse espírito de nacionalismo que falta no governo republicano havia em excesso no governo monárquico, um amor a pátria tão grande que retirou a coroa da cabeça da princesa.
Minha única ressalva é que a autora é muito crítica quando fala das tradições luso-brasileiras.
Gustavo Guedes 24/08/2018minha estante
Também foi minha única ressalva. A autora me pareceu demasiadamente crítica com relação ao regime monárquico.




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Hannah Andressa Delgado 05/02/2021

Apesar de não gostar muito de biografia, achei o livro muito enriquecedor, além de bem escrito. Descobri um monte de coisas.
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Raquel622 19/02/2023

A guilhotina das ilusões.
Padecemos de dois defeitos: achamos que vivemos no ápice do processo civilizatório e que a Idade de Ouro está em algum lugar do passado. O período monárquico (1822-1889) tem sido apresentado como modelar, bom. Quase um ?éramos felizes e não sabíamos?, porque governados por um verdadeiro democrata liberal, erudito e letrado. Mais de um defensor da monarquia esquece que éramos uma economia escravista, com a questão abolicionista sendo adiada e com aderência tardia da familia imperial. Um país com legislação tão atrasada e provinciana que atravancava até enterro de não católicos.
Recontando a história do casamento feliz em moldes perfeitamente burgueses de Gastão de Orleans e Isabel de Bragança, a autora, historiadora respeitada e prolífica, demonstra como características pessoais de Pedro II e sua herdeira contribuíram para o fim da dinastia e a instauração da república. Ele por não alimentar expectativas quanto ao sucesso de uma mulher no cargo. A filha, por ter sido educada à perfeição para ser esposa, mãe e dona de casa e estar totalmente satisfeita na companhia de seu maridos, seus filhos e seus amigos.
Isabel, contudo, era a primeira a admitir que um eventual Terceiro Reinado poderia se converter em República pela ascensão de uma maioria republicana no Parlamento?
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Marcia 21/07/2017

Meu parecer sobre o livro, não é resenha.
Recomendo a leitura a quem gostar de saber sobre nosso querido Brasil, na época da princesa Isabel. Como era a vida da princesa, suas preocupações e desafios,
Gostei muito desse livro e dos "encontros" com amigos- personagens de outros livros como Taunay , que mais tarde veio a ser o Visconde de Taunay , Quintino Bocaiuva, Machado de Assis , e muitos outros.
Esse período foi o mais longo da nossa historia, durou de 1839 a 1889. Quando cheguei em 1888, no dia da abolição da escravatura, 13 de maio de 1888, me vi no Paço Imperial com a princesa Isabel ,Rodrigo Augusto da Silva que era ministro da agricultura,e outros tantos conhecidos marcando esse fato maravilhoso.
O livro narra todas as turbulências que o Brasil passou , as transformações e revoltas que aconteciam em todo país . Nessas partes também me recordava dos cenários apresentados em outros livros lidos que focavam as revoltas.
Acabei por viver todo o movimento republicano e abolicionista, as pressões feitas ao imperador ,seu exílio com toda sua família e a Proclamação da República.
Bom, esse livro é leitura que recomendo, gostei muito da maneira como Mary Del Priorei descreve os fatos.
Nélio 06/09/2017minha estante
Adorei ler As barbas do imperador, que também retrata o segundo reinado. Adorei! O castelo de papel e O príncipe maldito serão os próximos....


Marcia 20/09/2017minha estante
Legal, vou colocar esse livro na minha lista. Obrigada pela dica.




Blog Nana Banana (Morgana) 06/12/2017

O castelo de papel
Narra a vida da princesa e de seu marido, desde o nascimento até a morte, dando enfoque ao período iniciando no casamento arranjado dos dois até ao exílio dos monarcas após a declaração da republica em 1889.
Todos os conflitos passados pela princesa são narrados de tal forma que, eu Morgana, fiquei emocionada com o texto. Sim, derramei uma lagrima quando estava terminando, pois considero que a princesa sofreu um pocado na vida.
Apesar de ser escrito por uma historiadora, a obra não se faz difícil de entender por quem não seja da área. Pelo contrario, a história é apaixonando e pode ser lido com tranquilidade por todos.

site: http://www.blognanabanana.com/o-castelo-de-papel-mary-del-priore/
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Adriana854 13/10/2023

Excelente
Cara, eu amo tudo o que a Mary Del Priore escreve.

