ritita 01/11/2022Não achei esta Brastemp toda, não.Já ouvi falar em um filme com este enredo, mas não lembro o nome e não assisti.
O livro baseia-se em fatos, mas acredito que superdimensionados, como toda adaptação.
A narrativa é fluida e bem escrita, mas eu achei que a autora exagerou na mão em sua contação*. Ninguém se arvora em amigo sem antes conhecer o outro, e Laura apaixona-se por Maurice de imediato.
Tudo muito bem descrito - as dificuldades familiares, sociais e econômicas do menino, como as de Laura na infância, mas... Sempre tem um mas, no decorrer da narrativa fiquei matutando se não seria um livro de autoajuda, tantos são os "ensinamentos" de Laura sobre amizade, generosidade, empatia, blá, blá, blá, blá. Aí me cansou.
Quer fazer o bem, deve fazê-lo, mas daí a ter que contar para amigos, parentes, conhecidos e mais é um pouco de exagero.
Talvez meu olhar tenha sido exageradamente crítico, mas Laura não lia jornais? Assistia noticiário? Justamente em N. York?
Reparem bem, não tiro um milésimo da beleza das atitudes de Laura com Maurice, mas pensei com meus parcos neurônicos e usando o aprendizado em filosofia: "todo e qualquer exagero tampona uma falta".
Recomendo, principalmente quem gosta de livros com crianças (no caso 11 anos), e quem curte chorar bastante. Eu não chorei. Talvez porque a história do menino seja a de tantos outros em todo o mundo.