* 07/07/2013Lindo!O sonho de Ella era ser mãe e por muitos anos ela e seu marido tentaram, mas todas as tentativas acabaram sendo frustradas e o casamento chegou ao fim. Sem rumo e sem sonhos ela decide mudar de vida. Viaja sem destino, até parar na pequena cidade de Elbow, onde conhece Joe. Um apaixonado por fotografia, que toca o negócio da família, o mercado Capozzi e cuida de seus dois filhos Annie e Zach sozinho, depois de ser abandonado pela esposa. A atração é mútua e não demora muito para que Ella comece a fazer parte da família.
Três anos depois Ella e Joe estão casados. As crianças há chamam de mãe, são uma família feliz, até que Joe desrespeita sua própria regra: "Nunca dar as costas para o mar", enquanto faz uma sessão de fotos na praia, ele é atingido por uma onde e vem a falecer. A vida sem Joe não é mais a mesma, mas Ella continua forte pelas crianças... O que ela não imaginava é que Paige, ex-mulher de Joe fosse aparecer no enterro, e muito menos que ela começaria aos poucos a entrar na vida dos filhos que abandonou. Mas talvez, só talvez, a história não seja bem como Ella pensava...
O que você faria se alguém tentasse tirar seus filhos de você? E se essa pessoa tivesse o direito de fazê-lo?
"O maior amor do mundo", poderia ser referente a apenas um tipo de amor. O amor de uma mãe. Neste livro sensível, que retrata problemas e dores reais podemos ver nitidamente o que uma mãe faria por seus filhos, mas também aprender que nem sempre é necessário ter o sangue da pessoa correndo nas veias para que ela se torne da família. O livro é narrado em primeira pessoa por Ella e embora seja meio pacato no começo, do meio para o final a história se desenrola perfeitamente bem, tornando muito mais fácil sua leitura.
A trama se trata de duas mulheres lutando pela guarda de duas crianças. A mãe biológica que por problemas pessoas achou que seria uma ameaça para os filhos e decidiu ir embora, e a madrasta que tomou seu lugar e criou as crianças com todo amor que tinha dentro de si. Fica fácil julgar o caso, lendo apenas esse breve resumo não? Eu já comecei o livro odiando Paige, a mãe biológica das crianças. Na minha cabeça era inconcebível ela resolver voltar apos a morte do ex-marido para tentar recuperar os filhos. Primeiramente por se tratar de um momento de extrema dor para Ella e para as crianças, Zach e Annie, o que na minha opinião é golpe baixo e em segundo lugar, porque a partir do momento em que ela deu as costas dos filhos, seus "direitos" acabaram. Mas a justiça não pensa da mesma forma que eu. A disputa judicial aconteceu. E por muitas páginas eu me vi estressada e amargurada, assim como Ella. O sentimento crescente de injustiça é constante nesta leitura. Eu não parava de colocar o assunto em pautas nos meus pensamentos, nem quando fechava o livro para um descanso. Ella passou por muita coisa na vida, sempre quis ser mãe, então não pensou duas vezes em assumir o lugar de Paige quando esta abandonou seu posto na família Capozzi. Foi ela quem trocou as fraudas de Zach, viu seus primeiros passos, ouviu suas primeira palavras, assim como foi a presença dela que fez da vida de Annie mais saudável e alegre. Quem quer ver um lar assim desfeito? Muitas mulheres com a morte do marido, no caso Joe ficariam aliviadas de ter que entregar as crianças que na verdade não são sua responsabilidade para quem a tem de direito. Se livrar desse peso e seguir com a vida, mas não Ella. Ela ama realmente essas crianças como suas, e embora o sentimento seja forte ela se vê obrigada a fazer a coisa certa...
... Porque talvez, só talvez, Paige tenha tido bons motivos para ir embora. Talvez ela tenha feito a coisa certa. Como se julga uma pessoa que fez o certo pelos seus filhos? É ai que esta, não se julga! Então no meio da narrativa você se vê em meio a um dilema. As duas mulheres tem histórias tristes, cometeram erros, amaram... Mas quem tem mais direitos de ficar com os filhos?
Se você deseja ler "O amor amor do mundo" então se prepare para ter emoções fortes, você com certeza assim como eu, vai entrar de cabeça nessa história e tomar um lado. É o instinto do ser humano tomar partido nas coisas. E embora o dilema seja grande meu coração nunca abandonou a causa de Ella. Sim, eu tenho lá as minhas preferencias. Todos os personagens são ótimos. A família Capozzi na verdade, é incrível. Marcella, a mãe de Joe, Joe pai, Dabiv, irmão de Joe e cunhado de Ella, todos fazem parte desta história contribuindo com suas personalidades fortes e apoio incondicional. Este é realmente um livro de família.
O final de Seré Prince, não estava nos meus planos, eu pensei em várias possibilidades de desfechos para essa disputa, mas nem por um momento pensei na que realmente aconteceu. E eu amei. Não tem como não amar a doçura do final deste livro. Você o termina, com certeza feliz e realizado, o que é indispensável em qualquer livro, mas nem todos te proporcionam. Então por motivos óbvios eu recomendo a leitura de "O maior amor do mundo"
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