TÍTULO: Castelo de Papel

AUTORA: Mary Del Priore

EDITORA: Rocco

SINOPSE: Conhecida por combinar o rigor da pesquisa historiográfica com uma narrativa fluida e romanceada, a historiadora Mary del Priore narra O castelo de papel, episódios importantes da história recente do Brasil, como a Guerra do Paraguai, a Proclamação da República e a abolição dos escravos, a partir da trajetória da princesa Isabel e do conde d'Eu.
Protagonistas de uma história de amor digna de conto de fadas ? a união por interesse familiar não impediu que fossem apaixonados por toda a vida ? o casal, que teve fundamental importância na corte brasileira, representa o retrato acabado do romance do século XIX.
Baseado em uma vasta documentação, O Castelo de Papel, finalista do Prêmio Jabuti na categoria Biografia, reconstrói o mundo que dava sentido ao romance dos dois personagens, conduzindo o leitor a um dos períodos mais interessantes de nossa história. Um tempo onde reis perdiam suas coroas, barões eram aposentados de sua grandeza, mas que, como mostra o romance, príncipes e princesas ainda casavam e eram felizes para sempre.
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Rosi117 04/05/2021

O livro não tem a melhor das narrativas, mas é totalmente interessante. Imparcial e revelador!!! Muito bom!!!
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Thiago275 22/04/2024

Um casal imperial com vida de burguês
Em O Castelo de Papel a historiadora Mary Del Priore montou, a partir da reunião de trechos de cartas, artigos de jornal e documentos oficiais, a biografia do casal formado por Isabel, princesa imperial do Brasil, e Gastão de Orléans, Conde D’Eu.

O livro perpassa toda a vida do casal, desde antes de se conhecerem. Gastão, oriundo de uma família que acabara de perder o trono da França, às voltas com as guerras na Europa e no norte da África. E Isabel, crescendo em meio a uma corte nos trópicos, distante física e culturalmente da pompa e da opulência das monarquias europeias.

O casamento arranjado não poderia ter dado mais certo: marido e mulher eram muito apaixonados um pelo outro, como mostra a correspondência afetuosa que trocaram durante toda a vida. Isabel preocupava-se a cada ausência de Gastão (principalmente quando este participou da Guerra do Paraguai) e Gastão temia a perda da esposa a cada parto.

Se a vida íntima do casal imperial era um sucesso, o mesmo não se pode dizer de sua fama e capital político. A herdeira do Trono do Brasil nunca fez questão de esconder o seu desinteresse pelo dia a dia do Governo, e nas três vezes em que assumiu a regência do império, foi extremamente infeliz. Já seu marido, nas poucas vezes em que tentou ter alguma voz ativa, foi preterido.

O que passava por antipatia na verdade era indiferença. O casal imperial preocupava-se muito mais com a educação dos filhos do que com o futuro do país que um dia Isabel iria liderar. Haja vista o pouco caso com que tratavam em sua correspondência de questões estruturais e urgentes, como a Escravidão. Embora fossem intimamente abolicionistas, somente engajaram-se publicamente sobre o tema quando não podiam mais escapar. E pagaram o preço por isso.

A atitude de D. Pedro II também não ajudava. Calado e taciturno, o Imperador pouco falava com a filha. E jamais de política. Menos ainda com o genro. Uma atitude que não dá pra entender, já que Isabel estava destinada a ser Imperatriz.

