Krisley 25/10/2013
Bom
João Barone tentou ser bem abrangente, citando os principais acontecimentos de quase toda a guerra ( e rápidas biografias dos principais personagens do período como Vargas,Mussolini,Roosevelt,Hitler,Mark Clark,Stalin,Tojo), mas sem entrar em detalhes e às vezes com informações fora do contexto em que foram inseridas, o que deixou algumas partes do livro bem superficiais.
O ponto forte do livro são os acontecidos que ocorreram em território brasileiro durante a guerra, indo das mudanças dos nomes de times de futebol como Palmeiras e Cruzeiro por questões políticas, a situação dos soldados da borracha, às medidas de prevenção a ataques aéreos nas cidades litorâneas.
Barone comete alguns erros como a definição errônea de cota topográfica (pág 177) e falar que os judeus não são um grupo étnico (apenas religioso), num trecho em que faz referência ao antissemitismo e não ao antijudaísmo.
Pág 69 - Desde seu início, o Estado Novo implantou uma clara política de controle para a imigração de populações indesejáveis, como negros, judeus e asiáticos, o que se intensificou com o começo da guerra. Antes de Oswaldo Aranha, o ministro das Relações Exteriores era Mário de Pimentel Brandão, que emitiu várias circulares secretas que proibiam a entrada de elementos da raça de Israel, um claro desconhecimento quanto ao fato de os judeus na verdade representarem um grupo religioso.
Bom livro, leitura rápida, recomendado pra quem conhece pouco sobre a história do Brasil no período da guerra.