Raphaela.Bonaretti 09/01/2022NecessárioApesar de tantas resenhas e comentários negativos sobre esse livro, eu amei.
Comecei a ler achando que seria péssimo devido aos comentários, mas que surpresa positiva.
Para não dizer que nada me desagradou, a alternância da narrativa dos personagens deixou a desejar na minha opinião.
Não achei que a autora jogou tudo fora com esse livro, pelo contrário, achei que tudo chegou ao seu desfecho natural.
Fiquei curiosa com os personagens saindo da cidade e conhecendo o ?nosso? mundo, essa realidade mais próxima da nossa, os anúncios, a tecnologia, as sensações tão bem descritas que me senti olhando pra esse mundo com os olhos desses personagens.
Nossa realidade não é utópica e nem perfeita e trazer esse universo do livro, para um mundo destruído pelo ser humano, próximo ao que conhecemos hoje foi uma quebra de paradigma que eu ainda não vi em outras distopias.
Um choque de realidade, que mostra que independente das intenções, das situações, das crenças, o ser humano caminha sempre para o mesmo destino, guerras, conflitos e autodestruição.
Mesmo no final, ficou claro para mim, que por mais que a intenção da Tris, do Tobias e de seus aliados fosse uma solução pacífica para os problemas de ambos os lugares (cidade e mundo exterior), ainda assim a autora deixou claro, nas últimas páginas, que tinham grupos rebeldes emergindo.
Não foi um final feliz, mas foi um final realista.
Quanto a morte da Tris, pra mim não poderia ser diferente, pois a Tris que eu conheci durante todos esses livros jamais deixaria o irmão dela morrer para provar pra ela que ele a amava e que merecia seu perdão.
Por mais que ela acreditava que ele estava fazendo o sacrifício maior, condizente com os costumes da Abnegação, a verdade é que desde o início ela sempre foi movida a emoção. Ela nunca quis ser a heroína, apenas agia com seu coração e instintos.