Com relação à escrita, Mary Del Priore é conhecida por romancear seus livros históricos. Ela faz uma extensa pesquisa e, depois, atribui diálogos e sentimentos aos personagens. Confesso que isso não me agrada muito e, felizmente, ela usou pouco desse artifício aqui. Por outro lado, principalmente no começo do livro, a autora cita muitos nomes e sobrenomes das famílias nobres europeias, o que causa uma certa confusão. Uma árvore genealógica enriqueceria muito a edição!

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Júlio 21/09/2019

Muito bom
O livro é de uma leitura fluida e bem acessível. Trata de uma biografia dupla (Isabel e Gastão - seu marido). Consegue fazer ótimas referências sobre contextos históricos e mostra uma outra face de D. Pedro II - mais sisuda e cinzenta.

Isabel era um ótimo exemplo do que era ser uma mulher do século XIX, doméstica, afeita aos afazeres do lar, submissa, religiosa e - ouso dizer - opaca. Enquanto ótima para a função de mulher daquela época, deixava muito a desejar quanto ao papel de soberana que era esperado.

Uma nova perspectiva me foi lançada sobre D. Pedro II. Um perfil mais misterioso, egocêntrico, machista (condizente com a época), "teimoso" e até esnobe. A forma como tinha uma mulher super à frente de sua época por quem se apaixonou (a condensa do Barral) que era autônoma, independente, influente, competente nos mais variados campos e a forma como via a própria filha é realmente de uma diferença gritante. O preconceito que tinha sobre as capacidades da filha (com certa razão, tenho que dizer) é algo surpreendente, mas mais surpreendente ainda é sua falta de atitude em desenvolver nela a atitude e postura que se esperaria para uma governante. Ele simplesmente a exclui de praticamente (quase) todos os compromissos públicos onde poderia instruí-la. Muito interessante também é sua atitude com o genro, basicamente considera-o um simples indivíduo cuja a função é 'fazer' filhos.

Uma surpresa foi Gastão - o conde d'Eu. Aparentemente era a única figura da casa real lúcida dentro do cenário que o Brasil se encontrava. Muito coerente e prático, versado na forma de ver as consequências das atitudes de seu sogro e seus impactos no futuro do império. Creio que se, ao invés de ter sido jogado para escanteio pelo imperador, teria feito muita diferença nos rumos que a monarquia teve por aqui.
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Daniel432 25/08/2014

Imperatriz do Brasil, Rainha do Lar
A autora demonstra cabalmente que a Princesa Isabel não foi educada para ser Imperatriz do Brasil. Ela não participava das reuniões que discutiam os interesses do Estado, na verdade, seu pai, D. Pedro II,
criou-a para que fosse Rainha do Lar!!

E era isso que ela gostava de ser!! Gostava da vida familiar e das futilidades das reuniões com outras rainhas do lar. A vida pública não lhe interessava, pelo contrário, ela abominava os períodos de viagem do pai, quando precisava ter sobre sua responsabilidade a Regência do Império.

A tentativa de fazê-la Redentora dos negros não funcionou como esperado já que a Lei Áurea não previu a indenização aos proprietários, ricos latifundiários e ... monarquistas!!!

O livro é bem escrito e a leitura não é entediante. Outro ponto a se destacar é que a autora não faz propaganda nem referências a outro livro de sua autoria que trata da vida de Pedro Augusto, sobrinho da Princesa Isabel que sonhou em tornar-se herdeiro do trono brasileiro.

Enfim, para quem gosta de história do Brasil esse é um livro obrigatório.
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Rapudo 13/11/2014

Melhor do que eu esperava
é bobinho, mas tem algumas contextualizações interessantes, sobre hábitos e moda da época, assim como informações sobre as famílias imperial brasileira e real francesa, especialmente o ramo dos Orleans.
Mas no geral não aprofunda em tema nenhum, uma leitura leve e água com açucar. fiquei com um pouco de vergonha de andar com ele por aí, a capa é de livro ruim, tipo romance espírita, não sei.
Peguei emprestado no clube do livro de pais e responsáveis da turma da minha filha, no CPII, algo entre final de outubro e 13 de novembro de 2014
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